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moléculas
domingo, 21 de Outubro de 2012
02:16
• Os elet rões de valência são os elet rões que part icipam nas ligações químicas.
Ligação covalente
Ocorre uma part ilha de elet rões ent re os át omos, a energia libert ada na ligação é a energia de ligação.
○ Ligação covalente polar ou ligação polar - ligação covalente com maior densidade eletrónica na vizinhança de um dos
átomos. (transferência parcial de eletrões) (diferença de eletronegatividade entre 0 e 2).
○ Ligação covalente apolar (diferença de eletronegatividade = 0).
Estruturas de Lewis
○ A estrutura mais plausível é aquela em que as cargas formais estão localizadas nos átomos mais eletronegativos e as cargas
formais são as mais baixas. Carga formal = V - (L + (1/2 S) [V, número de eletrões; L, número de eletrões em pares não
partilhados; S, número de eletrões partilhados]. A soma das cargas formais dos átomos numa molécula ou num ião devem ser
iguais à carga na molécula ou no ião.
○ Teoria da ressonância: cada uma de duas ou mais estruturas de Lewis, que diferem apenas nas posições de eletrões, para
uma molécula particular, designa-se estrutura de ressonância. Obedece a alguma regras:
Todas as estruturas são estruturas de Lewis possíveis;
A posição relativa espacial de todos os átomos tem de ser a mesma;
Todos os átomos envolvidos na ressonância tem de ser coplanares;
Cada uma das estruturas tem energia diferente, as estruturas de energia menor contribuem mais para a descrição da
molécula;
A energia da molécula real é inferior à de qualquer uma das estruturas;
Quanto mais estruturas a molécula tiver menor é a energia da molécula, logo mais estável será.
□ Ranking de importância das várias estruturas de ressonância num híbrido - as mais importantes=mais estáveis:
1. Os que estão de acordo com a regra do octeto, possuem mais ligações covalentes, não exibem separação
de cargas.
2. Iguais aos anteriores, mas não possuem mais ligações covalentes.
3. Iguais aos anteriores, mas que exibem separação de cargas.
4. Iguais aos anteriores, mas exibem separação de cargas, que vão contra as previstas pela
eletronegatividade.
○ Existem exceções à regra do octecto: moléculas com deficiência de eletrões (BF3); moléculas com nº ímpar de eletrões
(NO)=> estruturas com átomos de carbono que não têm o octeto completo são muito reativas (c/ eletrões desemparelhados
designam-se radicais; moléculas com excesso de eletrões (PCl5): Os elementos do 2º Período só têm uma orbital s e 3 p
disponíveis para estabelecer ligações, logo seguem a regra do octeto, os elementos do 3º Período e superiores têm orbitais d
que podem ser usadas para estabelecer ligações, estes elementos podem alojar mais do que 8 eletrões na sua camada de
valência e estabelecer mais do que 4 ligações covalentes .
Ligação iónica
• Result a da at ração elect roest át ica ent re iões de cargas opost as e forma-se pela t ransferência de elet rões ent re át omos
(diferença de elet ronegat ividade maior que 2).
• O modelo da repulsão dos pares eletrónicos da camada de valência (RPECV) tenta explicar o arranjo geométrico dos pares
eletrónicos em torno do át omo central. Em função da minimização das repulsões entre pares eletrónicos (de modo a minimizar as
repulsões, cada grupo de eletrões de valência situa-se o mais afastado possível dos outros).
Compostos com ligação dupla carbono-carbono (hidrocarbonetos): As ligações H-C formam ligações sigma e quando
os átomos de carbono se aproximam duas orbitais sp2 coalescem e formam uma ligação sigma, ao mesmo tempo as
duas orbitais p não hibridizadas vão coalescer lateralmente originando uma nuvem eletrónica concentrada acima e
abaixo dos núcleos dos átomos envolvidos na ligação, formando uma ligação pi.
Compostos com ligação tripla carbono-carbono (hidrocarbonetos): As ligações H-C formam ligações sigma, em cada
átomo de carbono a outra orbitais sp vai coalescer de topo com a orbital sp do outro átomo, formando uma ligação
simples, e cada uma das orbitais p vai coalescer lateralmente com a orbital p do outro átomo, formando-se duas
ligações pi.
Interferência de duas orbitais p podem interferir segundo o eixo xx, as OM resultantes são do tipo sigma, ou podem
interferir perpendicularmente, as OM resultantes são do tipo pi.
