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Geometria Molecular

Geometria Molecular

 1 A estrutura espacial das moléculas

 2 Eletronegatividade/Polaridade das ligações


e das moléculas

 3 Oxidação e redução

 4 Forças (ou ligações) intermoleculares


Para realizar a determinação da geometria
molecular, é preciso escrever a fórmula da
molécula, descobrir qual é o átomo central e
ver quantas nuvens eletrônicas existem.
Geometria Molecular
 As moléculas formadas por ligações
covalentes podem apresentar de dois a
milhares de átomos.
 Os átomos se alinham formando formas

geométricas em relação aos núcleos dos


átomos.
 TEORIA DA REPULSÃO DOS PARES

ELETRÔNICOS DA CAMADA DE VALÊNCIA


(RPECV).
 Esse modelo considera as ligações covalentes
que o átomo central realiza com os demais
átomos como uma nuvem eletrônica. Cada
par de elétrons disponível, ou seja, os
elétrons do átomo central que não estão
envolvidos em nenhuma ligação, também
forma uma nuvem eletrônica. As nuvens
eletrônicas repelem-se, pois são formadas de
elétrons que possuem carga negativa (cargas
iguais repelem-se). Desse modo, os átomos
afastam-se e é definida a geometria da
molécula.
Uma analogia bastante simples para
visualizar a repulsão entre as nuvens
eletrônicas é considerar cada nuvem como se
fosse um balão:
 Imagine dois ou mais balões amarrados e que
o no centro representa o átomo central. Ao
fazer isso, você perceberá que os balões se
afastarão o máximo possível, porque é como
se um empurrasse o outro. O mesmo ocorre
com as nuvens eletrônicas dos átomos, que
os afastam para que adquiram a disposição
espacial mais estável.
 Os pares eletrônicos ao redor de um átomo
central – participantes ou não de ligações
covalentes – devem estar dispostos de modo
a garantir a menor repulsão possível.

O2
  toda molécula diatômica é linear (ângulo de
180º). ou seja, aquelas formadas somente por
dois átomos (HCl, HBr, H2, O2, CO, etc),

SEMPRE
apresentarão
geometria linear!!!!
Molécula com três átomos pode ser:

a. Linear se não sobrar elétrons no elemento


central após estabilizar.

Ex: HCN (H- C≡N) ; CO2 (O = C = O ); BeH2 (H – Be – H) ,


etc.

BeH2

CO2
A geometria linear também ocorre no caso
de moléculas que possuem três átomos e que o átomo
central possui um de seus pares eletrônicos não
compartilhado. É o caso do dissulfeto de carbono (CS2).

Ele possui duas ligações duplas, então ele apresenta


somente duas nuvens eletrônicas, cuja distância
máxima possível forma um ângulo de 180ºC. 
Molécula com três átomos pode ser:

b. Angular se sobrar elétrons no elemento


central após estabilizar.
Ex: H2O; O3; SO2
(molécula da H2O)
A água é um exemplo de molécula que possui
geometria angular porque o átomo central
(oxigênio) tem dois pares de elétrons não ligantes.
exemplo de geometria angular para uma molécula formada por
três átomos, o dióxido de enxofre, em que o átomo central (o
enxofre) possui somente um par de elétrons desemparelhado.
Nesse caso, o ângulo é de 120º.
Molécula com quatro átomos pode ser:

a.Trigonal Plana se não sobrar elétrons no


elemento central após estabilizar ;
Ex: SO3; BH3 ;  hidretos de boro
Exemplo: BF3 (Trifluoreto de boro ):
b. Trigonal Piramidal se sobrar elétrons no
elemento central após estabilizar.
 Ex: NH ; PCl
3 3
Exemplo: NH3 (Amônia):
Molécula com cinco átomos será:
Tetraédrica se não sobrar elétrons no
elemento central após estabilizar.
Ex: CH4 metano ; CH3Cl
Geometria tetraédrica: Ocorre no caso de moléculas
formadas por cinco átomos, em que um átomo é o
central.
Exemplo: CH4 (Metano):
Molécula com cinco átomos será:
“tetraédrica”
Tetracloreto de carbono CCl4
Tetrabrometo de silício SiBr4
Exemplo: H3PO2 (hipofosforoso),
H3PO3 (fosforoso) e H3PO4
(fosfórico)
Exemplo: H2SO4 (Ac. Sulfurico)
Geometria bipirâmide trigonal (ou bipirâmide
triangular): Ocorre no caso de moléculas formadas
por seis átomos, em que um átomo é o central.
Exemplo: PCl5 (pentacloreto de fósforo):
Geometria octaédrica: Ocorre no caso de
moléculas formadas por sete átomos, em que um
átomo é o central.
Exemplo: SF6 (hexafluoreto de enxofre):
ELETRONEGATIVIDADE/POLARIDADE
DAS LIGAÇÕES E DAS MOLÉCULAS
Eletronegatividade é a capacidade que
um átomo tem de atrair para si o par
eletrônico que ele compartilha com
outro átomo em uma ligação covalente
Polaridade das Ligações
 POLOS: presença de cargas em determinada região

 LIGAÇÔES IÔNICAS:

 Toda ligação Iônica é POLAR? Sim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


 Isso porque sua formação provém da interação entre
cátions e ânions, logo, apresenta polo positivo e negativo.

