Você está na página 1de 149

Capítulo 01 – Introdução e curiosidades sobre Tomografia Computadorizada .........................................................................................

03
Capítulo 02 – Princípios básicos da Tomografia Computadorizada.............................................................................................................21
Capítulo 03 – Codificação e formação de imagens.....................................................................................................................................54
Capítulo 04 - Segurança em Tomografia Computadorizada........................................................................................................................76
Capítulo 05 - Os 15 principais exames em TC............................................................................................................................................107
Referências.................................................................................................................................................................................................148
Contato.......................................................................................................................................................................................................149

02
03
COMO FUNCIONA UM EQUIPAMENTO DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA?

Os tecidos do corpo humano são compostos por diminutas


partículas chamadas átomos. Através da associação destes
são formados órgãos, que apresentam densidades
diferentes.

Através da diferença entre densidades os raios x passam


pelo corpo, são atenuados e coletados. Um sistema
computadorizado coleta estes dados e os transforma em
imagem

04
O COMPUTADOR

Utiliza estas informações para construir imagens que


aparecem num monitor de TV. As imagens assim obtidas
podem ser registradas em filmes que juntamente com o laudo
são entregues ao paciente que por sua vez os encaminha ao
seu médico.

05
HÁ QUANTO TEMPO A RM VEM SENDO UTILIZADA?

Embora Químicos e físicos venham utilizando os princípios


básicos da RM desde a década de 1950, somente no início dos
anos 80 é que a TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA passou a
ser aprovada nos USA para as primeiras investigações clínicas
com pacientes.

O QUE O PACIENTE DEVE SABER SOBRE TOMOGRAFIA


COMPUTADORIZADA

Imagens por tomografia computadorizada é um método


diagnóstico por imagem indolor, rápido e de baixo custo, que
utiliza radiações ionizantes de uma forma controlada, sendo,
portanto um meto seguro para a investigação clinica.

06
A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PODE PRODUZIR IMAGENS
EM TODOS OS PLANOS DO CORPO?
Mostrando o que está acontecendo nos órgãos ou tecidos do
paciente. Ela utiliza: - a passagem dos raios x pelo corpo e um
avançado computador. O gantry é bastante amplo e confortável e
envolve o paciente durante o exame.

Através de reconstruções multiplanares baseadas em cortes de até


0,5 mm, é possível a reconstrução em todos os planos.

POR QUE A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É IMPORTANTE?


Porque ela pode oferecer um diagnóstico rápido e eficiente,
permitindo um tratamento precoce e seguro das doenças.

07
AS IMAGENS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
SÃO EXTREMAMENTE PRECISAS?

Imagens por tomografia computadorizada utilizam a mais


avançada tecnologia disponível ao ser humano, capaz de
propiciar exames bastante precisos de qualquer parte do
corpo sem riscos para o paciente, como já foi dito.

Isso se deve a elevada sensibilidade do aparelho e às


informações obtidas pelo sistema de computadores que
trabalham em conjunto durante a realização do exame.

08
APLICAÇÕES DA RESSONÂNCIA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA

Dada a grande sensibilidade da TOMOGRAFIA


COMPUTADORIZADA, ela é especialmente
valiosa para ajudar a diagnosticar:

DOENÇAS DOS ÓRGÃOS E ARTICULAÇÕES

As imagens são tão precisas que podem fornecer


também o diagnóstico diferencial das lesões do fígado,
baço, pâncreas, rins, glândulas adrenais com detalhes
anatômicos das articulações obtidas através da
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA faz deste o melhor
exame para as doenças osteo-articulares.

09
PERTURBAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO

• Esclerose múltipla pode ser detectada em suas fases iniciais.


• Tumores do sistema nervoso central são facilmente
localizados.
• Doenças da base do encéfalo.
• Doenças do interior da medula ou ao redor dela.
• Doenças da coluna com envolvimento do sistema nervoso.
• Hidrocefalias. - Lesões da hipófise.
• Lesões dos nervos cranianos.
• Doenças congênitas, etomografia computadorizada.

10
DOENÇAS VASCULARES CEREBRAIS

Os novos programas dos aparelhos de TOMOGRAFIA


COMPUTADORIZADA permitem a avaliação das artérias do
pescoço (artérias carótidas e vertebrais) e do cérebro sem o
uso do contraste.

CÂNCER

A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA pode ser utilizada para


detectar precocemente o câncer nos diferentes tecidos e
órgãos. Preparação para um exame de ressonância magnética.

Em casa relaxe apenas e siga sua rotina normalmente.


Alimente-se como de costume e tome seus remédios
habituais.

11
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE AO REALIZAR O EXAME

- Será questionado sobre o motivo do seu exame.


- Será informado sobre o procedimento (exame).
- Deverá remover todos os objetos metálicos tais como
jóias prendedores de cabelo, óculos, perucas (se houver
clipes de metal) e dentaduras móveis.
- Será questionado sobre a alergia a frutos do mar,
esmalte, uso de medicamentos e principalmente de
reações e sensibilidade ao iodo.

O paciente irá receber um avental especialmente para o


exame.

12
O PROCEDIMENTO DO EXAME

Embora o equipamento possa causar apreensão não há


necessidade de ter medo. É importante apenas permanecer
quieto e relaxado durante a execução do exame.

Os movimentos podem atrapalhar a aquisição dos dados pelo


computador e produzir artefatos que produzirão imagens de
má qualidade.

13
ASSIM QUE O EXAME COMEÇAR

A mesa examinadora, na qual você permanecerá deitado,


deslizará suavemente para dentro do gantry, o qual fornecerá
as condições técnicas adequadas para que o exame possa ser
iniciado.

As imagens serão obtidas com o deslocamento da mesa, em


movimentos sincronizados.

14
DURANTE O EXAME

O operador irá manter comunicação verbal com o paciente,


orientando sobre a seqüência do exame, bem como sobre a
injeção do agen de contraste. O aparelho não irá induzir calor
ou fornecer barulho na sala de exame.

QUANDO O EXAME TERMINA

O paciente é retirado da mesa e poderá regressar


normalmente para sua casa, para o seu trabalho ou escola. O
exame não interfere na rotina de sua vida. Reações sobre o
meio de contraste serão observadas durante 30 minutos no
serviço de imagem, por motivos de segurança.

15
OS RESULTADOS DO EXAME SERÃO AVALIADOS POR UM
ESPECIALISTA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Que estudará as centenas de imagens obtidas. As imagens


serão transferidas para filmes radiológicos que juntamente com
o laudo do especialista devem ser enviados ao seu médico.

16
O MÉDICO

Avaliará o resultado do exame e, de acordo com o diagnóstico


obtido, sua história clínica, seus sinais e sintomas e o resultado de
outros possíveis exames laboratoriais, lhe sugerirá o tratamento
adequado caso isso seja necessário.

O TRATAMENTO
Clínico ou cirúrgico dependerá exclusivamente do resultado do
exame, sendo este, portanto, essencial para a manutenção do estado
de saúde do paciente.

17
ANTES DE REALIZAR O EXAME DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA

É importante que você discuta o procedimento com o seu


médico para avaliar os riscos e benefícios e benefícios do
exame.

RISCOS E BENEFÍCIOS
O método de diagnostico por imagem por TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA é amplamente utilizado no mundo e se
destaca por sua precisão e custo de implementação baixo, em
comparação com outros métodos.

Estudos foram realizados e foram identificados riscos e


benefícios para o método, como veremos a seguir:

18
POSSÍVEIS RISCOS

• Devido ao método usar raios x, a produção de radicais livres,


aumento da dose absorvida e efeitos causados pela
administração da radiação nos seres humanos;

• Possíveis intercorencias referentes à administração do meio de


contraste, em relação à toxidade ou hipersensibilidade ao iodo.

19
BENEFÍCIOS CONHECIDOS

A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA tem sido testada


exaustivamente em todo o mundo e até o presente momento
foram detectados os seguintes benefícios:

• Sensibilidade diagnóstica.
• magens detalhadas com maior precisão em todos os planos do
corpo nos sistemas multicorte e no plano axial em helicoidal.
• Detecção precoce das doenças.
• Detecção precoce significa tratamento precoce.
• Tratamento precoce quase sempre significa maior sucesso do
tratamento e despesas menores.
• O contraste endovenoso, quando usado, não coloca em risco a
saúde do paciente – serão monitorados os casos de sensibilidade
ao meio de contraste.

20
21
O QUE É TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA?

Tomografia significa imagem em tomos ou em planos.

