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Aula 1

Sensação
• Receção e codificação energia ambiental
Resulta do contacto do
organismo com o ambiente
Energia física/química
Informação bioelétrica

• Células recetoras (sensores)


Fotões -> retina do olho
Ondas sonoras -> ouvido interno
Pressão/temperatura -> barorrecetores
Químico (paladar) -> papilas gustativas
Químico (olfato) -> cílios na cavidade nasal

Ligação entre ambiente físico e consciência do ambiente exterior.

Processos sensoriais

• Visão
Luz (fotões) Olho (retina) Imagem (análise básica) Imagem (análise complexa)

• Audição
Ondas sonoras Ouvido Sons Melodia

• Somatossensorial
Pressão, dor ou temperatura Pele Potenciais de ação

• Químicos (olfato, paladar)


Substância química Cavidade nasal Evocação de memórias emocionais

Sensação e Perceção
• Produto dos processos psicológicos que permitem a atribuição de significado à informação recebida do
ambiente.
Sensações CÉREBRO (- Organização – Integração) Conhecimento
Aula 2
Descoberta do neurónio-Ramon y Cajal & Camilo Golgi
• Premio Nobel 1906
• Unidade discreta do sistema nervoso
• Interconexões entre neurónios
• Comunicação eletroquímica
• Suportado pela células glia
• Neurotransmissão

Neurónio
3 secções
1. Dendrites 2. Corpo celular 3. Axónio

-Corrente elétrica gerada pela célula é possível ser medida com elétrodos: Potencial de ação
Potencial de ação:
• Amplitude na extremidade da fibra é igual ao início
• Não depende da natureza nem força do estímulo
• Lei do tudo-ou-nada
A - Água do mar
B – 75% água do mar
C – 50% água do mar
D – 33% água do mar

Papel fundamental na comunicação neuronal:


• Membrana de constituição lipídica
• Impermeável
• Controlo seletivo da troca de substâncias

Axónio:
• Bainhas de mielina
• Oligodendrócitos no SNC (glia)
Sistema nervoso periférico (SNP) Sistema nervoso central (SNC)

Funções sensoriais: Do SNP ao SNC


I. Sistema Nervoso Central (SNC)
 Cérebro (protegido pelo crânio)
 Medula espinal (protegida pelas vértebras)
II. Sistema Nervoso Periférico (SNP)
 Somático (controlo do meio externo)
 Autónomo (controlo do meio interno

Mapa citoarquitetónico Brodmann (1909)


Aula 3
Visão
Energia eletromagnética cuja unidade quântica é o fotão 2 características:
1) Comprimento de onda
2) Intensidade

Perceção visual:
• Intensidade (dimensão física)
• Brilho (dimensão percetiva)
• Ilusão de Muller-Lyer

• Quadrado ilusório de Kanizsa (1976)

Olho

Perceção da luz

-Transdução de sinal por células especializadas (Coletor de luz --> Formador de imagem)

Transição estrutural dos órgãos fotossensíveis


Visão fotópica e escotópica
• Capacidade de adaptação ao nível de iluminação
• 2 componentes na resposta de adaptação:
• 2 tipos de fotorrecetores
Cones
 Centro da retina
 Respondem à cor (RGB)
 Alto limiar excitabilidade
 Visão fotópica
Bastonetes
 Periferia da retina (menor acuidade)
 Não respondem à cor
 Menor limiar (alta sensibilidade)
 Visão escotópica

Olhos formadores de imagens:


• Artrópodes (insetos, caranguejo)
• Moluscos (polvo)
• Vertebrados

Retina
• 130 milhões de recetores enviam informação para nervo ótico
• Fotorrecetores cones e bastonetes
• Fotorrecetores células bipolares células ganglionares

Ponto cego

Comparação entre espécies

Animais noturnos
-Visão noturna superior à humana em condições de fraca luminosidade
Especificidades:
• Lentes maiores
• Dilatação pupilar superior
• Maior distancia até à retina
• Retina com maior superfície
• Mais fotorrecetores bastonetes
• Menos melanina

Campo visual
Presa vs. Predador

Sistema visual

Retina NGL tálamo Córtex visual


Evidências clínicas
• Ataxia ótica
-Lesões na área superior do córtex parietal posterior. Dificuldade nos movimentos guiados pela visão
(sem défices visuais ou motores)
• Agnosia visual
-Défice no reconhecimento ou identificação de objetos
(perceção espacial preservada manifestada pela utilização dos objetos)