Quant o mais próximo do zero a ordem de ligação est iver menos est ável é a molécula (quando é zero não há molécula).
Hidrocarbonetos
• Só possuem átomos de carbono e de hidrogénio. Podem ser alifáticos ou aromáticos:
• Hidrocarbonetos alifáticos
○ Sat urados (cont ém o número máximo de átomos de hidrogénio) : alcanos: nos alcanos o carbono só est abelece ligações
simples; a fórmula geral dos alcanos é CnH2n+2 .
Nom: met (por vezes formi), et (por vezes acet), prop (por vezes próprio), but ,... (1C, 2C, 3C, 4C…);…-ano; cíclicos - ciclo.
○ Insat urados: alcenos: contém pelo menos uma ligação dupla ent re carbonos; a fórmula geral dos alcenos é CnH2n ; alcinos:
cont ém pelo menos uma ligação tripla entre carbonos; a fórmula geral é CnH2n-2 .
Nom: …-eno (se possuir duas ligações duplas seguidas: …-dieno (alcadieno))
• Hidrocarbonetos aromáticos
○ Possuem um odor e podem considerar-se como derivados do benzeno (C6H6, designado fenil quando ligado a um
hidrocarboneto), ou outro anel aromático. Se o número de eletrões deslocalizados entrarem na fórmula 4n+2 (número de
Huckel) o composto é aromático.
Nom: benzeno - fenil; começa-se a nomenclatura a partir da ramificação mas simples; quando duas ramificações são
iguais na posição 1,2: orto-… ou o-…, na posição 1,3: meta-… ou m-…, na posição 1,4: para-… ou p-…;
• Compostos cíclicos
○ Possuem cadeias cíclicas, ou seja, em anel.
○ Podem ter mais do que um anel. Um exemplo são compostos bicíclicos:
Haletos de Alquila
• Representativamente são hidrocarbonetos em que os hidrogénios são substituídos por grupos alquilo (hidrocarbonetos com menos
um H) ou/e por halogénios (elementos do grupo 17 da tabela periódica).
Nom: (hidrocarboneto) + -ol (IUPAC); ou álcool + nome do grupo ligado ao grupo hidroxilo + …-íco.
□ Nomsec: hidroxi-
Éteres
• Os éteres podem considerar-se dialquilos derivados da água.
Nom: (grupo menor)oxi + (hidrocarboneto grupo maior) (IUPAC); ou éter (grupo menor) - (grupo maior) + -iliíco
□ Nomsec: oxi-
Aldeídos
• Um átomo de carbono, com hibridação sp2, utiliza dois dos seus eletrões de valência para fazer uma ligação dupla com o oxigén io,
dos outros dois eletrões de valência, um é utilizado na ligação a um grupo R e o outro na ligação a um hidrogénio.
Amidas
• São compostos derivados dos ácidos carboxílicos em que o oxigénio (e o hidrogénio) é substituído por grupos amina.
Nom: (grupos ligados a N)-amida (IUPAC)
□ Nomsec: carbamil-
Outros:
• Anidrido: Nom: (ácido maior)+(ácido menor) + -anidrido.
Isómeros
Isómeros constitucionais (isómeros estruturais):
• São compostos que têm diferente fórmula estrutural, os átomos estão ligados numa ordem diferente. A Isomeria estrutural deve -se a
diferenças na estrutura da cadeia carbonada.
Isómeros de cadeia
Apresent am os compostos cujas as fórmulas estruturais diferem apenas na disposição dos át omos de carbono na cadeia
carbonada. Por exemplo, o composto com a fórmula molecular C 5H12 apresent a t rês isómeros cuja cadeia pode ser linear
(pent ano) ou com várias ramificações (metilbutano ou isopent ano e dimet ilpropano ou neopent ano).
Isómeros de posição
Esterioisomeria
• São compostos com a mesma fórmula de estrutura, mas com diferente distribuição espacial dos respetivos átomos. Dividem -se em:
Deast ereoisómeros: Não são a imagem um do outro num espelho plano. Como t êm propriedades diferent es podem-se separar
(pares (1,3) e (2,4)).
Enant eómeros: São a imagem um do outro num espelho plano e não são sobreponíveis. Como t êm propriedades iguais não se
podem separar (pares (1,2) e (3,4)).
