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ESTRUTURA E LIGAÇÃO ATÔMICA

Eng° Francisco Júnior – Esp.


Recife/PE, Janeiro de 2014
RESUMO

• Introdução

• Estrutura Atômica

• Elétrons nos Átomos

• Tabela Periódica

• Ligação Atômica nos Sólidos

• Resumo
INTRODUÇÃO

POR QUE ESTUDAR A ESTRUTURA ATÔMICA E A LIGAÇÃO


INTERATÔMICA?

Uma razão importante para se ter uma compreensão da ligação interatômica em


sólidos se deve ao lato de que, em alguns casos, o tipo de ligação nos permite
explicar as propriedades de um material.

Por exemplo, considere o carbono, que pode existir tanto na forma de grafite
como na de diamante.

Enquanto o grafite é relativamente macio e "como graxa" ao tato. O diamante


é o mais duro material conhecido.

Essa disparidade drástica nas propriedades é atribuída diretamente a um tipo


de ligação interatômica encontrada no grafite que não existe no diamante
INTRODUÇÃO

Algumas das propriedades importantes dos materiais sólidos dependem dos


arranjos geométricos dos átomos e também das interações que existem entre
os átomos ou moléculas constituintes.

Nesta aula, leva-se em consideração diversos conceitos fundamentais e


importantes, quais sejam:

• Estrutura atômica
• Configurações eletrônicas dos átomos e tabela periódica
• Os vários tipos de ligações interatômicas primárias e secundárias que
mantêm unidos os átomos que compõem um sólido
ESTRUTURA ATÔMICA

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

A massa atômica (A) de um átomo específico pode ser expressa como a soma
das massas de prótons e nêutrons no interior do núcleo.

Embora o número de prótons seja o mesmo para todos os átomos de um dado


elemento, o número de nêutrons pode ser variável.

Assim, os átomos de alguns elementos possuem duas ou mais massas


atômicas diferentes. Estes são chamados de isótopos.

O peso atômico de um elemento corresponde à média ponderada das massas


atômicas dos isótopos do átomo que ocorrem naturalmente.

Foi estabelecida uma escala onde 1 uma é definida como sendo 1/12 da massa
atômica do isótopo mais comum do carbono, carbono 12 (A = 12,00000).
ESTRUTURA ATÔMICA

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Cada átomo consiste em um núcleo muito pequeno composto por prótons e


nêutrons, que é circundado por elétrons em movimento.

Tanto os elétrons como os prótons são eletricamente carregados, com


magnitude da carga da ordem de 1,60 X 1019C, a qual possui sinal negativo
para os elétrons e positivo para os prótons. Os nêutrons são eletricamente
neutros.

As massas destas partículas subatômicas são infinitesimalmente pequenas; os


prótons e nêutrons possuem aproximadamente a mesma massa (1,67 X 10-
27kg), que é significativamente maior do que a massa de um elétron (9,11 X

10-31 kg).

Cada elemento químico é caracterizado pelo número de prótons no seu núcleo,


ou o seu número atômico (Z). Para um átomo eletricamente neutro ou
completo, o número atômico também é igual ao seu número de elétrons.
ESTRUTURA ATÔMICA

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Dentro deste método, as massas de prótons e nêutrons são ligeiramente


maiores do que a unidade, e

O peso atômico de um elemento ou o peso molecular de um composto pode


ser especificado com base em uma por átomo (molécula) ou massa por mol de
material.

Em um mol de uma substância existem 6,023 X 1023 (número de Avogadro)


átomos ou moléculas.

Esses dois métodos de pesos atômicos estão relacionados através da seguinte


equação:
ELÉTRONS NOS ÁTOMOS

MODELOS ATÔMICOS

Um dos primeiros precursores da mecânica quântica foi o modelo atômico de


Bohr simplificado.

Neste modelo, assume-se que elétrons orbitam ao redor do núcleo atômico em


orbitais distintos, onde a posição de qualquer elétron em particular é mais ou
menos bem definida em termos do seu orbital.
Este modelo de Bohr
foi considerado
significativamente
limitado devido à sua
incapacidade de
explicar vários
fenômenos
envolvendo os
elétrons.
ELÉTRONS NOS ÁTOMOS

MODELOS ATÔMICOS

Com frequência, é conveniente pensar


nestas energias eletrônicas permitidas
como estando associadas com níveis
ou estados energéticos.

Estes estados não variam


continuamente com a energia; isto é,
estados adjacentes estão separados
por energias finitas.

Por exemplo, os estados permitidos


para o átomo de hidrogênio de Bohr
estão representados ao lado:
ELÉTRONS NOS ÁTOMOS

NÚMEROS QUÂNTICOS

Usando a mecânica ondulatória, cada elétron em um átomo é caracterizado por


quatro parâmetros chamados números quânticos.

O tamanho, a forma e a orientação espacial da densidade de probabilidade de


um elétron são especificados por três desses números quânticos.

Além disso, os níveis energéticos de Bohr são separados em subcamadas


eletrônicas, e os números quânticos definem o número de estados (ou orbitais)
em cada subcamada.

As camadas são especificadas por um número quântico principal n, que pode


assumir números inteiros a partir da unidade.