Codificação na V1: Coordenadas retinotópicas


 Córtex retinotópico
Codificação no córtex TI: Coordenadas do objeto
 Córtex temporal inferior

Aula 4
Sistema auditivo
Sons = energia mecânica (ondas sonoras)
db Fonte
140 Descolagem avião a jato
120 Trovão forte, musica amplificada
100 Trafego automóvel, metro 80 Secador, aspirador
60 Conversa em tom normal 40 Ambiente familiar
20 Sussurro
0 Limiar de audição

Estruturas auditivas
Células recetoras ---> Córtex temporal
(células ciliadas) (interpretação dos sons, linguagem e música)
1. Ouvido externo (amplificar som)
2. Ouvido médio (transferir som)
3. Ouvido interno (gerar PA)
VIII nervo craniano

Ouvido interno
• Cóclea distendida - análise longitudinal dos sons captados no ouvido
Vias auditivas

Principais regiões auditivas

• Processamento auditivo
• Reconhecimento visual
• Memória de longo prazo
• Resposta afetiva (emoções)
• Navegação espacial

LINGUAGEM (áreas)

B – Broca (BA44) A1 – Córtex auditivo (BA41/42) W – Wernicke (BA22)

Sistema somatossensorial

Modalidades:
Sentidos da pele + vestibular

 Extracepção
 Intracepção

Sentidos da pele:

1. Dor e temperatura
2. Toque e pressão

Vestibular:

3. Sentido corporal (propriocepção)


4. Equilíbrio

Sistema Vestibular

Sentidos do corpo (prioprioceção - cinestesia)

Corpo:

 - Posição
 - Orientação
 - Força exercida pelos - músculos
 - Posição de cada parte em relação às restantes

Musculares (Mudança de posição) Articulações (Posição estática) Pele

Labirinto

o Localizado no ouvido interno


o Evolução da linha lateral nos peixes (movimento e vibrações)
o Sensor de gravidade e forças de aceleração
o Sinaliza posição da cabeça
o Estruturas vestibulares:
1. Canais semicirculares
2. Órgãos otolíticos

Estruturas Vestibulares
Interações visuo-vestibulares
• Sinal vestibular é rápido e de baixa precisão
• Sinal visual é lento (150-200ms) e de grande precisão
• Ajuste contínuo da reposta vestibular pela resposta visual através do cerebelo
• Incongruência entre input visual e vestibular cria reações posturais e nistagmo vestibular combinado
com sintomas de náusea e vertigem.
• Náusea de movimento: humanos, primatas, roedores, cães...

Sentidos da pele
Fibras aferentes constituídas por células bipolares

Fibras aferentes
1) Fibras grandes – mecanorrecetores
2) Fibras pequenas – terminações livres

2 SUB-SISTEMAS:
Sistema lemniscal (> diâmetro)
- toque e pressão
Sistema espinhotalâmico (< diâmetro)
- toque difuso, dor e temperatura
Pele --> córtex somatossensorial (S1)

Porção de tecido ligada à sensibilidade sensorial das diferentes regiões corporais.

Modalidades sensoriais
Dor
• Modelo da via direta para a dor (até década 50)
Vs
• Influência de outros fatores na perceção da dor:
o Estado mental
o Membro fantasma
o Foco atencional
o Placebo(expectativa)

Gate control model-(Melzack & Wall, 1965)


1. S-fiber (pequenas) conduzem input dos nocirrecetores
2. A dor resulta da atividade das T cells, quanto mais ativação, mais dor
3. O toque ou outro estímulo na pele ativa as L-fiber (grandes)
4. As L-fiber ou o controlo central (processos cognitivos) ativam as SG- ativam uma sinapse inibitória
Aula5
Olfato
Estruturas periféricas - quimiorrecetores
• Recetores olfatórios encontram-se no epitélio olfatório (1-2 meses vida)
• Formam sinapse diretamente com SNC via nervo olfatório (I)

Classificação dos odores


Prisma de odores de Henning

Estruturas centrais
• Diferenças funcionais entre espécies
• Maior importância para espécies em contacto com terra/mar
• Menor importância para aves ou animais arborícolas
• Humanos são microsmáticos
• Sentido evolutivamente mais antigo (> importância para animais mais primitivos)
 Input olfatório não sujeito a retransmissão pelo tálamo (como ocorre com restantes sentidos)
 Nos animais mais primitivos é o principal sentido para motivação na procura de alimento – i.e.
ativação motora
 Forte resposta a pistas externas olfativas
 Órgão vomeronasal para comunicação química em humanos?
Vias olfatórias:
1) CORTEX ORBITOFRONTAL (perceção consciente)
2) SISTEMA LÍMBICO (emoções/motivação)

