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1.

LIGAÇÃO QUÍMICA
1.3 Geometria e polaridade das moléculas
1. LIGAÇÃO QUÍMICA

1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Geometria molecular com base no Modelo VSEPR.


SUMÁRIO:
Polaridade das ligações e das moléculas.
Resolução de exercícios e problemas para
consolidação dos conteúdos lecionados.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

GEOMETRIA MOLECULAR
Descreve como os núcleos dos átomos que constituem a
molécula estão posicionados uns em relação aos outros.

Modelo da repulsão dos pares eletrónicos da camada de


valência (VSEPR):
- Modelo que prevê o arranjo geométrico de uma molécula com
base na estrutura de Lewis.
- Segundo o modelo, os pares de eletrões de valência existentes
ao redor do átomo central, quer se tratem de eletrões ligantes ou
não ligantes, organizam-se de forma a estabilizar a molécula
minimizando as repulsões eletrostáticas entre esses pares de
eletrões.
Youtube:
Repulsão dos pares de eletrões
(Geometria Molecular)

Vídeo Escola Virtual:


Geometria molecular
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Exemplo: Aplicação do modelo VSEPR à molécula de água.

1.ᵒ) Representar a estrutura de Lewis da molécula.

2.ᵒ) Contar o n.ᵒ de pares eletrónicos em torno do átomo


central (deve atender-se ao nº de ligações existentes,
independentemente da sua ordem de ligação, e ao nº de pares
de eletrões não ligantes).

3.ᵒ) Selecionar o arranjo espacial dos pares eletrónicos que


minimiza as repulsões eletrostáticas entre os pares de
eletrões ligantes e não ligantes.

4.ᵒ) Identificar a geometria molecular considerando apenas o


número de átomos unidos ao átomo central.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Tabela IV – Geometrias moleculares em função dos pares eletrónicos em torno


do átomo central e do número de átomos ligados ao átomo central.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Tabela IV – Geometrias moleculares em função dos pares eletrónicos em torno


do átomo central e do número de átomos ligados ao átomo central.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Tabela IV – Geometrias moleculares em função dos pares eletrónicos em torno


do átomo central e do número de átomos ligados ao átomo central.

• Na ausência de pares de eletrões não ligantes em torno do


átomo central, a geometria molecular identifica-se com o arranjo
espacial dos pares eletrónicos.
• Quando existem pares de eletrões não ligantes, as geometrias
moleculares diferem dos arranjos espaciais dos pares eletrónicos.
As geometrias moleculares que daí resultam são a piramidal
trigonal e a angular.
Atividade Escola Virtual:
Forma da molécula (PhET)
1.3 Geometria e polaridade das moléculas
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

ÂNGULO DE LIGAÇÃO
É o menor ângulo formado pelos dois segmentos de reta que
passam pelo centro do núcleo do átomo central e pelos centros
dos núcleos de dois átomos a ele ligados.

Variação do ângulo de ligação com o número de pares não ligantes em torno do átomo
central com quatro pares eletrónicos.

• Na geometria linear o ângulo de ligação é 180º;


• Na geometria triangular plana o ângulo de ligação é 120º;
• Nas geometrias que resultam de um arranjo espacial tetraédrico,
como a tetraédrica, a piramidal trigonal ou a angular, o ângulo de
ligação tem um valor igual ou próximo de 109,5º.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Polaridade das moléculas


Quando os átomos que constituem a ligação são
do mesmo elemento, os eletrões ligantes são
igualmente partilhados pelos átomos unidos, a
densidade eletrónica está simetricamente
distribuída, originando uma ligação covalente
apolar.
Quando os átomos dos elementos que
constituem a ligação são diferentes, os
eletrões são mais fortemente atraídos para
um dos núcleos envolvidos na ligação, o que
Mapas de potencial
conduz a uma distribuição eletrónica desigual eletrostático para as
em torno dos átomos envolvidos na ligação, moléculas de di-hidrogénio
e fluoreto de hidrogénio. As
originando uma ligação covalente polar. zonas vermelhas e azuis
representam zonas de alta e
de baixa densidade
eletrónica, respetivamente.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Em moléculas diatómicas, a polaridade está dependente


da polaridade da ligação: se a ligação é apolar, a molécula é
apolar; se a ligação é polar, a molécula é polar.

