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SENSAÇÃO, PERCEPÇÃO E

ATENÇÃO

Gazzaniga (2017) – Cap. 05


DPP

Detecção Percepção Processamento


ANÁLISE SITUACIONAL
MANEIRAS PELAS QUAIS SENTIMOS E
PERCEBEMOS O MUNDO

• Representação Perceptiva do ambiente é limitada pelos


estímulos aos quais somos sensíveis
+
• Limites de nossos sistemas sensoriais (reconhecimento dos
sinais)
• SENSAÇÃO: como os nossos órgãos dos sentidos
respondem a estímulos externos e como as respostas são
transmitidas ao cérebro.
MANEIRAS PELAS QUAIS PERCEBEMOS O
MUNDO

• Percepção: Processamento adicional dos sinais sensoriais no cérebro, que


resulta em uma representação interna de estímulos
NÍVEL FISIOLÓGICO E NÍVEL
PSICOLÓGICO

• Alguns fenômenos não podem ser explicados apenas


através do nível fisiológico
• Ex: Distorções


QUAL A MELHOR MANEIRA DE
COMPREENDER A SENSAÇÃO E A
PERCEPÇÃO?
• INATO OU ADIQUIRIDO ?

• Empirismo: Todo conhecimento humano precisa ser adquirido


pelos sentidos
John Locke e a tábula rasa

• Visão Alternativa – Nativismo: Parte do conhecimento é inato


Immanuel Kant: Input sensorial e filtragem por categorias
mentais inatas preexistentes que organizam informações.
CODIFICAÇÃO DE ESTÍMULOS

• Codificação sensorial:
Maneira pela qual nossos órgãos traduzem propriedades
físicas de um estímulo

1º Passo – RECEPÇÃO + TRANSDUÇÃO:


Diferentes impulsos neurais (presentes nos neurônios
especializados) codificam estímulos, sinalizando sensações
(ex: Dor)
CODIFICAÇÃO DE ESTÍMULOS

2º Passo:
Neurônios conectores nos órgãos dos sentidos transmitem
informações até o Tálamo (estrutura central)
3º Passo:
Os neurônios do Tálamo levam as informações até o Córtex
cerebral, onde o cérebro interpreta os impulsos neurais que
chegam na forma de experiências de visão, cheiro e etc...
CODIFICAÇÃO DE ESTÍMULOS

Sensações são pedaços de informações

Codificação tem duas categorias


1. Quantitativa: Fatores intensidade, brilho e altura – indicados
pela FREQUENCIA da descarga neural
Lei I: Proporção direta entre frequência da descarga e a
quantidade da experiência (ex: mais alto, mais brilhante...)
Lei 2: Intenso = Recrutamento de neurônios
Dimensões como Sons, formatos, temperatura...
CODIFICAÇÃO DE ESTÍMULOS

Sensações são pedaços de informações


Qualidades sensoriais são
Qualitativa: diferentes receptores sensoriais respondem
codificadasaapenas por uns
diferentes qualidades de um estímulo. poucos receptores, cada um dos
quais responde a uma ampla
Um tipo de receptor dedicado a cada estímulo possível. gama de estímulos
(sobrecarregados)
Ideal: 1 estímulo (luz) -------- Classe de receptores sensoriais
participam de sua captação
Como é: CODIFICAÇÃO GROSSEIRA (exceção do cheiro)
Dimensões como Cor e sabor
Importância para sobrevivência (Ex; Cores específicas por
semelhança com predadores)
LIMIARES SENSORIAIS

• Limiar absoluto é a intensidade mínima de estimulação que deve ocorrer


para experimentar uma sensação
• Limiar de diferença: menor diferença entre dois estímulos que você
consegue perceber. Em outras palavras, é a quantidade mínima de alteração
requerida para uma pessoa detectar uma diferença.
 O limiar de diferença aumenta com o aumento da intensidade do estímulo
TEORIA DA DETECÇÃO DE SINAIS (TDS)

• Detecção de um estímulo não é um processo objetivo, mas uma decisão


subjetiva com dois componentes: (1) a sensibilidade ao estímulo em presença
de distrações a partir de outros estímulos e (2) os critérios usados para fazer
o julgamento a partir de informação ambígua
• A tendenciosidade de resposta é uma tendência do participante de relatar a
detecção de sinal em um estudo ambíguo. O sujeito poderia ser fortemente
tendencioso ao responder e precisar de evidências significativas da presença
do sinal. Em tais condições, esse mesmo participante poderia precisar apenas
de uma pequena quantidade de evidência.
ÁREAS SENSORIAIS PRIMÁRIAS
VISÃO
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea
Focar melhor a
2 Recepção
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea 2 Recepção
Focar melhor a
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea 2 Recepção
Focar melhor a
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea 2 Recepção
Focar melhor a
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea 2 Recepção
Focar melhor a
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea 2 Recepção
Focar melhor a
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
Receptores na retina
contêm fotopigmentos, moléculas
proteicas que se tornam instáveis
e se partem ao
serem expostas à luz
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea 2 Recepção
Focar melhor a
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
As células ganglionares enviam seus sinais
ao longo de seus axônios, de dentro
do olho para o tálamo