Os est ereoisómeros conformais, enanteómeros, são est ereoisómeros int erconvert íveis at ravés da rot ação em t orno de
ligações. Um estereocentro é um carbono tetraédrico com quat ro subst it uintes diferent es - carbono quiral. O número
máximo de estereoisómeros que um composto pode t er é igual a 2 n, em que n é o número de carbonos quirais (2 dest es
est ereoisómeros são enantiómeros os outros são diast ereoisómeros).
Polarimetria: um composto quiral possui polarimetria, ou seja, é uma substância que quando at ravessada por uma
radiação polarizada pode rodar o plano de polarização (estas substâncias estão opt icamente at ivas). Existem como
misturas de dois isómeros, os isómeros d (+) e os isómeros l (-), os primeiros rodam o plano da luz polarizada no sentido
dextrógiro e os segundos no sentido levógiro.
A mist ura dos dois isómeros designa-se mistura racémica ou racemat o.
Apenas compostos cuja a imagem não é sobreponível (enant iómeros) apresent am at ividade ót ica. Exist em compost os
que não t êm atividade ótica:
□ Compostos meso
É um composto que possui dois carbonos quirais com ligandos iguais, logo quando atravessados pela luz
polarizada um dos carbonos desvia a luz polarizada para a direita e o outro carbono desvia a luz polarizada para
a esquerda com os mesmos ângulos, portanto o desvio final será nulo e este composto não apresentará atividade
ótica.
□ O estereoisomerismo em compostos cíclicos, caso exista, o plano de simetria nem sempre será opticamente ativo:
Num composto dicíclico, por exemplo, em conformação de cadeira possuem um equilíbrio rápido entre dois
estereoisómeros: axial (a ligação está fora do plano principal) e equatorial (a ligação está dentro do plano
principal). O isómero equatorial é mais estável, possui menor energia. A diferença de estabilidade entre os
estereoisómeros axial e equatorial resulta de impedimentos estéreos (tensão) causada por qualquer grupo mais
volumoso que o átomo de hidrogénio na posição axial. Moléculas com os substituintes:
Nem t odas as conformações possíveis têm a mesma energia: as conformações eclipsadas são desfavoráveis, por causa
das repulsões entre as nuvens eletrónicas dos substit uintes. As conformações mais est áveis serão as conformações
alt ernada (não tem tensão torsional, nem tensão de impediment o est ereoquímicos). Assim os compost os de maior energia,
menos est áveis, são os compostos em forma eclipsada e com os grupos subst it uintes de maior massa molecular
sobrepost os, já os de menor energia, mais estáveis, são os compost os em forma alt ernada e com os grupos subst it uintes de
maior massa molecular mais afastados possível.
□ Existem dois tipos principais de conformações alternadas, segundo as posições relativas dos substituintes de cada um
dos carbonos: a anti e a guache (a anti é a mais estável, porque aí é máximo o afastamento entre os substituintes.
○ Carbocatião:
Os carbocatiões têm só 6 eletrões, hibridação sp2 (com uma orbital p não ocupada) na camada de valência, são deficientes em
eletrões, apenas 3 desses eletrões pertencem ao carbono.
Não possui eletrões não ligantes.
Sendo deficientes em eletrões serão ácidos fortes de Lewis (eletrófilos - aceita um par de eletrões).
Quanto mais substituintes dadores de eletrões (como grupos alquilos) tiver o carbocatião, maior será a sua estabilidade, pois um
grupo alquilo ajuda a estabilizar a carga positiva de um carbocatião:
□ A densidade de eletrões de uma das ligações sigma carbono-hidrogénio do grupo alquilo flui para a orbital p vazia do
carbocatião porque as orbitais podem ser parcialmente sobrepostas, ao mover a densidade de eletrões neste sentido faz a
ligação sp2 do carbono menos positiva e os hidrogénios do grupo alquilo assumem a carga positiva. Esta deslocalização da
carga vai levar a uma maior estabilidade, esta interação chama-se hiperconjugação.
○ Carboaniões:
Têm 3 eletrões ligantes e dois não ligantes que pertencem ao carbono.
Tendo eletrões não ligantes serão bases fortes de Lewis (nucleófilos - doa um par de eletrões).
• A direção do fluxo de eletrões dá-se no sentido do nucleófilo para o eletrófilo:
□ (X-OH é a base não dissociada). Numa solução aquosa a produção de OH- recruta os H+, diminuindo a concentração de H+
Dissociação de ácidos
□ (H-A é o ácido e A- é a base conjugada correspondente). A dissociação de um ácido em água aumenta a concentração em
H+ e reduz o nº de OH-, a adição da base conjugada diminui a concentração de H+ por formação de ácido conjugado.
