Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula nº1 - Sensação
Processos Sensoriais
Visão:
Luz (Fotões) → Olho (retina) → Imagem (análise básica) → Imagem (análise
complexa)
Audição:
Ondas sonoras → Ouvido → Sons → Melodias
Somatossensorial:
Pressão/dor/temperatura → Pele → Potenciais de ação
Químicos (paladar/olfato):
Substância química → Cavidade nasal/boca → Evocação de memórias
emocionais.
Sensação e Percepção
Estudo da Perceção:
Tipos de tarefas:
1- Descrição;
2- Reconhecimento;
3- Deteção;
5- Pesquisa.
Sistema Visual
Luz:
Animais noturnos:
Especificidades:
1. Lentes maiores
2. Dilatação da pupila superior
3. Maior distância até à retina
4. Retina com maior superfície
5. Mais fotorecetores bastonetes
6. Menos melanina
Retina (2 tipos de fotorecetores):
Ponto cego:
Campo Visual:
Sistema Auditivo
1. É semelhante ao visual (só há uma estrutura responsável pela receção
de informação)
2. O que varia é o tipo de energia (as células são diferentes)
3. O som propaga-se pelo ar através de energia mecânica e precisa de
uma meio para se propagar sendo que não se propaga no vácuo
4. As ondas sonoras diferenciam-se pelas diferenças na pressão (tendo
mais ou menos pressão)
5. Têm níveis diferentes de energia por intensidade; Se o som for mais
forte (maior intensidade) a onda também vai ser maior
6. O som tem uma componente subjetiva (o timbre) que está relacionado
com a complexidade da onda sonora
7. Qualquer onda tem “fases”: A positiva (pico da onda) e a negativa
(baixo da onda)
8. O nosso ouvido consegue entender a complexidade (saber se é grave
ou agudo)
9. Hertz → Medida que mede a frequência
10.Quanto mais grave o som mais lenta a onda; Quanto mais agudo o
som, mais rápida a onda
11. O som atinge primeiro um certo ouvido que nos permite entender de
que lado vem o som; Atinge o outro noutra fase da onda, logo, os
ouvidos nunca captam o mesmo som.
Células receptoras → Córtex temporal:
São células ciliadas, e o córtex interpreta os sons, linguagem e música
1. Ouvido Externo (Amplifica o som)
2. Ouvido Médio (Transfere o som)
3. Ouvido Interno (Gera potencial de Ação)
Ouvido Interno:
Cóclea → Liga-se ao nervo auditivo que envia a informação sob forma de
eletricidade até ao sistema nervoso
Cóclea distendida → Análise longitudinal dos sons captados no ouvido
O líquido ao agitar, agita as células ciliadas;
Quando o som é mais rápido as células agitam-se mais perto da base da
cóclea e quando é mais lento, agitam-se mais longe
As células da cóclea têm uma distribuição tonotópica (Ativação de
frequências altas/baixas vai ativar uma região específica no cérebro. A lógica
é semelhante nos vários sentidos)
Estruturas auditivas comparativas:
Há diferenças condicionadas pelo desenvolvimento
As células que estão no interior da cóclea compõem a membrana basiliar
Faixas audíveis por espécies de mamíferos:
O limiar depende da estrutura da cóclea e da membrana basiliar
O nervo auditivo é um dos pares de nervos que nós temos que liga o sistema
nervoso ao corpo (sons enviados ao ouvido ao sistema nervoso)
Sistema Somatossensorial: Sentido Vestibular (1) e Sentido da pele (2)
Mecanismo vestibular:
Nervo auditivo VIII → núcleos no tronco encefálico (interagem com o tronco
encefálico para manter o balanço e com mesencéfalo para controlo dos
movimentos oculares)
Algumas funções:
- Reflexo de endireitamento no ar (gatos e coelhos)
- Nistagmo vestibular
Disfunções do sistema vestibular:
- Náuseas de movimento:
1. Seres humanos, macacos, coelhos, etc
2. Incongruência entre input do sistema vestibular e visual (ex: Ao
