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Sensação

&
Percepção
Sensação e Percepção
• Para representar o mundo em nossa cabeças
devemos detectar a energia física do ambiente
e codificá-la como sinais neurais, um processo
denominado de sensação
• Em seguida temos de selecionar, organizar a
interpretar nossas sensações, um processo
denominado percepção
Sensação e Percepção
• A sensação é como um processo que
compreende a captação dos estímulos
externos pelos nossos órgãos sensoriais e o
envio dessas informações até o cérebro
(Sistema Nervoso Central)
• Já a percepção seria o processo de
transformação destes estímulos sem sentido,
num todo com significado e utilidade para
nossa vida cotidiana (interpretação)
Sensação e Percepção
• Os sentidos nos mantém informados sobre o
que acontece ao nosso redor. Ajustamo-nos
aos estímulos ambientais conforme eles se
apresentam.
• Há fatores internos (relativos ao indivíduo) e
externos (relativos ao ambiente) que
influenciam a percepção e que variam de
pessoa para pessoa, justificando diferenças
perceptivas sobre um mesmo objeto
Sensação e Percepção
• O bebê que chora de fome no berço vive o
desconforto provocado pelo estômago vazio.
Ele experimenta a sensação de fome e só terá
a percepção dela quando puder traduzir seu
significado
SENSAÇÃO
• A sensação envolve a estimulação de órgãos
sensoriais. Um processo fisiológico.
• Detectamos a energia física do ambiente e
codificamos como sinais neurais
• Estamos rodeados de estímulos do mundo
externo que bombardeiam o nosso corpo.
SENSAÇÃO
• Como nós construímos a representação do
mundo exterior?
• Num processo em que captamos esses
estímulos físicos e químicos do ambiente.
• Estímulos externos que chegam ao nosso
corpo são transformados em mensagens que
nosso cérebro é capaz de compreender
• É quando uma imagem é impressa no cérebro
Processamento Bottom-Up
• Processamento Botton – Up: de baixo para
cima. Análise sensorial
• Afetado pela entrada de estímulo, ponto de
entrada da análise sensorial.
• Decompor; sem ideias pré concebidas;
usamos o estímulo
• Num quadro detectamos linhas, ângulos e
cores que formam as imagens (cavalos)
Processamento Top-Down
• Processamento Top – Down: de cima para baixo.
• Influenciado pelas expectativas de conhecimento
do indivíduo.
• Usa conhecimento anterior para influenciar a
percepção. É a interpretação do que vem de baixo
para cima e de nossas experiências.
• Usar conhecimento anterior influenciado por nossa
expectativas, usamos o que já está na nossa cabeça
• Fragmentar para compreender cada coisa, fazemos
o passo-a-passo, dar significado
LIMIARES

• Liminares: há uma grande quantidade de


estímulos em nossa volta, mas nossos sentidos
permitem-nos uma percepção limitada desse
vasto oceano de informações
• As sombras que incidem sobre nossos
sentidos têm apenas uma pequena abertura,
permitindo-nos somente uma consciência
restrita desse vasto mar de energia
LIMIARES
• Limiares absolutos – Intensidade mínima necessária que um
estímulo precisa ter para que seja captado para nossos órgãos
sensoriais. Podem variar de acordo com a idade
• Para alguns tipos de estímulos nós somos extremamente sensíveis.
(detecção de sinais)
• Os teóricos da detecção de sinais buscam entender por que as
pessoas reagem de forma diferente aos mesmos estímulos e por
que as reações do mesmo indivíduo variam com a mudança das
circunstâncias. Há relação com experiências, motivações e estado
de alerta.
• Estimulação subliminar: abaixo do limiar absoluto de percepção
consciente, mas pode ser percebido.
• Pré-ativação: ativação inconsciente de certas associações,
predispondo percepção, memória ou reação.
LIMIARES
• Limiares diferenciais: o menor nível necessário de
estimulação a mais ou a menos para sentir que
ocorreu uma mudança na estimulação. É a
mínima mudança na estimulação necessária para
detectar a diferença entre dois estímulos. Ex;
escolher maçãs
• Lei de Weber: a menor diferença perceptível é
uma proporção constante da intensidade de um
estímulo inicial (em vez de quantidade). Ex:
toque do telefone em ambiente silencioso ou
barulhento
ADAPTAÇÃO SENSORIAL
• Diminuição de nossa sensibilidade a um estímulo
constante