É um método de geração da imagem de um plano de corte


que permite o estudo de estruturas localizadas no interior
do corpo, situadas em planos diversos, sem que haja
superposição de imagens na geração da imagem final.

22
O MÉTODO

A Tomografia Computadorizada é um método de diagnóstico


por imagem que combina o uso de raios-x obtidos por tubos
de alta potência com computadores especialmente adaptados
para processar grande volume de informação e produzir
imagens com alto grau de resolução.

O feixe de raios-X, após ser atenuado pelo corpo do paciente,


interage com um conjunto de detectores que são responsáveis
por transformar o sinal da radiação eletromagnética em sinal
elétrico.

Cada fóton que atravessa um determinado volume do


paciente interage com um detector e produz um pulso
elétrico, fornece uma parcela dos dados que formarão a
imagem final no computador.

23
Os sinais eletrônicos que chegam ao computador são anteriormente
transformados em dígitos para serem reconhecidos no sistema
binário.

Para que a imagem possa ser interpretada como uma imagem


anatômica, sem sobreposição de estruturas, múltiplas projeções são
realizadas a partir de diferentes ângulos.

O computador, de posse dos dados obtidos nas diferentes projeções


constrói uma imagem digital representada em uma matriz composta
de pixels. A cada pixel da imagem é atribuída uma tonalidade de
cinza que depende da intensidade da radiação absorvida pelo
paciente.

A matriz em TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA pode ser definida


com um arranjo de linhas e colunas que forma a imagem digital.
Quanto maior a matriz, melhor será a resolução da imagem.

24
Na T. C. o raios-X é concentrado em um feixe estreito que
passa apenas por uma pequena parte do corpo.

A informação do feixe atenuado de Raios-X que chega a um


detector é convertida em um sinal digital (pulso de corrente
elétrica).

Movendo-se o emissor de raios-X e o detector, obtém-se sinais


de outros pontos do corpo em ângulos variados. É o que se
chama de "varredura" do feixe. Esse processo é repetido várias
vezes para ângulos ligeiramente diferentes.

Os detectores armazenam os valores da intensidade dos


Raios-x. O computador processa essas transformadas e
reconstrói uma imagem tri-dimensional do interior do corpo
do paciente.

Nos tomógrafos mais modernos apenas a fonte de Raios-X se


movimenta. A detecção é feita em um anel de detectores que
envolvem o objeto examinado

25
PARTES DE UM TOMÓGRAFO

Tecnologicamente, um aparelho de TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA pode ser


subdividido em quatro subsistemas principais:

Eletro-eletrônico Mecânico Gerador de Raios-X Informática


Bloco de alimentação do Arquitetura do aparelho Geração do feixe em leque Responsável pelo controle
aparelho e dispositivos de (dispositivos pneumáticos, com o tubo de Raios-X automático do processo, pela
controle de movimentações engrenagens de movimentações específico de alta potência aquisição dos dados, geração,
(motores da mesa, do gantry, etomografia computadorizada.); com sistema de refrigeração armazenamento e manipulação
do arco detector etomografia específico; das imagens e impressão das
computadorizada); mesmas.

26
GANTRY
É O CORPO DO APARELHO E CONTÉM:

• Tubo de raios-X;
• Conjunto de detectores;
• DAS - Data Aquisition System ;
• OBC - On-board Computer - (controle de kV e mA);
• Transformador do anodo;
• Transformador do catodo;
• Transformador do filamento;
• Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry;
• Painel identificador do posicionamento da mesa e do gantry;
• Dispositivo laser de posicionamento;
• Motor para rotação do tubo;
• Motor para angulação do gantry.

27
O TUBO DE RAIOS-X

O tubo de raios-X utilizados em TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA tem


princípio de funcionamento similar aos utilizados nos aparelhos
convencionais de raios-X: alta-tensão em corrente contínua catodo-anodo
e corrente alternada de baixa-tensão no filamento.

As principais diferenças estão em sua movimentação (o tubo de raios-X


convencionais funcionam estáticos), no tempo de funcionamento
contínuo que é muito maior assim como a potência do tubo.

O aquecimento é muito intenso e gera a necessidade de um sistema de


refrigeração bem desenvolvido. Utiliza liquido refrigerante com circulação
forçada e sistema radiador para transferência de calor do liquido para o
meio externo. A temperatura da sala de exames deve ser controlada para
manter uma grande diferença no gradiente de transferência de calor.

Os anodos giratórios operam com rotações acima de 10.000 rpm para


auxiliar na dissipação de calor.

28
DETECTORES

Os detectores são responsáveis pela captação da radiação que


ultrapassa o objeto, transformando a informação em sinal
elétrico que pode ser digitalizado e reconhecido pelo
computador. Uma vez definido o valor da tensão aplicada (kV) e
da corrente (mA), a intensidade o feixe que sai do tubo está
determinada.

Os detectores permitem determinar a quantidade de radiação


que conseguiu atravessar o objeto sem interagir e, desta forma,
o computador obtém a parcela do feixe absorvida no trajeto por
ele percorrido.

Os aparelhos atuais utilizam detectores de estado sólido


fabricados com materiais semicondutores dopados. Esses
materiais se ionizam quando interagem com a radiação e
permitem a circulação de uma corrente elétrica quando são
aplicados a uma d.d.p.

Quanto maior a intensidade da radiação, maior será a ionização


e, conseqüentemente, maior será o valor do pulso elétrico
gerado no circuito.
29
MESA DE EXAMES

É o local onde o paciente fica posicionado e possui as


seguintes CARACTERÍSTICAS:

• Constituída de material radiotransparente;


• Suporta 200kg;
• Não enverga (alta resistência);
• Movimenta-se até 200cm em sentido longitudinal (tampo
deslizante);
• Movimenta-se 120cm em sentido horizontal (sistema de
elevação do tampo);
•Importante fator principalmente em TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA multicorte
• Possui acessórios (suportes do crânio, dispositivos de
contenção do paciente, suportes de soro e outros)

30
A MESA DE COMANDO

É o local de onde enviamos as informações para o sistema, onde


se encontram armazenados os protocolos para a aquisição das
imagens e, ainda, o local utilizado para o tratamento e
documentação das imagens adquirias.

NA MESA DE COMANDO PODEMOS ENCONTRAR:

• Monitor para planejamento dos exames;


• Monitor para processamento da imagens;
• Teclado alfa-numérico;
• Mouse;
• Trackball;
• Sistema de comunicação com o paciente.

31
SISTEMA DE RADIOPROTEÇÃO

Regulamentado pela portaria 453: sala de comando


separada da sala de exames, sala baritada, porta
revestida, vidro plumbífero, monitoração individual por
dosímetros, luz de aviso, aventais de chumbo,
protetores de gônadas e etomografia computadorizada.

FINALIDADES:

• Inibir exposição acidental


• Inibir exposição ocupacional
• Inibir doses desnecessárias nos pacientes

32
SISTEMAS INTEGRADOS:

A Bomba Injetora é conectada ao aparelho de TOMOGRAFIA


COMPUTADORIZADA e controlada por ele. Sua finalidade é
permitir que o contraste seja administrado no paciente com
tempo e velocidade predeterminados para o exame.

33
EVOLUÇÃO

A tomografia computadorizada sofreu uma série de


aperfeiçoamentos ao longo de sua história.

Tais acontecimentos proporcionaram o surgimento de


tecnologias inovadoras que contribuíram significativamente com
a evolução dessa modalidade.

Os primeiros tomógrafos não utilizavam computadores para


gerar a imagem e apresentavam uma imagem de qualidade
baixíssima em relação aos aparelhos posteriores.

A introdução do sistema computacional permitiu a obtenção de


imagens de melhor qualidade mas criou certa dependência para
esta modalidade.

34
TOMOGRAFIA LINEAR

Também conhecida como tomografia convencional, esta


modalidade foi o primeiro método de obtenção de imagens
tomográficas. Suas principais características são: formação da
imagem diretamente em filmes radiográficos e várias projeções
no mesmo filme.
Esta última característica, apesar de ser a responsável por
permitir a visualização de um plano de corte, é também
responsável por gerar uma imagem de baixíssima qualidade e
grande número de artefatos.

35
PRIMEIRA GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Feixe muito estreito, em forma de “lápis”, e um único detector.


Fazia múltiplas varreduras lineares sobre o objeto. Após a
primeira varredura, o tubo sofria uma rotação de 1 grau para
iniciar nova varredura. Processo repetido 180 vezes. Translação
e rotação.

Exigiam cerca de 4 minutos para reunir informações suficientes


de cada corte.

