JOAQUIM CAVALCANTE DE ALENCAR

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 1:

ROTEIRO DE AULAS, COM EXERCÍCIOS

FACULDADE SÃO FRANCISCO DA PARAIBA – FASP

CURSO DE DIREITO, SEMESTRE 2021.2

CAJAZEIRAS, julho, 2021

0
 Caro(a) aluno(a) do Direito FASP

Seja muito bem-vindo(a)!

Estamos chegando na nossa 18. ed. do material de apoio para a disciplina

Introdução ao Estudo do Direito I. Nele você encontrará algumas informações

importantes para um bom aproveitamento da oportunidade de estarmos juntos,

neste semestre letivo 2021-2, aprendendo e ensinando.

´Trata-se de uma disciplina do Eixo de Formação Fundamental, com 4 créditos,

80 horas aulas, geminadas, duas vezes por semana, em 40 encontros letivos no

semestre. Caso necessário, teremos mais um encontro para reposição de

estágio e outro para prova final. Tudo está no passo a passo que você encontra

no início do material, com a previsão do que esperamos realizar no semestre.

Segue o passo a passo, o plano de trabalho da disciplina, com os elementos

mais significativos e roteiro escrito dos assuntos que iremos estudar, além de

blocos de questões para serem respondidas, inclusive, corrigidas e entregues ao

professor, nos finais das aulas, como parte do processo de avaliação.

Desejamos a você muito sucesso e será uma alegria e honra podermos conviver

neste 2021-2.

Caso tenha qualquer dúvida, estaremos à inteira disposição. É fácil nos contatar

pelo celular ou WhatsApp, 083 9 9967 1330, operadora Tim, ou pelo e-mail

joaquim@fsf.edu.br , ou na Coordenação do Curso.

Bom proveito e tenha uma excelente aprendizagem.

Cajazeiras, julho de 2021.

Me. Joaquim Cavalcante de Alencar

1
 Vera Claudino Educação Superior Limitada – VECES
CNPJ: 07.541.724/0001-91
Avenida Brasil, Rodovia PB – 393
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PLANO DE ENSINO – 2021-1 / FEVEREIRO A JUNHO

CURSO: BACHARELADO EM DIREITO DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I
PROFESSOR: Ms. JOAQUIM C. ALENCAR HORÁRIO: NOITE joaquim@fsf.edu.br

Encontros letivos: Assuntos a serem abordados P ATIVIDADE

Aulas e Datas
01- 01/02 03/08/21 Apresentação inicial. Discussão e aprovação do programa. O porquê 2 Apresentação de
da Introdução ao Estudo do Direito. PASSO A PASSO sugestões pelos alunos.
02- 03/04 04/08/21 O sujeito, o objeto, o valor, fruto do conhecimento, cultura, 5 Exercício 1
tipologia do conhecimento. Exerc.1
03- 05/06 10/08 A teoria dos objetos. O valor. Exerc.2 8 Exercício 2
04- 07/08 11/08 A cultura e o direito. Exerc. 3 11 Exercício 3
05- 09/10 17/08 A cultura e o direito. Exerc. 4 13 Exercício 4
06- 11/12 18/08 Os sistemas normativos. Faça, não faça, opte. Exerc. 5 15 Exercício 5
07- 13/14 21/08 Os sistemas normativos – continuação Exerc. 6 17 Exercício 6
08- 15/16 24/08 Os sistemas normativos – conclusão. Exerc. 7 20 Exercício 7
09- 18/18 25/08 Teorias sobre a natureza do Direito. Exerc. 8 22 Exercício 8
10- 19/20 31/08 Direito positivo: Classificações - Exerc. 9 24 Exercício 9
11- 21/22 1º/10/21 O direito e os conceitos de JUSTIÇA. Exerc. 10 26 Exercício 10
12- 23/24 08/09 O direito e a JUSTIÇA – Equidade e lei injusta. Exerc. 11 29 Exercício 11
13- 25/26 11/09 O direito e os FATORES JURÍDICOS. Exerc 12 32 Exercício 12
14- 27/28 14/09 O direito e os FATORES JURÍDICOS – conclusão - Exerc.13 34 Exercício 13
15- 29/30 15/09/21 Realização do primeiro estágio AVALIAÇÃO
18/09 Comentários sobre a prova. 36 Reflexões.
16- 31/32
O SISTEMA JURÍDICO: Ramos. Exerc 14 Exercício 14
17- 33/34 21/09 O SISTEMA JURÍDICO: Institutos. Exerc. 15 38 Exercício 15
18- 35/36 22/09 A norma jurídica Exerc. 16 40 Exercício 16
19- 37/38 28/09 A norma jurídica (classificações 1) Exerc. 17 43 Exercício 17
20- 39/40 29/09 A norma jurídica (classificações 2) Exerc. 18 45 Exercício 18
21- 41/42 05/10/21 Os princípios. Exerc 19 47 Exercício 19
22- 43/44 06/10 Os princípios (tipologia). Exerc 20 50 Exercício 20
23- 45/46 13/10 Os princípios. Conclusão - Exerc. 21 52 Exercício 21
24- 47/48 19/10 As regras. Exerc. 22 55 Exercício 22
25- 49/50 20/10 As regras. Lacunas e conflitos- Exerc. 23 58 Exercício 23
26- 51/52 14/10 Principais entes normativos. Exerc. 24 61 Exercício 24
27- 53/54 26/10 Realização do segundo estágio AVALIAÇÃO.
27/10 Comentários sobre a prova aplicada. 64 Reflexões.
28- 55/56
O direito e as suas fontes. Exerc. 25 Exercício 25
29- 57/58 23/10/21 As leis. Definição e classificação. Exerc. 26 67 Exercício 26
30- 59/60 26/10 As leis - existência e validade, eficácia. Exerc. 27 70 Exercício 27
31- 61/62 03/11/21 As leis. Vícios e revogação. Exerc. 28 73 Exercícios 28
32- 63/64 09/11 . Os costumes. A Doutrina Exerc. 29 76 Exercícios 29
33-65/66 10/11 . A Jurisprudência. Exerc. 30 79 Exercícios 30
34- 67/68 16/11 A estrutura do Poder Judiciário no Brasil. Exerc. 31 82 Exercícios 31
35- 69/70 17/11 Participação na semana acadêmica da FASP Diversos.
36- 71/72 23/11 A cúpula do Poder Judiciário no Brasil. Exerc. 32 85 Exercícios 32
37- 73/74 24/11 As súmulas e as súmulas vinculantes. Exerc. 33 89 Exercícios 33
38- 75/76 30/11 Revisão de conteúdos
39- 77/78 1º/12/21 Realização do terceiro estágio AVALIAÇÃO.
40- 79/80 7/12 Avaliação do semestre e comentários sobre reposição e final AVALIAÇÃO
41- Extra 08/ 12/21 Reposição de estágios – Se necessário AVALIAÇÃO
42- Extra 15/ 12/21 Exame final - Se necessário AVALIAÇÃO.
A PARTICIPAÇÃO NA SEMANA ACADÊMICA DEPENDE DE CONFIRMAÇÃO E PODE SER ALTERADA
AS DATAS PINTADAS EM VERDE SIGNIFICAM SÁBADOS LETIVOS, NESTE SEMESTRE, 6 SÁBADOS

2
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PLANO DE CURSO

1 Identificação do Plano

Curso

BACHARELADO EM DIREITO

Disciplina

Introdução ao Estudo do Direito I

Pré-requesito

Não tem

Semestre/Ano Turno Carga Horária Semanal Carga Horária Total

2021-1 Noite 4 h/a 80 h/a

2 Apresentação da Disciplina

► Visa oferecer noções fundamentais para a compreensão do fenômeno jurídico, tratando de conceitos gerais, como o
de Direito, Fato Jurídico, Relação Jurídica, Lei, Justiça, Segurança Jurídica, Sistema Jurídico, Norma, Princípios e
Regras;

► É de natureza nitidamente pedagógica, buscando:

► 1- Conceitos gerais do Direito;
► 2- Visão de conjunto do Direito;
► 3- Lineamentos da técnica jurídica.

3 Ementário

O conhecimento. A teoria dos objetos. O valor. A cultura. Os sistemas normativos. O Direito. A ciência do Direito. O
Direito Natural e o Direito Positivo. Direito e Justiça. As relações entre o Direito e os demais sistemas normativos. O sistema
jurídico: ramos, institutos e normas – regras e princípios. As fontes do Direito: leis; costume; doutrina e jurisprudência.

4 Objetivos

OBJETIVOS GERAIS:
1- Identificar o direito como ciência;
2- Distinguir o direito dos demais sistemas normativos;
3- Avaliar a adequação dos conceitos jurídicos clássicos às novas exigências sociais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar o direito como fundamental à convivência humana;
Conceituar a ciência do direito;
Distinguir as diversas fontes do direito;
Identificar a norma jurídica;
Distinguir os diversos sistemas normativos;

5 Competências-Habilidades

3
 Competências Habilidades

Compreender o Direito como ciência, distinguindo-o dos demais sistemas normativos.

Identificar as fontes do Direito. Distinguir as normas jurídicas entre as regras e os princípios jurídicos.
Capacitar o aluno a aprofundar os seus conhecimentos sobre a Ciência Jurídica.

6 Programa

UNIDADE I - O conhecimento. A teoria dos objetos. O valor. A cultura. O direito.

UNIDADE II -. Os sistemas normativos e a ciência do Direito.

UNIDADE III - O sistema jurídico.

UNIDADE IV - O direito e as suas fontes.

7 Metodologias Ativas

Aulas dialogadas, com roteiro escrito e com apresentação em Power Point. Pré-teste e resolução de questões dia a dia, com
estudos em grupos e individuais.

8 Recursos Didáticos

Data-show, quadro, roteiro de aula escrito, pré-teste.

9 Avaliação do Processo Ensino – Aprendizagem

As avaliações formativas serão feitas por múltiplos meios, ao longo do semestre, com o objetivo de proceder à correção de
rumos.

A avaliação somativa será feita em três estágios, com a aplicação de testes a cada aula, resumos, e provas escritas individuais.
O conjunto de pré-testes terá 20% do valor da avaliação, os resumos terão o valor de 10% e a prova individual 70%.

Em sendo necessário, haverá um exame de reposição de estágio, após a realização do terceiro estágio, bem como, para os que
não obtiverem média sete, mas tiverem média igual ou maior do que quatro, haverá um exame final.