Uma molécula diatómica com uma ligação covalente polar


comporta-se como um dipolo elétrico, isto é, como um sistema
de duas cargas elétricas do mesmo valor mas sinal oposto a
pequena distância uma da outra.

Vídeo Escola Virtual:


Polaridade
Cargas parciais dos átomos de hidrogénio e flúor na
molécula de fluoreto de hidrogénio.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Nas moléculas poliatómicas, a polaridade da molécula


depende, além da polaridade das ligações, do arranjo
tridimensional dos átomos nas moléculas, ou seja, da
geometria molecular.

• Uma molécula poliatómica com um único átomo central e


formada por ligações polares será apolar se houver uma
simetria na distribuição da carga elétrica em torno do átomo
central.

Mapa de potencial eletrostático para a molécula de


dióxido de carbono.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

Moléculas como o dióxido de carbono (CO2) ou o metano


(CH4), que possuem os átomos das extremidades todos iguais e
não possuem pares não ligantes no átomo central, são apolares
apesar de possuírem ligações polares pois, a geometria linear e
tetraédrica que apresentam, proporciona uma distribuição
simétrica da carga elétrica em relação ao centro da molécula.

Mapa de potencial eletrostático para as moléculas de CO 2, CH4,


CH3F.
Se um dos átomos de hidrogénio da molécula de CH4
for substituído por um átomo de um elemento diferente,
por exemplo, flúor, a molécula passaria a ser polar, pois
há uma assimetria na densidade eletrónica.
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

• Uma molécula poliatómica com um único átomo central e


formada por ligações polares será polar se a distribuição de
carga elétrica em torno desse átomo for assimétrica.

Mapa de potencial eletrostático para as moléculas de H 2O e NH3.

Moléculas como a água (H2O) ou o amoníaco (NH3) são polares


porque apresentam geometrias angular e piramidal trigonal que
conduzem a uma distribuição assimétrica.

Link Simulação:
Molecule Polarity (PhET)
1.3 Geometria e polaridade das moléculas
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

O carbono forma compostos moleculares com elementos do grupo 16.


Dois desses compostos são o dióxido de carbono, CO2, e o
dissulfureto de carbono, CS2. São ambos incolores, mas, à
temperatura ambiente, o primeiro é gasoso e o segundo é líquido.

1. Represente a estrutura de Lewis para o dióxido de carbono e preveja,


justificando, como seria a estrutura de Lewis para o dissulfureto de
carbono.

A estrutura de Lewis para a molécula de dióxido de carbono é .

A estrutura de Lewis para a molécula de dissulfureto de carbono seria


idêntica pois, como o enxofre pertence ao mesmo grupo da Tabela Periódica
que o oxigénio, possui o mesmo número de eletrões de valência
estabelecendo o mesmo tipo de ligações covalentes .
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

O carbono forma compostos moleculares com elementos do grupo 16.


Dois desses compostos são o dióxido de carbono, CO2, e o
dissulfureto de carbono, CS2. São ambos incolores, mas, à
temperatura ambiente, o primeiro é gasoso e o segundo é líquido.

2. Qual é a geometria molecular assumida por cada composto?


Justifique.
De acordo com o modelo das repulsões dos pares eletrónicos da camada de
valência, VSEPR, como estas moléculas possuem apenas dois conjuntos de
pares de eletrões ligantes em volta do átomo central a minimização das
repulsões desses pares acontece com a geometria linear.

3. Associe um valor aproximado para os ângulos de ligação em cada


uma das moléculas consideradas.

Na geometria linear o ângulo de ligação é 180º.


1.3 Geometria e polaridade das moléculas

O carbono forma compostos moleculares com elementos do grupo 16.


Dois desses compostos são o dióxido de carbono, CO2, e o
dissulfureto de carbono, CS2. São ambos incolores, mas, à
temperatura ambiente, o primeiro é gasoso e o segundo é líquido.

4. Com base na estrutura de Lewis e na geometria da molécula de


dióxido de carbono, conclua sobre a sua polaridade.
A molécula de dióxido de carbono é apolar, apesar de possuir ligações
polares, pois não possui pares não ligantes no átomo central, o que lhe
permite adotar uma geometria linear que, sendo os átomos das
extremidades iguais, conduz a uma distribuição simétrica da carga elétrica
em relação ao centro da molécula.
1. LIGAÇÃO QUÍMICA
1.3 Geometria e polaridade das moléculas

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