Os bastonetes e cones não


disparam potenciais de ação como
fazem outros neurônios. Em vez
disso, a decomposição dos
fotopigmentos altera o
potencial de membrana dos
fotorreceptores e deflagra
potenciais de ação em neurônios
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea
Focar melhor a
2 Recepção
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
Esse arranjo faz com que toda a
informação oriunda do lado es-
querdo do espaço visual (i.e., tudo que é
visível à esquerda do ponto de fixação do
olhar) seja projetada para o hemisfério
direito do cérebro e vice-versa
1
2
COMO
3
USAR

Quiasma ótico
Ondas de Cristalino 1 Estimulação
radiação
Eletromagnética Acomodação

Codificação
inicial
Células bipolares e
ganglionares e
nervo ótico
Função
da
córnea
Focar melhor a
2 Recepção
luz

Função da
pupila
Expansão ou Córtex Visual
afunilamento
3 Processamento
Retina da informação
Células receptoras:
Cones e bastonetes

Maior
concentração:
Fóvea
A informação viaja até o córtex visual
primário, áreas corticais junto aos lobos
occipitais na parte traseira da cabeça.
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LUZES
Qual o retângulo
central mais
claro em cada
par?
O Matiz: características distintivas que incluem uma
determinada cor em particular dentro do espectro
(ex. alaranjada) e dependem do comprimento da
onda.
Saturação: consiste na pureza da
cor., variando de acordo com a mistura de
comprimentos de onda em um estímulo (ex. cores
básicas como azul, verde e vermelho têm apenas 1
comprimento de onda),
Brilho: intensidade percebida da cor. Essa
característica é determinada principalmente pela
quantidade total de luz que chega
ao olho.
PRINCÍPIOS DA GESTALT DE
ORGANIZAÇÃO PERCEPTIVA.

• Gestalt: Formato/Forma
• percepção é mais do que o resultado de dados
sensoriais acumulados.
• Há um processo inato de organização, do todo para o
conjunto das partes
PRINCÍPIOS DA GESTALT DE
ORGANIZAÇÃO PERCEPTIVA.

PROXIMIDADE
Quanto mais perto estiverem duas
figuras uma da outra,
maior será a probabilidade de nós a
agruparmos e vermos como parte do
mesmo objeto

SIMILARIDADE
Tendemos a agrupar figuras conforme a
proximidade com
que uma se assemelha a outra, seja
quanto ao formato, seja quanto à cor
ou à orientação
FECHAMENTO
Tendemos a completar figuras
com lacunas
CONTINUIDADE
Tendemos a agrupar as bordas ou
contornos que têm a mesma
orientação, conhecidos como “boa
continuação” pelos psicólogos
da Gestalt.

CONTORNOS ILUSÓRIOS
percebemos contornos e
indícios da profundidade,
mesmo quando inexistem
PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE

• Binocular: dois olhos


• Monocular: um olho de cada
• Disparidade bilocular: modo de
detectar a proximidade, pois o
cérebro tem acesso a duas
imagens retinais distintas, porém
sobrepostas. Obs: serve para
objetos que estão próximos.
PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE

• Binocular: dois olhos


• Monocular: um olho de cada
• Serve para dar sensação de
proximidade
PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE

• Exemplo: Caixa de AIMES


PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE

• Exemplo: Ilusão das


cobras giratórias
EFEITO ESTROBOSCÓPICO

• Ilusão perceptiva que ocorre quando duas ou mais


imagens discretamente distintas são apresentadas em
sucessão rápida
• Exemplo: filmes 3d
AUDIÇÃO
SISTEMAS SENSORIAIS

Codificação temporal e
Localização do som Sistema Vestibular
codificação local
• Feita pelo cérebro, • Informação fornecida • TEMPORAL: é usada
não pelos receptores por receptores para codificar
• o tempo que o som localizados nos canais frequências
demora para chegar a semicirculares do relativamente baixas
cada ouvido e a ouvido interno, que (ex. trombone)
intensidade do contêm um líquido • LOCAL: diferentes
• som em cada um que se move quando a receptores localizados
cabeça se move, • junto à membrana
inclinando as células basilar respondem a
ciliadas nas frequências diferentes,
extremidades do por isso as
canal. frequências baixas
• Assim, o sentido ativariam um tipo de
vestibular é receptor diferente
responsável pelo daquele ativado pelas
nosso senso de frequências altas.
equilíbrio
RESUMO------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Sons
Ondas que
vibram
Cóclea
Transformação de
sons em informações

Vibrações Orelha
entram em Média
contato Martelo, bigorna
e estribo
com o
canal
eterno do Células
ouvido Ciliadas
Localizadas na Córtex
membrana basilar auditivo
Tímpano Orelha interna
Também vibra Janela Oval
Membrana delgada
que chega à orelha
interna
RESUMO------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Sons
Ondas que
vibram
Cóclea
Transformação de
sons em informações