1 Bibliografia básica
0

DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
SAMPAIO, Tercio. Introdução ao estudo de direito: técnica, decisão, dominação. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

VENOSA, Silvo de Salvo. Introdução ao estudo do direito: primeiras linhas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
1 Bibliografia Complementar
1

ALENCAR, Joaquim Cavalcante de. Introdução ao Estudo do Direito I, em 80 lições. 17. ed. Apostila, Cajazeiras: FASP,
2021.
BOBBIO, Norberto. Teoria da norma jurídica. 6. ed. São Paulo: Edipro, 2016.
MONTORO, André Franco. Introdução a ciência do direito. 32. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.
NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. 37. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017.

4
 PALAIA, Nelson. Noções essenciais do direito. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

12 SÍTIOS RECOMENDADOS: www.4shared.com; www.google.com; http://pt.scribd.com/luciana_zanotelli/d/54232715/4-

IV-–Objetos-Metafisicos

5
FASP/ DIREITO/ IED 1, 2º
Encontro Letivo e 1º Pré-
teste
O SUJEITO, O OBJETO e O
VALOR, FRUTO DO
CONHECIMENTO.
CULTURA e TIPOLOGIA
DO CONHECIMENTO
1) O SUJEITO – EU, A
PESSOA HUMANA
Nós, os seres humanos,
somos criaturas complexas,
assim:
• sentimentos (disposições
• afetivas que desenvolvemos
• em relação a pessoas, coisas –
• amor e ódio) e emoções
SENTIMENTO LEMBRANÇA
• (estado de ânimo despertados
• por situações) – alegria, raiva
1- SENTIMENTO:
SIMPATIA, ANTIPATIA,
AMOR, ODIO.
2- LEMBRANÇA:
RECORDAÇÃO BOA,
DOLOROSA...
3- IMAGINAÇÃO:
CRIATIVIDADE,
INVENÇÃO, SONHO.
4- CONHECIMENTO:
RACIOCÍNIO, SABER.
5- VONTADE: DESEJO,
MOTIVAÇÃO.
Neste estudo,
desempenharemos o papel de
SUJEITO, o EU que busca
conhecer e se relacionar com
OUTRO, este figurando
como o OBJETO.
É na relação EU/OUTRO, ou,
SUJEITO/OBJETO que se
constrói o
CONHECIMENTO, fruto de
nossa capacidade de pensar e
de aprender, segundo
VALORES, construindo a
CULTURA.
2) OS OBJETOS – O
OUTRO
Objeto > tudo o que pode ser
conhecido pelo sujeito (o que
não pode não tem
importância para nós)
Classificação dos objetos:
1- Naturais – físicos (a terra)
e psíquicos (a emoção);
2- Ideais – ideais puros (os
números) e valores (o bem);
3- Culturais – materiais
(roupa) e espirituais (música);
4- Metafísicos (Deus).
O conhecimento como
característica do ser humano
Como funciona o cérebro
humano?
Três partes do cérebro:
Sistema R > deriva do réptil.
Atende aos instintos básicos:
comer, reproduzir, repousar
(crescei e multiplicai – Gen 1,
28). 300.000.000 anos?
Sistema límbico >
HOMEM
IMAGINAÇÃO CONHECIMENTO VONTADE
– busca do prazer e fuga do
sofrimento. Contradição entre
prazer e sofrimento.
Córtex cerebral > massa
cinzenta. Responsável pela
razão, parte lógica ou
raciocínio, pensamento. Lida
com fenômenos abstratos e
concretos e estabelece
conexões entre eles. Existe há
35.000 anos?
MOTIVAÇÃO
Onde se origina a motivação?
Como funciona a motivação
em nossa cabeça?
Que tipos de fatos nos
motivam?
Onde se origina a motivação
ou o motivo da ação
Motivação endógena e
ambiental.
1- Endógena é produzida
dentro de nós mesmos e
independe do meio
(automotivação);
2- Ambiental é resultante do
estímulo externo
(heteromotivação).
Motivação:
1- Teoria dos dois fatores
(Fredereick Herzberg)
2- Teoria das necessidades
(Abraham Maslow)
1- Teoria dos dois fatores:
Fatores extrínsecos ou
higiênicos (estão fora da
pessoa e neles podemos
interferir) e fatores
intrínsecos ou motivacionais
(estão dentro das pessoas e
dependem de suas percepções
de valores) é necessário que a
pessoa perceba o valor da sua
ação para se sentir valorizada.
2- Teoria das necessidades:
Somente realizamos pela
motivação e estamos
motivados para atender às
nossas necessidades.
“Egoísmo biológico”. As
cinco necessidades básicas,
organizadas
hierarquicamente:
1- Fisiológicas e 2- de
Segurança (ligadas ao sistema
R);
3- Sociais (nosso
“pertencimento” aos grupos)
e 4- de Estima (sistema
límbico);
5- E de Autodesenvolvimento
(córtex cerebral).
• Motivação –
analisando o
ambiente
1- O meu ensino (estudo) está
de acordo com os objetivos
principais de minha vida?
2- O que estou realizando
aqui tem real valor para mim
ou para outras pessoas?
3- Estou sendo reconhecido
pelo meu esforço?
4- Estou sendo
convenientemente
compensado (inclusive
financeiramente) pelo meu
esforço?
5- O ambiente em que
desenvolvo as minhas
atividades é estimulante e
me respeita como pessoa e
como profissional?
6- Estou com a minha
subsistência garantida, sinto-
me seguro, fui aceito como
igual e conquistei o afeto de
meus colegas?
7- O que estou fazendo hoje
terá repercussões no futuro,
inclusive permitindo meu
desenvolvimento pessoal e
profissional?
3) O VALOR
Valor (imagem) liame entre o
sujeito e o objeto.
6
O ponto de coincidência entre
o sujeito e o objeto.
Em face dos objetos nós:
a) limitamo-nos a constatar a
sua existência;
b) reconhecemos nele uma
boa ou uma má qualidade,
aprovando-o ou reprovando-
o.
Tem valor para nós o que
pode satisfazer algum dos
nossos desejos ou
necessidades.
4) CULTURA
Cultura é o universo das
realizações humanas, de tudo
quanto criamos e produzimos,
buscando transformar e
adaptar a natureza às nossas
supostas necessidades.
Natureza física e natureza
humana, ambas são alvo da
ação do homem em sua
intenção de realizar valores.
5) O
CONHECIMENT
O E SUA
TIPOLOGIA:
Tipologia do conhecimento:
a) Sensorial e intelectual;
b) Vulgar e científico;
c) Intuitivo: sensorial e
intelectual; e científico;
d) Teológico e científico
e) Filosófico e Científico
Conhecimento científico:
- Metódico;
- Abrange a
segmentos da
realidade (não
reducionista);
- Dinâmico
(processo de
revisão);
FASP – CURSO DE
DIREITO / IED 1 /
PRÉ-TESTE 1,
CONTEÚDO DA AULA 2
Nome:
_______________________
_______
Acertos: _______
Em cada questão temos duas
afirmativas que podem ser
verdadeiras ou falsas,
responda com
1 = quando ambas foram
verdadeiras;
- Fundamenta as os seres humanos e
ações conscientes existente, também,
ou a razão de ser nos animais.
das coisas, pois é - É obtido a partir
profundo e de nossas
generaliza suas experiências
conclusões; sensitivas e
- Relaciona teoria e fisiológicas,
prática. mediante o uso dos
Conhecimento filosófico: cinco sentidos:
- Busca a universalidade dos audição, olfato,
conhecimentos humanos; paladar, tato e
- Vem do uso da nossa razão visão.
para questionar os problemas
humanos, ajuda a discernir Conhecimento
entre o certo e o errado, sem Intelectual:
socorrer-se das iluminações - Esta categoria é
divinas; exclusiva ao ser
- Ideias e outras relações humano;
conceituais, exigências - Trata-se de um
lógicas nem sempre raciocínio muito
redutíveis a realidades mais elaborado do
materiais; que a mera
- Não é passível de comunicação entre
observação pelos nossos corpo e ambiente;
sentidos. - Aqui já se
pressupõe um
Conhecimento teológico: pensamento, uma
- Fundamentado na doutrina lógica, uso do
da fé; raciocínio indutivo
(São Tomás de Aquino foi ou e do dedutivo.
é o mais célebre teólogo de
todos os tempos); Conhecimento
- O saber emana da revelação Intuitivo:
divina; - Inato ao ser
- Os seus seguidores humano, diz
consideram-no como de respeito à
sabedoria máxima; subjetividade, às
- Não se distingue, pelo seu nossas percepções
objeto de estudo, nem da do mundo e à
filosofia e nem da ciência; racionalidade
- Suas leis são dogmas humana;
religiosos que se - Muitas
fundamentam em outros descobertas surgem
princípios que não provém da da intuição ou
razão humana natural, mas da “estalo”.
razão iluminada pela fé; - É fruto do nosso
- Deus é amor... é crer ou não inconsciente?
crer.
Conhecimento
Sensorial:
- É o conhecimento
comum entre nós,
2 = quando a 1ª for É correto dizer que para
verdadeira e a 2ª for falsa; ocorrer o conhecimento é
3 = quando a 1ª for falsa e a necessário um sujeito + um
2ª for verdadeira; objeto + imagem.
4 = quando ambas forem
falsas 2 (___)
O conhecimento sensorial
1(___) apreende o fato, a coisa, o
É correto dizer que para objeto em sua singularidade
ocorrer o conhecimento é concreta e não os conceitos.
necessário um sujeito que
ensina e um que aprende + O conhecimento intelectual
um objeto ou um conjunto não atinge a aparência, o
de teoria. fenômeno, a coisa em si,
mas, opera sobre as imagens
sensoriais e, ultrapassando-
7
as, formula conceitos gerais,
abstratos, definições
universais, relações ideais.
3(___)
O conhecimento vulgar trata
das questões de somente
importância, ou destinados a
esporte e diversão.
O conhecimento científico é
privilégio de especialistas
das diversas áreas das
ciências, enquanto o
conhecimento vulgar é
incomum a todo ser
humano, de qualquer nível
cultural.
4(___)
É incorreto dizer que a
intuição sensorial existe, por
exemplo, quando colocamos
a mão em uma vasilha com
água e percebemos se a
mesma está quente.
É por intuição intelectual
que o homem aceita a
afirmativa de que “nada
pode ser e não ser ao mesmo
tempo e sob o mesmo
aspecto”.
5(___)
Por conhecimento teológico
ficamos sabendo que “Deus
é amor”.
Enquanto o conhecimento
científico se reduz a um ato,
simples e indivisível, o
conhecimento intuitivo
FASP/ DIREITO/ IED 1, 3º
Encontro Letivo e 2º Pré-
teste
A TEORIA DOS
OBJETOS –
O VALOR – A
CULTURA:
Continuação
O homem em
busca do
conhecimento.
O objeto enquanto
buscado pelo
conhecimento
humano.
O valor, como o
ponto de encontro
entre o homem e o
objeto.
resulta de um processo A teoria dos dois fatores (de
complexo de análise e de Fredereich Herzberg)
síntese. defende que a motivação
pode se dar em decorrência
do meio (extrínseco ou
6(___) higiênico) ou do interior
O conhecimento científico humano.
atinge segmentos da
realidade, enquanto o Segundo essa teoria dos dois
conhecimento filosófico se fatores a motivação
interessa pela formulação de
independe de nossas
uma concepção unificada e
percepções de valores.
unificante do universo.
Podemos entender 9(___)
“motivação” como aquilo No que tange à discussão
que motiva a ação, aquilo sobre a localização dos
que impulsiona o ser valores, a nossa conclusão
humano a agir.
foi a de que ele está ou só no
sujeito ou só no objeto.
7(___)
A motivação endógena é -
produzida no interior do O conhecimento sensorial é
homem e independe do obtido a partir de nossas
meio, enquanto que a experiências sensitivas e
motivação ambiental é fisiológicas, mediante o uso
resultante de estímulos dos cinco sentidos: audição,
externos. olfato, paladar, tato e visão.
A teoria das necessidades
(Abraham Maslow) afirma 10(____)
que só realizamos pela A Cultura é o universo das
motivação e estamos realizações humanas, de
motivados para atender as tudo quanto criamos e
necessidades alheias. Quatro produzimos, buscando
seriam as necessidades transformar e adaptar a
básicas: fisiológicas, de natureza às nossas supostas
segurança, sociais, de estima necessidades.
e de autodesenvolvimento
A Natureza física e a
natureza humana, ambas são
alvo da ação do homem em
sua intenção de realizar
valores
8(___)
A teoria dos de quem se afirma
objetos está ou se nega algo;
centrada no Todos (sujeito)
sujeito do juízo
lógico, que deve “Todos são iguais
ser decomposto perante a lei”
em três elementos: b) Predicado
(declaração -
a) sujeito; atributo): o que se
b) predicado; afirma ou se nega;
c) cópula. iguais perante a
lei (predicado)
Analisando a frase
“Todos são iguais “Todos são iguais
perante a lei” perante a lei”
podemos c) Cópula (o verbo
identificar esses SER enquanto
três elementos, da exprime a relação
seguinte maneira: entre predicado e
sujeito): afirmativ
“Todos são iguais a ou negativa.
perante a lei” são (cópula)
a) Sujeito (ser (NADER, 2004).
sobre quem incide
o estudo): 
8
 A teoria dos dos nossos natureza, não
objetos (Carlos desejos. foram
Cossio) manufaturados
pelo homem.
QUADRO DAS TEORIA DOS VALORES
ONTOLOGIAS (AXIOLOGIA) 2) Dividem-se em
REGIONAIS OS VALORES físicos e
psíquicos:
Objet 1º 2º 1- Correspondem a os físicos são
os Caráter Caráter necessidades humanas aqueles
(biológicas, psicológicas e perceptíveis pelo
racionais) homem por meio
Ideais Irreais: Não Neutros dos sentidos
não têm estão na ao valor
2- São relativos (despertam humanos,
existên experiên neutralidade ou valor enquanto que os
cia cia positivo ou valor negativo) psíquicos são
fenômenos ou
3- Possuem bipolaridade processos mentais
Natu Reais: Estão na Neutros (amor-ódio / justiça- de um indivíduo.
injustiça
rais têm experiên ao valor OS PROCESSOS
existên cia 4- São hierarquizados (a CULTURAIS
cia prioridade pode mudar de VISAM A
homem para homem) REALIZAÇÃO
Cultu Reais: Estão na DE VALORES
rais têm experiên CARACTERES
existên cia positiva DOS VALORES: ESTÉTICA-BELO /
cia
1- Correspondem a TÉCNICA-ÚTIL /
necessidades humanas
(biológicas, psicológicas e MORAL-BEM /
Metaf Reais: Não racionais)
ísicos têm estão na RELIGIÃO-DIVINDADE /
existên experiên positiva2- São relativos (despertam
cia cia neutralidade ou valor DIREITO-JUSTIÇA,
positivo ou valor negativo) SEGURANÇA