andar de barco, se não vemos o movimento, o nosso sentido
vestibular assimila um movimento mas como não o vemos,
ficamos com náuseas
Sentido Magnético:
- Indícios de sentido magnético em algumas espécies
- As abelhas podem navegar com a ajuda dos campos magnéticos
terrestres (sistema vestibular mais avançado)
- Resultados menos consistentes noutras espécies (pombos)
2) Sentido da pele:
- Pele → Córtex somatossensorial
- Sistema especializado em descodificar informação (quando toco num
objeto consigo identificá-lo
- Quanto maior for a sensibilidade, maior é a área do cérebro que
comanda essa área do corpo
- Membro fantasma: erro no sentido somatossensorial onde uma pessoa
amputada diz que continua a sentir dores no membro pois as células
associadas ao membro continuam no cérebro, que eventualmente se
irá organizar e as células vão ter outras funções
Vias somatossensoriais:
- Recetores de toque/pressão
- Recetores de temperatura
- Recetores de dor
2 sub-sistemas:
1) Sistema lemniscal → toque e pressões leves
2) Sistema Espinhotalâmico → Toque difuso, dor e temperatura
Sistemas Químicos
Relacionados com a alimentação
Para testar alimentos, primeiro cheiramos e se gostarmos comemos e
segundo, se souber bem, ingerimos
Paladar:
- Depende da presença de quimiorrecetores
- Existente nos vertebrados (incluindo peixes, embora estes tenham
função limitada)
- Perdemos a qualidade no paladar devido ao envelhecimento das
células
- Sistemas de paladar/olfato podem estar presentes nos anfíbios
- Paladar pode preceder o olfato (meio para tirar informação do ar)mas
podem funcionar independentemente
- Sabores primários: Doce, Ácido, Amargo, Salgado
- O sabor deriva da ativação de diferentes recetores e da influência de
fatores como: odor, temperatura, textura.
Estímulo Químico:
Substância dissolvidas ou solúveis:
1. Ácido resulta de compostos ácidos
2. Amargo resulta de alcalóides
3. Salgado resulta de sais
4. Doce associado a nutrientes como aminoácidos (aspartame)
Diferenças intra-individuais e entre-indivíduos:
1. Humanos e ratos parecem gostar de soluções de sacarose, mas não os
gatos
Hamsters demonstram aversão ao sal
Vias gustativas:
3 nervos cranianos que conduzem a informação da língua:
1. Nervo glossofaríngeo
2. Nervo vago
3. Nervo facial
Olfato:
- Diferenças funcionais entre espécies
- Maior importância para espécies em contacto com terra/mar
- Nos seres humanos tem algumas funções relacionadas com a escolha
dos alimentos
Tipos de odores:
- Substância volátil/vaporizável (estado gasoso)
- Hidro-lipossolúvel
Vias nasais:
- Células receptoras olfativas ligam-se aos bulbos olfativos via nervo
olfativo (I)
Vias olfativas:
- Sistema Límbico (Amígdala) → Evocação dos componentes emocionais
- Córtex Orbitofrontal → Perceção consciente
Outras funções do Olfato:
Feromonas:
- Sistema vomeronasal
- Excreção ao nível da pele, urina ou saliva
- Funções para a sobrevivência por comunicação química
- Artrópodes e alguns mamíferos (inferiores aos primatas)
- Funções em primatas superiores ainda não foram demonstradas
Aula nº3 - Psicofísica
- Utilizada na psicologia mas não é exclusiva
- Procura ligar o mundo físico à experiência psicológica
- Limiar sensorial = Limiar onde o estímulo se torna consciente
- Tem como objetivo medir a experiência sensorial e perceptiva
- A ativação do sistema sensorial depende da intensidade e duração
mínima de um estímulo
- O sistema sensorial é bombardeado com vários estímulos sensoriais
que por serem fracos ou não importantes são filtrados e a psicofísica