• A adaptação ao contexto de um estímulo altera as


respostas a outro estímulo, o que dá liberdade para focar
mudanças informativas no ambiente sem sermos
distraídos pelo constante burburinho da estimulação de
segundo plano

• Adaptação sensorial: nossa sensibilidade é reduzida a um


estímulo imutável. Após exposição constante a um
estímulo nossas células nervosas disparam com menos
frequência
Sensação
• Interação sensorial: Processamento, integração e
organização de informações sensoriais. Um
sentido influencia outro.
• A transdução sensorial é o processo pelo qual
nossos sistemas sensoriais convertem a energia
do estímulo em mensagens neurais.
• A transmissão é o envio de informação para o
cérebro.
• Sensação: processo de captação, transdução e
transmissão de estímulos para o nosso cérebro.
Limiares e adaptação sensorial são
apenas duas das características
que os sentidos compartilham.
Todos eles recebem estimulação
sensorial e a transformam em
informação neural, que é enviada
ao cérebro. Como os sentidos
funcionam?
Sentidos
• Visão
• Audição
• Paladar
• Olfato
• Tato
• Cinestésico
• Vestibular
Visão

• Para que a visão se inicie é necessário luz, que emite partículas chamadas
fótons.
• O tecido do olho tem que ser transparente para que a luz o atravesse.
• 1º córnea, em seguida pelo cristalino, corpo vítreo e então para a retina (película
fotográfica do olho) onde começam os impulsos nervosos, que vão pelos nervos
óticos e depois vias ópticas até o cérebro occipital, onde são transformados em
imagem.
• A imagem acontece no cérebro
Cérebro
Visão

• Bastonetes: receptores da retina que


detectam o preto, branco e cinza; necessários
às visões periférica e crepuscular
• Cones: células receptoras da retina
concentradas próximo ao centro da retina e
que funcionam à luz do dia ou em lugares bem
iluminados. Detectam detalhes finos e dão
origem a sensações de cor
• Nervo óptico: transporta impulsos neurais do
olho para o cérebro.
Como o cérebro processa informações visuais
• Após ser processada por cones e bastonetes, a
informação viaja para os milhões de células
ganglionares, através de seus axônios, que
formam o nervo óptico, até o cérebro.
Qualquer área retiniana transmite sua
informação a um local correspondente no
córtex visual, no lobo occipital.
• Processamento paralelo: faz várias coisas ao
mesmo tempo (cor, movimento, forma e
profundidade) e trabalha cada aspecto
simultaneamente
Visão de cores

• Teoria tricromática: a retina contém três


diferentes receptores para cores – um mais
sensível ao vermelho, um ao verde e um ao azul
– que quando estimulados combinadamente,
podem produzir a percepção de qualquer cor
• Teoria do processo oponente: processos
retinianos opostos (vermelho-verde, amarelo-
azul, branco-preto) possibilitam a visão das cores.
Por exemplo: algumas células são estimuladas
pelo verde e inibidas pelo vermelho, outras são o
inverso.
Audição
- O som é o movimento das moléculas de ar produzido por uma fonte de vibração

- Os sons são captados pelo pavilhão auricular (1) e conduzidos ao conduto auditivo (2) ,
passagem que leva ao tímpano (3). Esse opera como um tambor e vibra, essas ondas
vão para a orelha média onde há 3 ossinhos (martelo, bigorna e estribo) que
transmitem vibração à janela oval, uma membrana que chega a orelha interna.