Algumas vezes essas camadas são designadas pelas letras K, L, M, N, O, e


assim por diante, que correspondem, respectivamente, a n = 1, 2, 3,4, 5.
ELÉTRONS NOS ÁTOMOS

NÚMEROS QUÂNTICOS

Um diagrama completo de níveis energéticos utilizando o modelo mecânico-


ondulatório para as várias camadas e subcamadas está mostrado abaixo:
ELÉTRONS NOS ÁTOMOS

CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS

A sessão anterior tratou principalmente dos estados eletrônicos — valores de


energia que são permitidos para os elétrons.

Para determinar a maneira pela qual estes estados são preenchidos com
elétrons, nós usamos o princípio da exclusão de Pauli, um outro conceito
quântico-mecânico.
ELÉTRONS NOS ÁTOMOS

CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS
ELÉTRONS NOS ÁTOMOS

CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS
TABELA PERIÓDICA
TABELA PERIÓDICA
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS

LIGAÇÃO IÔNICA

Ela é sempre encontrada em compostos cuja composição envolve tanto


elementos metálicos como não-metálicos, ou seja, elementos que estão
localizados nas extremidades horizontais da tabela periódica.

Os átomos de um elemento metálico perdem facilmente os seus elétrons de


valência para os átomos não-metálicos.

No processo, todos os átomos adquirem configurações estáveis ou de gás inerte


e, adicionalmente, uma carga elétrica, isto é, eles se tornam íons.

O cloreto de sódio (NaCl) é o material iônico clássico.

Um átomo de sódio pode assumir a estrutura eletrônica do neônio (e uma carga


líquida positiva unitária) pela transferência de seu único elétron de valência,
3s, para um átomo de cloro.
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS

LIGAÇÕES IÔNICAS

Após esta transferência, o íon cloro adquire uma carga líquida negativa e uma
configuração eletrônica idêntica àquela do argônio.

No cloreto de sódio, todo sódio e todo cloro existem como íons.

A ligação iônica é chamada não


direcional, isto é, a magnitude da ligação
é igual em todas as direções ao redor do
íon.
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS

LIGAÇÕES IÔNICAS
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS

LIGAÇÕES COVALENTES

Na ligação covalente as configurações


eletrônicas estáveis são adquiridas pelo
compartilhamento de elétrons entre átomos
adjacentes.

Dois átomos ligados de maneira covalente


irão cada um contribuir com pelo menos um
elétron para a ligação, e os elétrons
compartilhados podem ser considerados
como pertencentes a ambos os átomos.

A ligação covalente está ilustrada


esquematicamente na Figura ao lado para
uma molécula de metano (CH4).
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS

LIGAÇÕES COVALENTES

O átomo de carbono possui quatro elétrons


de valência, enquanto cada um dos quatro
átomos de hidrogênio possui um único
elétron de valência.

Cada átomo de hidrogênio pode adquirir uma


configuração eletrônica de hélio (dois
elétrons de valências) quando o átomo de
carbono compartilha um elétron com ele.

O carbono agora possui quatro elétrons


compartilhados adicionais, um de cada
átomo de hidrogênio, completando um total
de oito elétrons de valência, e a estrutura
eletrônica do neônio.
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS

LIGAÇÕES METÁLICAS

A ligação metálica, o último tipo de ligação


primária, é encontrada em metais e suas ligas.

Os materiais metálicos possuem um, dois ou, no


máximo, três elétrons de valência.

Com esse modelo, estes elétrons de valência não


se encontram ligados a qualquer átomo em
particular no sólido e estão mais ou menos livres
para se movimentar ao longo de todo o metal.

Eles podem ser considerados como pertencendo


ao metal como um todo, ou como se estivessem
formando um "mar de elétrons" ou uma "nuvem
de elétrons".
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS

LIGAÇÕES METÁLICAS

Os elétrons restantes, aqueles que não


são elétrons de valência, juntamente
com os núcleos atômicos, formam o
que são chamados núcleos iônicos, que
possuem uma carga líquida positiva
igual em magnitude à carga total dos
elétrons de valência por átomo.

Adicionalmente, esses elétrons livres


atuam como uma "cola" para manter
juntos os núcleos iônicos.
RESUMO

Esta Aula começou com um levantamento dos fundamentos da estrutura


atômica, apresentando os modelos de Bohr e mecânico-ondulatório para os
elétrons nos átomos.

Enquanto o modelo de Bohr assume que os elétrons sejam partículas que


orbitam em torno do núcleo em trajetórias distintas, na mecânica ondulatória
nós os consideramos como sendo ondas, e tratamos a posição do elétron no
átomo em termos de uma distribuição de probabilidades.

Os estados de energia eletrônicos são especificados em termos de números


quânticos, que dão origem às camadas e subcamadas eletrônicas.

A configuração eletrônica de um átomo corresponde à maneira pela qual essas


camadas e subcamadas são preenchidas com elétrons de acordo com o
princípio da exclusão de Pauli.

A tabela periódica dos elementos é gerada pelo arranjo dos vários elementos
de acordo com a configuração do elétron de valência.
RESUMO

A ligação atômica nos sólidos pode ser considerada em termos de forças e


energias de atração e de repulsão.

Os três tipos de ligação primária nos sólidos são iônica, covalente e metálica.

Para as ligações iônicas, íons carregados eletricamente são formados pela


transferência dos elétrons de valência de um tipo de átomo para outro; as
forças são de Coulomb.

Na ligação covalente existe um compartilhamento de elétrons de valência entre


átomos adjacentes.

Na ligação metálica, os elétrons de valência formam uma "nuvem de elétrons"


que está uniformemente dispersa em torno dos núcleos iônicos do metal, e atua
como um tipo de cola para eles.

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