Como era muito difícil fazer com que o objeto permanecesse


imóvel durante todo esse tempo, ocorria grande número de
artefatos em imagens de abdome e tórax, inviabilizando estes
exames. Imagem sem resolução espacial. Baixo número de
pixels.

Boa visualização de estruturas internas do crânio devido à


facilidade de imobilização desta parte.

36
SEGUNDA GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Basicamente a mesma engenharia dos aparelhos de primeira


geração.

As inovações trazidas por essa geração de aparelhos foram:


utilização de mais detectores adjacentes (30) e a forma do feixe
que passou a ser mais aberto - em forma de “leque” - mas
continuava a ser extremamente colimado.

Novo formato do feixe varre áreas maiores em tempos


menores, reduzindo-se bastante o tempo de realização dos
exames e o número de posicionamentos necessários para
geração dos cortes – de 180 para seis.

A qualidade da imagem ainda era muito ruim.


Baixo número de pixels.

37
TERCEIRA GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Engenharia completamente diferente da primeira e da


segunda geração. Não existem mais as movimentações
lineares do tubo de raios-x e detectores. Ambos agora giram
3600 em torno do objeto.

O número de detectores aumentou drasticamente – varia


entre 200 e 1000 unidades

Feixe em forma de “leque” mais “aberto” para atingir a todo o


arco detector. Permitiu que toda a área de um plano de corte
fosse completamente atingida pelo feixe, eliminando a
necessidade de movimentação linear dos detectores e do
tubo.

Tempo para aquisição da imagem de um plano de corte foi


reduzido drasticamente – em torno de 10s por corte –
reduzindo os artefatos.

38
QUARTA GERAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Engenharia parecida com a terceira geração. Porém, os


detectores são mais numerosos e dispostos 3600 em torno do
objeto - anel detector que permanecia estático durante o
exame. Apenas o tubo efetua o movimento de rotação.

Trouxe uma importante inovação para a TOMOGRAFIA


COMPUTADORIZADA: o sistema slip-ring que permitiu a
eliminação dos cabos de alimentação do tubo.

39
Sem cabos de alimentação os tubos passaram a realizar
rotações contínuas sem que houvessem danos ao sistema.

Com a rotação ininterrupta do tubo, o tempo para a aquisição


da imagem de um plano de corte ficou ainda menor – 2 a 5s.

Tecnologia caiu em desuso devido ao auto custo dos


detectores.

40
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA HELICOIDAL

Possuem sistema de geração de dados igual à terceira ou


quarta geração

Caracteriza-se pelo movimento contínuo da mesa para dentro


do gantry enquanto o tubo roda continuamente.

As partes irradiadas formam uma “trilha” espiral pelo corpo do


paciente. Aquisição volumétrica da imagem.

Tempos menores para a aquisição de dados – 1s. Mais imagens


por exame

41
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA MULTICORTE
CARACTERRÍSTICAS:

• Mais de uma fileira de detectores.


• Maior número de arcos detectores permite um maior número de
cortes por rotação do tubo.
• Feixe deixa de ser delgado, assumindo um formato piramidal.
• Baixíssimos tempos de aquisição: 0,5s.
• 2000 imagens por exame.
• Pode ser associado à TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA helicoidal
ou convencional.

42
PARÂMETROS DE CONTROLE

A colimação do feixe está relacionada diretamente com a fatia


a ser irradiada para a geração do corte (colimação de 5mm
implica na geração de um corte onde 5mm de espessura do
tecido serão irradiados pelo feixe).

Determina a espessura de corte (colimação de 5mm, corte de


5mm).A sensibilidade o exame está relacionada com a
espessura de corte.

Correlacionado este fator com a técnica de raios x, seria o


mesmo que limitar a área de visão.

Varia de 0,4mm (em tomógrafos multicorte) a 10mm

Sua diminuição acarreta em aumento de dose para o paciente


em casos de substituição de técnicas com colimação aberta: uso
de técnicas helicoidais substituindo técnicas seqüenciais.

43
EIXOS DE CORTE

Os eixos de corte são marcações para a passagem do raio central, ou seja,


determinam o centro do feixe. Para a programação de exames, a distância
entre esses eixos tem efeito direto na quantidade de dados que serão
gerados para a construção da imagem.

Existe um fator denominado PITOMOGRAFIA COMPUTADORIZADAH que


relaciona a distância entre os eixos de corte com a espessura do corte.

Esse fator define o espaçamento entre os cortes e determina a quantidade


total de tecido que será irradiado.

O fator pitomografia computadorizada influencia, também, no tempo do


exame e na quantidade de informações que chegam ao computador.

Esse fator determina também a qualidade das imagens em reconstruções


MPR

44
Eixos de Corte – Fator Pitch

PITCH maior que 1

Diferentes eixos de corte

PITCH igual a 1 1 imagens 2d sem reconstrução


2 imagens 2d com recostrução
3 imagens 3d – superposição dos eixos

PITCH menor que 1

45
A CORRENTE NO FILAMENTO – mA

Este fatos está associado à alimentação do filamento do


catodo.

Define a quantidade de fótons a ser libeado pelo tudo.

Seu controle é fundamental para se determinar a


quantidade de fótons que atinja o arco de detectores.

A maioria dos tomógrafos trabalha com o valor fixo de


corrente para toda a rotação do tubo.

46
A ALTA TENSÃO CATODO-ANODO kV

Controle automático de dose: Diminuir dose baseado no volume


analisado Protocolos diferenciados para adultos e crianças.

Faixa de variação: entre 60 e 120 mAs

É a relação de tensão aplicada nos terminais catodo e anodo do


tubo de RX.

Determina a aceleração dos elétrons e, conseqüentemente, a


energia final de colisão dos elétrons com o alvo (Ec = ½ mv2).

Determina a energia dos fótons gerados. Valores maiores da


tensão proporcionam um número maior de fótons que
interagem com os detectores.

Altos valores de tensão promovem um menor ruído na imagem


e, no entanto, diminuem a resolução do contraste entre as
estruturas de tecidos moles.

47
O aumento na tensão promove, também, o aumento da
temperatura do tubo.

Assim como o controle efetivo da corrente e do tempo


(mAs), o controle da tensão (kV) irá efetivamente diminuir a
dose no paciente.

Elétrons são acelerados por uma diferença de potencial V até


uma energia eV. Eles atingem um eletrodo de metal espesso,
e são freados até o repouso. Nesse processo eles irradiam
energia na forma de fótons.

Quanto maior o valor da tensão, maior será a energia elétron


cinética adquirida pelo elétron no seu percurso e,
conseqüentemente, maior será a energia do fóton X
originado.

48
O TEMPO DE ROTAÇÃO DO TUBO

É o tempo necessário para que o tubo realize uma volta


completa ao redor do paciente. Esse tempo varia de 3 a
0,47s em tomógrafos multicorte

Tempos maiores de giro permitem uma redução da


corrente do filamento (mA), pois permitem manter o
mesmo valor (mAs) e a mesma qualidade da imagem.

O aumento de tempo pode acarretar o aparecimento de


artefatos na imagem.

49
ALGORITMOS DE RECONSTRUÇÃO

Algoritmos matemáticos que trabalham como espécies de filtros.


Eles recebem, tratam e disponibilizam os dados adquiridos no
processamento das imagens.

Estes são otimizados para as diferentes partes do corpo e


diferentes tipos de tecidos. A qualidade da imagem dos tecidos
moles pode ser melhorada se um algoritmo adequado valorizar os
dados para os tecidos menos radioabsorventes.

Podemos usar para valorizar densidades ósseas, partes moles ou


tecidos intermediários.

Permitem otimizar o tempo de reconstrução e diminuir o


tamanho do arquivo de armazenagem da imagem e o tempo de
transmissão para as estações de trabalho.

50
MATRIZ DA IMAGEM

A matriz é a quantidade de linhas e colunas responsáveis pela


geração da Imagem.

Define o número de pixels que formam a grade de geração da


imagem.

Considerando o FOV constante, um aumento no tamanho da


matriz implica em um pixel menor e uma imagem mais rica
em detalhes.

Um aumento no tamanho da matriz promove um aumento no


número total de pixels e, conseqüentemente, na quantidade de
dados que precisa ser processada.

O tamanho do pixel é dado pela razão entre o FOV e a matriz:

51
pixel(mm) = FOV (mm)
matriz Coluna -altura

Linha -base

Tamanho do Pixel = Fov / Matriz

•Ex.
•Fov = 256mm
•Matriz =256linhas/colunas
Espessura •Pixel = 1mm2
Matriz x Voxel de corte
PIXEL – Unidade de área

52
VOXEL – Unidade de Volume
A RESOLUÇÃO
• Tamanho do Voxel = (Fov / Matriz). Espessura corte

• Quantidade de pixels por área do tecido representado na imagem.