Vibrações Orelha
entram em Média
contato Martelo, bigorna
e estribo
com o
canal
eterno do Células
ouvido Ciliadas
Localizadas na Córtex
membrana basilar auditivo
Tímpano Orelha interna
Também vibra Janela Oval
Membrana delgada
que chega à orelha
interna
RESUMO------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Sons
Ondas que
vibram
Cóclea
Transformação de
sons em informações

Vibrações Orelha
entram em Média
contato Martelo, bigorna
e estribo
com o
canal
eterno do Células
ouvido Ciliadas
Localizadas na Córtex
membrana basilar auditivo
Tímpano Orelha interna
Também vibra Janela Oval
Membrana delgada
que chega à orelha
interna
RESUMO------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Sons
Ondas que
vibram
Cóclea
Transformação de
sons em informações

Vibrações Orelha
entram em Média
contato Martelo, bigorna
e estribo
com o
canal
eterno do Células
ouvido Ciliadas
Localizadas na Córtex
membrana basilar auditivo
Tímpano Orelha interna
Janela Oval
Também vibra
Membrana delgada
que chega à orelha
interna
RESUMO------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Sons
Ondas que
vibram
Cóclea
Transformação de
sons em informações

Vibrações Orelha
entram em Média
contato Martelo, bigorna
e estribo
com o
canal
eterno do Células
ouvido Ciliadas
Localizadas na Córtex
membrana basilar auditivo
Tímpano Orelha interna
Também vibra Janela Oval
Membrana delgada
que chega à orelha
interna
RESUMO------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Sons
Ondas que
vibram
Cóclea
Transformação de
sons em informações

Vibrações Orelha
entram em Média
contato Martelo, bigorna
e estribo
com o
canal
eterno do Células
ouvido Ciliadas
Localizadas na Córtex
membrana basilar auditivo
Tímpano Orelha interna
Também vibra Janela Oval
Membrana delgada
que chega à orelha
interna
RESUMO------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Sons
Ondas que
vibram
Cóclea
Transformação de
sons em informações

Vibrações Orelha
entram em Média
contato Martelo, bigorna
e estribo
com o
canal
eterno do Células
ouvido Ciliadas
Localizadas na Córtex
membrana basilar auditivo
Tímpano Orelha interna
Também vibra Janela Oval
Membrana delgada
que chega à orelha
interna
RESUMO------------------------------------------------------------------------------
1 2 3
Sons
Ondas que
vibram
Cóclea
Transformação de
sons em informações

Vibrações Orelha
entram em Média
contato Martelo, bigorna
e estribo
com o
canal
eterno do Células
ouvido Ciliadas
Localizadas na Córtex
membrana basilar auditivo
Tímpano Orelha interna
Também vibra Janela Oval
Membrana delgada
que chega à orelha
interna
GOSTO
Estímulos: substâncias
químicas oriundas dos
alimentos que se
dissolvem na saliva

Receptores: botões
Cultura influencia na
gustativos, presentes nas
experiência do sabor
papilas da língua

Supergustadores: têm mais


5 tipos: doce, azedo, botões gustativos do que
salgado, amargo e os provadores normais e
umami são mais conscientes de
sabores e texturas
CHEIRO
Estímulos: partículas químicas,
Receptores: cavidade nasal
ou odores

um ambiente quente e úmido


ajuda as moléculas Ainda não foi esclarecido
de odores a entrar em como esses receptores
contato com o epitélio codificam odores diferentes
olfativo

Receptores do olfato
transmitem informação
Humanos conseguem
diretamente para o bulbo
identificar mais de mais de 1
olfativo. A partir dele, a
trilhão de odores
informação olfativa segue para
outras áreas do cérebro.
TOQUE
Receptores: a pele (maior órgão do
Estímulos: toque corpo) através de receptores
hápticos

Estímulos intensos podem deflagrar


ambos receptores, para calor
sensações de temperatura, pressão
e frio. Essa ativação simultânea
e dor, além de percepção
pode produzir experiências
cinestésica (posições no espaço e
sensoriais estranhas,
movimento nos corpos)
como uma falsa sensação de
umidade

Informação do toque segue do


Dores agudas e imediatas fibras
tálamo para o córtex
rápidas
somatossensorial primá-
Dores crônicas: fibras lentas
rio, no lobo parietal.
Receptores: a pele (maior órgão do
Estímulos: toque corpo) através de receptores
hápticos

Estímulos intensos podem deflagrar


ambos receptores, para calor
sensações de temperatura, pressão
e frio. Essa ativação simultânea
e dor, além de percepção
pode produzir experiências
cinestésica (posições no espaço e
sensoriais estranhas,
movimento nos corpos)
como uma falsa sensação de
umidade

Informação do toque segue do


Dores agudas e imediatas fibras
tálamo para o córtex
rápidas
somatossensorial primá-
Dores crônicas: fibras lentas
rio, no lobo parietal.
•Agora é
FIM

exercitar!

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