○ A escala de pH é normalmente dada em pH = -log[H+] e pOH = -log[OH-]
A eletronegatividade de A diminuí ao longo do grupo da tabela periódica, mas o raio do ácido aumenta. Quanto maior é o raio de
A, mais fraca será a ligação ao protão, pois a distância entre os núcleos dos átomos é maior, logo o protão ficará na ligação mais
dificilmente, ou seja, é mais fácil o ácido dissociar-se, o ácido será um ácido forte:
O efeito da hibridização:
□ Os eletrões das orbitais 2s tem menor energia do que os das orbitais 2p porque os eletrões da 2s estão mais perto do núcleo,
aumentando a interação com o mesmo, existindo uma maior estabilização.
□ As orbitais com maior carácter s mais eletrões do anião, em média, terão maior energia e este será menos estável, a diferença
de eletronegatividade é maior. Assim um ácido é mais forte quanto maior for o carácter s da ligação, deste modo ordem
crescente de acidez dos compostos com ligações hibridas é: sp3<sp2<sp. Aplicado aos hidrocarbonetos:
Os ácidos carboxílicos são mais ácidos do que o álcool correspondente - Diagrama de energia:
O efeito indutivo do grupo carbonilo (C=O) é responsável pela acidez dos ácidos carboxílicos em relação aos álcoois.
◊
○ As transferências de protões são regularmente o primeiro passo de várias reações como álcoois, éteres, aldeídos, cetonas, est eres…
○ A ligação π de um alceno pode atuar como uma base - forma-se um carbocatião: a ligação dupla é quebrada e forma -se uma ligação
do alceno com o protão.
○ Um grupo de saída é um substituinte que pode desligar-se da molécula, formando uma espécie suficientemente estável (ião ou molécula
neutra)
• Mecanismo de reação SN 2
○ A reação SN2 é de substituição, nucleofílica bimolecular
○ A velocidade desta reação é diretamente proporcional às concentrações inicias dos dois reagentes. Rate =k[A] a [B]b .
O mecanismo:
□ O nucleófilo ataca pelo lado oposto ao do grupo de saída(grupo abandonante);
□ A orbital que contém o par de eletrões não partilhado do nucleofílo começa a sobrepor-se com a orbital antiligante vazia do
carbono que transporta o grupo de saída;
□ A ligação entre o nucleófilo e o carbono está a ser formada e a ligação do carbono com o grupo de saída está a quebrar-se: a
formação da ligação do nucleófilo com o átomo de carbono fornece a maior parte da energia necessária para quebrar a
ligação do carbono ao grupo de saída.
O estado de transição
□ O estado de transição é um arranjo passageiro dos átomos em que o nucleófilo e o grupo de saída estão ambos ligados ao
átomo de carbono a sofrer o ataque;
□ A transição envolve tanto o nucleófilo como substrato, assim representa a taxa de reação de segunda ordem;
□ A formação e quebra de ligações ocorre simultaneamente num único estado de transição, a reação é uma reação
combinada;
□ O estado de transição dura apenas uma vibração molecular e é muito instável.
Estereoquímica em reações SN2:
□ A reação SN2 dá-se num centro estereoquímico, logo a configuração do carbono quiral é invertida quando se dá a reação.
• Mecanismo de reação SN 1
○ A reação SN1 é uma substituição nucleofílica monomolecular.
○ A velocidade da reação depende só da concentração do composto com o grupo de saída. Rate =k[A] a .
O mecanismo
□ O ataque pode ocorrer por dois lados opostos;
□ O mecanismo dá-se em três passos:
1º passo: bastante endotérmico e com uma elevada energia de ativação, é lento
◊ Envolve a quebra da ligação do carbono ao grupo de saída.
2º passo: endotérmico, é rápido
◊ Envolve a ligação do nucleófilo ao carbono
3º passo: exotérmico, é rápido
• Um processo de solvólise é quando o solvente atua como nucleófilo na reação de substituição nucleofílica, se o solvente for á gua ocorre
hidrólise.
• Fatores que afetam a velocidade das reações SN 1 e SN 2:
○ A estrutura do substrato:
Os substratos, para reações SN1, apresentam a reatividade: 3 °> 2°> 1° >> methyl (unreactive).
