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LISTA PARA P1 - EEL037 - MATERIAIS ELÉTRICOS

1. Explique o que são forças de Van der Waals.


As forças de Van de Waals são ligações secundárias entre átomos/moléculas e
representam ligações intermoleculares fracas. São provenientes principalmente da
polarização entre moléculas (presenta de dipolos). São classificadas em 4 forças: dipolo-
permanente x dipolo-permanente, dipolo-permanente x dipolo-induzido, dipolo-induzido
x dipolo-induzido e pontes de hidrogênio.

2. Qual a relação existente entre pontos de fusão e ebulição de um


material e o seu tipo de ligação química?
PF e PE de um material estão diretamente relacionados ao tipo de ligação química
desse material. Ligações químicas fortes apresentam altos PF e PE devido à necessidade
de mais energia para o rompimento das ligações, e portanto, mudança de estado da
matéria. Analogamente, tem-se ligações fracas associadas a baixos PF e PE. Ligação
iônica, por exemplo, apresenta alto TF pois a ligação entre íons é forte (geralmente sólidos
em temp. amb). Já as ligações fracas (apolares) apresentam baixos PF e PE (geralmente
gás em temp amb..

3. O que é alotropia? Exemplifique.


Alotropia é o fenômeno / propriedade química através do qual um mesmo
elemento químico origina substâncias diferentes. Como por exemplo pode-se citar o
carbono nas suas formas de grafite e diamante.

4. Explique o que é um monômero e como se dá o processo de formação


de polímeros.
Monômeros são moléculas capazes de ligar a outros monômetros, formando
polímeros (macromoléculas). A formação de polímeros se dá pela quebra de ligações
duplas e triplas dos monômetros, permitindo novas conexões. Como exemplo pode-se
citar o etileno, que se combinando forma o polietileno (CH2-CH2)n, um plástico bastante
comum.

5. O que são redes Bravais? Cite 3 exemplos.


As redes bravais são classificações das
distribuição dos átomos das moléculas de
maneira organizada nas estruturas cristalinas.
São classificadas em 14 redes, podendo-se
citar estruturas: cúbicas (3), tetragonais (2),
ortorrômicas (4), hexagonal (1), trigonal (1),
monoclínicas (2) e triclínicas (1). São
importantes por permitem representar os
átomos de estruturas e suas ligações e também
visualizar o preenchimento.
6. Qual a importância do número de coordenação na formação da
estrutura cristalina de um material?
O número de coordenação representa o número de vizinhos mais próximos que um
átomo tem ao formar suas ligações, ou seja, o número de ligações de cada átomo na
estrutura. Influencia o tipo de rede cristalina formada de modo que quanto mais ligações,
mais estável e rígida é a estrutura.

7. O que seria fator de empacotamento atômico de uma célula


cristalina básica?
O fator de empacotamento (FEA) representa a ocupação do volume dos átomos em
relação ao volume da célula. Ele representa a eficiência da estrutura de modo que quanto
maior o FEA (menos espaço vazio e mais preenchimento), maior a coesão, condutividade
e eficiência da estrutura. Para arranjo cúbico de face centrada por exemplo, tem-se um
𝑉𝑂𝐿Á𝑇𝑂𝑀𝑂𝑆
FEA de 0,74, o que é um valor bastante eficiente. FEA = .
𝑉𝑂𝐿𝐶É𝐿𝑈𝐿𝐴

8. Considere uma estrutura cúbica de faces centradas e uma estrutura


hexagonal compacta, formando a rede cristalina de metais puros. Quantos
átomos compõem o volume interno destas estruturas?

6 metades nas faces = 6 x ½ = 3 átomos


1/8 de átomo em cada vértice = 8 x 1/8 = 1 átomo
Total = 4 átomos

Interiormente = 3 átomos
1/6 de átomo em cada vértice superior = 1 átomo
1/6 de átomo em cada vértice interior = 1 átomo
1 metade em cima e 1 em baixo = 1 átomo
Total = 6 átomos
Observação: os dois possuem FEA = 0,74 e o cúbico de face centrada é o diamante,
enquanto que o hexágono compacto é o grafite.

