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D. João V: 1706-1750
D. Maria Ana de Áustria
O absolutismo de D. João V
- 1640: novo rei : D. João IV (neto de D. Catarina de Bragança)- Batalha de Álcacer Quibir (1578)- desaparecimento de
D. Sebastião
- Restauração da monarquia portuguesa deve-se à nobreza portuguesa (segue-se uma guerra com Castela);
- Até meados do séc. XVIII: a nobreza de sangue manteve cargos: comandos das Províncias militares; presidência dos
tribunais de corte; vice-reinados da Índia e do Brasil; missões diplomáticas importantes.
- Também com cargos ligados ao comércio;
“ Só os fidalgos governam, só eles são chamados a pronunciarem-se mesmo sem experiência de nada. Esta maldição
portuguesa é tal, a desconfiança do que não é nobre é tamanha que homem que não é fidalgo não é chamado para nada”.
Diogo Couto, 1542-1616
Nobreza - Administrava o Império
- Rendimentos da terra
- Rendimentos de cargos e dádivas reais
- Rendimentos do Império
As Cortes (os três estados) reuniram-se em 1697 (para jurarem herdeiro o futuro D. João V: rei absoluto (modelo em D.
Luís XIV).
O absolutismo joanino
- 1706- D. João V sobe ao trono com 17 anos- D. João V, o Magnânimo: projetos de grandeza para si e seu reino;
- Contexto favorável: período de paz; abundância no cofre dos Estados exploração das minas de ouro e
diamantes no Brasil.
- Tempo de Luís XIV: modelo a seguir (autoridade nos negócios do Estado; magnificência);
- Recusou reunir as Cortes; controlo pessoal que exerceu sobre a administração
pública; superioridade face à nobreza (enfrentando ou banindo
da corte quem se lhe opusesse).
- D. João V tem uma política de mecenato das artes e das letras: cria Bibliotecas,
funda a Real Academia de História (cabia-lhe elaborar uma História de Portugal);
- Chama para a Corte os melhores artistas plásticos estrangeiros, dá bolsas a pintores
portugueses no estrangeiro; empreende uma política de grandes construções
(Aqueduto das Águas Livres, pago pelo povo de Lisboa).
- Igrejas: talha dourada, Paço da Ribeira é ampliado e ricamente decorado; edifica-se
a Patriarcal e o Palácio-Convento de Mafra.
D. João V, Duprà, 1717, Palácio de Vila Viçosa
Coche da embaixada ao papa Clemente Biblioteca da Universidade de
X, 1716. Coimbra, 1717-1728. Capela Real de S. João Baptista,
Igreja de S. Roque
- Política externa: Procurou a salvaguarda do Império e do comércio;
(encomendada em Roma em
- Enviou uma armada, a pedido do papa para combater os turcos que
1742).
ameaçavam Itália;
- 1717: vitória na batalha de Matapão Papa retribui com a construção
da Patriarcal.
- Embaixadas enviadas primavam pela pompa e sumptuosidade; Batalha de
- Época barroca o brilho e a austentação significavam autoridade e Matapão, no
poder. Peloponeso
O desenvolvimento de um aparelho burocrático
A Administração central : Principais órgãos de consulta e decisão
Justiça
Finanças
As Secretarias de
Estado- reformadas em
1643 e em 1736
Estrangeiros
Negócios e Guerras
Rei
Interiores do
Reino
- Rei transferiu as decisões para os secretários de Estado (seus colaboradores mais diretos), com quem reunia
frequentemente;
- Em 1736: procedeu à reforma das três secretarias de Estado existentes (novos nomes e funções);
- Em meados do século XVIII, a máquina burocrática do Estado continuava pesada, lenta e insuficiente.
- Os elementos de ligação com a administração local escasseavam; a maioria dos portugueses tinha a vida
orientada pelas “justiças locais”;
- O absolutismo monárquico exprime-se sobretudo pela magnificência e pelo culto da pessoa régia.