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INTRODUÇÃO
Cortes da Castela medieval. Fontes de Alfonso X, o Sábio (Las Partidas). Lugar
onde está o rei, seus vassalos e oficiais, com o dever de aconselhar e servir (título IX, ley
XXVII); (p.1597)
Outros que chegavam até ali por honra, ou alcançaram o direito para tanto, ou
venham a ter com o Rei. Círculo que aumentava ao incluir personalidades diversas;
Palavra Corte, cohors (latim), companhias juntadas para honrar e guardar o rei e o
reino. Curia, onde todos encontram seus direitos segundo seu estado de direito. Onde se tomam
as medidas necessárias para resolver pendências, partindo do pressuposto que todos os naturais
do reino recebam a justiça correspondente;
El Espéculo, Corte como a sede do soberano, onde recebe os serviços de seus
vassalos, centro neurálgico de transmissão da justiça, garantia de que as leis serão cumpridas e
preservação da paz entre os reinos (p.1598);
Dinastia Trastâmara (1369 com Enrique II até começo do séc. XVI), fontes de
difícil interpretação. Cadernos de Corte, abundantes referencias sobre a vida institucional, oficiais
que dela fazem parte e suas funções. Riqueza de informações a partir do reinado dos reis
católicos. Quitações de corte, registros de chancelaria, mercês e privilégios do Arquivo de
Simancas oferecem amplas informações sobre oficiais de cortes e suas atividades;
Importante entender as singularidades de Casa y corte, temas tratados comumente
pela historiografia como algo único, duas instituições que tiveram vida paralela, ainda que difícil
assinar os limites entre ambas (p.1598-1599);
Raízes visigóticas, asturleonesas (Palatium) e Curias do século XI a XIII das
cortes trastâmaras. No Palatium visigodo e Cúrias, havia vassalos do rei exercendo funções tanto
privadas como públicas, ainda não tão bem distintas. Órgão de representação política e social, o
palácio visigodo foi evoluindo paulatinamente até se converter num órgão técnico-administrativo
do governo dos reinos, aspecto característico das Cortes dos reis católicos (p.1599);
Termos relativos às realidade próximas da Curia y corte: El rastro (territórios
contíguos à residência régia); Real (vinculado a ação militar, acampamento que o monarca dirigia
a guerra); Palacio (derivação de Palatium, mas com conotação distinta). Cortes oriundas de
reuniões extraordinárias da Cúria regia, e em certa medida reconheciam a ideia de representação
social da comunidade, ao supor um encontro entre o reino e o rei;
Porém, o termo mais aproximado de Corte é Casa, expressões recorrentemente
utilizadas juntas em escritos baixo-medievais (séc.XV, Cortes de Madrid de 1435, mi casa y corte
y chancelaria). Corte ligada a chancelaria no que tange o exercício da justiça;
Corte contando com dois elementos básicos: um territorial, outro funcional.
Onde o rei está, está a corte e vice versa. Caráter itinerante das Cortes medievais, ainda que os
monarcas mostrassem preferências por determinados lugares. No transcurso do séc. XV, houve
uma movimentação entre os vértices do triângulo Burgos, Valladolid e Madrid, com o
estabelecimento da chancelaria em Valladolid na metade do século (p.1600;
Na época Trastâmara a Corte incluía, de certa maneira, a Casa (essa funcionando
no séc. XIII como germe da administração central dos reinos, integrada por oficiais do rei que
desempenhavam tarefas privadas e públicas). Panorama que muda com o passar do tempo, com
as Cortes cada vez mais se identificando com a organização administrativa central.
Desde meados do séc. V a Corte aparece claramente como elemento
essencialmente público (núcleo globalizador), enquanto a Casa se situava no âmbito privado
(p.1600);
OFÍCIOS DA CORTE
FUNÇÕES DA CORTE