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Tipos de Ligações Químicas

Ligações intramoleculares:

▪ Covalente;
▪ Iónica;
▪ Metálica.

Ligações intermoleculares:

▪ Ligação de van de Waals;


▪ Ligações de hidrogénio;
▪ Ião-dipolo.

Nota: nas ligações intramoleculares há uma partilha muito significativa de eletrões e nas ligações
intermoleculares há uma partilha pouco significativa de eletrões.

Interações elétricas nos átomos e nas moléculas

As ligações químicas são forças que mantêm unidos os átomos e / ou iões que formam
substâncias. Dado que os átomos são formados por cargas positivas e negativas, todas as
ligações químicas são de natureza electroestática.

As ligações químicas formam-se porque os átomos tendem em encontrar o estado mais estável,
o que corresponde ao menor estado de energia possível – Princípio da Energia Mínima.

No átomo há interações entre núcleo-eletrão e entre eletrões. E leva a que os eletrões de uma
molécula possuam energia elétrica, à semelhança dos eletrões nos átomos. Assim, as forças de
interação nas moléculas são:

▪ de repulsão entre os eletrões;


▪ de repulsão entre os núcleos;
▪ de atração entre os núcleos e os eletrões.

Quando os núcleos se encontram a uma determinada distância média – a distância internuclear


– atinge-se o equilíbrio entre as repulsões e as atrações e os eletrões ocupam a região
internuclear.

Nas moléculas, a energia dos eletrões tem duas parcelas:

▪ energia cinética, Ec, devido ao movimento dos eletrões;


▪ energia potencial elétrica, Ep, devido a interações de natureza electroestática.

Nota: nos átomos e nas moléculas há interações de natureza eletrostática. São as forças
eletrostáticas entre as partículas dos átomos que levam à formação das ligações.

Comparando a energia dos átomos antes e depois de ligados, verifica-se que, quando estão
ligados têm menor energia.
Variação da energia potencial elétrica na formação de uma ligação

Nota: a energia de interação nos átomos e nas moléculas é uma


energia potencial elétrica.

As forças de atração eletrostática fazem diminuir e energia potencial


(interações entre corpos – energia potencial)

As forças de repulsão fazem aumentar a energia potencial.

Situação 1: os átomos estão suficientemente afastados para que a


interação entre eles seja nula, ou seja, a energia potencial elétrica é zero. Ep = 0 KJ mol-1

Situação 2: à medida que os átomos se aproximam, as forças atrativas aumentam mais do que
as forças repulsivas – há deformação de nuvens eletrónicas. Nesta situação denominam as
forças atrativas provocando a aproximação dos átomos. Esta aproximação faz com que a
deformação de nuvens elétricas continue diminuindo a energia potencial elétrica.

Situação 3: quando os núcleos se situam à distância internuclear de equilíbrio, também


conhecida como comprimento de ligação, atinge-se a situação de equilíbrio entre forças
repulsivas e forças atrativas. Esta situação corresponde ao menor estado de energia mínima
possível que assim atinge o máximo de estabilidade. Nesta posição, a energia potencial elétrica
é mínima. A ligação formada designa-se de ligação covalente.

Situação 4: se os núcleos se aproximarem mais do que a distancia internuclear de equilíbrio as


forças repulsivas tornam-se mais intensas, aumentando a energia potencial elétrica. O sistema
torna-se instável e os núcleos afastam-se de novo.

Nota: Re = 74 pm corresponde ao comprimento da ligação.

A energia de ligação é a energia que se liberta quando se estabelece uma ligação entre dois
átomos no estado gasoso. No caso de uma molécula de di-hidrogénio teremos: ELigação = - 436 KJ
mol-1.

H (g) + H (g) → H2 (g) + 436 KJ mol-1

O processo inverso também é possível, pois podemos separar os átomos de hidrogénio que
formam a molécula H2. A energia que é necessária para quebrar a ligação da molécula di-
hidrogénio, denomina-se energia de dissociação, é 436 KJ mol-1.

H2 (g) + 436 KJ mol-1 → H (g) + H (g)

Assim, o valor numérico da energia de ligação é igual ao valor da energia de dissociação, sendo
este valor positivo que se considera para os valores de energia de ligação.

Ligação Covalente

Uma ligação covalente é uma ligação química em que há partilha de eletrões de valência pelos
átomos envolvidos na ligação.

✓ Estabelece-se entre átomos não-metais.


✓ Consiste na partilha de eletrões de valência na zona internuclear (entre os núcleos).
✓ Pode ser simples (onde há partilha de um par de eletrões de valência), dupla (onde há
partilha de dois pares de eletrões de valência) e tripla (onde há partilha de três pares de
eletrões de valência).
✓ A partilha é localizada.

