Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROJETO INTERDISCIPLINAR
4º PERIODO
Natal/RN
Março/2014
DETECÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Natal/RN
Março/2014
Resumo
O estudo dirigido a detecção da Doença de Alzheimer pela
ressonância magnética tem como objetivo mostrar que essa é uma doença
que se classifica como um tipo de demência. Segundo as diretrizes
clinicas na saúde complementar da ANS e AMB, a doença de Alzheimer é
“uma síndrome com comprometimento da memória associada a pelo
menos um prejuízo em pelo menos uma das funções cognitivas”. A
ressonância magnética é um método de imagem não invasivo que utiliza
um campo magnético e ondas de radiofrequência para se obter imagens.
Os meios de contrastes podem ser definidos como substâncias ou
fármacos usados na radiologia com finalidade de permitir a suficiente
diferenciação entre estruturas circunvizinhas que possuem densidades
similares. Até 2011, eram utilizados os critérios clínicos NINCDS-ADRDA e
o DSM-IV-TR), esses critérios são recomendações utilizadas pelos
médicos e aplicados na forma de testes cognitivos para avaliar as
faculdades do paciente sobre suspeita de Alzheimer. A partir de 2011
foram estabelecidos novos critérios para a avaliação de pacientes com
suspeita de Alzheimer, os critérios NIA-AA levam em consideração novas
práticas de anamnese, exames de imagem e análise do fluido
cerebrospinal.
SUMÁRIO
1 Introdução.................................................................................................................03
2 Patologia da doença de Alzheimer..........................................................................05
3 Ressonancia magnética e meios de contraste........................................................05
3.1 Escalas visuais de avaliação das atrofia em exames de RM.............................08
4 Critérios clínicos de diagnóstico...............................................................................10
4.1 Multimodalidade no estudo patologico da DA....................................................11
5 Prevenção e tratamento...........................................................................................12
6 Conclusão.................................................................................................................14
7 Referências..............................................................................................................15
3
1 Introdução
Segundo as diretrizes clinicas na saúde complementar da ANS e AMB, a
Doença de Alzheimer (DA) é “uma síndrome com comprometimento da memória
associada a pelo menos um prejuízo em pelo menos uma das funções cognitivas e
que interfere no desempenho social e/ou profissional do indivíduo e representa um
declínio em relação ao nível de funcionamento anterior”. O início dos sintomas
geralmente é lento e insidioso e diferente do que se pensa, a doença também
acomete pessoas mais jovens, com casos relatados a partir dos 40 anos. Com o
envelhecimento global da população e com as novas pesquisas que indicam que o
Alzheimer pode aparecer bem mais cedo do que se imagina, faz-se necessário
métodos mais eficientes para detecção de patologias, principalmente as que
diminuem gradativamente a qualidade de vida dos idosos ou dos que dela sofrem.
A Ressonância Magnética (RM) é um método de imagem não invasivo que
utiliza um campo magnético e ondas de radiofrequência para se obter imagens dos
seres vivos. O termo “vivos” remete a qualquer ser ou objeto que possua em sua
composição grande quantidade de água. Em síntese, a RM funciona alinhando os
átomos de hidrogênio através de um campo magnético e os excitando com uma
onda de Radiofrequência (RF), provocando uma instabilidade nos átomos de
hidrogênio gerando assim, uma frequência de retorno, que é captada pela bobina
utilizada na área de estudo.
Por ser capaz de identificar diferentes tipos de densidade, além de possuir
uma grande resolução espacial (detalhamento da imagem) é o método preferido
para o estudo de demências, salvo quando o paciente possui algum tipo de implante
metálico, onde o mesmo será encaminhado para outro tipo de exame de imagem.
Por esse motivo, a RM tem sido utilizada para um melhor estudo das patologias que
acometem a região encefálica.
Os exames de ressonância magnética são realizados em sala regida pelas
normas técnicas da ANVISA, essa sala possuiu blindagens para bloquear
interferência externa da radiofrequência gerada pelo aparelho e para manter o
campo magnético gerado pelo aparelho contido na sala. A sala também possuiu
acessórios utilizados nos exames, como as bobinas, que são usadas de acordo com
a região estudada ou os fones de ouvido que o paciente pode utilizar durante o
processo. Poderá haver também na sala a bomba infusora, que permite a realização
de exames contrastados.
4
Figura 1
7
Figura 2
Figura 3
9
Figura 4
Figura 5
Figura 6
10
Figura 7
11
De acordo com o artigo “generative FDG-PET and MRI model of aging and
disease progression in Alzheimer’s desease” o grande problema dos estudos atuais,
é que os mesmos não conseguem encontrar uma explicação para os achados
controversos no padrão de mudanças patofisiológicas da DA, sendo o foco nos
últimos anos o de encontrar maneiras de integrar os diferentes tipos de estudo sobre
DA, em especial os de neuroimagem, visualizando a doença de diversos ângulos.