3- Possuem bipolaridade
(amor-ódio / justiça-
injustiça

4- São hierarquizados (a A CULTURA

prioridade pode mudar de como o mundo
homem para homem) das realizações do
OBJETOS IDEAIS: LOCALIZAÇÃ homem enquanto
1- Ideais puros – os O DOS busca atender às
números; VALORES: suas necessidades.
2- Valor - Valor (imagem)
liame entre o sujeito e o 1- No sujeito (subjetiva – o Cultura
objeto. sujeito tem as necessidades) MATERIAL –
O ponto de coincidência resultado do
entre o sujeito e o objeto. 2- No objeto (objetiva – o trabalho humano
objeto tem as qualidades sobre o mundo da
VALOR buscadas pelo sujeito) natureza (possui
Em face dos um substrato
objetos nós: 3- Na relação entre sujeito e físico ao qual o
a) limitamo-nos a objeto (eclética – o valor homem dá um
constatar a sua resulta da co-participação sentido);
existência, sem sujeito-objeto)
lhe atribuir valor Cultura
positivo ou OBJETOS ESPIRITUAL –
negativo; NATURAIS: resulta do trabalho
b) reconhecemos humano fora do
nele uma boa ou 1) são objetos mundo da
uma má que existem na natureza (possui
qualidade, natureza substrato
aprovando-o ou independenteme espiritual e baseia-
reprovando-o. nte da vontade se na experiência)
Tem valor para do homem, ou
nós o que pode seja, são aqueles
satisfazer algum que estão em seu
estado primário na

9
 DIREITO E
OBJETOS
METAFÍSICOS:

Como os objetos
metafísicos não
estão presentes na
experiência, não
se pode falar de
uma possível
ligação com o
Direito, que está
na experiência.

10
 valores podemos trabalho
identificar, ao humano
FASP – CURSO DE menos 3 posições: fora do
DIREITO / IED 1 / mundo
No sujeito ou
PRÉ-TESTE 2 da
subjetiva; no natureza
SOBRE O ASSUNTO DA objeto ou (possui
3ª AULA subjetiva e na substrato
relação entre espiritual
ALUNO(A): sujeito e objeto ou e baseia-
_______________________ eclética. se na
_____ experiênc
ia).
ALUNO(A): 3 (___) • São
_______________________ • A teoria dos objetos
_____ objetos está IDEAIS
centrada no :
Acert6s: __________ sujeito do juízo Ideais puros
(___________________) lógico, que deve – os
ser decomposto números;
Coloque 1 quando em três elementos. Valor - Valor
todas as (imagem)
afirmativas forem liame entre o
corretas; • Os elementos
seriam: a) sujeito; sujeito e o
Coloque 2 quando
a 1ª for correta e a b) predicado; c) objeto. O
2ª for incorreta; cópula. ponto de
Coloque 3 quando coincidência
a 1ª for incorreta e 4 (___) entre o
a 2ª for correta. sujeito e o
 “Todos
Coloque 4 quando objeto.
são
todas as
iguais
afirmativas forem
perante 6 (____)
incorretas;
a lei” CARACTERES
Sujeito –
1 (___) DOS VALORES:
Todos;
• A teoria dos • Correspondem a
Cópula -
objetos (Carlos necessidades
iguais
Cossio) possui humanas
perante a lei
quatro grupos, (biológicas,
Predicado -
zonas ou regiões psicológicas e
são.
de objetos. São racionais) e são
eles: Ideais; relativos
 Os (despertam
Naturais;
processos
Culturais e neutralidade ou
culturais
Metafísicos. visam a valor positivo ou
realizaçã valor negativo)
• Segundo a teoria o de
dos objetos valores • Possuem
(Carlos Cossio) o (estética- bipolaridade
belo / (amor-ódio /
Direito é colocado técnica-
nos objetos justiça-injustiça) e
útil /
culturais. Moral- São
bem hierarquizados (a
2 (____) religião- prioridade pode
• Podemos divindad mudar de homem
e/ para homem).
considerar a
Direito-
CULTURA como justiça,
o mundo das seguranç 7 (___)
realizações do a). • Como os objetos
homem enquanto metafísicos estão
busca atender às 5 (___) presentes na
suas necessidades.  Cultura experiência, se
ESPIRIT pode falar de uma
• Sobre a UAL – possível ligação
resulta do com o Direito, que
localização dos
11
 está na Tem valor para IV- O DIREITO E OS
experiência. nós o que pode OBJETOS CULTURAIS:
satisfazer algum
1- Por suas características, o
• Os objetos dos nossos
Direito localiza-se no
naturais dividem- desejos. mundo da criação humana, a
se em físicos e cultura.
químicos. FASP/ DIREITO/ IED 1, 4º
Encontro Letivo e 3º Pré-
teste
V- O DIREITO –
8 (___) Definição - O que é
A cultura e o DIREITO DIREITO?
• Os objetos
naturais físicos O DIREITO, como um dos 1- Dificuldades de ordem
são aqueles processos de adaptação metodológica e
perceptíveis pelo social, é gerado pelas forças terminológica (pois temos
homem por meio sociais, tendo como objetivo diversos sentidos para o
dos sentidos garantir a ordem na mesmo termo)
humanos. sociedade, segundo os
princípios da Justiça. 2- Dificuldades de ordem
• Os objetos filosófica ou ideológica (o
I- O DIREITO FRENTE homo juridicus tem pré-
psíquicos são AS LEIS NATURAIS: compreensões diferentes).
fenômenos ou
processos doentios 1- As leis da natureza são
VI- O DIREITO – três
de um indivíduo. universais e imutáveis,
modos de definir
invioláveis e de isonomia
absoluta. O direito não tem
1- ETIMOLOGICAMENTE
essas características.
9 (___) – O termo Direito veio do
• Os objetos latim “directus” (o que está
2- As leis da natureza estão
conforme a reta; o que não
naturais não são sujeitas ao princípio da
tem inclinação, curvatura ou
objetos causalidade (por que?), já
desvio);
que existem na o princípio da finalidade
(para que?) é quem rege o
natureza 2- SEMANTICAMENTE –
direito.
independentement registra os diferentes
e da vontade do sentidos que a palavra
3- Deus criou a ordem
homem, alcança em seu
natural das coisas, com as
desenvolvimento.
suas leis, nós, homens,
• ou seja, objetos criamos, ao longo da
No princípio era o “Direito”
naturais são história, o Direito Positivo;
“a qualidade do que está
aqueles que estão conforme a reta”, mudou
4- Os objetos naturais
em seu estado para, “aquilo que está
possuem suporte físico e são
primário na conforme a lei”, passou
neutros, em relação aos
natureza, não para “a lei”, “conjunto das
valores, já o Direito não
foram leis”, “a ciência que estuda
possui matéria e visa a
as leis”;
manufaturados realização de valores.
pelo homem. 3- DEFINIÇÕES REAIS
II- O DIREITO E OS
OU LÓGICAS – implicam
OBJETOS IDEAIS:
em delimitar, a fim de
10 (___) distinguir um objeto de
1- Os objetos ideais não
outro, as suas notas mais
possuem existência física,
• Em face dos gerais (em busca das
não estão na nossa
igualdades) e as mais
objetos nós: experiência e são neutros ao
específicas (em busca das
limitamo-nos a valor. O direito tem
diferenças).
constatar a sua existência, convive na nossa
experiência e realiza
existência, sem O “gênero próximo”
valores.
lhe atribuir valor apresenta as notas ou
positivo ou características comuns às
III- O DIREITO E OS
negativo; diversas espécies que
OBJETOS
formam o gênero e a
METAFÍSICOS:
“diferença específica” é o
• reconhecemos traço peculiar e exclusivo, é
nele uma boa ou 1- Os objetos metafísicos
aquilo que vai distinguir o
não estão na experiência, ao
uma má objeto dos outros da espécie.
contrário do Direito que é
qualidade, empírica e racionalmente
aprovando-o ou O “gênero próximo” no
conhecível.
reprovando-o. direito é a

