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O papa São Leão IX (1054) desgarrou o papado da nobreza romana com o apoio do imperador
Henrique III.
O papa Estevão IX retornou a eleição papal pelo clero e povo romano, desgarrando-a
dos desmandos imperiais.
O papa Nicolau II (1061) criou a eleição papal pelos cardeais.
Alexandre II concluiu o rompimento do papado com o império ao fazer aliança com
Guiscardo, o normando.
Gregório VII publica o Dictatus Papae em 1075; em 1076, excomunga Henrique IV; em
1077 o imperador faz a penitencia em Canossa; em 1080 vinga-se de Gregório
excomungando-o; Gregório VII morre em 1085. Henrique IV (1104) elege dois anti
papas.
Papa Urbano II, firme e sábio descendente gregoriano, mobilizou os canonistas para
fundamentar a superioridade papal e percorreu a Europa lutando contra o nicolaísmo,
simonia e investidura. Excomunga Filipe I em 1095. Ao convocar em Clermont a 1°
cruzada, já aludia a liderança papal na Europa.
Henrique V (1125), após atritos com o papa Gelásio II, é quem restabelece concórdia
com a Igreja. Junto do Papa Calisto II, formula a concordata de Worms em 1122,
restituindo os bens confiscados, dando liberdade para as eleições episcopais e papais,
delimitando o campo dos legados pontifícios a assuntos religiosos. Em contrapartida,
bispos continuavam prestando juramento ao imperador. Porém, as investiduras
prolongaram-se na França até São Luís (1226-1270) e na Inglaterra até Henrique VIII...
I concilio de Latrão em 1123 codificou a reforma gregoriana.
Frederico I, o barba roxa, é quem reacende a querela das investiduras. Anti papas
foram por ele feitos. Mas ao contrário de Henrique IV, ele é desexcomungado em
1155.
O papa Inocêncio II (1130-1143), encara Frederico disputando com o anti papa por ele
erigido. Preside o II concilio de Latrão em 1139 e inverte o jogo das querelas afirmando
o direito pontifício de escolher os soberanos.
O papa Eugênio III (1145-1153) mobiliza junto de São Bernardo o Rei Luís VII,
demonstrando a influência dos interesses da fé sobre os nacionais.
Graciano publica seus decretos, instrumento para o governo sacerdotal.
Alexandre III (1159-1181) organiza o III concilio de Latrão e redige mais de 50 decretos
canônicos, instaurando um governo pontifício centralizado e empírico.
O grande papa Inocêncio III (1198-1216) sistematizou a potestas papal, arbitrou entre
nações, submeteu o monarca inglês, indicou o imperador do sacro império, tolerou a
investidura francesa. Foi tão alta a plenitude de seu ministério que seus sucessores
não conseguiram manter o nível. O papa julgou a todos e por ninguém foi julgado,
aplicou caprichosamente excomunhões e interdições.
A verdadeira renascença ocorreu nos séculos XII e XIII, e de modo integral através das
reformas intelectuais (literatura, escolástica e universidades), religiosas (catedrais,
monastérios, frades, direito canônico, política papal) e políticas econômicas (cidades, guildas,
rotas mercantis). Desse multifacetado fluxo, surgiu a Cristandade, uma sociedade unida pela
fé, lei e instituições.
A mobilidade social é assegurada pelas ordens religiosas, militares e universitárias que a todos
recebem. A sociedade é remodelada, novos agrupamentos surgem, promovendo liberdade
sem extinguir a ordem.
Na era das guildas, lavradores e artesãos eram mais estimados que os mercadores. Em
Flandres, a guilda artesã era a grande força política insubmissa aos mercadores. Pelas guildas o
indivíduo influenciava as comunas.
O regramento social foi extensão do ritualismo litúrgico. A fé foi entrelaçada a vida comum. O
dualismo patristico foi superado pela assimilação aristotélica, permitindo a vinculação entre fé
e cidadania. A comunhão dos bens foi mais plena que a grega, e mais digna, pois não aceitava
a escravidão. “Vi monarquia sem tirania, aristocracia sem facções, democracia sem tumulto,
riqueza sem luxo” (ERASMO ROTTERDAN).
O auge das comunas foi em 1176, quando a liga lombarda vence o exercito de Frederico barba
roxa. O papado apoiou a liga das cidades, pois era-lhe favorável desfragmentar o império.
O franciscanismo foi uma transposição do ideal cortês para a vida cristã. Espiritualizou a
cultura de corte, mas parcialmente, não impedindo a substituição do cruzado medieval pelo
cortesão renascentista.