A multimodalidade, ou seja, a correlação entre os diferentes tipos de formas
de estudo se faz presente, principalmente na união do PET (FDG-PET) com a RM
(figura 6), tal união comtempla o que há de melhor na neuroimagem ao suprir o que
falta na outra modalidade, enquanto o PET consegue captar o metabolismo das
células, identificando, portanto, zonas em que a atividade metabólica é maior ou
menor, o mesmo não possui uma boa resolução espacial, já a RM dispõe de alta
resolução espacial e a capacidade de distinguir diferentes densidades de tecidos
moles, permitindo a correlação entre as imagens de regiões com danos estruturais e
as com baixo metabolismo. Enquanto a PET oferece imagens sobre o metabolismo,
a ressonância magnética funcional demonstra as áreas em uso no momento do
exame sem o uso de contraste, além de demonstrar o encéfalo sobre diversos tipos
de estímulos, isso pode ser útil na detecção dos estágios pré-Alzheimer, onde a
patologia se encontra de forma assintomática. A neuroimagem molecular com PET
estuda a atividade cerebral utilizando radio fármacos que são substâncias
introduzidas na corrente sanguínea e apresentam marcadores com afinidade á
células especificas, sendo utilizadas no seu metabolismo e emitindo radiação que é
capturada pelo cintilador do aparelho de PET. Outra modalidade é a análise do fluido
cerebrospinal que busca marcadores biológicos específicos relacionados aos
aspectos patológicos da doença de Alzheimer, como os níveis das proteínas Tau e
beta-amiloide, ligadas diretamente aos emaranhados neurofibrilares e as placas de
13
Figura 8
5 Prevenção e tratamento
Até a presente data do estudo, não existe um método preventivo ou
tratamento comprovado para combater a DA, o que existe são estudos que mostram
resultados promissores tanto na prevenção como no tratamento, partindo do
princípio farmacológico e também da intervenção cirúrgica.
Segundo as diretrizes clinicas na saúde complementar, existe uma análise de
algumas medidas preventivas para a DA, podendo citar estratégias que se associam
com melhora da qualidade e um estilo de vida saudável. Conforme esse artigo, a
hipertensão arterial torna-se um fator de risco para a DA, suas consequências
podem desencadear outras doenças, como por exemplo, o acidente vascular
encefálico, que contribui não só para a DA, mais também para as outras demências,
pode se evitar a hipertensão arterial com a prática de atividades físicas regularmente
e uma dieta adequada. A Diabetes Mellitus está associada de forma indireta e
globalmente por aumentar a resistência insulínica nos tecidos e esta pode estar
envolvida na patogenia da DA, por aumentar os níveis de beta amiloide e agentes
inflamatórios no sistema nervoso central. Como prevenção da Diabetes Mellitus
pode se reduzir o peso, além da prática de atividade física. Existe ainda a
possibilidade de atividades que estimulem a cognição, como leitura de jornais e
livros, palavras cruzadas e tocar algum instrumento musical.
14
6 Conclusão
Foi observado com esse estudo que diante dos mais variados tipos de
pesquisa sobre o assunto, as pesquisas com RM e outros métodos de imagem
foram as que mais se mantiveram fora de contradições, sendo um dos campos mais
bem recomendados e utilizados no estudo de doenças neurodegenerativas.
Com os critérios adotados a partir de 2011, a união dos métodos de imagem
com exames laboratoriais e novos tipos de anamnese, se tornaram ferramenta
primordial na pesquisa e no diagnóstico da doença de Alzheimer; além das técnicas
de ressonância magnética desempenharem um importante papel no diagnóstico
precoce da doença de Alzheimer e o monitoramento da eficácia de novos
tratamentos em ensaios clínicos. A etiologia da doença de Alzheimer ainda é
desconhecida, porém a sintomatologia pode ser detectada utilizando-se exames
laboratoriais e de imagens, mostrando a constante necessidade em avanços que
possam auxiliar no diagnóstico da patologia.
16
7 Referencias
Figura 1. Foto por Joelmo Santos. Sala de ressonância magnética. Mar 2015.
Figura 2. Foto por Joelmo Santos. Sala de ressonância magnética. Mar 2015.
Figura 3. Disponível em:<https://teddybrain.files.wordpress.com/2012/12/20121231-
105226.jpg>. Acesso em: 25 mar 2015.
Figura 4. Disponível em:<http://img.medscape.com/article/781/562/781562-
fig17.jpg>. Acesso em 25 mar 2015.
Figura 5. Disponível em:<http://openi.nlm.nih.gov/detailedresult.php?
img=3217148_330_2011_2205_Fig1_HTML&req=4>. Acesso em: 25 mar 2015.
Figura 6. Disponível em:<http://www.bmj.com/content/339/bmj.b2477>. Acesso em:
25 mar 2015
Figura 7. Disponível em:<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?
fase=r003&id_materia=4762>. Acesso em 25 mar 2015.
Figura 8. Disponível
em:<http://it-material.de/IT-online5/wp-content/uploads/2011/10/2677257668_6eea7
bbc99_o.jpg>. Acesso em: 25 mar 2015.
Alternative Treatment. Alzheimer’s Association. Disponível
em:<http://www.alz.org/azlzheimers_disease_alternative_treatments.aspcaprylic_aci
d>. Acesso em 25 mar 2015.
Alzheimer’s disease. Genetics Home Reference. Disponível em:<
http://ghr.nlm.nih.gov/condition/alzheimer-disease> Acesso em: 25 mar 2015.
BALTHAZAR, Marcio. Como diagnosticar e tratar demências. Disponível
em :<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4762>.
Acesso em: 25 mar 2015.
BARKOF, Frederik; HAZEWINKEL, Marieke; BINNERWIJZEND, Maja; SMITHUIS,
Robin. Dementia: role of MRI updated version. Disponível em:<
http://www.radiologyassistant.nl/en/p43dbf6d16f98d/dementia-role-of-mri.html>.
Acesso em: 25 mar 2015.
BERTOLUCCI, Paulo. Doença de Alzheimer. Disponivel
em:<http://emedix.com.br/com/alzheimer/neu006_1h_alzheimer.php>. Acesso em:
25 mar 2015.
BK, Binukumar; YL, Zheng; V, Shukla; ND, Amin; P, Grant; HC, Pant. TFP5, a
peptide derived from p35, a Cdk5 neuronal activator, rescues cortical neurons from
17