12
NORMATIZAÇÃO, ela que
é o núcleo comum aos
diferentes instrumentos de
CONTROLE SOCIAL
(Direito e Moral, Etiqueta e
Religião – normas
técnicas?),
enquanto que a sua
“diferença específica” é a
COERCIBILIDADE
patrocinada pelo Estado, a
característica que somente o
Direito possui e que o
separa dos demais
instrumentos de controle dos
processos de socialização.
VII- O DIREITO –
CONCEITO OBJETIVO
CONCEITO DE
DIREITO – ponto de vista
objetivo (Paulo Nader, p.
84)
“Direito é um conjunto de
normas de conduta social,
imposto coercitivamente
pelo Estado, para a
realização da segurança,
segundo os critérios de
justiça.”
1- “Direito é um conjunto
de normas de conduta
social” é o gênero próximo,
destacando os elementos:
“normas – que definem os
procedimentos a serem
adotados pelos destinatários
do Direito” e “conduta
social – comportamento do
homem em sociedade”;
2- “imposto
coercitivamente pelo
Estado” é a diferença
específica. Apenas as
normas jurídicas requerem a
participação do Estado para
serem coercitivamente
impostas quando não há
adesão voluntária;
3- “para a realização da
segurança, segundo os
critérios de justiça” o
aparato legal é um
instrumento para o bem-
estar social. A Justiça é a
causa final, inatingível,
contenta-se com o possível,
a segurança.
“A JUSTIÇA É A
CONSTANTE E
PERMANENTE
VONTADE DE DAR A
CADA UM O SEU
DIREITO” ULPIANO
FASP – CURSO DE garantir a ordem na
DIREITO – IED1 sociedade, segundo os
PRÉ-TESTE 3 SOBRE O princípios da Justiça.
ASSUNTO DA 4ª AULA
As leis da natureza são
universais e imutáveis,
ALUNO(A):
invioláveis e de isonomia
_______________________ absoluta. O direito não tem
_____ essas características.
4- (___)
ALUNO(A): Sobre “o que é direito?”
Não há Dificuldades de
_______________________
ordem metodológica e
_____
terminológica (pois temos
diversos sentidos para o
Acert6s: __________ mesmo termo)
(___________________)
Sobre “o que é direito?” Há
Coloque 1 quando Dificuldades de ordem
todas as filosófica ou ideológica (o
afirmativas forem homo juridicus tem pré-
corretas; compreensões diferentes).
Coloque 2 quando
a 1ª for correta e a 5- (___)
2ª for incorreta; “Direito é um conjunto de
Coloque 3 quando conselhos de conduta social,
a 1ª for incorreta e imposto coercitivamente
a 2ª for correta. pelo Estado, para a
Coloque 4 quando realização da segurança,
todas as segundo os critérios de
afirmativas forem justiça. ”
incorretas;
“Direito é um conjunto de
1- (___) normas de conduta social,
Os objetos ideais não imposto coercitivamente
possuem existência física, pelo Estado, para a
não estão na nossa realização da segurança,
experiência e são neutros ao segundo os critérios de
valor. justiça. ”
O direito tem existência, não 6- (___)
convive na nossa O “gênero próximo” no
experiência e realiza direito é a normatização, ela
valores. que é o núcleo comum aos
diferentes instrumentos de
2-(___) controle social (Direito e
Semanticamente O termo Moral, Etiqueta e Religião –
Direito veio do latim normas técnicas)
“directus” (o que está
conforme a reta; o que não Enquanto que a sua
tem inclinação, curvatura ou “diferença específica” é a
desvio); coercibilidade patrocinada
pelo Estado, a característica
Etimologicamente registra que somente o Direito
os diferentes sentidos que a possui e que o separa dos
palavra alcança em seu demais instrumentos de
desenvolvimento. No controle dos processos de
princípio era o “Direito” “a socialização.
qualidade do que está
conforme a reta”, mudou 7- (___)
para, “aquilo que está Direito é um conjunto de
conforme a lei”, passou para normas de conduta
“a lei”, “conjunto das leis”, individual, pessoal” é o
“a ciência que estuda as gênero próximo, destacando
leis”; os elementos: “normas – que
definem os procedimentos a
3- (___) serem adotados pelos
destinatários do Direito” e
O direito, como um dos
“conduta social –
processos de adaptação
comportamento do homem
social, é gerado pelas forças
em sociedade”
sociais, tendo como objetivo
13
 “imposto coercitivamente
pelo Estado” é a diferença
geral. Apenas as normas
jurídicas requerem a
participação do Estado para
serem coercitivamente
impostas quando não há
adesão voluntária; “para a
realização da segurança,
segundo os critérios de
justiça” o aparato legal é um
instrumento para o bem-
estar social. A Justiça é a
causa final, inatingível,
contenta-se com o possível,
a segurança.
8- (___)
As leis da natureza estão
sujeitas ao princípio da
causalidade (por que?), já o
princípio da finalidade (para
que?) é quem rege o direito.
Deus criou a ordem natural
das coisas, com as suas leis,
nós, homens, criamos, ao
longo da história, o Direito
Positivo;
9- (___)
Definições reais ou lógicas
– implicam em delimitar, a
fim de distinguir um objeto
de outro.
Assim, as definições reais
ou lógicas apontam, nos
objetos, as suas notas mais
gerais (em busca das
igualdades) e as mais
específicas (em busca das
diferenças).
10- (___)
O “gênero próximo”
apresenta as notas ou
características comuns às
diversas espécies que
formam o gênero
A “diferença específica” é o
traço peculiar e exclusivo, é
aquilo que vai distinguir o
objeto dos outros da espécie.
ou determinado sistema
FASP/ DIREITO/ IED 1, 5º jurídico.
Encontro Letivo e 4º Pré-
teste 2- O Direito como Direito
Natural e Direito Positivo
A cultura e o DIREITO
(CONTINUAÇÃO) 2.1- O Direito Natural não é
escrito, nem é formulado
pelo Estado.
VIII- O DIREITO -
É espontâneo, revelado pela
DEFINIÇÕES
nossa experiência e razão.
HISTÓRICAS
Constitui-se de princípios,
de caráter universal, eternos
“Jus est ars boni et aequi” –
e imutáveis.
Direito é a arte do bom e
do justo – Celso (Romano),
Ele revela ao legislador os
sec. I;
princípios fundamentais de
proteção ao ser humano e
“Jus est realis ac personalis
que, forçosamente, deverão
hominis ad hominem
ser consagrados pela
proportio” – Direito é a
legislação, a fim de que se
proporção real e pessoal
tenha um sistema jurídico
de homem para homem
justo, substancialmente;
que, conservada, conserva
a sociedade e que,
2.2- O Direito Positivo é o
destruída, a destrói –
universo normativo
Dante Alighieri (Italiano),
institucionalizado pelo
sec. XIII;
Estado.
É o sistema jurídico
“O direito é o conjunto de
obrigatório em determinado
normas ditadas pela razão
lugar e em um certo tempo.
e sugeridas pelo appetitus
societatis” Hugo Grócio
Não é, necessariamente,
(Holandês), sec. XVII;
escrito.
As normas, ao perderem a
“Direito é o conjunto das
vigência, deixam de fazer
condições, segundo as
parte do Direito Positivo?
quais o arbítrio de cada
(atentar para o conceito)
um pode coexistir com o
arbítrio dos outros, de
3- Direito Objetivo e Direito
acordo com uma lei geral
Subjetivo (duas faces de
de liberdade” Emmanuel
uma mesma moeda):
Kant (Alemão), sec. XVIII;
3.1- Direito Objetivo é a
“Direito é a soma das
norma de organização social
condições de existência
“Jus norma agendi”;
social, no seu amplo
sentido, assegurada pelo
3.2- Direito Subjetivo é a
Estado através da coação”
faculdade, a possibilidade
Rudolf von Ihering
ou poder de agir, que a
(Alemão), sec. XIX;
ordem jurídica assegura a
alguém
IX- DIREITO -
“Jus Facultas Agendi”.
ACEPÇÕES DA
PALAVRA
É a partir do nosso
conhecimento das normas
1- O Direito como Ciência
do direito objetivo que
do Direito (sou professor ou
podemos deduzir os direitos
sou aluno de direito)
subjetivos de cada parte,
dentro de uma relação
1.1- Em sentido amplo, a
jurídica, em um certo
Ciência do Direito é o setor
sistema.
do conhecimento que
investiga, que sistematiza os
4- Direito como Justiça:
conhecimentos jurídicos;
quando empregamos o
termo direito a fim de
1.2- Em sentido estrito,
designarmos o que é justo
Ciência do Direito é o saber
(Jo é um homem direito).
jurídico particularizado, que
tem como objeto de estudo o
teor normativo de um certo
14
 5- Direito como Ordem
Jurídica ou Sistema
Jurídico:

5.1- Nos países, as normas

não são um “amontoado”,
elas, se associam e formam
um todo, harmônico e
coerente.