A orelha interna altera as vibrações do som para uma forma em que possam ser
transmitidas para o cérebro. Na orelha interna tem a cóclea preenchida por fluidos que
se movem, o que movimenta células ciliadas que transformam a vibração em impulsos
elétricos que são enviados pelo nervo auditivo para o cérebro
Percebendo o volume
• Ouvimos uma grande variedade de sons, mas ouvimos
melhor aqueles cuja frequência tem extensão
correspondente à da voz humana. Também temos uma
aguda sensibilidade a sons fracos

• 0 cérebro pode interpretar o volume a partir do número


de células ciliadas ativadas. Se uma célula ciliada perder a
sensibilidade a sons suaves, ainda poderá responder a
sons altos. Isso ajuda a explicar outra surpresa: sons
realmente altos podem parecer altos tanto para pessoas
com perda auditiva como para as que tem audição normal.
Percebendo o volume
• teoria da codificação de lugar: na audição, a teoria que
liga a altura que ouvimos ao local onde a membrana da
cóclea é estimulada.
• teoria da frequência na audição: a teoria segundo a qual
a taxa de disparos dos impulsos nervosos que viajam
pelo nervo auditivo equivale a frequência de um tom,
permitindo assim a detecção de sua altura.
• a teoria da codificação de lugar explica melhor como
percebemos tons agudos, e a teoria da frequência
explica melhor como percebemos tons graves, e uma
combinação de lugar e frequência parece dar conta de
tons intermediários.
Audição
• A parte da membrana basilar mais próxima à
janela oval é mais sensível a sons de alta
frequência, e a parte mais próxima à
extremidade interior da cóclea é mais sensível
a sons de baixa frequência.
Localizando sons
• Ondas sonoras atingem um ouvido antes e
com maior intensidade que o outro. A partir
dessa informação, nosso ágil cérebro calcula a
localização do som
Sistema vestibular
• Diversas estruturas da orelha estão mais relacionadas ao sentido de
equilíbrio do que à audição. Coletivamente tais estruturas são
conhecidas como sistema vestibular, o qual responde à força
gravitacional e nos permite manter o equilíbrio.

• A principal estrutura do sistema vestibular é formada pelos canais


semicirculares: três estruturas tubulares da orelha interna que contém
um líquido que escorre por elas quando a cabeça se mexe, sinalizando
movimento rotacional ou angular do cérebro.

• Sentido vestibular: O sentido do movimento e da posição do corpo,


incluindo o sentido de balanço. Sua função é registrar o movimento do
corpo e assegurar que podemos conservar o equilíbrio.

• Vestibular associado ao cinestésico: monitora a posição e o movimento


da cabeça e do corpo
Cinestesia
• O sistema para sentir a posição e o
movimento individual das partes do corpo.
• Permite ao indivíduo perceber a localização,
posição e orientação do corpo no espaço,
percepção do movimento ou repouso
• Posição e movimento
Tato
• Embora não seja o primeiro que nos vem a mente,
o tato poderia ser o sentido prioritário. Desde o
inicio, ele é essencial para o desenvolvimento.
• Ratos filhotes privados do contato materno
produzem menos hormônio de crescimento e
apresentam taxa metabólica mais baixa - uma boa
maneira de se manter vivo até o retorno da mãe,
porém uma reação que interrompe o crescimento
se prolongada
Tato
• Surpreendentemente, não há uma relação
simples entre o que sentimos em um
determinado ponto e o tipo de terminação
nervosa especializada encontrada nele.
Apenas a pressão tem receptores
identificáveis. Outras sensações na pele são
variações das quatro básicas (tato, pressão,
temperatura e dor)
Paladar
• Outrora se pensava que essas sensações eram o
doce, o azedo, o salgado e o amargo, com todas as
outras se originando de misturas dessas quatro
(McBurney e Gent,1979). Então, quando cientistas
investigavam fibras nervosas especializadas para as
quatro sensações básicas do paladar, encontraram
um receptor para aquela que agora conhecemos
como a quinta - o sabor condimentado e
substancial do umami, mais reconhecido como o
realçador de sabor glutamato monossódico.
Paladar
• O paladar tem mais propósitos do que nosso simples prazer . Sabores
prazerosos atraiam nossos ancestrais para alimentos ricos em energia
ou proteína, que permitiram a sobrevivência deles. Gostos aversivos
mantinham- nos distantes de alimentos novos que podiam ser tóxicos.