9. Considere que o átomo de ferro apresenta um raio de 1,26 Å.


Calcule o fator de empacotamento para o Ferro-γ. (Consultar slides para
dimensões e estrutura do Ferro -γ).
Tem-se que o Ferro-γ
apresenta estrutura CFC,
podendo-se calcular seu FEA
de acordo com a imagem ao
lado em função do raio do
átomo - R.
4 𝜋 𝑅3 16 𝜋 𝑅 3
Volume dos átomos: 4 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 · = .
3 3
Volume da célula: 𝑇𝑒𝑚 − 𝑠𝑒 (4𝑅)2 = 𝑎2 + 𝑎2 ⟹ 𝑎 = 2𝑅√2 𝑂 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑒𝑟á 𝑎3 =
(𝑅2√2)³.
Finalmente,
16 𝜋 𝑅 3
𝑉𝑂𝐿Á𝑇𝑂𝑀𝑂𝑆 3 16 𝜋
FEA = = = = 0,7405
𝑉𝑂𝐿𝐶É𝐿𝑈𝐿𝐴 𝑅 3 (2√2)³ 3 (2√2)³

10. Ainda para o Ferro- γ, calcule a densidade do ferro, sabendo que


sua massa molar é de 55,85 g/mol.
𝑁°Á𝑇𝑂𝑀𝑂𝑆 · 𝑚 4 · 55,85
ρ𝑉 = = = 8198𝑘𝑔/𝑚³
Volume · 𝑁𝐴 (1,26 · 10−10 · 2√2)³ · 6,02.1023
A diferença entre o valor prático e o valor teórico obtido se dá nas impurezas dos materiais
encontrados.

11. Considere uma estrutura CFC. Quantos átomos podem ser


considerados na direção [111]. E para uma estrutura CCC? (Considere os
raios atômicos).
Para direção [1 1 1], tem-se a diagonal do cubo

Para CCC, temos pegando 1 átomo completo (2R) mais 1R mais 1R


o que dá 4R = 2 diâmetros = 2 átomos

Para CFC, temos 1R mais 1R = 2R = 1 diâmetro = 1 átomo

12. No item anterior, qual a densidade linear nas direções


consideradas?
𝑁°
ρ𝐿 = Á𝑇𝑂𝑀𝑂𝑆 onde d é a distância; no caso, diagonal do cubo. O número de átomos pode
d
ser entendido como o número de diâmetros atômicos.
2 2
CCC: ρ𝐿 = d = 4𝑅 = 0,5/𝑅
1 1
CFC: ρ𝐿 = = = 0,204/𝑅
d 𝑅 √24

13. Para as estruturas CCC e CFC, quantos átomos podem ser


contabilizados nos planos e (100), (110) e (111)? (Considere as áreas dos
átomos que cortam os planos).
Plano 100 -> Corta apenas eixo X em 1
Plano 110 -> Corta eixo X e Y em 1
Plano 111 -> Corta eixos X, Y e Z em 1
CCC
Plano 100 -> 1/4 x 4 = 1 átomo
Plano 110 -> diagonal = 2 átomos
Plano 111 -> 1,5 átomo

CFC
Plano 100 -> 1 + 1/4 x4 = 2 átomos
Plano 110 -> 2 átomos
Plano 111 -> 2 átomos

14. No item anterior, qual a densidade planar nos planos indicador?


𝑁°
ρ𝐴 = Á𝑇𝑂𝑀𝑂𝑆 onde o número de átomos equivale ao número de átomos
A
EFETIVAMENTE contido nos planos (se tiver partes picadas, soma até dar inteiro).
Sendo a o lado do cubo, temos.
Plano 100 -> área = 𝑎²
Plano 110 -> área = 𝑎²√2
𝑎²√3
Plano 111 -> área = 2
CCC
1
Plano 100 -> 𝑎²
1
Plano 110 -> 𝑎²√2
1
Plano 111 -> 𝑎²√3
2
CFC
2
Plano 100 -> 𝑎²
2
Plano 110 -> 𝑎²√2
2
Plano 111 -> 𝑎²√3
2

15. O que é anisotropia?


Anisotropia é uma característica do material em uma propriedade física variar com
a direção (reação diferente de acordo com a direção de propagação do fenômeno físico).
Como exemplo, pode-se citar a propagação da luz, anisotropia elétrica, óptica, magnética,
etc.