Os substratos, para reações SN2, apresentam reatividade: methyl > 1° > 2° >> 3° (unreactive).
O impedimento estereoquímico, o arranjo espacial dos átomos ou grupos de átomos no centro reativo, ou próximo dele, pode
impedir ou retardar a reação
○ Efeito da concentração e da força do nucleófilo nas reações de substituição nucleofílica
Nas reações SN1 a velocidade não depende da concentração do nucleófilo.
Nas reações SN2 a velocidade é diretamente proporcional à concentração do nucleófilo e nucleófilos mais fortes reagem mais
rapidamente:
□ Um nucleófilo com carga é sempre mais reativo do que o seu ácido conjugado;
□ Nucleófilos com o mesmo átomo nucleofílico, a nucleofilia acompanha a ordem de basicidade;
□ Quanto mais localizada estiver a carga, mais forte é o nucleófilo.
○ Influência do solvente
Reações SN1:
□ Solventes polares próticos, com átomos de hidrogénio ligados a elementos eletronegativos, são excelentes solventes para
reações SN1, pois estabilizam o estado de transição (semelhante a um carbocatião), baixando a sua energia.
Reações SN2:
□ Os solventes polares apróticos, ou seja, solventes que não têm átomos de hidrogénio ligados a átomos eletronegativos,
solvatam catiões, mas deixam os aniões (nucleófilos) livres, são excelentes solventes para reações S N2.
○ Influência do grupo de saída
Os melhores grupos de saída são aqueles que são iões mais estáveis depois de se separarem. Como maior parte dos grupos partem
como aniões, os melhores grupos de saída são aqueles que conseguem estabilizar mais eficientemente a carga negativa, ou seja,
bases fracas.
O grupo de saída adquire a carga negativa durante o estado de transição, a estabilização dessa carga estabiliza o estado de
transição ao diminuir a Energia livre, o que faz com que a Energia de Ativação diminua e a velocidade da reação aumente.
Iodetos alquílicos são assim os melhores grupos de saída (R-I<R-Br<R-Cl).
Síntese Orgânica
• Transformações de grupos funcionais usando reações S N 2
○ O eletrófilo contêm um halogéneo, como grupo de saída, e o nucleófilo é um ião que quando ligado a uma molécula constituí um grupo
funcional.
○ Quando o haleto de alquilo é aquecido juntamente com uma base forte, o nucleófilo (base) B - reage com o hidrogénio do haleto de
alquilo, desprotonando-o, e ocorre a libertação do halogénio como anião. Ocorreu assim uma dehidrohalogenação, que é uma reação
de eliminação
○ Há competição entre a reação de eliminação e de substituição.
Reação de eliminação E2:
□ É um processo concertado que envolve a remoção do protão, a formação da dupla ligação e a saída do grupo abandonante.
□ A velocidade da reação depende da concentração da base e do haleto, sendo uma reação de 2ª ordem.
□ Mecanismo:
O ião básico nucleófilo começa por remover o protão do carbono beta usando o par de eletrões desemparelhados para
formar uma ligação com o mesmo;
Ao mesmo tempo o par de eletrões do carbono beta da ligação C-H começa a mover para formar uma ligação π e o
halogéneo começa a separar-se com os eletrões que o ligavam ao carbono alfa;
No estado de transição existem ligações parciais entre o oxigénio (exemplo) do nucleófilo e o hidrogénio beta e entre o
carbono alfa e o halogénio, e a ligação carbono-carbono está a tomar carácter de dupla ligação;
No final forma-se a ligação dupla do alceno os outros produtos serão um álcool (exemplo) e o anião do halogénio.
Ex:
○ Elementos do 2º período ou átomos mais pesados e carbaniões (C-) muito estáveis, são bons nucleófilos (Nu-) e bases fracas.
○ Espécies sem impedimentos (RO-/R2N-/R3N) e C- moderadamente estabilizados (enolatos) são bons nucleófilos e boas bases.
○ Espécies reativas com impedimento e C- não estabilizados são maus nucleofílos e boas bases.
○ A temperatura favorece a eliminação.
Compostos de carbonilo - aldeídos e cetonas
Adição nucleofílica ao carbono do grupo carbonilo
• Principais características do grupo carbonilo
○ C e O com hibridização sp2.
○ Polarização da ligação C=O devido à diferença de eletronegatividades.