A tal conjunto denomina-se

Ordem Jurídica, ou, Sistema
Jurídico.

SISTEMA JURÍDICO –

CANOTILHO[1] entende
que, nos Estados
Democráticos, sistema
jurídico é um sistema
normativo aberto de regras e
princípios:

“(1) – é um sistema jurídico

porque é um sistema
dinâmico de normas;

(2) – é um sistema aberto

porque tem uma estrutura
dialógica {Caliess}
traduzida na
disponibilidade e
‘capacidade de
aprendizagem’ das normas
constitucionais para
captarem a mudança da
realidade e estarem abertas
às concepções cambiantes
da ‘verdade’ e da ‘justiça’;

(3) – é um sistema
normativo, porque a
estruturação das
expectativas referentes a
valores, programas, funções
e pessoas, é feita através de
normas;

(4) – é um sistema de
regras e de princípios, pois
as normas do sistema tanto
podem revelar-se sob a
forma de princípios como
sob a sua forma de regras.”

] J. J. Gomes CANOTILHO.
Direito constitucional e
teoria da constituição. 4. ed.
p. 1123.

15
FASP – CURSO DE DIREITO
–IED1
PRE-TESTE 4 SOBRE O
ASSUNTO DAS 5 AULA
ALUNO(A):
_________________________
_________
ALUNO(A):
_________________________
_________
NOTA: _________
(_________________________
__)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem incorretas;
1- (___)
DIREITO: O Direito, como
Ciência do Direito (sou
professor ou sou aluno de
direito); em sentido amplo, a
Ciência do Direito é o setor
do conhecimento que
investiga, que sistematiza os
conhecimentos jurídicos;
Em sentido estrito, Ciência
do Direito é o saber jurídico
particularizado, que tem
como objeto de estudo o
teor normativo de um certo
ou determinado sistema
jurídico.
2- (___)
“O direito é o conjunto de
normas ditadas pela emoção
e sugeridas pelo appetitus
societatis” Hugo Grócio
(Holandês), sec. XVII;
“Direito é o conjunto das
condições, segundo as quais
o arbítrio de cada um pode
coexistir com o arbítrio dos
outros, de acordo com uma
lei geral de liberdade”
Emmanuel Kant (Alemão),
sec. XVIII; “Direito é a
soma das condições de
existência social, no seu
amplo sentido, assegurada
pelo Estado através da
coação” Rudolf von Ihering
(Alemão), sec. XIX;
3- (___)
“Jus est ars boni et aequi” –
Direito é a arte do bom e do
justo – Celso (Romano),
sec. I;
“Jus est realis ac personalis
hominis ad hominem
proportio” – Direito é a
proporção real e pessoal de
homem para homem que,
conservada, conserva a
sociedade e que, destruída, a
destrói – Dante Alighieri
(Italiano), sec. XIII;
4- (___)
CANOTILHO
entende que, nos Estados
Democráticos, sistema
jurídico é um sistema
normativo aberto de regras e
princípios: “ – é um sistema
jurídico porque é um
sistema dinâmico de
normas;
– é um sistema aberto
porque tem uma estrutura
dialógica {Caliess}
traduzida na disponibilidade
e ‘capacidade de
aprendizagem’ das normas
constitucionais para
captarem a mudança da
realidade e estarem abertas
às concepções cambiantes
da ‘verdade’ e da ‘justiça’;
5- (___)
Direito Subjetivo é a norma
de organização social
“Jus norma agendi”;
Direito Objetivo é a
faculdade, a possibilidade
ou poder de agir, que a
ordem jurídica assegura a
alguém
“Jus Facultas Agendi”. É a
partir do nosso
conhecimento das normas
do direito objetivo que
podemos deduzir os direitos
subjetivos de cada parte,
dentro de uma relação
jurídica, em um certo
sistema.
6- (___)
O Direito Natural
não é escrito, nem é
formulado pelo Estado. É
espontâneo, revelado pela
nossa experiência e razão.
Constitui-se de princípios,
de caráter universal, eternos
e imutáveis.
Ele revela ao legislador os
princípios fundamentais de
proteção ao ser humano e
que, forçosamente, deverão
ser consagrados pela
legislação, a fim de que se
tenha um sistema jurídico
justo, substancialmente;
7- (___)
Nos países, as normas são
um “amontoado”, elas, se
associam e formam um
todo, harmônico e coerente.
A tal conjunto denomina-se
Ordem Jurídica, ou, Sistema
Espanhol.
8- (_)
Direito como Justiça:
quando empregamos o
termo direito a fim de
designarmos o que é justo
(Jó é um homem direito).
Direito como Justiça:
quando se trata da norma de
organização social
9- (___)
CANOTILHO entende que,
nos Estados Democráticos,
sistema jurídico – é um
sistema normativo, porque a
estruturação das
expectativas referentes a
valores, programas, funções
e pessoas, é feita através de
ramos, apenas;
– é um sistema de
regras e de princípios, pois
as normas do sistema tanto
podem revelar-se sob a
forma de princípios como
sob a sua forma de regras. ”
10- (___)
O Direito Positivo é o
universo normativo
institucionalizado pelo
Estado.
É o sistema jurídico
obrigatório em determinado
lugar e em um certo tempo.
É, necessariamente, escrito.
16
FASP/ DIREITO/ IED 1, 6º
Encontro Letivo e 5º Pré-
teste
Os Sistemas Normativos:
Direito - Religião - Etiqueta
- Moral e Normas Técnicas
Os sistemas normativos são
utilizados por nós para
produzir o controle social
necessário para a vida
social, e o fazemos mediante
o processo de socialização,
adaptando a pessoa ao seu
grupo social, mediante
regras.
O direito faz parte desse
sistema, atuando com
outros, em conjunto. São
eles: a Moral, a Religião, a
Etiqueta e as Normas
Técnicas.
Cada um desses subsistemas
terá a sua área prioritária de
atuação, aproximando-se e
se distanciado do Direito.
Paulo Nader esclarece que
os operadores do direito
precisam conhecer os
campos de aplicação de cada
um dos componentes do
grande sistema normativa,
para evitar exageros:
“O jurista e o legislador
desta transição de séculos
não podem confundir as
diversas esferas normativas.
O conhecimento do campo
de aplicação do direito é
um a priori lógico e
necessário à tarefa de
elaboração das normas
jurídicas.
O legislador deve estar
cônscio da legítima faixa de
ordenamento que é
reservada ao Direito, para
não exorbitar, alcançando
fenômenos sociais de outra
natureza, específicos de
outros instrumentos
controladores da vida
social.
Toda norma jurídica é uma
limitação à liberdade
individual e por isso o
legislador deve conotações diversas. A
regulamentar o agir sanção jurídica, em sua
humano dentro da estrita generalidade, atinge a
liberdade ou o patrimônio,
necessidade de realizar os
enquanto que a religiosa
fins que estão reservados ao limita-se ao plano
Direito: segurança através espiritual”.
dos princípios de justiça”.
Dentre as divergências,
temos a “insegurança”
destacada pela religião
1- Direito e religião:
(somos uma vela acesa) que
Como o mais importante
nos oferece respostas que
instrumento do sistema, o
devemos aceitar pela fé e
Direito é dotado de coação
seus principais pressupostos
patrocinada pelo Estado,
parecem-nos inatingíveis.
mas, por muito tempo, foi
considerado mera expressão
O Direito já parte de
da vontade divina, pois,
pressupostos mais concretos
estava contido na Religião.
e nos oferece “segurança”,
proteção individual e social,
A religião é um conjunto de
para as nossas relações com
crenças em determinada
os outros cidadãos e com o
força sobrenatural, ou
Estado.
entidade divina. Busca
explicações para o mundo
Paulo Nader aduz, com base
espiritual, impõe
em Legaz y Lacambra, que
comportamento social que
temos duas grandes
julga adequado a seus fiéis
diferenças entre a religião e
para que o seu objetivo (o
o direito: a “alteridade” e a
bem), seja atingido.
noção de “segurança”:
A separação entre a religião
“Há duas diferenças
e o direito foi fortalecida
estruturais entre Direito e
durante o séc. XVIII. Na
Religião, na concepção de
França começou a ocorrer
Legaz y Lacambra.
antes de sua famosa
“Revolução Francesa”.
A alteridade, essencial ao
Direito, não é necessária à
No oriente a separação está
Religião. Se a história de
atrasada, em especial, entre
Robinson Crusoé nos
os mulçumanos que
revelasse um homo
preservam o direito que há
religiosus esse personagem,
em seus manuais religiosos.
que se achava fora do
império das leis, sem
Paulo Nader, comentando
direitos ou deveres
sobre este assunto, esclarece
jurídicos, estaria
que:
subordinado às normas de
sua Religião...
“Há vários pontos de
convergência entre Direito
O que se projeta como
e a Religião.
fundamental é a prática do
O maior deles diz respeito à
bem, nas diversas situações
vivência do bem.
em que o homem se
encontre. A religião,
É inquestionável que a
costuma-se dizer, é o
justiça causa final do
diálogo com Deus.
Direito, integra a ideia do
bem. Assim, o valor justiça
A segunda diferença
apenas dentro de uma
estrutural apontada pelo o
equação social, na qual
autor reside no fato de que
participa a ideia de bem
o direito tem por meta a
comum.
segurança, enquanto que a
religião parte da premissa
A Religião analisa a justiça
de que esta é inatingível. Ao
em âmbito maior, que
descrever o mistério da vida
envolve os deveres dos
e da eternidade, a Religião
homens para com o
revela a fraqueza e a
Criador.
insegurança humana...
Os dois processos
A segurança procurada
normativos possuem ativos
pelo Direito nada tema ver
elementos de intimidação de
17
 com a segurança
questionada pela Religião.
A segurança jurídica se
alcança a partir da certeza
ordenadora, enquanto que a
religiosa se refere a
questões transcendentais”.
FASP – CURSO DE DIREITO
–IED1
PRE-TESTE 5 SOBRE O
ASSUNTO DAS 6 AULA
ALUNO(A):
_________________________
_________
ALUNO(A):
_________________________
_________
NOTA: _________
(_________________________
__)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem incorretas.
1- (_) Como o mais
importante instrumento do
sistema, o Direito é dotado
de coação patrocinada pelo
Estado, mas, por muito
tempo, foi considerado mera
expressão da vontade
divina, pois, estava contido
na Religião.
A religião é um conjunto de
crenças em determinada
força sobrenatural. Busca
explicações para o mundo
espiritual, impõe
comportamento social que
julga adequado a seus fiéis
para que o seu objetivo (o
bem), seja atingido.
2- (_) Os sistemas
normativos são utilizados
por nós para produzir o
controle social necessário
para a vida social, e o
fazemos mediante o
processo de socialização,
adaptando a pessoa ao seu
grupo social, mediante
regras.
O direito faz parte desse
sistema, atuando com
outros, em conjunto. São
eles: a Moral, a Religião, a
Etiqueta e as Normas
Biológicas. Cada um desses
terá a sua área prioritária de
atuação, aproximando-se e
se distanciado do Direito.
3- (_) Dentre as
divergências entre
DIREITO e Moral, temos a
“insegurança” destacada
pela religião (somos uma
vela acesa) que nos oferece
respostas que devemos
aceitar pela fé e seus
principais pressupostos
parecem-nos inatingíveis.
O Direito já parte de
pressupostos mais concretos
e nos oferece “insegurança”,
proteção individual e social,
para as nossas relações com
os outros cidadãos e com o
Estado.
4- (_) Uma segunda
diferença estrutural entre
Direito e Religião elo o
autor reside no fato de que o
direito tem por meta a
segurança, enquanto que a
religião parte da premissa de
que esta é inatingível. Ao
descrever o mistério da vida
e da eternidade, a Religião
revela a fraqueza e a
insegurança humana.
A segurança procurada pelo
Direito tem a ver com a
segurança questionada pela
Religião. A segurança
jurídica se alcança a partir
da incerteza ordenadora,
enquanto que a religiosa se
refere a questões
transcendentais”.
5- (_) Segundo Paulo Nader:
“O jurista e o legislador
desta transição de séculos
não podem confundir as
diversas esferas normativas.
O conhecimento do campo
de aplicação do direito é um
a priori lógico e necessário à
tarefa de elaboração das
normas jurídicas.
O legislador não precisa
estar cônscio da legítima
faixa de ordenamento que é
reservada ao Direito, para
não exorbitar, alcançando
fenômenos sociais de outra
natureza, específicos de
outros instrumentos
controladores da vida social.
6- (_) A separação entre a
religião e o direito foi
fortalecida durante o séc.
XVIII. Na França começou
a ocorrer antes de sua
famosa “Revolução
Francesa”.
No oriente a separação está
atrasada, em especial, entre
os mulçumanos que
preservam o direito que há
em seus manuais religiosos.
7- (_) Toda norma jurídica é
uma limitação à liberdade
individual e por isso o
legislador deve
regulamentar o agir humano
dentro da estrita necessidade
de realizar os fins que estão
reservados ao Direito:
segurança através dos
princípios de justiça”.
Nenhuma norma jurídica é
ilimitada com relação à
liberdade individual e por
isso o legislador deve
regulamentar o agir humano
dentro da estrita necessidade
de realizar os fins que estão
reservados ao Direito:
segurança através dos
princípios de justiça”.
8- (_) Paulo Nader,
comentando sobre este
assunto, esclarece que: “Há
vários pontos de
convergência entre Direito e
a Religião. O menor deles
diz respeito à vivência do
bem.
É inquestionável que a
justiça causa final do
Direito, integra a ideia do
bem. Assim, o valor justiça
apenas dentro de uma
equação social, na qual
participa a ideia de bem
comum. A Religião analisa
18
a justiça em âmbito maior,
que envolve os deveres dos
homens para com o Criador.
9- (_) Nader aduz, com base
em Legaz y Lacambra, que
temos duas grandes
diferenças entre a religião e
o direito: a “alteridade” e a
noção de “segurança”: “Há
duas diferenças estruturais
entre Direito e Religião, na
concepção de Legaz y
Lacambra. A alteridade,
essencial ao Direito, não é
necessária à Religião.
Se a história de Robinson
Crusoé nos revelasse um
homo religiosus esse
personagem, que se achava
fora do império das leis,
sem direitos ou deveres
jurídicos, estaria
subordinado às normas de
sua Religião... O que se
projeta como fundamental é
a prática do bem, nas
diversas situações em que o
homem se encontre. A
religião, costuma-se dizer, é
o diálogo com Deus.
10- (_) Os Sistemas
Normativos são: Direito -
Religião - Etiqueta - Moral e
Normas Humanitárias.
No Sistema Normativo
temos: Direito - Religião -
Etiqueta - Moral e Normas
Técnicas.
FASP/ DIREITO/ IED 1, 7º
Encontro Letivo e 6º Pré-
teste
Os Sistemas Normativos:
Direito - Religião - Etiqueta
- Moral e Normas Técnicas.
CONTINUAÇÃO
Compreende-se que as
exigências contidas nas
normas jurídicas sinalizam
os valores que a sociedade
necessita para oferecer
ordem e segurança, não
podendo abrir mão delas e
as reforça com a
coercibilidade apoiada pelo
Estado, enquanto que as
normas de etiqueta tratam
de outros aspectos
complementares, mas, sem o
apoio da força do aparato
estatal.
Diz Miguel Reale que as
regras de trato social não
exigem cumprimento com
sinceridade, pois, tanto
atendem às regras de
etiqueta quem cumprimenta
o amigo com carinho na
alma, como quem
cumprimenta o inimigo
mascarando o ódio (típico
dos políticos antes dos
debates), “aliás, é o
hipócrita quem mais se
esmera na prática de atos
de blandiciosos”.
Seja a lisonja ou blandície
verdadeira ou falsa, não
importa, o importante para o
convívio é a exterioridade
do ato social praticado, não
importa o conteúdo.
Pode ocorrer coincidência
entre essas regras e as do
Direito, mas, as regras de
cortesia não possuem nem a
bilateralidade e nem a
atributividade, porque não
se pode exigir o seu
cumprimento.
Temos deveres, não temos
direitos. Somos devedores,
mas, não somos credores.
Assim, dizemos: “O direito
de um, é o dever do outro”.
3- Direito e Normas
Técnicas
Nas primeiras sociedades,
parece que a religião era o
“grande caldeirão” que
continha todas as normas.
As normas técnicas eram
associadas a rituais, faziam
parte das normas
indiferenciadas, sem
distinguir as normas éticas
do Direito.
Com a evolução da
sociedade, a racionalização
e a especialização foram
produzindo condições
objetivas que possibilitaram
a separação desses dois
campos da normatização da
conduta humana.
Uma norma técnica é um
documento (geralmente
oriundo de um órgão
oficialmente reconhecido
para essa tarefa que, no
Brasil, é a ABNT1), que
estabelece diretrizes ou
restrições à elaboração de
um produto técnico ou a
realização de uma atividade.
4- Direito e Moral:
O direito é o instrumento de
controle social que se
manifesta com o uso de
regras e princípios (normas
jurídicas), conjunto de
condutas exigíveis ou
proibidas, de fórmulas do
agir, é caracterizado pela
bilateralidade, pois a cada
direito corresponde um
dever.
O direito trata, em primeiro
lugar, das nossas ações, do
exteriorizado, e é em função
destas que, quando
necessário, investiga o
animus, o interior, a
intenção do agente.