16. O que é solução sólida? O que diferencia uma solução sólida


substitucional de uma solução sólida intersticial e uma ordenada?
Solução Sólida é a mistura de estruturas cristalinas de metais de modo que um
incorpora o outro (como por exemplo, a formação de ligas metálicas). O átomo estranho
é chamado de soluto, enquanto que a estrutura cristalina pura é chamada de solvente. Nas
soluções sólidas substitucionais, o soluto se agrega ao solvente substituindo um dos
átomos do cristal puro – substituição desordenada. Nas soluções sólidas ordenadas, a
substituição é igual a substitucional, mas de maneira ordenada. Nas soluções intersticiais,
o soluto ocupa os espaços vazios da estrutura cristalina do solvente. Quanto menor o
átomo do soluto, mais fácil de se ocorrer, ou seja, baixo FEA ajuda nessa solução.

17. Explique dois defeitos pontuais em uma estrutura cristalina.


As imperfeições cristalinas ou defeitos estruturais são falhas naturalmente
encontradas. Essas imperfeições podem ser defeitos pontuais, defeitos de linha ou
imperfeições de fronteira. Como defeitos pontuais, podem-se citar:
- Vazios: é a falta de um átomo na estrutura cristalina, o que ocorre devido a
empacotamento imperfeito.
- Defeitos intersticiais: é a alocação de um átomo estranho entre os átomos da célula
unitária e ocorre quando há baixo FEA.
- Defeitos de Frenkel: é o deslocamento de um íon de sua posição para um interstício.
- Defeitos de Schottky: são vazios que envolvem íons atuando no sentido de melhorar o
equilíbrio de carga.

18. Considerando estruturas cristalinas, o que seria um grão e um


contorno de grão?
Nas estruturas cristalinas, os grãos são as regiões cristalinas formadas em
diferentes direções no material. Nos grãos os átomos se arranjam segundo um modelo e
orientação. Na região entre grãos (contorno de grãos), tem-se uma região de transição,
onde não há um padrão visível na estrutura.

19. Explique como o tamanho dos grãos pode afetar as propriedades


dos materiais.
Grãos vizinhos de tamanhos muito diferentes são considerados defeitos de
fronteira e que permitem maior movimento dos átomos na estrutura cristalina, tornando
o material mais susceptível a quebra, fragilidade e quebra de estruturas.

20. O que são estruturas cristalinas? E amorfas?


Estruturas cristalinas são estruturas compostas por repetições de uma unidade básica
nas três direções – estruturas geométricas rígidas.
As estruturas amorfas não apresentam a mesma orientação ao longo do material, ao
contrário das estruturas cristalinas.

21. Explique o termo vidro metálico.


Os vidros metálicos são os metais amorfos (sólidos não cristalinos), ou metais
super-resfriados, assim como os vidros (por isso o nome). São ligas metálicas geralmente
com átomos de tamanhos significativamente diferentes. Os vidros metálicos possuem alta
resistividade, portanto, menor condutividade que a estrutura cristalina original.
22. Explique o efeito da elevação de temperatura sobre a resistividade
dos materiais.
𝑅·𝐴
Tem-se que a resistividade é dada por 𝜌 = . A
𝑙
resistência dos materiais varia de acordo com a
temperatura, conforme o gráfico. Com a elevação da
temperatura, tem-se uma diminuição do livre caminho
médio (distância média percorrida pelo elétron até se
chocar). Essa diminuição leva a menor condutividade,
portanto, maior resistividade. Para condutores de medição por exemplo, é bom uma curva
mais horizontal, pois apresenta coeficiente de temperatura α (inclinação da reta) menor,
portanto menor variação da resistência com a temperatura.
Sendo uma temperatura de referência de 20°C, temos que a resistência num ponto
B é dada pela equação:
𝑅𝐵 = 𝑅20°𝐶 [1 + 𝛼20°𝐶 (𝑇𝐵 − 20°𝐶)]

