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Nanotecnologia

A nanotecnologia é uma ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria numa


escala atómica e molecular lidando com estruturas entre 1 e 100 nanômetros. Pode ser
utilizada em diferentes áreas como, a medicina, eletrónica, ciência da computação, física,
química, biologia, engenharia dos materiais e engenharia da computação.

O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir


dos átomos. É uma área promissora, mas que dá apenas seus primeiros passos,
mostrando, contudo, resultados surpreendentes (na produção de semicondutores,
Nanocompósitos, Biomateriais, Chips, entre outros). Criada no Japão, a nanotecnologia
busca inovar invenções, aprimorando-as e proporcionando uma melhor vida ao Homem.

Um dos instrumentos utilizados para exploração de materiais nessa escala é o Microscópio


eletrônico de varredura (MEV) e o Microscópio de varredura por Tunelamento (STM), que
permite a observação de átomos e moléculas ao nível atômico.

O objetivo principal não é chegar a um controle preciso e individual dos átomos, mas
elaborar estruturas estáveis com eles.

Existe muito debate nas implicações futuras da nanotecnologia, pois os desafios são
semelhantes aos de desenvolvimentos de novas tecnologias, incluindo questões sobre a
toxicidade e impactos ambientais dos nanomateriais,[1] e os efeitos potenciais na economia
global, assim como a especulação sobre cenários apocalípticos, (doomsday scenarios).
Essas questões levaram ao debate entre grupos e governos a respeito de uma regulação
sobre nanotecnologia.
Os principais aspectos científicos se referem à descoberta de novos fenômenos em
nanoescala; de novos métodos de medidas e modelagem de um grande número de
nano-objetos; do entendimento da relação entre a nanoestrutura e a aplicação do material;
da manipulação com precisão atômica e molecular, da agregação e conexão em
nanoescala.

Aplicações atuais

Eletrônica

Os nanotubos de carbono estão a ponto de substituir o silício como material para fabricar
microchips e dispositivos menores, rápidos e eficientes, assim como nanofios quânticos
mais leves, condutores e resistentes. As propriedades do grafeno o convertem no candidato
ideal para o desenvolvimento de telas flexíveis sensíveis ao toque.

Energia

Um novo semicondutor projetado pela Universidade de Quioto permite fabricar painéis


solares que duplicam a quantidade de luz solar convertida em corrente elétrica. A
nanotecnologia também reduz os custos, produz turbinas eólicas mais fortes e leves,
melhora o desempenho dos combustíveis e, graças ao isolamento térmico de alguns
nanocomponentes, pode economizar energia.
Biomedicina

As propriedades de alguns nanomateriais os tornam ideais para melhorar o diagnóstico


precoce e o tratamento de doenças neurodegenerativas ou do câncer. São capazes de
atacar as células cancerígenas de forma seletiva sem prejudicar as restantes células
saudáveis. Algumas nanopartículas também foram utilizadas para melhorar produtos
farmacêuticos, como os protetores solares.

Meio ambiente

A purificação do ar com íons, a purificação de águas residuais com nanobolhas ou os


sistemas de nanofiltração para metais pesados são algumas de suas aplicações positivas
para o meio ambiente. Também existem nanocatalisadores para que as reações químicas
sejam mais eficientes e poluam menos.

Alimentação

Trata-se de um campo onde poderiam ser usados nanobiossensores para detectar a


presença de patógenos nos alimentos ou nanocompostos para melhorar a produção de
alimentos uma vez que aumenta a resistência mecânica e térmica, assim como diminui a
transferência de oxigênio nos produtos embalados.

Têxtil

A nanotecnologia possibilita o desenvolvimento de tecidos inteligentes que não mancham


nem amarrotam, assim como de materiais mais resistentes, leves e duradouros para
fabricar capacetes para motociclistas ou equipamento esportivo.

Na medicina

A nanotecnologia na medicina permite criar dispositivos que coletam dezenas de dados do


organismo das pessoas, com muito mais informações, é possível ter um diagnóstico muito
mais preciso. Além disso, também permite um acompanhamento de doenças preexistentes
com mais rigor.

Além disso, a nanotecnologia na área da saúde traz soluções para o setor, mas também
permite que pesquisas sejam comprovadas. Dessa maneira, é preciso que os profissionais
estejam sempre atentos às mudanças e às novidades para se manterem atualizados.