Ligação ao sistema límbico:


a) Amígdala - emoções ligadas ao olfato é o que resta da importância da ligação do olfato à motivação em
espécies mais primitivas
b) Hipocampo - aprendizagem e memória dos estímulos olfatórios
c) Hipotálamo – permite a resposta do SNA - e.g. salivação como resposta a estímulos olfatórios

Paladar
• Quimiorrecetores
• Existente nos vertebrados (incluindo peixes, embora com função limitada)
• Sistemas paladar e olfato presentes nos anfíbios
• Paladar é anterior ao olfato (meio para tirar informações do ar)

• Preferências por sabores podem estar relacionadas com as espécies:


– Humanos e ratos parecem apreciar soluções sacarose, mas não os cães e gatos
– Os ratos demonstram aversão ao sal

• Preferências na mesma espécie podem ser influenciadas:


– Idade (limiar aumenta com idade devido à redução de recetores)
– Necessidades fisiológicas do organismo

Estruturas periféricas
• Recetores estão incluídos nos botões gustatórios
• Formam as papilas gustatórias (50-150 células gustatórias)
• Encontram-se em toda a cavidade bucal, principalmente na língua
• Humanos possuem 9000-10000 botões gustatórios
• Célula gustatória apenas com alguns dias de vida (centro para periferia durante envelhecimento da
célula)

Sabores primários:
o Azedo (ácido – H+)
o Amargo (compostos básicos - alcalóides)
o Salgado (sais – Na+)
o Doce (açucares - aspartame)
Sabor resulta da ativação de diferentes recetores e da influência de fatores como:
o Odor
o Temperatura
o Textura

Língua

Estruturas centrais
Vias gustatórias
3 nervos cranianos conduzem a informação da língua:
- Nervo glossofaríngeo (IX)
- Nervo vago (X)
- Nervo facial (VII)

Aula 6
Psicofísica
Mundo físico Experiência psicológica
1) Estudo dos limiares sensoriais
2) Objetivo: Medir experiência sensorial e percetiva

• Ativação do sistema sensorial depende da intensidade (e duração) mínima de determinado estímulo.

Estímulo supraliminar (acima do limiar)


Limiar absoluto = estímulo mínimo
Estímulo subliminar (abaixo do limiar)

Limiar de deteção
Valores aproximados de limiar de deteção humanos:
Visão-Chama de uma vela a 20km numa noite escura
Audição-Tique-taque de relógio a 6m em ambiente silencioso
Paladar-Colher de chá de açúcar diluída em 10l de água
Olfato-Gota de perfume em apartamento de 3 divisões
Tato-Asa de uma abelha caindo 1cm sobre as costas

Exemplo para uma deteção do estímulo a 100%. Função empírica de limiar

Unidades de intensidade do estímulo Unidades de intensidade do estímulo

Métodos Psicofísicos-Gustav Theodor Fechner (séc. XIX)


1) Método dos limites
Vantagens: Método sistemático
Desvantagens: Ordenação entre estímulos pode aumentar previsibilidade
2) Método dos estímulos constantes
Vantagens: Maior acuidade pela aleatoriedade da apresentação Desvantagens: Mais demorado na
preparação e aplicação
3) Método do ajuste
Vantagens: Método mais rápido
Desvantagens: Menor acuidade por diferenças entre observadores

Teoria de Deteção de Sinal


Predições:
1) Deteção do mesmo estímulo pelo mesmo observador é variável.
2) Limiar deve-se a uma faixa variável de valores e não a um valor fixo, o que contraria o princípio do
tudo ou nada do limiar sensorial.
3) Deteção de sinais fracos deve-se às habilidades de deteção (sensibilidade), mas também a outros
fatores.

Deteção e Ruído
Ruído (R) – atividade neuronal espontânea (aleatória)
Sinal (S) - estímulo
Em condições de sinal fraco, observador terá dificuldade em diferenciar ruído (R) de uma situação de
sinal mais ruído (SR).
Critério (β)
4 possibilidades de resposta:
- Acerto
- Rejeição correta
- Falso alarme
- Omissão

Matriz de resultados:

Efeitos do critério (β)


1) Expectativa
> frequência do sinal
> probabilidade de acertos
> probabilidade de falsos alarmes

Sinal apresentado em 90% dos ensaios

< frequência do sinal


> probabilidade de omissões
< probabilidade de falsos alarmes
Sinal apresentado em 10% dos ensaios

2) Motivação
Critério conservador (< frequência “Sim”) ou liberal (> frequência “Sim”) altera-se consoante as
condições externas/internas do individuo.