tenta perceber o porquê disto acontecer
- Força, intensidade e duração são muito importantes para o limiar
- Quando um estímulo é grande o suficiente chama-se supralimiar,
quando não o é, é filtrado e chama-se sublimiar, há quem diga que
apesar disto ser inconsciente são processados (diverge de autores)
- Quando as imagens são processadas de forma muito rápida, a pessoa
sabe que viu algo mas não sabe o que viu
- Limiar de detenção é o limiar absoluto (para cima)
- Limiar sensorial varia de pessoa para pessoa
- A detenção dos estímulos é variada pois depende de outros fatores
- O limiar sensorial é relativo (as vezes posso ouvir no 3 e outras no 6)
- O limiar deteção varia durante o dia devido à atenção
Métodos Psicofísicos
Gustav Theodor Fechner (1801-1887)
- Método dos limites → Dos mais usados; Tem como desvantagem o
efeito-expectativa pois os estímulos estão ordenados
- Método dos estímulos constantes → É usado com aleatoriedade não
causando expectativa
- Método dos ajustes → Mais rápido pois não mostra todos os estímulos,
somente os que o investigador acha adequado , sendo a desvantagem
a subjetividade
Teoria de Detenção de Sinal:
1. Procura explicar como ocorre a deteção do estímulo
2. Esta teoria prevê que a deteção é variável (pelo mesmo observador)
3. Não depende de um valor absoluto, a intensidade de um estímulo é
variável as vezes deteta-se com intensidade 3 e outras só em 6
(deve-se a outros fatores)
Deteção e Ruído:
- A deteção dos estímulos depende do ruído (que são todos os fatores
que influenciam a capacidade de deteção do sinal)
- Quando estamos ao nível de probabilidades temos sempre um nível de
incerteza, a vantagem é que conseguimos prever alguns dados
- O sinal tem que estar acima do ruído, porém quando o ruído é alto ou
o sinal baixo, há uma sobreposição de probabilidades da pessoa não
captar o sinal.
Critério:
4 possibilidades de resposta (Sim/Não):
- Acerto → Sinal apresentado e detectado pela pessoa
- Rejeição correta → Diz “Não” quando não foi apresentado
nenhum som, como não foi mostrado a pessoa não ouviu, o que
torna a resposta certa
- Falso Alarme → Quando diz “Sim” mas o sinal não foi
apresentado
- Omissão → Quando a pessoa diz “Não” mas o sinal foi
apresentado
Efeitos do critério:
1) Expectativa: Faz com que a pessoa já saiba qual é o próximo sinal; Se
tivermos numa tarefa onde a frequÊncia de sinal é maior, então a
pessoa vai ter uma tendência a dizer mais vezes que sim aumentando
o número de acertos e dos falsos alarmes (o mesmo para o oposto)
2) Motivação: Se dermos a alguém dinheiro por cada resposta certa, ele
vai dizer mais vezes que sim tomando uma atitude mais liberal ,
porém se dissermos que iremos retirar dinheiro da conta por cada
erro, ela vai adotar uma postura mais conservadora, dizendo mais
vezes que não.
Curva ROC:
- Mostra que quando os acertos aumentam, os falsos alarmes também
- Se a pessoa responder ao acaso vai acertar 50% das vezes
- Para a tarefa ser mais difícil a curva tem que estar acima da diagonal
Percepção Visual
- Resulta da projeção da imagem na retina
- Projeção na retina pode ser ambígua
- Conhecimento do objeto/estímulo permite-o aceder a esta informação
de forma independente da ativação da retina
- Área visual primária- de análise visual da informação de entrada é
dependente do padrão de ativação da retina – córtex retinotópico
(Área 17)
- Área visual secundária- de análise visual a informação da informação
de entrada é independente do padrão de ativação da retina (Áreas 18,
19, ...)
