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Estruturas Químicas e Natureza

https://www.youtube.com/watch?v=CNUAkUJZM1E

Vídeo- Condutividade
✓ Grupo X: materiais sólidos que não conduzem eletricidade, mas o fazem quando
dissolvidos em água.

✓ Grupo Y: materiais que não conduzem eletricidade nem quando dissolvidos em água.

✓ Grupo Z: materiais sólidos que conduzem eletricidade. Os materiais do grupo X são


denominados eletrólitos.

Eletrólitos são substâncias que, quando dissolvidas em água, tornam a solução condutora
de eletricidade
Como explicar que alguns materiais conduzem
corrente elétrica e outros não?
• O que isso tem haver com as diferentes formas que os átomos estão ligados
nas substâncias?
Que diferença há entre os constituintes de
materiais condutores de eletricidade e os não
condutores? Que partículas dos átomos poderiam
favorecer a condutividade elétrica dos materiais?

Sacarose
Vamos compreender então a natureza das ligações
química!
Conceito
A ligação química pode ser definida como uma força de natureza eletrostática,
resultante das atrações e repulsões, que mantém dos átomos unidos.
Existe uma distância limite
em que as forças atrativas
se sobrepõem as forças
repulsivas mantendo os
átomo unidos

A aproximação dos átomos ocorre com


diminuição da energia do sistema

Essa distância representa um


comprimento médio devido aos
movimentos vibracionais dos
Observem que depois átomos
de um certo ponto a
energia do sistema
aumenta, como
justificar?
A formação de uma ligação química ocorre com liberação de energia, ou seja,
é exotérmico. Na distância ótima a energia do sistema atinge seu valor mais
baixo, isto e, mais negativo.
Energia total do sistema: energia cinética + energia potencial
• Energia cinética=> movimentos das partículas
• Energia potencial => interações eletrostáticas

. Assim, para dissociar átomos ligados é necessário fornecer energia


(processo endotérmico), denominada energia de ligação;

- A distância ótima entre dois átomos, na qual a energia do sistema é


mínima, é denominada comprimento de ligação;
Por que os átomos se ligam?

Os átomos se ligam porque, quando


ligados, estão em um estado mais estável
do que quando “separados”.

ΔG = ΔH -
TΔS

Processo Exotérmico
LIGAÇÕES QUÍMICAS
▪ Por que os átomos se ligam? ESTABILIDADE (menor energia)

Ligação iônica

Atração eletrostática ente os íons

Ligações
Ligação covalente
Químicas Compartilhamento de elétrons, através
de sobreposição de orbitais

Ligação metálica
Agregado de cátions, coesos por
elétrons livres
Ligação covalente

Em uma ligação covalente os elétrons compartilhados concentram-se na região


internuclear.
Ligação covalente

Ligação covalente apolar - Há o compartilhamento de elétrons entre átomos


iguais.

Ligação covalente polar - Há o compartilhamento de elétrons entre átomos


iguais.
desigual
Ligação covalente

Formação de polos

Ligação covalente polar

https://phet.colorado.edu/sims/html/molecule-polarity/latest/molecule-polarity_pt_BR.html
Ligação covalente

Sem formação de polos

Ligação covalente apolar

https://phet.colorado.edu/sims/html/molecule-polarity/latest/molecule-polarity_pt_BR.html
Ligação covalente
Eletronegatividade

É a medida da capacidade de um átomo, em uma espécie poliatômica, de atrair para si os elétrons de uma
ligação.
ELETRONEGATIVIDADE X POLARIDADE

▪ Pauling estabeleceu as eletronegatividades em uma escala de 0,7 (Cs) a 4,0 (F).

Eletronegatividade:
Próximo de 0 = ligação covalente apolar
Próximo a 2 = ligação covalente polar
Próximo a 3 = ligação iônica
▪ É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre dois átomos
(ligações múltiplas):

Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H 2);

Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (O 2);

Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2).

Os elétrons compartilhados pelos átomos em


uma ligação covalente são ditos elétrons
ligantes, enquanto aqueles que não participam
da ligação, elétrons não-ligante
H H O O N N
Ligação covalente
Ligação Comprimento de ligação (pm) Energia média da ligação (kJ/mol)
C-C 154 370
C=C 137 699
CΞC 120 960
C-O 143 358
C=O 123 799
C-N 147 300
CΞN 116 891

▪ Quanto mais elétrons no eixo internuclear, mais próximos os núcleos dos dois átomos
estarão, ou seja, diminui a distância internuclear.
▪ Quanto menor o comprimento da ligação, maior a força de atração, maior a energia da
ligação.
FORÇAS DAS LIGAÇÕES COVALENTES
▪ Usar as entalpias de ligação para
calcular a entalpia para uma reação
química.

▪ Admitindo que em qualquer reação


química as ligações precisam ser
quebradas para que novas ligações
sejam formadas.

▪ A entalpia da reação é dada pela soma


das entalpias de ligações quebradas
menos a soma das entalpias das
ligações formadas.
LIGAÇÕES QUÍMICAS
Teoria de lewis: regra do octeto
▪ Ao perceber que todos os gases nobres, com exceção do hélio, possuiam 8
elétrons na camada de valencia, propôs que os átomos perderiam, ganhariam
ou compartilhariam elétrons para atingir esta configuração.

Gilbert Lewis (1916)


• Teoria do octeto – Átomos se ligam para ficarem com oito elétrons de
valência (ou dois no caso do H), ou seja, configuração de gás nobre.