23. Explique como a resistividade é afetada ao se comparar um metal


puro e suas ligas.
A resistividade de ligas costuma ser maior que a resistividade de metais puros.
Isso se dá devido à impurezas, sendo a impureza o metal adicionado. Atomicamente
falando, a solução sólida (mistura de estruturas cristalinas) modifica a estrutura cristalina,
aumentando a resistividade.
Com isso, a resistividade da impureza é dada por 𝜌𝑖 = 𝐴 · 𝑐𝑖 (1 + 𝑐𝑖 ), onde 𝑐𝑖 é a
concentração da impureza e A um fator de proporcionalidade. A resistividade total da liga
será o somatório da resistividade do material com a resistividade da impureza e também
a resistividade da deformação.

24. Considerando o gráfico abaixo, estime:


a) A resistividade ρ0 temperatura ambiente do cobre (25°C);
b) O coeficiente de variação da resistividade com a temperatura;
c) O fator de proporcionalidade A para resistividade das impurezas;
d) A resistividade da liga, considerando 2,5% de níquel.

As equações de reta são dadas por:


Cobre puro: 𝜌𝐶𝑢 = [0,0084𝑇 + 1,6 ]10−8
Cobre + 1,12%Niquel: 𝜌𝐶𝑢𝑁𝑖 = [0,0066𝑇 + 2,95]10−8
a) 𝜌𝐶𝑢 = 0,0084 · 25 + 1,6 = 1,81 · 10−8 [Ω · m]
b) O coeficiente de variação da resistividade com a temperatura é dado pela inclinação da
reta, o que vale 0,0084 · 10−8 para o cobre puro e 0,0066 · 10−8 para o cobre+níquel.
c) Sabe-se que
𝜌𝑖 = 𝐴 · 𝑐𝑖 (1 + 𝑐𝑖 )
Com isso, sendo a impureza o níquel, tem-se 𝑐𝑖 = 1,12% e 𝜌𝑖 = 0,0066
Portanto,
𝜌𝑖 0,0066 · 10−8
𝐴= = = 5,828 · 10−9
(1
𝑐𝑖 + 𝑐𝑖 ) 0,0112(1 + 0,0112)
d) Para 𝑐𝑖 = 2,5%
𝜌𝑖 = 5,828 · 10−9 · 0,025(1 + 0,025) = 0,149 · 10−9 [Ω · m]

25. Explique o efeito termoeletromotivo.


A força eletromotiva é a ddp entre superfícies de dois metais em contato devido a
diferença entre as nuvens eletrônicas dos dois materiais. Quanto maior a diferença de
temperatura entre os materiais, maior a tensão de contato (ddp entre superfície).

26. Como a condutividade elétrica e a condutividade térmica se


relacionam em um metal?
Pela Lei de Wiederman-Franz-Lorenz, tem-se a equação que relaciona a
condutividade térmica k com a condutividade elétrica σ, as quais são proporcionais.
𝑘
=𝐿·𝑇
𝜎
Onde L é uma constante (2,44· 10−8 ) e T a temperatura.
A condutividade térmica é a capacidade de transmitir calor da região de maior
temperatura e menor temperatura, sendo esse transporte de calor dependente do número
de elétrons livres. E a condutividade elétrica também depende do número de elétrons
livres. As duas condutividades estão relacionadas a estrutura cristalina de modo que bons
condutores elétricos são bons condutores térmicos. Assim como condutores necessitam
de alta condutividade elétrica, uma boa condutividade térmica também é essencial pois
facilita a dissipação de calor.