2- Direito e as normas de • Imperatividade é A moral é mais geral, não se

etiqueta: o caráter de uma preocupa com
particularizações.
norma no sentido
As normas de trato social, Caracteriza-se pela
de imposição. unilateralidade, impõe
etiqueta, fazem parte do
sistema de controle, sendo deveres, não concede
estas do aspecto • Atributividade é direitos. É mais visível na
extrajurídico. caráter de uma vida interior
Condutas impostas ou norma que das pessoas, como a
proibidas pela etiqueta concede direito a consciência, julgando os
podem ser indiferentes ou atos exteriores apenas como
alguém.
receberem tratamento 1
diferente perante o direito. Associação Brasileira de
Normas Técnicas
19
 meio de aferir a
intencionalidade, quando
necessário.
Usamos vários critérios para
distinguir o Direito da
Moral, uns relativos à forma
(diz respeito ao modo como
procede), os outros se
relacionam com a matéria
em si (diz respeito ao
conteúdo).
4.1- Formal:
a- Coercibilidade do Direito
X Incoercibilidade da moral.
No direito a pessoa obedece
às normas por temer a
imposição de uma
penalidade que poderá ser
aplicada pelo aparato do
Estado (sanção punitiva).
A moral não possui
coercibilidade bancada pelo
Estado, não tendo como
punir os eventuais infratores
de suas regras.
Regista-se que a moral
social, apesar de não possuir
caráter punitivo, consegue
constranger as pessoas a
respeitarem as suas
determinações,
desestimulando o
descumprimento dos seus
comandos.
b- Bilateralidade do Direito
X Unilateralidade da moral.
O sistema jurídico, ao
conceder direitos, de igual
forma, impõe obrigações,
sendo, pois, uma via de mão
dupla, preocupado com a
convivência, atua no nível
da interpessoalidade.
A moral tem regras
simplificadas, impondo tão
somente deveres, e o que se
espera dos indivíduos é a
obediência às suas normas, é
preocupada com a vivência,
age no nível da
pessoalidade.
c- Exterioridade do Direito
X Interioridade da Moral.
O que caracteriza a
exterioridade é o fato de o
Direito se preocupar com as
atitudes reveladas, saídas do
interior da pessoa para o
mundo exterior, não
devendo se ater ao campo da
consciência, salvo se for
preciso para avaliar
determinada conduta.
A moral se destina a
influenciar diretamente a
consciência das pessoas, de
forma a evitar que condutas
incorretas sejam assumidas,
e se o forem, poderão ser
objeto de análise somente
para se verificar a real
intenção do agente.
Vale destacar que esse
critério não atingiria a moral
social.
c- Heteronomia do Direito
X a Autonomia da Moral.
O cumprimento das normas
do Direito ocorre por
pressão de fora para dentro,
o indivíduo se submete a
uma vontade maior, alheia à
sua, decorrente do sistema
jurídico vigente que lhe rege
as relações.
O cumprimento das normas
morais ocorre de maneira
autônoma, a pessoa tem a
opção de querer ou não
querer aceitar as suas regras,
e se as aceita, o faz
espontaneamente.
Importante registrar que
esse critério também não
atinge a moral social.
FASP – CURSO DE DIREITO
– IED1
PRÉ-TESTE 6 SOBRE O
ASSUNTO DA 7ª AULA
ALUNO(A):
________________________
Acertos: ____ (_______)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
20
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem incorretas;
1- (_) Nas primeiras
sociedades, parece que a
religião era o “grande
caldeirão” que continha
todas as normas. Com a
revolução da sociedade, a
racionalização e a
especialização foram
produzindo condições
subjetivas que
possibilitaram a separação
desses dois campos da
normatização.
Uma norma técnica é um
conselho (geralmente
oriundo de um órgão
oficialmente reconhecido
para essa tarefa que, no
Brasil, é a ABNT ), que
estabelece diretrizes ou
restrições à elaboração de
um produto técnico ou a
realização de uma atividade.
2- (_) As normas de trato
social, etiqueta, fazem parte
do sistema de controle,
sendo estas do aspecto
extrajurídico. Condutas
impostas ou proibidas pela
etiqueta podem ser
indiferentes ou receberem
tratamento diferente perante
o direito.
Compreende-se que as
exigências contidas nas
normas jurídicas sinalizam
os valores que a sociedade
necessita para oferecer
ordem e segurança, não
podendo abrir mão delas e
as reforça com a
coercibilidade apoiada pelo
Estado.
3- (_) Imperatividade é o
caráter de uma norma no
sentido de imposição.
Atributividade é caráter de
uma norma que concede
direito a alguém.
4- (_) Diz Miguel Reale que
as regras de trato social
exigem cumprimento com
sinceridade, pois, tanto
atendem às regras de
etiqueta quem cumprimenta
o amigo com carinho na
alma, como quem
cumprimenta o inimigo
mascarando o ódio (típico
dos políticos antes dos
debates), “aliás, é o
hipócrita quem mais se
esmera na prática de atos de
blandiciosos”.
Pode ocorrer coincidência
entre as regras de trato
social e as do Direito, mas,
as regras de cortesia não
possuem nem a
bilateralidade e nem a
atributividade, porque não
se pode exigir o seu
cumprimento. Temos
deveres, não temos direitos.
Somos devedores, mas, não
somos credores.
5- (_) O direito é o
instrumento de controle
social que se manifesta com
o uso de regras e princípios
(normas jurídicas), conjunto
de condutas exigíveis ou
proibidas, de fórmulas do
agir, é caracterizado pela
bilateralidade, pois a cada
direito corresponde um
dever.
O direito trata, em primeiro
lugar, das nossas ações, do
exteriorizado, e é em função
destas que, quando
necessário, investiga o
animus, o interior, a
intenção do agente.
6- (_) A moral é mais
específica, se preocupa com
particularizações.
Caracteriza-se pela
unilateralidade, impõe
deveres, não concede
direitos.
Usamos vários critérios para
distinguir o Direito da
Moral, uns relativos à forma
(diz respeito ao modo como
procede), os outros se
relacionam com a matéria
em si (diz respeito ao
conteúdo).
7- (_) O sistema jurídico, ao
conceder direitos, de igual
forma, impõe obrigações,
sendo, pois, uma via de mão
dupla, preocupado com a
convivência, atua no nível
da interpessoalidade.
A moral tem regras
simplificadas, impondo tão
somente direitos, e o que se
espera dos indivíduos é a
obediência às suas normas, é
preocupada com a vivência,
age no nível da
pessoalidade.
8- (__) No direito a pessoa
obedece às normas por
temer a imposição de uma
penalidade que poderá ser
aplicada pelo aparato do
Estado (sanção punitiva).
A moral não possui
coercibilidade bancada pelo
Estado, não tendo como
punir os eventuais infratores
de suas regras. A moral
social, apesar de não possuir
caráter punitivo, consegue
constranger as pessoas a
respeitarem as suas
determinações,
desestimulando o
descumprimento dos seus
comandos.
9- (_) Quanto à
Heteronomia do Direito X a
Autonomia da Moral. O
cumprimento das normas do
Direito ocorre por pressão
de dentro para fora, o
indivíduo se submete a uma
vontade maior, alheia à sua,
decorrente do sistema
jurídico vigente que lhe rege
as relações.
O cumprimento das normas
morais ocorre de maneira
autônoma, a pessoa não tem
a opção de querer ou não
querer aceitar as suas regras,
e se as aceita, o faz
espontaneamente.
10- (_) Com relação à
Exterioridade do Direito X
Interioridade da Moral. O
que caracteriza a
exterioridade é o fato de o
Direito se preocupar com as
21
atitudes reveladas, saídas do
interior da pessoa para o
mundo exterior, devendo se
ater ao campo da
consciência, salvo se for
preciso para avaliar
determinada conduta.
A moral se destina a
influenciar diretamente a
consciência das pessoas, de
forma a evitar que condutas
incorretas sejam assumidas,
e se o forem, poderão ser
objeto de análise somente
para se verificar a real
intenção do agente.
FASP/ DIREITO/ IED 1, 8º
Encontro Letivo e 7º Pré-
teste
Os Sistemas Normativos:
Direito - Religião - Etiqueta
- Moral e Normas Técnicas.
CONTINUAÇÃO
4- Direito e Moral:
4.2- Conteúdo: aumento do
poder X o aumento da
perfeição
a- O Direito busca alcançar
a Justiça (o seu ideal) e para
isso tenta criar um ambiente
de segurança e ordem,
indispensáveis para que as
pessoas possam alcançar o
desenvolvimento e
progresso no plano
individual, pessoal,
profissional, científico e
tecnológico, ampliando os
seus saberes, competências
e habilidades, aumentando
os seus poderes (capacidade
de fazer mais e melhor).
b- A moral visa o
aperfeiçoamento do ser
humano, o seu crescimento
interior, tornar a sua
consciência mais sensível e
desperta para o mundo que
lhe rodeia, para a sua vida e
para a vida dos outros,
impondo-lhe deveres para
consigo e para com o
próximo (Se não é o “amar a
Deus sobre todas as coisas”,