Critério liberal Critério conservador


- Limiar para deteção +

Curva ROC
Receiver Operating Characteristics (ROC)
Representação gráfica para descrever variação do critério do(s) observador(es).

Exemplo para o cálculo de uma curva ROC, tal como demonstrado na figura anterior.

Aula 7
Perceção visual
 Perceção visual resulta da projeção da imagem na retina
 Projeção na retina pode ser ambígua
 Nível inicial de análise – perceção resulta da projeção na retina
 Nível posterior de análise – perceção resulta de fenómenos psicológicos
 O conhecimento do objeto/estímulo permite o aceder a esta informação de forma independente
da ativação da retina. (fotos desfocadas)

1º nível de análise visual da informação de entrada é dependente do padrão de ativação da retina – córtex
retinotópico (Área 17)
• A mesma imagem na retina pode ser criada por diferentes objetos.
2º nível de análise visual a informação da informação de entrada é
independente do padrão de ativação da retina (Áreas 18, 19, ...)
MODELO DA DUPLA VIA VISUAL

• Reconhecimento de objetos é uma tarefa difícil para máquinas


• Máquinas não tem a capacidade de generalizar a partir de n reduzido de
aprendizagens – raciocínio.
• Visão computacional simula o sistema visual humano:
1. Informação sensorial
2. Memória (experiência prévia)
3. Operações cognitivas – dedução mental
SISTEMAS CAPTCHA
Resolvidos por humanos em 90% das ocasiões, este tipo de testes é inútil se os computadores os
superarem em >1%.
Aplicações da IA
o Veículos autónomos
o Categorização de imagens-Motores de busca mais eficientes
o Reconhecimento de faces
o Segurança

Flexibilidade humana depende de uma estrutura cerebral evolutivamente recente – neocórtex (6 camadas
celulares)
• Permite adicionar flexibilidade e programabiliudade ao comportamento
• Nos mamíferos apresenta circunvoluções criadas pelo crescimento desta região
• Estrutura celular do neocortex é uniforme:
o Córtex granular - sensorial (maiores camadas de input)
o Córtex agranular - motor (maiores camadas de output)

Perceção Figura-Fundo
Perceção visual humana
• Capacidade que permite distinção entre objetos no mesmo campo visual, baseada nas características
físicas destes objetos.
• A figura no campo visual geralmente está mais próxima do observador.

Figura (+ saliente)
Fundo (+ abrangente)

Ambiguidades na Figura-Fundo
o Características similares entre objetos (ambíguos)
o Figura-Fundo podem ser revertidos:
– Alteração do foco atencional
– Fatores cognitivos (aprendizagem)
o Importância do conhecimento prévio (top-down)

Como é que ocorre a formação da figura-fundo?


• Algumas perspetivas sugerem que é o resultado de uma tendência
percetiva de organização derivada das características dos estímulos.
Organização percetiva

Teorias clássicas sobre a organização percetiva:


Psicologia da Gestalt vs. Estruturalismo
(estudo sistemático da perceção visual)
• Max Wertheimer
• Kurt Koffka
• Wolfgang Kohler

• Estruturalismo - reducionismo que dominou as ciências naturais no final do séc. XIX.


• Perspetiva Estruturalista procurava decompor a mente nas suas características mais básicas, à
semelhança do que acontecia na Química, Biologia...

Gestalt
• Ao contrário da perspetiva Estruturalista, para a Gestalt a perceção não pode resultar
decomposição em componentes elementares.
• Esta perpetiva foi construída com base na premissa:
“O todo é mais do que a soma das partes”.
Exemplos seguintes procuram explicar esta visão da Gestalt:

cubo de necker

•A perceção resulta de tendência não aprendida para a organização dos objetos segundo características
como:
- Arranjo
- Localização
- Interações

Lei de Pragnanz ou simplicidade


• Todo padrão de estímulos é visto de tal forma que a estrutura resultante é tão simples quanto possível.