Coluna -altura
• Medida para se definir a qualidade da imagem.
• Classificada como: padrão, alta e ultra-alta.
• Importante fator para visualização de micro estruturas.
Linha -base
• Ex. • Resolução padrão = 1mm².
• Fov = 256mm • Quanto maior a resolução, maior será o número de pixels.
• Matriz =256linhas/colunas
• Espessura= 10mm
• Voxel = 10mm³
• Espessura de Corte

53
54
MEIOS DE CONTRASTE EM TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA ASPECTOS GERAIS

• Os meios de contraste são os medicamentos mais prescritos pelos


radiologistas.
• Essa classe de medicamentos é composta pelos meios de contraste
iodados administrados por via intravenosa para a realização de
urografias excretoras, angiografias e em exames de tomografia
computadorizada.
• É importante que os médicos que solicitam exames de imagem que
envolvem a injeção de meios de contraste conheçam algumas
características dessas drogas relacionadas principalmente aos efeitos
adversos como as reações alérgicas e a nefrotoxicidade.
• Estrutura básica dos meios de contraste iodados é formada por um
anel benzênico ao qual são agregados átomos de iodo e grupamentos
complementares
• Estes grupamentos podem ser ácidos ou substancias orgânicas que
alteram a toxidade e ajudam a excreção do contraste
• Na molécula o grupo ácido H+ é substituído por:

55
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Tanto agentes iônicos ou não-iônicos tem iodo!


• Apresentam baixa liposulubilidade
• Pelo molecular baixo
• Pouca afinidade com proteínas
• Distribuem-se nos espaços extracelulares
• Sem ação farmacológica significativa

56
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
Uma solução pode ter natureza iônica ou não iônica conforme
sua estrutura química, mas todas apresentam algumas
propriedades que estão relacionadas com sua eficácia e
segurança, como segue:

DENSIDADE G/ML
É o número de átomos por ml de solução

VISCOSIDADE
• Na pratica significa a força necessária para se injetar a
substancia
• Aumenta geometricamente com a concentração da solução
• Dímeros tem maior viscosidade que monômeros
• Está relacionada com a temperatura
• Quanto maior a densidade e viscosidade maior será a
dificuldade do contraste se misturar com o plasma!

57
OSMOLALIDADE

• É uma função definida pelo número de partículas de uma


solução por unidade de volume - Mosm/Kg
• Representa o poder osmótico sobre as moléculas de água
• È influenciada pela concentração, peso molecular, efeitos
de associação, dissociação e hidratação da substância química.
• Contrastes iônicos têm maior osmolalidade que não iônicos
porque dissociam cátions de ânions na solução
• Quanto maior a osmolalidade maior a vasodilatação pelo
agente

58
MONÔMEROS IÔNICOS

• Em solução associa-se em duas partículas: um anion


radiopaco e um cátion – sódio não radiopaco.
• Em solução, liberam assim seis átomos de iodo para duas
partículas – anéis benzênicos.
• Dímeros monoácidos iônicos têm aproximadamente a
mesma osmolalidade de não iônicos
• São isotônicos a aproximadamente 150mg de iodo/ml

59
MONÔMEROS NÃO-IÔNICOS

• Não se desassociam em solução


• Fornecem três átomos de iodo para uma partícula
• São isotônicos a aproximadamente 150mg de iodo/ml

60
DÍMEROS NÃO-IONICOS

• Não se desassociam em solução


• Fornecem seis átomos de iodo para apenas uma partícula
apresentando menor osmolalidade entre os meios de contraste
• Apresentam peso molecular e viscosidade maior

61
DECISÕES ANTES DE INJETAR O CONTRASTE

• Inicialmente todos os pacientes podem ser considerados


pacientes de risco!
• Antes da injeção do meio de contraste alguns pontos
devem ser analisados:
• Identificar os fatores de risco versus benefício potencial
de seu uso
• Avaliar as alternativas de métodos de imagem que
possam oferecer o mesmo diagnóstico ou ainda superiores
• Ter certeza da indicação precisa do MC
• Estabelecer procedimentos de informação ao paciente
• Ter previamente determinada a política no caso de
complicações

62
QUESTIONÁRIO DE CONTRA INDICAÇÕES

01. Você já utilizou contraste iodado na veia? (Urografia Excretora, Tomografia Computadorizada com
Contraste Venoso, Cateterismo Cardíaco, Arteriografia, Colangiografia Venosa)
( ) SIM ( ) NÃO

02. Apresentou alguma reação (problema)?


( ) SIM ( ) NÃO

03. Como foi esta reação ao contraste iodado?

04. Você tem ou já teve chieira de peito (Bronquite asmática, Asma)?


( ) SIM TENHO
( ) SIM JÁ TIVE
( ) NÃO

05. Você tem alergia a alimentos como camarão, peixe ou outros frutos do mar?
( ) SIM ( ) NÃO

06. Você já apresentou placas vermelhas e elevadas na pele? Essas placas coçavam (Urticárias)?
( ) SIM ( ) NÃO

63
07. Você já fez uso de algum medicamento que "empolou" o corpo ou inchou os seus
olhos (reação a medicamento / Edema de Quincke)?
( ) SIM ( ) NÃO

08. Você tem feridas que são difíceis de sarar na parte de trás dos joelhos ou cotovelos
(eczema)? ( ) SIM ( ) NÃO

09. Você tem alguém na família com alergia a algum tipo de


medicamento (História familiar)? ( ) SIM ( ) NÃO

10. Você apresenta, com freqüência, entupimento ou coceira no nariz ou, então, crises
de espirros (Rinite alérgica)?
( ) SIM ( ) NÃO

11. Você já comeu algum tipo de alimento, repetidas vezes, e em todas elas apresentou
vômitos, diarréia ou urticárias no corpo?
( ) SIM ( ) NÃO. Qual alimento?
12. Você é diabético?
( ) SIM ( ) NÃO Se for diabético, qual o medicamento usado?

64
13. Você usa algum medicamento com o nome de Glucophage, Glucoformin, Glifage
ou Metformina?
( ) SIM ( ) NÃO

14. Você é portador de Mieloma Múltiplo ou Miastenia Gravis?


( ) SIM ( ) NÃO

15. Você tem "pressão alta"?


( ) SIM ( ) NÃO

16. Você tem alguma doença no coração, fígado ou rins?


( ) SIM ( ) NÃO Qual ?

17. Você usa regularmente algum medicamento?


( ) SIM ( ) NÃO Qual ?

18. Você tem algum comentário ou informação que julga importante?


( ) SIM ( ) NÃO Qual ?

65
EFICÁCIA DO MEIO DE CONTRASTE

• Depende não apenas de suas características farmacológicas


mas principalmente de sua capacidade de atenuação dos raios x.
• Realça a vascularização evidenciando lesões e aumentando o
contraste com estruturas não vascularizadas.
• A atenuação dos raios x pelo agente de contraste depende da
concentração do iodo, distancia fóton iodo e energia do fóton.
• Compostos não iônicos garantem maior tolerabilidade devido
a sua menor associação com outras moléculas.

66
ASSISTÊNCIA À VIDA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS

• São Inevitáveis
• Podem variar em severidade e ocorrer após uma ou múltiplas
injeções de contraste
• A verdadeira causa é desconhecida
• Para fins didáticos estas podem ser divididas quanto: ao
mecanismo etiológico, à gravidade e ao tempo de administração
do contraste.

67
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MECANISMO ETIOLÓGICO
Classificadas por sua etiologia ou natureza

REAÇÕES ANAFILÁTICAS OU IDIOSSINCRÁTICAS


• Reações alérgicas agudas caracterizadas pela presença de urticária,
angioedema, hipotensão com taquicardia e edema de glote.

Meio de Contraste – Meio – Ação maléfica dos mediadores químicos


provocando reações

REAÇÕES NÃO IDIOSSINCRÁTICAS


Podem estar relacionadas com a concentração de contraste, têm um órgão
específico como reagente, Sua magnitude varia com a velocidade da infusão
e administração.