próprio da religião; é o
“amar ao próximo como a si
mesmo”).
4.2.1- Quanto aos seus
conteúdos, surgem 4
posições:
comum. DU PASQUIER,
1. Teoria dos círculos francês.
concêntricos e Teoria do
mínimo ético – o direito 4. Teoria da
como parte da ética. independência - Para esta
teoria o Direito é autônomo
1a. Teoria dos círculos e a validade de suas normas
concêntricos: por esta visão nada têm a ver com as
haveria dois círculos, sendo regras morais.
que um está inserido no
outro. Teme-se que essa posição
gere um tecnicismo
O maior pertenceria à moral, exagerado que rebaixe a
enquanto que o menor qualidade da justiça que se
pertenceria ao Direito. Isso pratica.
significa que a moral é
maior que o Direito, e que o Haveria dois grandes
Direito dela faz parte; e que círculos, completamente
o Direito se subordina às independentes um do outro.
regras morais. JEREMIAS KELSEN, Alemão.
BENTHAM, inglês.
1b. Teoria do mínimo
ético: segundo esta visão o
Direito deve conter somente
as normas morais mais
significativas e
indispensáveis ao equilíbrio
das relações entre as
pessoas. O direito cuidaria,
assim, apenas do “núcleo
duro” da moral, aquilo que a
sociedade acha que não CÍRCULOS
pode abrir mão, flexibilizar. CONCÊNTRICOS E
MÍNIMO ÉTICO
O direito, por causa da sua
coercibilidade especial,
tende a tensionar a vida MORAL
social em demasia, não se
pode exagerar no seu uso. DIREITO
GEORG JELLINEK,
alemão.
2. Teoria do máximo ético:
o Direito deve conter tudo o
que a moral considera
MÁXIMO ÉTICO
importante, protegendo,
com a sua coercibilidade
especial, bancada pelo DIREITO
Estado, os valores que a
sociedade estabelece.
Gustav Von Schmoller, MORAL
alemão.
3. Teoria dos círculos
secantes: por essa teoria
haveria dois círculos que se CÍRCULOS
cruzam até um determinado SECANTES
ponto, apenas.
O Direito e a moral possuem
um ponto comum, sobre o
qual ambos têm DIREITO MORAL
competência para atuar, mas
deverá haver uma área
delimitada e particular para
cada um, pois, há assuntos
que um não poderá interferir
na esfera do outro,
estabelecendo-se, assim,
duas áreas específicas e uma
22
FASP – CURSO DE DIREITO
– IED1
PRE-TESTE 7 SOBRE O
ASSUNTO DA 8ª AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Teoria dos círculos
concêntricos: por esta teoria
haveria dois círculos, sendo
que um está inserido no outro.
O maior pertenceria à moral,
enquanto que o menor
pertenceria ao Direito.
Isso significa que a moral é
maior que o Direito, e que o
Direito dela faz parte; e que o
Direito se subordina às regras
morais. JEREMIAS
BENTHAM, inglês.
2(___)
Teoria dos círculos secantes:
por essa teoria haveria dois
círculos que se cruzam até um
determinado ponto apenas.
Isso significa que o Direito e a
moral possuem um ponto
comum, sobre o qual ambos
têm competência para atuar,
mas deverá haver uma área
delimitada e particular para
cada um pois há assuntos que
um não poderá interferir na
esfera do outro. DU
PASQUIER, francês.
3(___)
Como aspecto de divergência,
pode-se apontar o caráter de
insegurança trazido pela
religião, pois oferece
respostas que teriam
credibilidade pela fé, sendo
seus principais pressupostos
inatingíveis.
Já o Direito parte de
pressupostos concretos e
fornece segurança e proteção
ao indivíduo nas suas relações
entre os semelhantes e o
Estado.
aumentar o poder da pessoa,
4(___) enquanto que a moral visa
A moral se destina influenciar aumentar a perfeição dos
diretamente a consciência do indivíduos.
indivíduo, de forma a evitar
que as condutas incorretas O direito, sem componente
sejam externalizadas. moral pode levar a
humanidade a um tecnicismo
Pelo que, somente deverá ser exagerado, fazendo mais mal
objeto de análise o do que bem.
comportamento exteriorizado
para se aferir a intenção do 9(___)
indivíduo. - Coercibilidade do Direito e
. Incoercibilidade da moral:
O Direito tem como uma de
5(___) suas características mais
É correto dizer que há como marcantes a coercibilidade
que uma Exterioridade do bancada pelo estado, ou seja,
Direito e uma Interioridade da o indivíduo deverá obedecer
Moral. às normas por temer a
imposição de uma penalidade
Assim, por essa distinção, que será certamente exercida
entende-se que o Direito é pela força estatal.
externo por se ocupar das
atitudes externalizadas dos Já a moral não possui essa
indivíduos, não devendo se característica, pois não há
atuar no campo da instrumentos punitivos para
consciência, senão somente aqueles que não observam as
quando necessário para suas regras.
averiguar determinada .
conduta.
10(___)
A visão Kelseniana: Para
6(___) Kelsen o Direito é autônomo
Teoria do mínimo ético: por e a validade de suas normas
essa teoria o Direito deveria nada têm a ver com as regras
conter o menor número morais.
possível de regras morais,
somente aquelas que forem Para ele haveria dois grandes
indispensáveis ao equilíbrio círculos totalmente
das relações. independentes um do outro.
Pode-se dizer que essa teoria
se opõe ao pensamento do
máximo ético, que se expressa
na adoção pelo Direito de
uma grande parte da moral,
para que as relações sociais
sejam reguladas de forma
mais próxima à consciência
dos indivíduos. Alemão
Georg Jellinek
7(___)
.A moral social, apesar de não
possuir caráter punitivo,
constrange os indivíduos a
cumprirem as suas regras,
desestimulando o
descumprimento.
Assim, a moral social, mesmo
não tendo o auxílio do estado,
consegue se impor, por
possuir coercibilidade em
grau maior do que a moral
individual.
8(___)
Podemos, em síntese, dizer
que o direito objetiva
23
FASP/ DIREITO/ IED 1, 9º norma reguladora será de
Encontro Letivo e 8º Pré- II- TEORIAS Direito Privado.
teste DUALISTAS: 1- Teorias Quando figura na relação
TEORIAS SOBRE A
Substancialistas jurídica o Poder Público
NATUREZA DO
investido do seu imperium,
DIREITO
1.1- Teorias dos Interesses com primazia da sua
em Jogo (a mais antiga. vontade, a relação jurídica é
TEORIAS ULPIANO “Direito público de SUBORDINAÇÃO e a
é o que se liga ao interesse norma disciplinadora será de
do Estado romano; Privado, Direito Público.
Monistas Dualistaso queTrialismo
corresponde à
utilidade dos particulares”) III- TEORIAS
TRIALISTAS
publicistas
• privatistas público público
1.2- Teorias do Fim
•
(SAVIGNY - quando o III- TEORIAS
• privadoDireito tem privado
o Estado como TRIALISTAS: existem três
•
fim e os indivíduos ocupam direitos
•
lugar secundário, 1- Direito Público
misto
caracteriza-se o Direito 2- Direito Privado
Público; - quando as normas 3- Direito Misto
I- TEORIAS
jurídicas têm por fim o 3.1- Direito Profissional
MONISTAS: só
indivíduo e o Estado figura (comercial, trabalho e
existe um Direito
apenas como meio, temos o social)
Direito Privado) 3.2- Direito Regulador
1- Só existe Direito Público
(penal e processual). Paul
– é o pensamento de Kelsen,
II- TEORIAS Roubier
ele defende que a produção
DUALISTAS: 2- Teorias
das normas jurídicas é
Formalistas
decorrente da vontade do
Estado, inclusive, é ele
2.1- Teoria do Titular da
quem assegura que os
Ação (THON – toma como https://enciclop
negócios jurídicos firmados
entre particulares devem ser
referência a tutela jurídica,
para o caso de violação.
ediajuridica.puc
respeitados, e assim realiza
a “individualização da
Quando a iniciativa da ação sp.br/verbete/13
é de particular, o direito é
norma geral”.
privado, quando é do 3/edicao-
Estado, o direito é público)
2- Só existe Direito 1/direito-
Privado – argumentam
2.2- Teoria das Normas
Rosmini e Ravà, para quem
Distributivas e
publico-e-
o direito público é, apenas,
uma forma de proteção do
Adaptativas
(KORKOUNOV)
direito-privado
Direito Privado.
Direito é a faculdade de se
servir de um bem e o uso
II- TEORIAS
dos bens se faz mediante os Caso queira
DUALISTAS:
processos de distribuição
existem dois
destes entre as pessoas aprofundar o
direitos
(Direito Público e
(típico do direito privado)
ou por adaptação do modo
seu estudo
Direito Privado):
de usar os bens que não se sobre o tema,
pode repartir (promovida
1- Teorias Substancialistas –
(duas): Teorias dos
pelo direito público). use o link
interesses em jogo; e
2.3- Teoria da Natureza da acima.
Teorias do Fim;
Relação Jurídica (Fleiner,
Legaz Y Lacambra, García
2- Teorias Formalistas –
Máynez – quando a relação
(três): Teoria do Titular da
jurídica é de
Ação; Teoria das Normas
COORDENAÇÃO – com o
Distributivas e
vínculo se dando entre
Adaptativas; e Teoria da
particulares num mesmo
Natureza da Relação
plano de igualdade – a
Jurídica;