• Estrutura de Lewis – Representação de uma espécie química,


evidenciando sua configuração eletrônica
Desenhando estruturas de Lewis

✓Somar os elétrons de valência de todos os átomos que formam a


espécie poliatômica; (levar em conta a carga em caso de cátion ou
ânion)
✓Escrever os símbolos dos átomos envolvidos, mostrando como eles
estão arrumados (organizados ao redor do átomo central);
✓ Unir os átomos por uma linha representando um par de elétrons
compartilhados;
✓Completar o octeto dos átomos ligados ao átomo central;
✓Colocar os elétrons restantes no átomo central, mesmo que ultrapasse o
octeto
✓Caso não se complete o octeto do átomo central, tentar fazê-lo com
ligações múltiplas.
Estruturas de Lewis não equivalentes

Um estrutura de Lewis será mais representativa (menor


energia), se: Tiver menor quantidade de cargas formais
Ligação covalente
• Falhas da teoria do octeto

✓Espécies com número ímpar de elétrons;


radicais
Falhas da teoria do octeto
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA

No entanto, a partir da dualidade onda-partícula do elétron, que a


posição de um elétron em um átomo não pode ser descrita de forma
precisa, mas somente em termos de probabilidade de encontrá-lo em
algum lugar do espaço definido pelo orbital.

de Broglie Heisenberg
Ligação covalente
• Teoria da Ligação de Valência (TLV) - compartilhamento de par(es) de
elétron(s) mediante sobreposição de dois orbitais atômicos
parcialmente preenchidos ou um cheio e um vazio.

▪ A força da ligação covalente depende do grau de sobreposição


entre os orbitais atômicos.

▪ A sobreposição depende da simetria dos orbitais atômicos.


Ligação covalente
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA

Ligações sigma

▪ A distribuição elétrons tem densidade eletrônica acumulada entre


os núcleos e é chamada de ligação 𝜎 (ligação sigma).

▪ Uma ligação 𝜎 é simetricamente cilíndrica.

▪ Não tem plano nodal contendo o eixo internuclear.

▪ A fusão dos dois orbitais atômicos é chamada de superposição de


orbitais.
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA
▪ Quanto maior for a superposição dos orbitais, mais forte é a ligação.

Todas as ligações covalentes simples são ligações 𝝈


TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA
▪ Quanto maior for a superposição dos orbitais, mais forte é a ligação.
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA

Ligações pi

▪ Dois dos orbitais 2p de cada átomo () são perpendiculares ao eixo

internuclear e cada um deles contém um elétron desemparelhado.

▪ Quando esses elétrons, um de cada orbital p de um átomo de N, se

emparelham, seus orbitais só podem se sobrepor lado a lado.

▪ Esse tipo de superposição leva a uma “ligação 𝝅”


TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA

Ligações pi
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA

Ligações pi

Na teoria da ligação de valência, supomos que as ligações se formam


quando elétrons desemparelhados de orbitais atômicos da camada de
valência formam pares. Os orbitais atômicos que eles ocupam se
superpõem cabeça-cabeça para formar ligações 𝝈 ou lateralmente
para formar ligações 𝝅.
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA
TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA

Promoção de elétrons e hibridação dos orbitais


HIBRIDAÇÃO DOS ORBITAIS
▪ Quando tentamos aplicar a teoria da ligação de valência ao metano,
𝐶𝐻4 , encontramos dificuldades.
HIBRIDAÇÃO DOS ORBITAIS E FORMA
TRIDIMENSIONAL DAS MOLÉCULAS
- Orbitais híbridos sp3
Embora o elétron fique em um
orbital de maior energia, ele sofre
menos repulsão de outros elétrons

𝐇𝐞 𝟐𝐬𝟏 𝟐𝐩𝟏𝐱 𝟐𝐩𝟏𝐲 𝟐𝐩𝟏𝐳 do que antes da promoção

Somente uma pequena


quantidade de energia é
necessária para promover o
elétron
Orbitais híbridos sp3

Os quatro orbitais híbridos só


diferem na orientação, cada um
apontado para o vértice de um
tetraedro, os outros aspectos eles
são idênticos
HIBRIDAÇÃO DOS ORBITAIS

A promoção de elétrons só ocorrerá se o resultado for o abaixamento


da energia provocada pela formação de novas ligações. Os orbitais
híbridos são formados em um átomo para reproduzir o arranjo dos
elétrons que é característico da forma experimental determinada para
a molécula
HIBRIDAÇÃO DOS ORBITAIS
Orbitais híbridos sp3
Os orbitais usados na formação de ligação determina os ângulos de ligação

▪ Ângulos de ligação tetraédrico: 109,5°

▪ Os pares de elétrons se distribuem no espaço o mais distante possível um do outro


Orbitais híbridos sp2

H H
C C 116,6º
H H
121,7º

H H H
C O C N
H sp2 sp2 H sp2 sp2

Estão em um plano e apontam para os vértices de um


triângulo equilátero
Orbitais híbridos sp2
Orbitais híbridos sp
Orbitais híbridos sp

H H
sp2 C C C sp2 H C N
H sp H sp sp

Um arranjo linear de pares de elétrons requer dois orbitais híbridos, então misturamos
um orbital s com um orbital p para produzir dois orbitais híbridos sp.
a) Um orbital s e um orbital b) Um orbital s e dois
p formam dois orbitais orbitais p formam três
híbridos sp que apontam em orbitais híbridos 𝑠𝑝2 que
direções opostas apontam para os vértices de
um triângulo equilátero

c) Um orbital s e três orbitais


p formam quatro orbitais
híbridos 𝑠𝑝3 que apontam
para os vértices de um
tetraedro

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