68
Reação por Reação por Toxidade Direta Reações
Osmotoxidade Quimiotoxidade Específica Vasomotoras
Concentração elevada do É a reação onde os íons se • Atinge órgãos isoladamente • Ocorrem por distensão visceral ou
meio de contraste levando a separam reagindo com dor, pelo trauma na punção
um desconforto local e outras moléculas. • Pele – Dor, Inchaço, Calor. cutânea.
hipotensão. • Trato Gastresofágico – Náusea, •
Esta reação é responsável Podem causar depressão cardíaca,
vômito, diarréia. confusão mental, diminuição da
pela neurotoxidade,
depressão miocárdica, • SNC – Cefaléia, confusão mental, consciência,
alterações de ECG e lesão vertigem. • vômitos, podendo evoluir para
vascular. parada cardio-respiratória.

69
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU DE SEVERIDADE

Adversas Leves • Náuseas/Vomito • Rubor • Urticária Limitada


• Tosse • Calafrios • Sudorese
Reações

• Calor • Tremores • Espirros


• Cefaléia Discreta • Ansiedade • Dor local
• Tontura • Alterações do paladar
• Vômitos Intensos • Aumento do edema local
• Mudança da freqüência Cardíaca • Rigidez
Moderadas
Reações
Adversas

• Hipertensão • Broncoespasmo
• Hipotensão • Dor Tórax e abdome
• Urticária Intensa • Cefaléia Intensa

• Reações que potencialmente apresentam risco de vida.


Adversas Graves

• Sintomas moderados ou graves, como laringoespasmo (edema de glote).


Reações

• Inconsciência, convulsões, edema pulmonar,


• Colapso vascular severo,
• Parada cardio-respiratória.

70
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TEMPO DECORRIDO APÓS A ADMINISTRAÇÃO

• Ocorrem quando o paciente ainda está no serviço em observação – entre 5 a 20 minutos


Agudas

• Compõem cerca de 60% de todas as reações podendo ser leves a graves

• Ocorrem aos a saída do paciente do serviço – entre 30min e 48 horas


• Incidências mais comuns: Trombose venosa, necrose de pele, cefaléia, rubor na pele.
Tardias

• Ocorrem em 39% dos casos


• Maior incidência em mulheres e pacientes acima de 60 anos
• Maioria das reações é de classificação leve
• Podem ser confundidas com agravamento do quadro clinico.

71
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS INFLUENCIADAS PELOS AGENTES
DE CONTRASTE IODADOS NOS ÓRGÃOS E NAS ESTRUTURAS
VASCULARES

• Efeito na viscosidade sangüínea –viscosidade suspensa, tamanho


da célula diminuído, modificação morfológica celular, formação de
agregados (hemácias e proteínas)
• Efeitos na coagulação – Agregação de plaquetas, inibição de
fibrina, efeito anticoagulante devido a medicamentos associados
ao contraste.
• Efeito na Função Cardiovascular – No coração osmo e
quimiotoxidade mais persistentes em corações isquêmicos, efeito
cumulativo.
• Efeito Periférico – Aumento de volume plasmático, vasodilatação,
hipotensão. Ocorre pela hiperosmolalidade, tem ação anticoagulante.
• Efeito na Função Pulmonar – Broncoespasmo principalmente em
agentes iônicos, edema agudo pulmonar devido à permeabilidade
vascular.

72
MEDIDAS PROFILÁTICAS
Hidratação e Jejum

• Hidratação contínua é permitida, pequenas refeições até duas


horas antes da injeção,
• Jejum de 8 horas para refeições pesadas com o objetivo de
diminuir a massa no sistema gastrintestinal diminuindo a
possibilidade de náuseas e vômitos.

PRÉ-TESTE

• É a injeção previa de pequena quantidade de contraste e a


observação do paciente quanto aos sintomas característicos.
• Teste fora de uso

73
SEDAÇÃO E ANESTESIA

• Prevenir reações causadas por reações devido à ansiedade


e medo: Náuseas, vômitos e urticárias – reações leves.
• Método indicado para situações onde o paciente apresenta
quadro de agitação. Ocorre no sentido de profilaxia

USO DE MEDICAMENTOS

• Antihistaminicos e corticoides
• Administrados antes da injeção via venosa, quando o
paciente já apresentou reações e necessita realizar
novamente o contraste.

74
CONCLUSÕES

• Todo paciente deve ser considerado de risco


• Devemos considerar condições clinicas e patológicas antes da administração do
contraste
• Todo paciente deve ser informado da natureza e riscos do meio de contraste
• Meios de contraste iodados são seguros
• O uso de pré medicação é bastante controverso

75
76
INTRODUÇÃO

No setor saúde, onde a radiação ionizante encontra o seu maior emprego e


como conseqüência, a maior exposição em termos de dose coletiva, é
também onde mais são realizadas pesquisas no sentido de se produzir o
maior benefício com o menor risco possível.

Apesar dos esforços de alguns órgãos governamentais em difundir


conhecimentos voltados para as atividades de Proteção Radiológica
(destaca-se aí o papel desempenhado, pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear - CNEN, através do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD) é
ainda, de pouco domínio, mesmo entre os profissionais da área, o
conhecimento a respeito dos efeitos maléficos produzidos por exposições
que ultrapassam os limites permitidos.

77
Segundo dados do IRD, 80% dos trabalhadores que lidam diretamente com
fontes emissoras de radiação ionizante pertencem ao setor saúde.

Esse dado, em última análise, ressalta o compromisso e a responsabilidade que


as Vigilâncias Sanitárias, das três esferas de governo, devem assumir perante a
sociedade brasileira.

Um dos papéis importantes que deve ser vinculado ao dia a dia dos inspetores
das vigilâncias sanitárias é a de orientar o usuário de materiais e fontes
radioativas a desenvolver uma cultura baseada nos princípios da radioproteção
e na prevenção de acidentes iminentes e/ou potenciais. O conhecimento dos
equipamentos e as suas aplicações, dos processos de trabalho e os insumos
utilizados são ferramentas indispensáveis na identificação dos riscos das
instalações radioativas.

Outro aspecto que vem merecendo toda a atenção das autoridades sanitárias é
o crescente número de instalações radiológicas que têm se instalado,
principalmente, nos grandes urbanos e que nem sempre absorvem profissionais
com a qualificação desejada para o desempenho de suas funções. Há de se
ressaltar, a necessidade de uma formação adequada por parte dos profissionais
que atuem na área, o que sem dúvida contribuirá para uma melhoria da
qualidade desse tipo de prestação de serviço à população.

78
FONTES DE RADIAÇÕES IONIZANTES

Radiações ionizantes, por definição, são todas aquelas com


energia superior a 12,4 eV e que são capazes de ionizar
átomos.

Durante toda a vida, os seres humanos estão expostos


diariamente aos efeitos das radiações ionizantes. Estas
radiações podem ser de origem natural ou artificial. As fontes
naturais representam cerca de 70% da exposição, sendo o
restante, devido às fontes artificiais. A figura 1 exemplifica esta
distribuição.

Quanto à proteção radiológica, pouco podemos fazer para


reduzir os efeitos das radiações de origem natural. No entanto,
no que diz respeito às fontes artificiais, todo esforço deve ser
direcionado a fim de controlar seus efeitos nocivos. É neste
aspecto, que a proteção radiológica pode ter um papel
importante.

79
INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM AS CÉLULAS

No processo de interação da radiação com a matéria ocorre


transferência de energia, que pode provocar ionização e
excitação dos átomos e moléculas provocando modificação (ao
menos temporária) na estrutura das moléculas. O dano mais
importante é o que ocorre no DNA.

Os efeitos físico-químicos acontecem instantaneamente, entre


10-13 e 10-10 segundos e nada podemos fazer para controlá-los.

Os efeitos biológicos acontecem em intervalos de tempo que vão


de minutos a anos. Consistem na resposta natural do organismo
a um agente agressor e não constituem necessariamente, em
doença. Ex: redução de leucócitos.

Os efeitos orgânicos são as doenças. Representam a


incapacidade de recuperação do organismo devido à freqüência
ou quantidade dos efeitos biológicos. Ex: catarata, câncer,
leucemia.

80
TIPOS DE EXPOSIÇÃO E SEUS EFEITOS

A exposição externa é resultante de fontes externas ao corpo,


proveniente dos raios X ou fontes radioativas. A exposição
interna resulta da entrada de material radioativo no organismo
por inalação, ingestão, ferimentos ou absorção pela pele. O
tempo de manifestação dos efeitos causados por estas
exposições pode ser tardio, os quais se manifestam após 60
dias, ou imediatos, que ocorrem num período de poucas horas
até 60 dias.

Quanto ao nível de dano, os efeitos podem ser somáticos, que


acontecem na própria pessoa irradiada ou hereditários, os
quais se manifestam na prole do indivíduo como resultado de
danos causados nas células dos órgãos reprodutores.