• O paladar é um sentido químico. Dentro de cada pequena saliência na


parte de cima e nos lados da língua encontram-se pelo menos 200
papilas gustativas, cada uma contendo um poro que capta as
substancias químicas da comida. Em cada um desses poros, de 50 a 100
células receptoras gustativas projetam cílios em forma de antena que
apreendem as moléculas do alimento. Alguns receptores respondem
principalmente as moléculas doces, outros as salgadas, as azedas, as
umami ou as amargas. Não é preciso muito para desencadear uma
resposta que ative o lobo temporal de seu cérebro
Paladar
• Receptores gustativos reproduzem-se a cada uma
ou duas semanas; por isso, se você queimar a língua
com comida quente, não é grave. No entanto, a
medida que envelhecemos, o número de papilas
gustativas diminui, bem como a sensibilidade do
paladar
• Por mais que as papilas gustativas sejam essenciais,
o paladar envolve mais do que tange a língua. Como
acontece com o efeito do placebo em relação a dor,
os lobos frontais pensantes oferecem informações
sobre as quais outras regiões do cérebro vão agir.
Olfato
• Como o paladar, o olfato é um sentido químico.
Sentimos o cheiro de algo quando as moléculas de
uma substância transportada pelo ar alcançam um
minúsculo aglomerado de pelo menos 5 milhões de
células receptoras localizadas no topo de cada
cavidade nasal.
• Esses receptores olfativos, ondeando como anêmonas
do mar em um recife, respondem de forma seletiva -
ao aroma de um bolo no forno, a fumaça, ao perfume
de um amigo. Instantaneamente, eles ativam o
cérebro por meio de suas fibras axonais.
Olfato
• As moléculas odoríficas tem muitos formatos e tamanhos -
tantos, na verdade, que é preciso vários receptores diferentes
para detectá-las. Uma grande família de genes concebe as
cerca de 350 proteínas receptoras que reconhecem moléculas
odoríficas especificas (essas proteínas estão embutidas na
superfície dos neurônios das cavidades nasais).
• Assim como uma chave entra na fechadura, as moléculas
odoríficas entram nesses receptores. No entanto, parece que
não possuímos um receptor distinto para cada odor
detectável.
• Isso sugere que alguns odores disparam uma combinação de
receptores, em padrões interpretados pelo córtex olfativo
Olfato
• Os circuitos do cérebro ajudam a explicar esse
poder de evocar sentimentos e lembranças.
Ha uma linha direta entre a área cerebral que
recebe informações do nariz e os centros
límbicos antigos associados a memoria e a
emoção. O olfato é primitivo. Milhões de anos
antes de as elaboradas áreas analíticas do
córtex cerebral se desenvolverem totalmente,
nossos ancestrais mamíferos já farejavam
alimentos - e predadores.
Organização perceptiva
• Como organizamos e interpretamos nossas
sensações para torná-las percepções
significativas?
• Gestalt é um todo organizado. Os psicólogos da
Gestalt enfatizavam nossa tendência a integrar
partes de informações em um todo significativo.
• Organização perceptiva é integrar diferentes
informações como distância, movimento, altura
etc.
Organização perceptiva
• No inicio do século XX, um grupo de psicólogos alemães
observou que, ao receber um amontoado de
sensações, a tendência das pessoas e de organizá-las
em uma gestalt, palavra alemã que significa “forma” ou
“todo”.
• O todo pode exceder a soma das partes “cérebro faz
mais do que registrar informações a respeito do
mundo”. A percepção não se resume a abrir uma janela
e deixar uma imagem ser impressa no cérebro.
Constantemente filtramos informações sensoriais e
inferimos percepções de maneiras que fazem sentido
para nos. A mente faz diferença.
Princípios essenciais da percepção
• Organização perceptiva: integrar diferentes
informações
• Atenção seletiva: perceber um aspecto em
detrimento de outros, focar em algo
específico
• Ilusão perceptiva: interpretar algo de maneira
falsa
Percepção de forma – figura e fundo
• Para começar, o sistema precisaria reconhecer as faces como
distintas do fundo. Da mesma forma, nossa primeira tarefa
perceptiva e identificar qualquer objeto (a figura) como
distinto de seus arredores (o fundo). Entre as vozes que você
ouve em uma festa, aquela a que você presta atenção torna-
se a figura; todas as outras, parte do fundo. Enquanto você
lê, as palavras são a figura; o papel branco, o fundo.