27. Qual a diferença entre deformação elástica e deformação plástica?


A deformação elástica se refere a região linear no gráfico entre tensão mecânica x
deformação no material. Nesses pontos, o material volta ao seu estado original após cessar
a tensão aplicada. Já na deformação plástica (região após a linearidade), tem-se que para
uma tensão aplicada, o material se deforma de maneira permanente (ruptura). O limiar
entre essas duas regiões é o escoamento e é o valor limite antes da plasticidade; é dado
por uma reta paralela à região linear, deslocada 0,2% pra direita; onde cruzar a região
plástica é o limite.

28. Exemplifique aplicações eletrotécnicas de condutores duros


(encruados) e condutores moles (recozidos).
NÃO CAI NA PROVA
O cobre encruado ou duro é usado nos casos em que se exige elevada dureza,
resistência à tração e pequeno desgaste, como no caso de redes aéreas de cabo nú em
tração elétrica, particularmente, para fios telefônicos, para peças de contato e para anéis
coletores. Em todos os demais casos, principalmente em enrolamentos, barramentos e
cabos isolados, se usa o cobre mole ou recozido.

29. Considere uma peça e cobre com 305 mm de comprimento. Esta


peça é tracionada por uma tensão mecânica de 276 MPa. Qual o
comprimento final da peça, considerando que a deformação é elástica?
Para valor do módulo de elasticidade, consulte tabela nos s lides.
Para o cobre, tem-se E = módulo de
elasticidade = módulo de Yong de 110 GPa.
Sendo 𝜀 a deformação, temos

𝜎=𝐸·𝜀 ⟹
𝜎 276 · 106
𝜀 = 𝐸 = 110 · 109 = 2,509 · 10−3
2,509 · 10−3 · (0,305𝑚) = 0,765 · 10−3 𝑚
Comprimento final:
0,305𝑚 + 0,765 · 10−3 𝑚 = 0,305765 𝑚

30. Na figura, determine:


a) o módulo de elasticidade;
b) o limite de escoamento e limite de resistência a tração.
c) a elongação da amostra, considerando um comprimento inicial de 250
mm e uma tensão de tração de 345 MPa;
d) a carga máxima suportada pela amostra, considerando que ela seja
cilíndrica e com diâmetro original de 12,8 mm.

a) O módulo de elasticidade E é a inclinação da reta no gráfico Tensão mecânica 𝜎 x


deformação 𝜀 na região linear da curva de plasticidade.
𝜎 170 · 106
𝐸= = = 85𝐺𝑃𝑎 (Aproximadamente, apenas vendo a curva)
𝜀 0,002
b) Limite de escoamento é o limite antes da plasticidade, e que é o ponto onde a curva
deixa de ser linear: Aproximadamente 200 GPa. O limite de resistência a tração é dado
pela curva de engenharia, e que equivale a 450 MPa.
c)
𝜎 345 · 106
𝐷𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜: 𝜀 = = = 4,06 · 10−3
𝐸 85 · 109

𝐸𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎çã𝑜: 4,06 · 10−3 · (0,25𝑚) = 1,015 · 10−3 𝑚


d)
𝜋 𝑑² 𝜋 (0,0128)²
𝐴= = = 1,286 · 10−4 𝑚²
4 4

Força = Tensão · Área ⟹ F = σ · A = 450𝑀 · 1,286 · 10−4 = 57,87𝑘𝑁

31. Considere, para a amostra do item anterior, que durante a sua


elongação, a fratura ocorreu quando tração correspondia a 460 MPa, com
uma área de seção na fratura de 10,7 mm².
a) qual a ductilidade do material em termos de redução de área;
b) Qual o valor real do estresse mecânico no momento da fratura? ]

a) A ductilidade representa a deformação plástica no limite da fratura.