81
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES

Os efeitos biológicos das radiações ionizantes podem ser


estocásticos ou determinísticos.

A principal diferença entre eles é que os efeitos estocásticos


causam a transformação celular enquanto que os
determinísticos causam a morte celular.

82
EFEITOS ESTOCÁSTICOS

Os efeitos estocásticos causam uma alteração aleatória no DNA


de uma única célula que, no entanto, continua a reproduzir-se.
Levam à transformação celular. Os efeitos hereditários são
estocásticos. Não apresentam limiar de dose. O dano pode ser
causado por uma dose mínima de radiação.

O aumento da dose somente aumenta a probabilidade e não a


severidade do dano. A severidade é determinada pelo tipo e
localização do tumor ou pela anomalia resultante. No entanto, o
organismo apresenta mecanismos de defesa muito eficientes. A
maioria das transformações neoplásicas não evolui para câncer.

Quando este mecanismo falha, após um longo período de


latência, o câncer então, aparece. A leucemia 5-7 anos e os
tumores sólido 20 anos. Os efeitos são cumulativos: quanto
maior a dose, maior a probabilidade de ocorrência. Quando o
dano ocorre em célula germinativa, efeitos hereditários podem
ocorrer.

83
EFEITOS DETERMINÍSTICOS

Os efeitos determinísticos levam à morte celular. Existe uma


relação previsível entre a dose e a dimensão do dano esperado,
sendo que estes só aparecem a partir de uma determinada
dose.

A probabilidade de ocorrência e a severidade do dano estão


diretamente relacionadas com o aumento da dose. As
alterações são somáticas. Quando a destruição celular não pode
ser compensada, efeitos clínicos podem aparecer, se a dose
estiver acima do limiar. Por ex. 3- 5 Gy eritema, 20 Gy necrose.

Indivíduos diferentes apresentam sensibilidade diferente e,


portanto, limiares diferentes. Exemplos de efeitos
determinísticos são: leucopenia, náuseas, anemia, catarata,
esterilidade, hemorragia, etomografia computadorizada...

84
Dose absorvida de corpo Principal dano que Tempo de vida após a
inteiro (Gy) contribui para a morte exposição (dias)

3-5 Danos na medula óssea 30-60

5-15 Danos gastro-intestinais e pulmonares 10-20

> 15 Danos no SNC 1-5

Tabela ilustrativa das doses x danos x tempo de sobrevida

85
PROPRIEDADES DOS SISTEMAS BIOLÓGICOS

Apesar de todos estes efeitos, o corpo humano apresenta o mecanismo


da reversibilidade que é responsável pelo reparo das células e é muito
eficiente. Mesmo danos mais profundos são, em geral, capazes de ser
reparados ou compensados.

A transmissividade é uma propriedade que não se aplica aos sistemas


biológicos, pois os danos biológicos não se transmitem. O que pode ser
transmitido é o efeito hereditário em células reprodutivas danificadas.
Existem fatores de influência os quais são decisivos. Pessoas que
receberam a mesma dose podem não apresentar o mesmo dano. O
efeito biológico é influenciado pela idade, sexo e estado físico.

86
SISTEMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

O objetivo primário da proteção radiológica é fornecer um padrão apropriado de


proteção para o homem, sem limitar os benefícios criados pela aplicação das
radiações ionizantes. A proteção radiológica baseia-se em princípios fundamentais
e que devem ser sempre observados.

• Justificação: o benefício tem que ser tal que compense o detrimento, que é
definido como sendo a relação entre a probabilidade de ocorrência e grau de
gravidade do efeito.
• Otimização: o número de pessoas expostas, as doses individuais e a
probabilidade de ocorrência de efeitos nocivos devem ser tão baixos quanto
razoavelmente exeqüíveis. (princípio ALARA = As Low As Reasonably Achievable).
• Limitação de Dose: a dose individual de trabalhadores e indivíduos do público
não deve exceder os limites de dose recomendados excluindo-se as exposições
médicas de pacientes.
• Prevenção de acidentes: todo esforço deve ser direcionado no sentido de
estabelecer medidas rígidas para a prevenção de acidentes.

87
O Sistema de Proteção Radiológica consiste em evitar os
efeitos determinísticos, uma vez que existe um limiar de dose,
manter as doses abaixo do limiar relevante e prevenir os
efeitos estocásticos fazendo uso de todos os recursos
disponíveis de proteção radiológica.

Para efeito de segurança em proteção radiológica, considera-se


que os efeitos biológicos produzidos pelas radiações ionizantes
sejam CUMULATIVOS.

Para a proteção radiológica de exposições externas


considera-se:

• Distância (1/r2). Quanto mais longe da fonte, melhor.


• Tempo. Quanto menos tempo perto da fonte, melhor.
• Blindagem. Quanto mais eficiente for à blindagem, melhor.

88
PRÁTICA VERSUS INTERVENÇÃO

• Prática: qualquer atividade humana que possa resultar em exposição à radiação.


• Intervenção: qualquer atividade humana que possa reduzir a exposição total.

CLASSIFICAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES


As exposições dos seres humanos à radiação classificam-se em:

Exposição Médica De pessoa como parte de um tratamento ou diagnóstico, de indivíduos ajudando a


conter ou amparar um paciente ou de voluntários participantes de pesquisa científica.
Não há limite de dose, esta é determinada pela necessidade médica, no entanto
recomenda-se o uso de níveis de referência.
Exposição Ocupacional É aquela ocorrida no ambiente de trabalho.
Exposição do Público São todas as outras.

89
FREQÜÊNCIA E TIPOS DE EXPOSIÇÕES

A freqüência e a intensidade das exposições podem ser bem variadas e


são exemplificadas abaixo:

Exposição única Radiografia convencional


radioterapia (a exposição total necessária para a Destruição da neoplasia é fracionada em 10 ou
Exposição fracionada mais sessões)
Exposição periódica Originada da rotina de trabalho com materiais radioativos
Exposição de corpo inteiro Irradiadores de alimentos, acidentes nucleares
Exposição parcial Acidentes, pessoa que manipula radionuclídeos (exposição das mãos)
Exposição colimada Radioterapia (o feixe é colimado à região do tumor)
Feixe Intenso Esterilização e conservação de alimentos
Feixe Médio Radiodiagnóstico (alguns mGy/incidência)
Feixe Fraco Radioatividade natural (1 mGy/ano)

90
IRRADIAÇÃO VERSUS CONTAMINAÇÃO

IRRADIAÇÃO CONTAMINAÇÃO

A irradiação é originada por algum tipo de procedimento A contaminação é o fato de estar em contato com fontes não
com raios X (em radiodiagnóstico) ou com feixes de seladas. Este é, por exemplo, o caso dos pacientes que fazem
elétrons ou raios γ em radioterapia. Neste caso, o paciente uso de procedimentos de Medicina Nuclear. Neste caso, os
não se torna "radioativo" e portanto não há nenhum radiofármacos são injetados no paciente ficando o mesmo
perigo de "contaminar" outras pessoas ou o meio "radioativo". Dependendo da dose a que foi submetido,
ambiente. Irradiações severas podem acontecer no caso poderá ter que ser isolado a fim de não contaminar outras
de explosões de usinas nucleares ou bombas pessoas ou o meio ambiente. Nesta situação, a fonte
atômicas. Nestas situações, o meio ambiente fica radioativa (radiofármaco) incorporou-se ao corpo do
altamente radioativo, mas não as pessoas. paciente que continua emitindo radiação. Os seres humanos
podem ainda contaminar-se em acidentes como foi o caso de
Goiânia em 1987. Neste acidente o Cs 137 foi ingerido e
passado sobre a pele de pessoas que ficaram contaminadas.

91
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

Toda instalação radioativa está sujeita a regras especiais de


proteção radiológica e é obrigada a delimitar suas áreas.
Classifica-se como área livre toda aquela isenta de regras
especiais de segurança. Nestas áreas, os níveis de radiação são
necessariamente menores que 1 mSv/mês.

Classifica-se como área restrita toda aquela que deva ter seus
acessos controlados, por apresentar níveis de radiação maiores
que 1 mSv/mês. As áreas restritas são subdivididas em área
supervisionada, quando os níveis de radiação estão entre 1
mSv/mês e 3 mSv/mês e área controlada se os níveis de
radiação forem maiores que 3 mSv/mês.

92
AVALIAÇÃO DE DOSES INDIVIDUAIS

Para avaliar as doses de radiação num determinado ambiente


são utilizados monitores de área. Estes ficam em locais de
fácil acesso e visualização e são acionados sempre que os
níveis de radiação ultrapassam os limites de segurança.