• Figura e fundo reversíveis: demonstram mais uma vez que o


mesmo estímulo pode desencadear mais de uma percepção.
Percepção da forma - agrupamento
• Apos discriminar a figura do fundo, nós temos
agora de organizar a figura em uma forma
significativa.
• Processamos algumas características básicas
de uma cena - como cor, movimento e
contraste claro/escuro - instantânea e
automaticamente (Treisman, 1987). Para dar
ordem e forma as sensações básicas, a mente
segue certas regras para agrupar estímulos
Percepção da forma - agrupamento
• Proximidade: Agrupamos figuras próximas. Vemos três
conjuntos de duas linhas, não seis linhas separadas.
Percepção da forma - agrupamento
• Semelhança: Agrupamos figuras semelhantes. Vemos os
triângulos e os círculos como colunas verticais com formas
parecidas, não como fileiras horizontais de formas diferentes.
Percepção da forma - agrupamento
• Continuidade Percebemos padrões suaves e contínuos em vez
de descontínuos. O desenho no canto inferior esquerdo
poderia ser uma serie de semicírculos alternados, mas nos o
percebemos como duas linhas continuas - uma ondulada, a
outra reta.
Percepção da forma - agrupamento
• Conectividade Por serem uniformes e ligados, percebemos
cada conjunto de dois pontos e a linha entre eles como uma
unidade.
Percepção da forma - agrupamento
• Fechamento (ou closura) Preenchemos lacunas para criar um
objeto completo, inteiro. Assim, presumimos que os círculos
(acima a esquerda) são completos, mas parcialmente
bloqueados pelo triangulo (ilusório). Adicione nada mais que
pequenos segmentos de linha que fechem os círculos (acima a
direita), e o cérebro deixa de construir um triângulo.
Percepção de profundidade
• Percepção de profundidade: a capacidade de
ver objetos em três dimensões embora as
imagens que chegam a retina sejam
bidimensionais. Permite-nos julgar a distância
entre o objeto e nós.
Percepção de profundidade
• Animais recém-nascidos e que podem se movimentar já
estão preparados para perceber a profundidade
• Abismo visual: animais recém-nascidos e que podem se
movimentar já estão preparados para perceber a
profundidade
• Como fazemos isso? Como transformamos duas
imagens retinianas bidimensionais distintas em uma
única percepção tridimensional?
• O processo tem inicio com indicadores de profundidade,
alguns dependentes do uso dos dois olhos, outros
disponíveis para cada olho separadamente
Indicadores binoculares
• Importante para o julgamento da distância
entre dois objetos
• A retina recebe imagens ligeiramente
diferentes, quando o cérebro compara ambas
as imagens, a diferença entre elas -
disparidade retiniana - fornece um
importante indicador binocular da distância
relativa entre objetos diferentes.
Indicadores monoculares
• Como julgar se uma pessoa está a 10 ou a 100
metros?
• Ao olharmos para a frente a disparidade
retiniana é pequena. A essas distâncias
dependemos de indicadores monoculares
(disponível para cada olho separadamente)
• O efeito de luz também contribui
Percepção de movimento
• Seu cérebro calcula o movimento baseado em parte
na suposição de que objetos que encolhem estão se
afastando (e não diminuindo) e aqueles que
aumentam estão se aproximando. No entanto, você
é imperfeito na percepção de movimento. Objetos
grandes, como trens, parecem mover-se com mais
lentidão do que os pequenos, como carros andando