Polaridade das ligações e polaridade das moléculas

Ligação covalente polar: estabelece-se entre átomos de elementos diferentes.

Nesta ligação um dos átomos atrai com maior intensidade os eletrões de ligação do que o outro,
forma-se então uma zona de maior densidade eletrónica, a zona negativa, e a outra com menor
densidade eletrónica, a zona positiva. Dizendo-se que se forma um dipolo elétrico.

Ligação covalente apolar: estabelece-se entre átomos de elementos iguais.

Neste tipo de ligação os eletrões da ligação são igualmente partilhados pelos dois átomos.

A polaridade de uma molécula depende dos tipos de ligações dessa molécula e da sua geometria
molecular.

Quando o conjunto de ligações iguais entre os seus átomos se distribui regularmente no espaço,
a nuvem eletrónica da molécula é globalmente simétrica e, como tal, a molécula é apolar.

Quando o conjunto de ligações entre os seus átomos origina uma nuvem eletrónica que não é
globalmente simétrica, a molécula é polar, formando uma zona mais negativa do que outra, uma
zona de maior densidade eletrónica.

Ligação covalente entre moléculas diatómicas

Uma molécula é diatómica quando é constituída por dois átomos. Se esses átomos forem do
mesmo elemento, a molécula é diatómica homonuclear, se for constituída por átomos de
elementos diferentes, a molécula é diatómica heteronuclear.

Os eletrões de valência da molécula são todos os eletrões de valência dos átomos que formam
a molécula, assim:

▪ Os eletrões de valência da molécula que fazem parte da ligação são os eletrões ligantes.
São eletrões ligados e encontram-se na zona internuclear.
▪ Os eletrões de valência da molécula que não fazem parte da ligação são os eletrões não-
ligantes.
Formam pares eletrónicos não-ligantes.

Uma molécula é poliatómica quando as atrações e as repulsões elétricas entre núcleo e eletrões
ocorrem em moléculas com mais de dois átomos.

A polaridade depende da sua geometria.


Geometria espacial das moléculas

A geometria de uma molécula, ou seja, a disposição espacial dos átomos na molécula torna
mínimas as repulsões.

A repulsão entre pares de eletrões não-ligantes é superior à repulsão entre um par de eletrões
não-ligantes e um par de eletrões ligantes, e esta repulsão é superior à de pares ligantes.

Conclusão: PNL – PNL > PNL – PL > PL – PL

Tipos de geometria molecular:

✓ linear;
✓ angular;
✓ piramidal Trigonal;
✓ tetraedrica.

Energia de ligação e comprimento de ligação

Comprimento de ligação: é a distância média entre os núcleos dos átomos que estabelecem uma
ligação covalente.

Energia de ligação: É a energia…

Relação entre o comprimento da ligação e a energia de ligação:

✓ quanto maior for o número de dupletos mais forte é a ligação, maior é a energia de
ligação, menor é o comprimento da ligação, maior é a estabilidade molecular e menor
é a reatividade da molécula.

Em moléculas diatómicas, verifica-se que:

✓ quanto maior o raio do átomo que estabelece a ligação, maior o comprimento de ligação
e menor a energia de ligação.

Ligação iónica

Ocorre por transferência de eletrões de valência entre um metal e um não-metal.

✓ A ligação iónica estabelece-se entre um não metal e um metal.


✓ Numa ligação iónica existem intensas forças electroestáticas de atração entre os
eletrões positivos e negativos.

Os átomos dos metais (poucos eletrões de valência e baixo valor de energia de primeira
ionização) adquirem estabilidade cedendo eletrões formando catiões (iões positivos).

Os átomos dos não-metais (muitos eletrões de valência e elevado valor de energia de primeira
ionização) adquirem estabilidade captando eletrões formando aniões (iões negativos).

Os iões positivos e negativos dispõem-se geometricamente numa rede cristalina, formando um


conjunto neutro, o cristal iónico.
Ligação metálica

Há uma partilha deslocalizada de eletrões de valência, ou seja, todos os átomos partilham todos
os eletrões de valência.

✓ Estabelece-se entre átomos dos metais.

Neste tipo de ligação verifica-se que:

▪ Os átomos do metal cedem os eletrões de valência convertendo-se em catiões (cernes


dos átomos) que se dispõem numa rede cristalina, o cristal metálico;
▪ Os eletrões de valência que estão fracamente ligados ao núcleo podem mover-se no
interior do metal, sendo conhecidos como eletrões livres.
▪ A interação entre os iões positivos e os eletrões de valência da nuvem eletrónica faz
aumentar a estabilidade do conjunto.

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