Para a monitoração individual, são encontrados vários tipos


de equipamentos: filme dosimétrico, TLD (dosimetro termo-
luminescente), caneta dosimétrica e outros. O uso do
dosímetro é geralmente obrigatório, a não ser que a
monitoração de área demonstre que não há risco.

Um dos tipos de dosímetro individual mais utilizado é o


dosímetro de tórax. Este deve sempre ser posicionado na
parte superior do tórax. É um dosímetro que registra a dose
de corpo inteiro.

93
No caso do uso de avental de chumbo, o dosímetro deve
ser posicionado SOBRE o avental. Neste caso, deve-se
avisar ao serviço de proteção radiológica que informará à
empresa responsável pela monitoração pessoal, que
então aplicará o fator de correção adequado (1/10), para o
cálculo da dose efetiva.

• Dosímetro de extremidade: pulseira, anel. Geralmente


utilizado por profissionais que lidam com fontes não
seladas ou com equipamentos de fluoroscopia.

94
NÍVEIS DE REFERÊNCIA

• Nível de Registro: (0,2 mSv), (aplicado no programa de


monitoração individual).
• Nível de Investigação: (1,2 mSv) valor acima do qual se
justifica investigação. Relativo a um só evento.
• Nível de Intervenção: (4,0 mSv) interfere com a cadeia
normal de responsabilidades. Interdição do serviço,
afastamento do profissional para investigação.

95
LIMITES DE DOSES ANUAIS
Trabalhador Público

• DOSE EFETIVA 20 mSv/ano* 1 mSv/ano**

Valor médio por um período de 5 anos, não ultrapassando 50


mSv em um único ano.

Em casos especiais, pode ser usado um limite maior desde que


o valor médio não ultrapasse 1 mSv/ano.

• DOSE EQUIVALENTE

Cristalino 150 mSv/ano 15 mSv/ano


Pele 500 mSv/ano 50 mSv/ano
Extremidades 500 mSv/ano -------------

96
RISCOS RELATIVOS

Chances de morrer em conseqüência de atividades comuns em nossa


sociedade (1 em 1 milhão)

• Fumar 1,4 cigarros (câncer de pulmão)


• Passar 2 dias em Nova York (poluição do ar)
• Dirigir 65 km. em um carro (acidente)
• Voar 2500 milhas de avião (acidente)
• Praticar 6 minutos de canoagem
• Receber 0,1 mSv de radiação (câncer)

97
No Brasil, recentemente, com a publicação da portaria # 453 da SVS/MS
“Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e
Odontológico” em 02/06/98, tornou-se obrigatória a implantação de
diversos aspectos relativos à qualidade dos Serviços Radiológicos de
Saúde dentre os quais, a implantação de um PGQ em toda instituição
que faça uso de radiações ionizantes.

Esta portaria originou-se da constatação feita pelo IRD/CNEN (Instituto


de radioproteção e Dosimetria / Comissão Nacional de Energia Nuclear)
através de seus programas RXD e RXO, de que cerca de 80 % dos
equipamentos de radiodiagnóstico no Brasil, encontravam-se fora dos
padrões mínimos de qualidade.

Esta falta de controle de qualidade acarreta altas doses nos pacientes e


custos elevados provocados pelos altos índices de rejeição de
radiografias.

98
TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE:

Os testes de controle de qualidade são parte importante do PGQ


e devem ter periodicidade adequada e ser feitos, no mínimo, de
acordo com os intervalos estabelecidos na portaria # 453. No
entanto, cada instituição deve estabelecer seus próprios
protocolos, de acordo com a idade e a taxa de uso dos
equipamentos e as condições de manutenção dos mesmos.

Os testes de controle de qualidade permitem que se obtenham


equipamentos estáveis e que reproduzam o mesmo padrão de
imagem para uma determinada técnica radiográfica. A
padronização da técnica radiográfica visa maximizar a qualidade
da imagem.

99
Os testes obrigatórios são: KVp mA.s, camada semi-redutora,
alinhamento do feixe central, linearidade da taxa de exposição com
mA.s, rendimento do tubo, reprodutibilidade da taxa de exposição,
reprodutibilidade do controle automático de exposição (AEC), tamanho
do ponto focal, integridade dos equipamentos de proteção individual,
vedação das câmaras escuras, exatidão do sistema de colimação,
resolução de baixo e alto contraste em fluoroscopia, contato tela-filme,
alinhamento de grade, integridade de telas e chassis, condições dos
negatoscópios, índice de rejeição de radiografias, temperatura do
sistema de processamento, sensitometria do sistema de processamento
e calibração, constância e uniformidade dos números de TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA.

100
VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (VPI)

Existem diversos tipos de vestimentas (figura 6) destinadas a


proteger as pessoas contra os efeitos das radiações ionizantes.
Dentre as mais usadas, encontram-se os aventais de chumbo
(longos ou curtos), os protetores de tireóide e de gônadas, os
óculos plumbíferos, as luvas e as mangas protetoras.

Estas vestimentas possuem especificações e equivalência em


chumbo que devem ser adequadas ao tipo de radiação ‘a qual se
vai estar exposto. Além disso, pode-se também fazer uso de
anteparos móveis de chumbo (biombos de chumbo).

Sempre que possível, deve-se utilizar as VPIs tanto no staff


médico, quanto nos acompanhantes quando estes são solicitados
a conter ou confortar um paciente. Devem também ser usadas
pelos próprios pacientes a fim de evitar exposições desnecessárias
de regiões do corpo que não estão sendo radiografadas.

101
Cuidados devem ser tomados quanto à manipulação das VPIs. Os
aventais de chumbo são especialmente frágeis e devem ser
manipulados cuidadosamente. Após o uso, devem ser guardados em
cabides apropriados ou sempre na posição horizontal sem dobras.

Os maus tratos podem causar fissuras e até mesmo o rompimento do


lençol de chumbo, reduzindo o poder de proteção do mesmo e
conseqüentemente, sua vida útil.

102
VALORES TÍPICOS DE DOSES EM DIAGNÓSTICO

RADIOGRAFIA • Radiografia de tórax PA = 0,03 mSv


• Radiografia de abdômen AP = 0,5 mSv
• Pelve AP = 0,2 mSv

• Enema de bário (contraste simples) = 3,1 mSv


FLUOROSCOPIA • Angiografia cerebral = 3,5 mSv
• Angiografia coronariana = 18 mSv
• Colocação de stent coronariano = 50 mSv

MEDICINA NUCLEAR • Screening ósseo (Tomografia computadorizada-99m) = 4,4 mSv


• Perfusão miocárdica (Tl-201) = 18 mSv

• Cabeça = 1,3 mSv


TOMOGRAFIA • Tórax = 5,5 mSv
COMPUTADORIZADA • Pelve e abdômen = 8 mSv

103
ACIDENTES, SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA.

Classificação de acidentes

• Contaminação externa (pele) e interna


(penetração no organismo via pele,
ingestão ou inalação)

• Exposição aguda ou crônica

104
PROVIDÊNCIAS:

• Isolar a área
• Afastar as pessoas
• Identificar a fonte de contaminação ou irradiação
• Contatar o Supervisor de Proteção Radiológica
• Contactar a Coordenação de Fiscalização Sanitária da
Secretaria de Estado de Saúde sobre a ocorrência para as
devidas providências
• Proceder à análise da estimativa de doses
• Descontaminar a área, no caso de fontes não seladas
• Convocar os potencialmente irradiados ou contaminados
para se submeterem a exames médicos
• Analisar o ocorrido e implementar procedimentos para evitar
novos acidentes

105
Principais Causas de Acidentes: Medidas preventivas:

• Existência de condições seguras


• Falha nas instalações
• Prática de atos seguros
• Defeitos nos equipamentos de proteção radiológica
• Personalidade do trabalhador
• Defeitos dos equipamentos (ex.: tubos de raios X)
• Fadiga do operador
• Horário inadequado de trabalho
• Rotina cansativa e monótona
• Extravio ou furto de fontes
• Incêndio
• Colisão de viatura transportando materiais radioativos
• Relaxamento nas medidas de segurança decorrentes da
monotonia da rotina

106
107
EXAME DE CRANIO PROGRAMAÇÃO

É realizada a primeira imagem que se chama topograma,


normalmente em perfil, com varredura de 250mm e com
parâmetros de exposição menores que os da técnica normal.

A programação dos cortes segue a LIOM – linha osteo meatal,


varrendo da base do encéfalo até os giros corticais da alta
convexidade.