Na+ Cl-  cargas (polos) reais TRANSFERÊNCIA DE


ELÉTRONS
OBS.: Vale ressaltar que substâncias iônicas
não são compostas por moléculas, mas, sim,
por íons-fórmula.
LIGAÇÔES COVALENTES

Compartilhamento de pares de elétrons

A polaridade estará relacionada com a diferença de eletronegatividade e a consequente deformação da nuvem


eletrônica.
 Para moléculas diatômicas em que não há
diferença de eletronegatividade:

MOLECULA APOLAR
 Para moléculas diatômicas em que há
diferença de eletronegatividade:

MOLECULA POLAR
Polaridade das Ligações e
Eletronegatividade

 A diferença de eletronegatividade entre dois


átomos é uma medida da polaridade de
ligação:
 Diferença próxima a zero ligações
covalentes apolares (compartilhamento de
elétrons igual ou quase igual)

 * Diferença próxima a dois ligações


covalentes polares (compartilhamento de
elétrons desigual)

 * Diferença próxima a três ligações


iônicas (transferência de elétrons igual ou
quase igual)
EXEMPLO
Diferença de
Substância Eletronegatividade eletronegativida
de
Cl2

HCl
 Como a molécula de cloro é formada por
átomos de um único elemento químico, ela
não apresenta diferença de eletronegatividade,
sendo assim, sua ligação é APOLAR.

 O ácido clorídrico é formado por elementos


químicos diferentes e, por isso, a diferença de
eletronegatividade é diferente de zero, que
caracteriza uma ligação POLAR.
EXEMPLO

Substância Eletronegatividade Diferença de


eletronegatividade

NaCl

KF
 Como um átomo cede elétrons e o outro
recebe, formam-se polos no composto e, por
isso, toda ligação iônica é polar.
Determinação da polaridade em
moléculas maiores
 Pode –se determinar a polaridade de uma
molécula através do vetor momento dipolar
resultante
Determinação da polaridade das moléculas a
partir do número de nuvens e átomos iguai.

a) Molécula polar:
Uma molécula é polar quando o número de
nuvens eletrônicas no átomo central é
diferente do número de átomos (do mesmo
elemento químico) ligados a esse átomo.
O oxigênio apresenta seis elétrons na camada de
valência e utiliza esses elétrons em cada uma das
ligações simples com os átomos de hidrogênio. Logo,
sobram quatro elétrons não ligantes no oxigênio, os
quais formam duas nuvens eletrônicas (par de
elétrons).
Como a molécula de água apresenta no seu átomo
central 4 nuvens eletrônicas e há 2 átomos do mesmo
elemento (hidrogênio) ligados a ele, ela é polar.
Molécula de triclorometano (CHCl3)
O carbono apresenta quatro elétrons na camada de
valência e utiliza esses elétrons em cada uma das
ligações simples com os átomos de cloro e com o
átomo de hidrogênio, não sobrando elétrons não
ligantes no átomo central (carbono).
Como a molécula de triclorometano apresenta no seu
átomo central 4 nuvens eletrônicas (4 ligações
simples) e 3 átomos do mesmo elemento (cloro)
ligados a ele, ela é polar.
b) Molécula apolar
Uma molécula é apolar quando o número de
nuvens eletrônicas no átomo central é igual
ao número de átomos (do mesmo elemento
químico) ligados a esse átomo.
Exemplos:
→ Molécula de gás carbônico (CO2)
Molécula de gás trióxido de enxofre (SO3)
O enxofre apresenta seis elétrons na
camada de valência e utiliza dois desses
elétrons na ligação dativa e na dupla com o
oxigênio, não sobrando elétrons não ligantes
no átomo central, ela é apolar.
 Determinação da polaridade das moléculas
pelo vetor momento dipolar
Podemos determinar a polaridade de uma
molécula utilizando a soma dos vetores
momento dipolar (μR). Um vetor momento
dipolar é uma seta que indica para qual
átomo os elétrons de uma ligação estão
deslocando-se (eletronegatividade).
 Quando a soma vetorial é zero, molécula
apolar.
μR= o

 Quando a soma vetorial é diferente de


zero, molécula polar.

μR ≠ O
Exemplos:O HCl é uma molécula de geometria linear,
e o átomo de cloro é mais eletronegativo que o átomo
de hidrogênio, logo, os elétrons da ligação entre eles
tendem a se aproximar do cloro, criando nele um
polo negativo e, no hidrogênio, um polo positivo.
Como temos somente um vetor na molécula linear, a
soma vetorial é diferente de zero (μR ≠ O) e, por isso,
a molécula é polar.
A geometria molecular da água é angular e, por isso,
os vetores são posicionados na diagonal. Assim
sendo, devemos fazer a decomposição desses dois
vetores utilizando a regra do paralelogramo. Vamos
formar um losango com os vetores, surgindo, assim,
um único vetor resultante (seta vermelha) voltado
para o átomo de oxigênio.

Temos somente um vetor na molécula de água, logo,


a soma vetorial é diferente de zero (μR ≠ O) e, por
isso, a molécula é polar.
A geometria molecular do metano é tetraédrica e, por
isso, os vetores são posicionados na vertical (dois) e na
horizontal (dois). Os vetores na vertical estão na mesma
direção, mas em sentidos opostos, logo, eles se anulam.
O mesmo ocorre com os vetores da horizontal (mesma
direção e sentidos opostos). Assim, a soma vetorial é
igual a zero (μR = O) e a molécula é apolar.
Polaridade e Solubilidade
 Semelhante dissolve semelhante.

 Soluto polar tende a dissolver bem em


solvente polar.

 Soluto apolar tende a dissolver bem em


solvente apolar.

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