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Universidade: Universidade Autónoma de Lisboa

Cadeira: História da Expansão Portuguesas

Ano: 2º ano, 2º semestre

Docente: Fernando Amorim

Discente: Beatriz Lopes, 30009521

Ano letivo: 2022/2023

Introdução

Para este trabalho foi solicitado que se utilizasse a Lista de redução do pessoal da casa do Rei,
Rainha e Infante, que encontra-se na Monumenta Henricina. Com o objetivo que identificar as
profissões com maior importância, tendo como auxiliar as Ordenações Afonsinas e de D.Duarte,
para a suas caracterizações e funções.

As Ordenações Afonsinas, apresentam diversas profissões que existem para o funcionamento


do Reino e da própria Corte. Relativamente as Ordenações de D. Duarte, é onde se encontra as
punições e castigos para cada crime cometido pelas diversas pessoas que constituíam o Reino
de Portugal.

Na realização deste trabalho, de uma lista enorme de funcionários que existia na casa do Rei, da
Rainha e do Infante, selecionei oito profissões, que são: escrivão, chanceler, corregedor,
ouvidor, procurador, “veedor”, meirinho e porteiro.

Desenvolvimento
Começando com uma das profissão mais importante no Reino, o Chanceler-mor, este têm que
vir de uma boa linhagem, têm de ter bom senso das decisões de toma, «bem razoado» e ter
bons costumes. Para além destas características tinha de ter uma boa memória e ser um
senhor de conhecimento de latim ( escrever e ler). E tinha um papel de mediador entre o Rei e
os seus Homens, como “capellum he medianeiro antre Deos, e Nos”.
O Chanceler é encarregue de analisar ou verificar as «Cartas» correspondentes a
administração e da Chancelaria, também responsável por fazer “comições», devido as
suspeitas do Desembargadores e Oficiais da Corte, na corrupção da selagem das «Cartas».

A segunda profissão é os “Veedores de Fazenda”, que têm como função o controle e o


regulamento das receitas e despesas no Reino e na Casa Real, ficando assim responsável pelas
«Cartas» de merce do Rei, impostos, entre outros. Estes senhores tinham de ser “bem
diligentes”, “avisados”, saber gerir os direitos e rendas do Reino e têm que ter capacidade para
os investimentos e arrendamentos das “herdades, casas e juros” que pertencem ao Rei.
O Desembargo «do Poço», é um tribunal supremo de Justiça, onde trabalham ao serviço do Rei
os Desembargadores. Na Corte estão sempre presentes dois Desembargadores, responsáveis
pelos assuntos de justiça, como as “petições”. Além da existência de dois Desembargadores na
Corte pode sempre ser solicitado outro Desembargador, caso não os dois anteriores não
cheguem a consenso. No dia a dia destes senhores, trabalham em conjunto com o escrivão para
escrever os relatos dos crimes que são cometidos. No caso dos homicidas, o Desembargador
delibera se este têm o direito da “Carta do Perdooes”.

Outros funcionários que pertencem a parte judicial são, os Corregedores. Estes são magistrados
administrativos e judiciais que representam a Coroa. Têm o dever de seguir um “Regimento”,
que lhes dita os seus deveres de oficio.

Ouvidores, são magistrados que encarregam-se da justiça das terras senhoriais. Andam na Corte
três Ouvidores, que ficam responsáveis pelos crimes de todo o Reino, menos de Lisboa. Ainda
escrevem livros com as sentenças e penas que são aplicadas a cada caso e têm a
responsabilidade de ouvir as pessoas nas Audiências. A sua rotina era ir para a “Rollaçom”,
terem audiências honestas, ouvindo as pessoas e ao mesmo tempo verificar se os escrivão
apontavam tudo.

Além destes Ouvidores existia outros mais específicos para as situações, com os “Ouvidores da
Rainha”.

Administrador com autorização de tratar de assuntos de negócios de outros é designado por


Procurador. As suas características são: letrado, “bem entendido”, conseguir explicar e alegar
os assuntos em questão e ainda têm o poder de gerir os negócios reais juntamente com outros.

As funções do Escrivão é ir todos os dias dar as «Cartas» semelhantes ao “Recebedor”, registar


todas as cartas que deveram constar num pergaminho. Para exercer esta profissão tem de ter
uma boa letra, uma escrita legível e coerente, mas também ter em sua posse todos os registos.

Os Meirinhos e Porteiros, são profissões base para o bom funcionamento da Corte e outras
instituições.

Meirinho, são escudeiros de boa linhagem, têm de ser bem conhecidos e escolhidos pelo Rei.
Deambula pela Corte para ficar encarregue de “prender os malfeitores”, ou seja, este fica
encarregue da fiscalização dos mantimentos da Corte.

Enquanto os Porteiros são sujeitos a diversas funções. Tem-se o Porteiro da chancelaria, que fica
encarregue de selar as cartas e entregar a casa do Escrivão da Chancelaria ou o Porteiro da
“Rollaçom”, que têm a função de organizar e prepara tudo na Casa de Justiça.

Conclusão

Concluindo assim, que este trabalho apesar da sua complexidade devido as fontes estarem num
português mais antigo. Consegui ter a perceção de que todas as profissões que referi em cima
interligam-se umas nas outras para o bom funcionamento não só da Corte como também numa
boa governação do Reino.

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