108
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 120 150 5mm 150/80 50ml


80/50

MULHER 100 120 5mm 130/70 50ml


70/40

CRIANÇA 80 70 3mm 110/60 1ml/kg


50/30

109
110
EXAME DE SEIOS DA FACE

PROGRAMAÇÃO

É realizada a primeira imagem que se chama topograma,


normalmente em perfil, com varredura de 250mm e com
parâmetros de exposição menores que os da técnica normal.

A programação dos cortes segue a linha do palato duro


varrendo da face inferior do palato duro até a face superior do
seio frontal.

111
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 120 200 5mm 2000/400 50ml

MULHER 100 140 5mm 2000/400 50ml

CRIANÇA 80 100 2mm 2000/400 1ml/kg

112
113
EXAME DE OUVIDO
PROGRAMAÇÃO

É realizada a primeira imagem que se chama topograma,


normalmente em perfil, com varredura de 250mm e com
parâmetros de exposição menores que os da técnica normal.

A programação dos cortes segue a LIOM – linha osteo-meatal,


varrendo toda a extensão das células mastóideas.

114
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 120 150 1mm 2000/400 50ml

MULHER 100 120 1mm 2000/400 50ml

CRIANÇA 80 70 1mm 2000/400 1ml/kg

115
116
EXAME DE ORBITAS
PROGRAMAÇÃO

É realizada a primeira imagem que se chama topograma,


normalmente em perfil, com varredura de 250mm e com
parâmetros de exposição menores que os da técnica normal.

A programação dos cortes segue a LIOM – linha osteo-meatal,


varrendo toda a extensão das células mastóideas.

117
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 120 100 2mm 2000/400 50ml

MULHER 100 80 2mm 2000/400 50ml

CRIANÇA 80 60 1mm 2000/400 1ml/kg

118
119
EXAME DE COLUNA CERVICAL
PROGRAMAÇÃO

É realizada a primeira imagem que se chama topograma,


normalmente em perfil, com varredura de 300mm e com
parâmetros de exposição menores que os da técnica normal.

A programação dos cortes segue a orientação dos discos


intervertebrais, varrendo o espaço dos forames de conjugação,
buscando a varredura completa dos seguimentos analisados.

120
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 100 5mm 2000/400 50ml

MULHER 200 80 5mm 2000/400 50ml

CRIANÇA 150 60 2mm 2000/400 1ml/kg

121
122
EXAME DE COLUNA LOMBAR E TORÁCICA
PROGRAMAÇÃO

É realizada a primeira imagem que se chama topograma,


normalmente em perfil, com varredura de 500mm e com
parâmetros de exposição menores que os da técnica normal.

A programação dos cortes segue a orientação dos discos


intervertebrais, varrendo o espaço dos forames de conjugação,
buscando a varredura completa dos seguimentos analisados.

123
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 100 5mm 2000/400 50ml

MULHER 200 80 5mm 2000/400 50ml

CRIANÇA 150 60 2mm 2000/400 1ml/kg

124
125
ANGIO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CERVICAL E
CEREBRAL PROGRAMAÇÃO

É administrado um volume total de 100 ml de contraste iodado


não iônico (com concentração de 370 mg/ml) numa veia ante-
cubital com um cateter de 18 ou 20 gauge, a um ritmo de infusão
de 3 ml/ segundo (utilizando-se um injetor automático).

126
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 300 1mm 300/50 100ml

MULHER 200 200 1mm 300/50 100ml

CRIANÇA 150 160 1mm 400/80 1ml/kg

127
128
EXAME DE PUNHO
PROGRAMAÇÃO
Cortes de 2 ou 3mm de espessura e 2 ou 3mm de espaçamento
entre eles se o exame for realizado corte a corte.

Cortes de 2mm com movimento de mesa de 4mm e reconstrução


de 2mm se for realizado no modo helicoidal.

129
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 170 3mm 300/50 50ml

MULHER 200 150 3mm 300/50 50ml

CRIANÇA 150 100 1mm 400/80 1ml/kg

130
131
EXAME DE ABDOME
PROGRAMAÇÃO

Posicionamento: decúbito dorsal; EIAS eqüidistantes à mesa;


braços elevados sobre a cabeça e apoiados no suporte
apropriado; pernas levemente fletidas e apoiadas, para conforto
do paciente.

Para o estudo do abdome a linha inicial será acima da cúpula


frênica ou hepática, ou seja, a que estiver mais elevada,
finalizando os cortes na bifurcação da aorta abdominal.

132
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 220 5mm 350/70 50ml


800/200

MULHER 200 180 5mm 350/70 50ml


800/200

CRIANÇA 150 150 2mm 350/70 1ml / kg


800/200

133
134
EXAME DE TÓRAX
PROGRAMAÇÃO

Posicionamento: decúbito dorsal; EIAS eqüidistantes à mesa;


braços elevados sobre a cabeça e apoiados no suporte
apropriado; pernas levemente fletidas e apoiadas, para conforto
do paciente

Para o estudo do tórax a linha inicial será acima do primeiro arco


costal, na altura da transição c7-t1 e a linha final na altura acima
da cúpula frênica ou hepática.

135
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 220 5mm 350/70 50ml


800/200

MULHER 200 180 5mm 350/70 50ml


800/200

CRIANÇA 150 150 2mm 250/50 1ml / kg


600/120

136
137
EXAME DE COXO FEMURAL
PROGRAMAÇÃO

Posicionamento: decúbito dorsal; EIAS eqüidistantes à mesa;


braços elevados sobre a cabeça e apoiados no suporte
apropriado; pernas levemente fletidas e apoiadas, para conforto
do paciente.

Para o estudo das articulações coxofemorais a linha inicial será


acima do teto da articulação, varrendo a porção do fêmur
proximal, até a porção inferior do trocânter menor.

138
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 220 5mm 350/70 50ml


800/200

MULHER 200 180 5mm 350/70 50ml


800/200

CRIANÇA 150 150 2mm 250/50 1ml / kg


600/120

139
140
EXAME DO JOELHO
PROGRAMAÇÃO

Posicionamento: decúbito dorsal; EIAS eqüidistantes à mesa; braços


elevados sobre a cabeça e apoiados no suporte apropriado; pernas
esticadas, eqüidistantes ao centro da mesa e apoiadas, para conforto
do paciente.

Para o estudo do joelho a linha inicial será acima da patela,


estudando a porção distal do fêmur, meniscos e ligamentos; até a
porção inferior da articulação tíbio-fibular

141
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 150 3mm 350/70 50ml


800/200

MULHER 200 130 3mm 350/70 50ml


800/200

CRIANÇA 150 100 2mm 250/50 1ml / kg


600/120

142
143
EXAME DO TORNOZELO
PROGRAMAÇÃO

Posicionamento: decúbito dorsal; EIAS eqüidistantes à mesa; braços


elevados sobre a cabeça e apoiados no suporte apropriado; pernas
esticadas, eqüidistantes ao centro da mesa e apoiadas, para
conforto do paciente, com os pés fazendo ângulo de 90 graus em
relação à mesa, simetricamente posicionados.

Para o estudo do tornozelo a linha inicial será localizada acima da


articulação tíbio - talar, varrendo comparativamente os pés até a
superfície plantar.

144
PARÂMETROS

TIPO KV MA CORTE W CONTRASTE

HOMEM 250 150 3mm 350/70 50ml


800/200

MULHER 200 130 3mm 350/70 50ml


800/200

CRIANÇA 150 100 2mm 250/50 1ml / kg


600/120

145
146
147
Bibliografia Básica:
1 DOYON, D. Tomografia Computadorizada. Medsi. 2ed.
2 MAZETTI, R. Guia Prático de Tomografia Computadorizada. Rocca. 1ed.
3 NÓBREGA, Almir da Manual de Técnicas de TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.
Atheneu. 1ed.

Bibliografia Complementar:

1 OLIVEIRA, Luiz Antônio N Assistência à vida em Radiologia. Colégio Brasileiro


de Radiologia (CBR). 4ed.
2 HENWOOD, Suzane W. Técnicas e Prática na Tomografia Computadorizada
Clínica. Guanabara. 2ed.
3 WEBB, Richard W. Fundamentos de Tomografia Computadorizada do Corpo.
Guanabara. 2ed.

148
Conheça o Instituto Cimas clicando no botão abaixo

Entre em contato conosco através de nossas redes


sociais ou pelo telefone abaixo.

Central de atendimento: (11) 3892-5152 / (11) 5071-5948

149

Você também pode gostar