Reconhecimento de objetos
David Marr (1982)
Neurociências Psicologia Computação

Irving Biederman (1987)


Teoria do reconhecimento por componentes

Marr (1982)
Análise hierárquica da visão:
• Visão resulta da transformação de uma matriz visual bidimensional (imagem na retina) para uma
descrição do mundo tridimensional.

Viewpoint dependent - dependente do ponto de vista


1. Análise primária (forma, orientação espacial, luminosidade)
2. Análise 2.5D (discriminação figura-fundo, textura)
3. Análise 3D (activa-se a representação da estrutura do estímulo)
Viewpoint independent - independente do ponto de vista

Biederman (1987)
• Teoria de reconhecimento da forma
• Objectos são reconhecidos como um conjunto de formas
• Propõe que os objetos são formados por “geons” – geometric ions – porque os iões são as unidades
básicas das moléculas
• Existem 36 geons que permitem representar mentalmente um grande conjunto de objetos.

Kendrick et al.
• Ativação elétrica de células no lobo temporal em animais (ovelhas)
• Permitiu estudar a ativação de células que respondem a estímulos
complexos como a cabeça de animais da mesma espécie.

Evidências
• Sugerem diferentes fases no reconhecimento visual de objetos.
Classificação clássica:
1. Análise visual das propriedades do estímulo:
Agnosia apercetiva- nos elementos que compõem um objecto – HD
Defeito na cópia de objetos
2. Atribuição de significado ao estímulo - categorização semântica:
Agnosia associativa- entre perceção e significado - HE
Cópia preservada

Perceção visual humana


Perceção visual
• Inicia com a extração de informações sensoriais provenientes dos órgãos receptores (ex., diferenças de
luminosidade), que são integradas e processadas pelo sistema visual, antes de ocorrer o reconhecimento.
• O reconhecimento será influenciado pelos seguintes tipos de processamento:
1. Processamento bottom-up (relacionados com o estímulo)
2. Processamento top-down (relacionados com o observador)
– Experiência anterior
– Expectativa na perceção
– Conhecimento geral
– Predisposição percetiva

Vecera e Farah
Estudaram a influência de fatores top-down na perceção visual humana:
Ex. da tarefa experimental

Predisposição percetiva
• Facilitação (priming) na perceção de um estímulo a partir do conhecimento.
• A perceção de um estímulo ambíguo pode ser facilitada através deste processo top-down.

Aula 8
Cor
Experiência psicológica da cor (perceção)
• Resulta do comprimento de onda da luz refletido (albedo = coeficiente de reflexão) nos objetos
• Perceção da cor resulta da combinação de 3 cores primárias (RGB) nos cones:
– VERMELHO (longo)
– VERDE (médio)
– AZUL (curto)

• Visão retiniana a cores pelos cones – visão tricromática


• Os cones RG parecem ter evoluído mais recentemente do cone
para o amarelo pela necessidade de os animais diferenciarem frutos verdes de frutos maduros.
Pigmento AZUL absorve luz de curta onda até ~420mm
Pigmento VERDE absorve luz de curta onda até ~530nm
Pigmento VERMELHO absorve luz de curta onda até ~565nm

Perceção da cor
• A análise da cor está dedicada apenas a regiões como a V2-V4, o que sugere que a análise básica visual
seja a preto-e-branco
V1 e V2
• Áreas envolvidas na primeira fase da perceção visual
• Processamento da cor e forma
V3
• Processamento da forma (objetos em movimento)
V4
• Processamento da cor
V5
• Processamento do movimento

Anomalias na perceção da cor


John Dalton
• Procurou explicar as alterações na perceção da cor
• Alterações atribuídas à presença de um líquido azul
no interior do olho.
Séc. XIX as alterações na perceção da cor associaram-se ao órgão frenológico da cor.
Acromatopsia
(Cole et al., 2003)
• Incapacidade de processamento consciente da cor
• Lesão na área cortical V4
• A informação da cor pode ser utilizada de forma implícita

Teste de cores Ishihara para Daltonismo

Perceção de profundidade
• Distância absoluta– do observador ao objeto
• Distância relativa– entre dois objetos(+precisa)
Pistas oculares:
• Monoculares (pictóricas)
• Binoculares (e.g.,estereoscopia)
• Oculomotoras(acomodação)

Sinais monoculares / pictóricos


1. Perspetiva linear
2. Contraste
3. Focagem
4. Sombras
5. Tamanho relativo
6. Interposição de objetos
7. Textura
8. Paralaxe de movimento

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