○ A polaridade do grupo carbonilo aumenta o ponto de ebulição em comparação com hidrocarbonetos do mesmo tamanho.
○ O grupo carbonilo aparece nos grupos funcionais das cetonas, aldeídos e ácidos carboxílicos.
○ Estruturas de ressonância do grupo carbonilo:
Síntese de cetonas
□ É obtenível por oxidação de álcoois.
○ Adição nucleofílica à dupla ligação carbono-oxigénio:
Quando o reagente é um nucleófilo forte: O nucleófilo vai atacar o carbono ligado ao O por cima ou por baixo passando um par
de eletrões para este que depois passará ao oxigénio e a ligação C=O deixa de ser dupla e passa a ser C-O, posteriormente esse
grupo de eletrões vai servir para estabelecer a ligação ao eletrófilo (protão ou ião metálico) do composto:
Quando a reação de adição é catalisada por ácido: O composto vai doar um par de eletrões ao hidrogénio do ácido,
estabelecendo-se uma ligação do O com o hidrogénio e o ácido dissocia-se, posteriormente o nucleófilo ligado a hidrogénio vai
ataca o carbono do composto ligando-se ao mesmo, a base conjugada do ácido vai atacar o hidrogénio que está ligado ao
nucleófilo, formando-se ácido e um produto final tetraédrico racémico.
□ Qualquer redução na carga parcial positiva no carbono do grupo carbonilo , com grupos eletrodadores diminui a sua
reatividade ao ataque, à adição de um nucleófilo.
□ Qualquer aumento na carga parcial positiva no carbono do grupo carbonilo, com grupos substituintes eletroatratores, aumenta
a sua reatividade ao ataque, à adição de um nucleófilo.
• Algumas reações típicas:
○ Formação de acetal: o O do álcool ataca o O do grupo carbonilo ocorrendo a quebra da ligação dupla e formando -se duas ligações
simples C-O, formando-se um hemiacetal (hemicetal se for uma cetona), um posterior ataque de um álcool irá formar um acetal (cetal
se for uma acetona).
• Mecanismo de enolização
○ A remoção dos protões em posição alfa em relação ao grupo carbonilo forma o ião enolato, o anião está estabilizado por resson ância
A B
O H que é removido pode ser do isómero A, ceto, ou do isómero B, enol, isómeros constitucionais denominados tautómeros, a forma
ceto é predominante no equilíbrio.
Em condições reacionais que permitam atingir o equilíbrio o ião enolato I predomina, quando for utilizada uma base fraca, pois é o
produto termodinâmico e este é mais estável que o produto cinético.
Fora das condições de equilíbrio, na presença de uma base muito forte, o ião enolato II predomina porque se forma mais
rapidamente e é o produto cinético, mas conduz a um produto menos estável.
• Mecanismo de halogenação
• 2ª regra:
○ As setas nunca são usadas para indicar diretamente o movimento de átomos.
○ Só indicam indiretamente movimento de átomos em consequência de movimento de eletrões, quando há formação e quebra de
ligações.
○ As setas seguem sempre o mesmo sentido.
• 3ª regra:
○ Não pode haver hipervalência
• 4ªregra:
○ Em meio ácido, as espécies básicas reagem muito rapidamente, logo têm tempo de vida muito curto, o mesmo acontece para
espécies acídicas em meio básico, logo não é necessário indicar a formação de espécies acídicas em mecanismo processados em
meio fortemente básico e a formação de espécies básicas em meio fortemente ácido.
○ Em condições acídicas todos os intermediários e produtos são estruturas neutras ou com carga positiva, já em condições básicas são
estruturas neutras ou com carga negativa.
○ Exemplo:
O H preto não acopla com outros protões, o sinal é um singleto de curva integral 1;
Os H vermelhos são homotópicos, possuem a mesma vizinhança química por isso dão apenas um singleto de curva integral 2;
Cada H azul acopla com o H violeta adjacente e dá um dupleto, como os H azuis são homotrópicos e os violtea também, as suas
curvas integrais são 2;
Os H verdes são homotópicos e não possuem hidrogénios adjacentes dão um singleto de curva integral 3.
Em termos práticos, o carbono tem na sua vizinhança carbonos com protões, se a quantidade de protões dos carbonos ligados ao
carbono que estamos analisar for n, o número de picos será n+1 e o integral mostra o número de protões que o carbono analisar
tem.