- Reconhecimento de objetos é uma tarefa difícil para máquinas
- Visão computacional simula o sistema visual humano:
1. Informação sensorial
2. Memória (experiência prévia)
3. Operações cognitivas – dedução mental
- Flexibilidade Humana depende de uma estrutura cerebral
evolutivamente recente – neocórtex (6 camadas celulares)
Perceção Figura-Fundo
Capacidade que permite a distinção entre objetos no mesmo campo visual,
baseada nas características físicas destes objetos.
Ambiguidade na Figura-Fundo:
- Características similares entre objetos (ambiguos)
- Figura-Fundo podem ser revertidos:
- Alteração do foco atencional.
- Fatores cognitivos (aprendizagem).
Gestalt
Psicologia de Gestalt vs. Estruturalismo (Estudo sistemático da perceção
visual)
• Max Wertheimer
• Kurt Koffka
• Wolfgang Kohler
Impulsionada pelo reducionismo que dominou as ciências naturais no final do
séc. XIX.
- A perceção não é a soma mas sim o todo, enquanto no estruturalismo
a perceção é a soma de todos os fatores/estimulos
- A perceção resulta de tendência não aprendida para a organização dos
objetos segundo características como:
- Arranjo
- Localização
- Interações
Princípios da Gestalt:
Teorias Clássicas:
- Neurociências
- Psicologia
- Computação
Marr (1982):
Biederman (1987):
Evidências
Classificação clássica:
Agnosia associativa
(entre percepção e significado - HE) Cópia preservada
Vecera e Farah
+ Luz – cones;
- Luz – bastonetes.
Cor
Perceção da cor:
V4 → Processamento da cor
V5 → Processamento do movimento
Visão fotópica e escotópica:
• 2 tipos de fotorrecetores.
Cones:
• Centro da retina.
• Visão fotópica.
Bastonetes:
• Visão escotópica
Persistência Visual
John Dalton:
Perceção de profundidade:
Pistas oculares:
- Monoculares (pictóricas)
- Binoculares (e.g., estereoscopia)
- Oculomotoras (acomodação)
1. Perspectiva linear
2. Contraste
3. Focagem
4. Sombras
5. Tamanho relativo
6. Interposição de Objetos
7. Textura
8. Paralaxe de movimento
Sinais Binoculares:
Perceção do movimento
Visão para a ação:
• Via dorsal
• Via ventral
• Perceção espacial
Evidências clínicas:
Anglioti e colaboradores:
< Efeito da ilusão percetiva quando a escolha é realizada pelo ato motor.
Definição:
Limitações importantes ao estudo da atenção:
internos.
Mecanismos Cerebrais:
Perturbações da Atenção:
Intensidade:
Estruturas mesencefálicas
- Desorganização do pensamento
- Ideias delirantes
Seletividade:
Córtex parietal e conexões com frontal
Exemplo: Neglect
motoras elementares.
Funções da Atenção:
- Vigilância
- Atenção dividida
- Atenção seletiva
- Busca/Pesquisa
Vigilância:
Tarefas de Vigilância:
Medidas:
• Velocidade.
• Precisa na Deteção.
Pesquisa Visual:
- Cor
- Forma
- Posição
- Tamanho
- Orientação
Atenção seletiva e dividida:
- The cocktail party effect is the phenomenon of the brain's ability to
focus one's auditory attention (an effect of selective attention in the
brain) on a particular stimulus while filtering out a range of other
stimuli, as when a partygoer can focus on a single conversation in a
noisy room.
- Teorias de filtro e atenuação → Estímulos com alterações na
tonalidade/volume atingem níveis mais elevados de processamento:
Explicações:
Stroop.
2) Resposta é afetada pela interferência, entre uma via para a cor da palavra
Processamento Automático
Critérios para definir processos automáticos:
1. Rápidos
3. Inacessíveis à consciência
4. Inevitáveis
Erro humano:
(eventos externos/internos)
Fim