1. Desenvolvimento de medicamentos
Uma das importantes aplicações da nanotecnologia na medicina está relacionada com a
área farmacêutica. Com a utilização da nanomedicina é possível criar nanorobôs para o
desenvolvimento de medicamentos.

Além disso, outra aplicação da nanotecnologia na medicina que está relacionada a


medicamentos é a utilização de nanorobôs para transportar nanomateriais dentro do corpo
humano.
Com a ajuda de nanorobôs, o medicamento é levado até o ponto exato onde ele precisa
estar, podendo, inclusive, reduzir efeitos colaterais de determinados medicamentos e
aumentar significativamente os benefícios obtidos por meio dos medicamentos.

Leia também: Tecnologia e medicina: quais os benefícios dessa combinação?

2. Tratamento para câncer


Com essa precisão dos nanorobôs, o paciente que está em tratamento de câncer se
beneficia sofrendo menos efeitos. Geralmente, os tratamentos de quimioterapia e
radioterapia causam muitos efeitos colaterais em várias partes do corpo. Além disso,
atingem não somente as células cancerígenas, mas também as saudáveis.

Com os nanorobôs, eles agem diretamente nas células cancerígenas e alcançam estruturas
mais profundas que com os tratamentos tradicionais não seria possível ou seria necessário
um método mais invasivo.

3. Microssondas na corrente sanguínea


Outra aplicação da nanotecnologia na medicina são as microssondas. Elas atuam na
reparação de células e de outros organismos dentro da corrente sanguínea..

4. Diagnósticos
A nanotecnologia na medicina também está presente nos diagnósticos. Hoje em dia é
possível, por meio de injeções na corrente sanguínea ou de pílulas, por exemplo, coletar
informações mais precisas para realizar diagnósticos, intervenções e tratamentos menos
invasivos e mais eficientes.

Com nanomateriais coletando informações de dentro do corpo do paciente é possível


identificar uma doença e obter uma análise mais rápida e mais precisa também.

Além disso, também é possível acompanhar mais de perto a presença de doenças


preexistentes e monitorar a eficácia de intervenções. A nanotecnologia permitirá um
diagnóstico muito mais preciso e precoce de inúmeros tipos de patologias.

5. Produção de equipamentos médicos


A nanotecnologia na área da saúde também está presente na produção de equipamentos
médicos. A nanoprata é um dos materiais que vêm sendo utilizados. Ela está presente em
seringas, bisturis e em outros itens e impede que haja grande proliferação de
microorganismos e, por conta disso, oferece mais segurança.

Além disso, com equipamentos mais modernos e com a utilização da nanotecnologia, as


cirurgias tornam-se menos invasivas, acelerando, por exemplo, a recuperação do paciente.

Agora que você já viu alguns exemplos de nanotecnologia na medicina, já dá para se ter
uma noção dos seus benefícios também, não é mesmo? Mas, para ficar ainda mais claro,
listamos os principais, confira a seguir.
Materiais melhorados pela nanotecnologia

Estas são algumas das categorias onde frequentemente podemos encontrar produtos
melhorados pela nanotecnologia:

Eletrónica e painéis solares


Produtos cosméticos
Tintas e tintas de impressão
Equipamento desportivo
Têxteis
Produtos farmacêuticos.

A nanotecnologia é uma ciência emergente que se espera venha a ser alvo de importantes
e rápidos desenvolvimentos no futuro. Prevê-se que tenha um contributo significativo para o
crescimento económico e a criação de emprego na UE durante as próximas décadas.

Segundo os cientistas, a nanotecnologia deverá ter quatro gerações de progresso. Neste


momento estamos a viver a primeira ou, talvez, a segunda geração de nanomateriais.

A primeira geração diz respeito à ciência dos materiais com a melhoria de propriedades
alcançada pela incorporação de «nanoestruturas passivas», o que pode consistir em
revestimentos e/ou utilização de nanotubos de carbono para reforço de plásticos.

A segunda geração utiliza nanoestruturas ativas que, por exemplo devido à sua
bioatividade, podem transportar um fármaco para uma célula ou órgão-alvo específicos. Tal
pode ser alcançado pelo revestimento de nanopartículas com proteínas específicas.

A complexidade é ainda maior na terceira e quarta gerações. Estas começam por


nanosistemas avançados, como a nanorrobótica, e progridem para nanosistemas
moleculares para controlar o crescimento de órgãos artificiais na quarta geração de
nanomateriais.

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