𝐴0 − 𝐴𝑓 1,286 · 10−4 − 10,7 · 10−6
𝐷𝑢𝑐𝑡 = %𝑅𝐴 = 100 = 100 = 92
𝐴0 1,286 · 10−4
Obs: valor coerente, uma vez que a ductilidade de cobre e alumínio está na ordem
de 40, 45.
b)
Força = Tensão · Área ⟹ F = σ · A = 460𝑀 · 1,286 · 10−4 = 59,16𝑘𝑁
𝐹 59,16 · 103 𝑁
σ= = = 5529𝑀𝑃𝑎
𝐴 10,7 · 10−6 𝑚²
32. Diferencie a falha por fadiga da falha por superação do limite à
tração.
A falha por fadiga é resultante da aplicação constante da tensão no material e
consiste num processo de três etapas: início da trinca, propagação da trinca e ruptura. Já
a falha por superação do limite à tração se dá pela aplicação de uma tensão após o ponto
de ruptura na “curva de engenharia” ou “curva verdadeira”. Na curva verdadeira, após a
ruptura a área diminui, portanto a tensão mecânica continua aumentando. Na curva de
engenharia, não se considera essa redução de área, portanto a tensão mecânica diminui
após o limite de resistência a tração.

33. Como o recozimento afeta a estrutura dos metais.


NÃO CAI NA PROVA
O recozimento é o processo que resulta na reconstituição das estruturas cristalinas
dos metais. Consiste basicamente em expor o material a uma temperatura próxima da de
fusão, e um lento resfriamento que auxilia na recuperação das estruturas. O aumento de
temperatura ou a duração do processo, provoca o crescimento contínuo dos grãos. É uma
forma de reverter o processo de encruamento e recuperar metais que foram expostos à
deformação plástica.

34. Como o crescimento de grãos afeta as propriedades mecânicas e


elétricas dos materiais? Como promover o crescimento dos grãos?
NÃO CAI NA PROVA
Grãos grandes geralmente diminuem a dureza e a resistência dos materiais, tornando-
os mais frágeis e com menores limites físicos (escoamento, elasticidade, etc.). É ideal que
se mantenha grãos de tamanhos pequenos, o que pode ser feito através de do encruamento
(Também chamado trabalho a frio, é um processo de endurecimento do metal por meio
de sua deformação plástica), ou de um processo de recozimento extremamente rápido,
pois o aumento da duração do processo provoca o crescimento contínuo dos grãos.

35. Explifique, em termos de aplicação eletrotécnica, duas vantagens


do cobre sobre o alumínio e duas vantagens do alumínio sobre o cobre.
 Vantagens do Cu sobre o Al:
Maior condutividade térmica e elétrica, menor coeficiente de expansão térmica,
menor módulo de elasticidade (módulo de Young – portanto menor deformação mecânica
para um mesmo estresse aplicado), mais dúctil, baixo calor específico.

 Vantagens do Al sobre o Cu:


Mais barato e abundante, mais leve, elevada resistência à oxidação, maior temperatura
máxima admissível.
36. Um cabo de alumínio de 10 m deve conduzir uma corrente de 5 A
com uma queda de tensão máxima de 1 V. Qual o diâmetro mínimo do
condutor? Considerando um fio de cobre, qual o diâmetro necessário?

𝜌𝑙 𝑙 𝑑2
𝑅= = 𝜎 𝐴 e também 𝐴 = 𝜋
𝐴 4

𝑙 𝑑2 𝑙 4𝑙
𝐴 = 𝜎𝑅 ⟹ 𝜋 = ⟹ 𝑑 = √𝜋 𝜎 𝑅 com R = V/I
4 𝜎𝑅

Basta calcular considerando a condutividade do cobre


e depois do alumínio.

37. Qual a principal aplicação das ligas de alta resi stividade?


São utilizadas principalmente para fins térmico ou aquecimento como por exemplo
eletrodos de fornos a arco.

38. Qual a vantagem de utilização do carbono como escova de contato


em peças móveis?
O carbono, além de ser condutor de eletricidade, é menos sensível aos agentes
químicos que outros materiais condutores. A ação de temperaturas elevadas favorece a
recristalização das estruturas de carbono, fazendo sair as impurezas.
As qualidades refratárias do carvão e a sua perfeita resistência ao choque térmico,
aliados a um grande poder irradiante, tornam este material muito conveniente para a
fabricação de resistências para altas temperaturas.

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