a mesma velocidade. (Talvez em um aeroporto você
tenha notado que aviões Jumbo parecem aterrissar
mais lentamente que jatos pequenos.)
Percepção de movimento
• Para pegar uma bola que tenha sido lançada,
jogadores de softbol (ao contrário de motoristas)
buscam uma colisão - com a bola que voa em sua
direção. Para consegui-la, seguem uma regra
inconsciente - uma que não podem explicar, mas
sabem por intuição: correr para manter a bola em
um angulo de visão constantemente crescente
Percepção de movimento
• O movimento de um objeto por meio da retina é
comumente percebido em relação a algum fundo
estável e imóvel. Além disso, se o estímulo está vindo
em nossa direção, a imagem na retina aumenta de
tamanho.
• Não é apenas o movimento das imagens por meio da
retina que produz a percepção de movimento. Se fosse,
perceberíamos o mundo em movimento toda vez que
movimentássemos a cabeça, mas temos que considerar
também os movimentos de nossa própria cabeça e de
nossos olhos
Percepção de movimento
• As vezes percebemos movimento quando ele
não acontece – movimento aparente, que
ocorre quando diferentes partes da retina são
rapidamente estimuladas
Constância perceptiva
• Constância perceptiva- perceber o objeto como
imutável
• Constância de forma e tamanho- parece imutável
mas dependendo do ângulo da visão parece
mudar.
• Relação tamanho distância- dada a distância
percebida de um objeto e o tamanho de sua
imagem na retina, nós, inconscientemente e
instantaneamente, deduzimos o tamanho do
objeto.
Constância perceptiva
• Após perceber objetos dotados de forma,
localização e movimento temos como próxima
tarefa reconhecê-los sem ser enganado por
mudanças de forma, tamanho, brilho ou cor.
Essa habilidade é o que chamamos de
constância perceptiva.
• Independente do ângulo de visão, da distância
ou da iluminação, esse processo nos permite
identificar pessoas e objetos em menos tempo
do que levamos para respirar.
Constância de forma
• Às vezes, um objeto cuja forma real não pode mudar parece
mudar de acordo com o ângulo de visão. Com mais
frequência, graças a constância da forma, percebemos o
formato de objetos familiares como constante, mesmo que a
imagem na retina mude.
Constância de tamanho
• Percebemos os objetos como dotados de um tamanho
constante, mesmo que nossa distância em relação a eles
varie.

• Estreita conexão entre distância e tamanho. Perceber a


distância de um objeto fornece indicações de seu tamanho e
saber seu tamanho geral nos dá indicações de sua distância.
Constância de tamanho
• A experiência nos diz que um objeto mais
distante só pode criar uma imagem de mesmo
tamanho que a de um mais próximo se for de
fato maior.
Constância de claridade
• Percebemos um objeto dotado de claridade
constante mesmo que sua iluminação varie.
• A claridade percebida depende da luminância
relativa- a quantidade de luz que um objeto
reflete em relação àquilo que o rodeia.
Constância de cor
• A medida que a luz muda a maçã continua
vermelha. Isso porque nossa experiência de
cor depende de algo mais que a informação
de comprimentos de onda recebida pelos
cones da retina. Esse algo a mais é o contexto
adjacente – percepção da cor.
• A experiência de cor não vem somente do
objeto, mas de tudo em torno dele.
• Cores constantes mesmo com mudança de luz
ou sombra
Referências
- Myers – cap 6.
Feldamn – cap 3.

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