24
 FASP – CURSO DE
DIREITO – IED1
PRE-TESTE 8 SOBRE O
ASSUNTO DA 9ª AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem incorretas
1- (___)
Para as TEORIAS
TRIALISTAS, existem três
direitos: Direito Público,
Direito Privado e o Direito
Misto.
O Direito Misto subdivide-
se em: Direito Profissional
(comercial, trabalho e
social) e Direito Regulador
(penal e processual). Paul
Roubier
2- (__)
Para as TEORIAS
MONISTAS, só existe um
Direito: Só existe Direito
Público – é o pensamento de
Kelsen, ele defende que a
produção das normas
jurídicas é decorrente da
vontade do Estado,
inclusive, é ele quem
assegura que os negócios
jurídicos firmados entre
particulares devem ser
respeitados, e assim realiza
a “generalização da norma
geral”.
Só existe Direito Privado –
argumentam Rosmini e
Ravà, para quem o direito
público é, apenas, uma
forma de proteção do
Direito Misto.
3- (___)
Teoria Dualista Formalista -
Teoria do Titular da Ação
(THON – toma como
referência a tutela jurídica,
para o caso de violação.
Quando a iniciativa da ação
é de particular, o direito é
privado, quando é do
Estado, o direito é público)
Teoria Dualista Formalista -
Teoria das Normas
Distributivas e Adaptativas
(KORKOUNOV – para ele
Direito é a obrigação de se
servir de um bem e o uso
dos bens se faz mediante os
processos de distribuição
(típico do direito privado)
ou por adaptação
(promovida pelo direito
público).
4- (__)
Teoria Dualista Formalista -
Teoria da Natureza da
Relação Jurídica (Fleiner,
Legaz Y Lacambra, García
Máynez – quando a relação
jurídica é de
COORDENAÇÃO – com o
vínculo se dando entre
particulares num mesmo
plano de igualdade – a
norma reguladora será de
Direito Público.
Quando figura na relação
jurídica o Poder Público
investido do seu imperium,
com primazia da sua
vontade, a relação jurídica é
de SUBORDINAÇÃO e a
norma disciplinadora será de
Direito Público.
5- (__)
Para as TEORIAS
DUALISTAS, existem dois
direitos: Direito Público e
Direito Privado. Tais
TEORIAS subdividem-se
em: Teorias Formalistas - 2:
Teorias dos interesses em
jogo; e Teorias do Fim;
Teorias Substancialistas – 3:
Teoria do Titular da Ação;
Teoria das Normas
Distributivas e Adaptativas;
e Teoria da Natureza da
Relação Jurídica;
6- (__)
TEORIAS DUALISTAS
SUBSTANCIALISTAS:
Teorias dos Interesses em
Jogo, é a mais antiga, veio
de ULPIANO:
“Direito público é o que se
liga ao interesse do Estado
romano;
Privado, o que corresponde
à utilidade dos particulares”.
7- (__)
Há, para o pensamento
moderno majoritário, três
TEORIAS PRINCIPAIS
sobre a natureza do Direito
Há, para o pensamento
moderno majoritário, duas
TEORIAS PRINCIPAIS
sobre a natureza do Direito
8- (__)
TEORIA DUALISTA
FORMALISTA: Teoria do
Fim (SAVIGNY - quando o
Direito tem o Estado como
fim e os indivíduos ocupam
lugar secundário,
caracteriza-se o Direito
Público; - quando as normas
jurídicas têm por fim o
indivíduo e o Estado figura
apenas como meio, temos o
Direito Privado)
TEORIA DUALISTA
SUBSTANCIALISTA:
Teoria do Fim (SAVIGNY -
quando o Direito tem o
Estado como fim e os
indivíduos ocupam lugar
secundário, caracteriza-se o
Direito Público; - quando as
normas jurídicas têm por
fim o indivíduo e o Estado
figura apenas como meio,
temos o Direito Privado)
9- (___)
Para as TEORIAS
DUALISTAS, existem dois
direitos: Direito Público e
Direito Administrativo.
Para as TEORIAS
TRIALISTAS, existem três
direitos: Direito Público,
Direito Processual e Direito
Misto.
10- (__)
25
As TEORIAS DUALISTAS III- QUANTO AS
subdividem-se em: 2- DIREITO CIRCUNSTÂNCIAS DE
Formalistas e PARTICULAR (para SUA CRIAÇÃO
Substancialistas. determinada parte, vg.
Semiárido) A vida de uma nação pode
As TEORIAS MONISTAS 2.1- Assim como esses entes variar ao longo da história e,
subdividem-se em: geopolíticos podem legislar ao certo, variará. Haverá
Formalistas e De Direito para toda a sua extensão momentos de normalidade e
Público. territorial, podem fazer leis tempos de turbulência. As
para pedações do seu normas jurídicas
território. O Brasil pode estabelecidas em tempo de
FASP/ DIREITO/ IED 1, fazer lei para uma parte normalidade podem não ser
10º Encontro Letivo e 9º dele, por exemplo, o as mais adequadas para as
Pré-teste
Nordeste; a Paraíba pode fases de turbulência, e vice-
fazer uma lei para parte versa, possibilitando de ver
DIREITO POSITIVO
dela, por exemplo, o Sertão; essa dualidade: direito
– CLASSIFICAÇÃO
Cajazeiras pode fazer uma regular e direito singular.
lei para parte do seu
I - QUANTO A
território, por exemplo, para 1- DIREITO REGULAR
ABRANGÊNCIA
a zona rural. (tempos de normalidade)
TERRITORIAL
É aquele construído nos
tempos de vida normal, com
II – QUANTO A
II – QUANTO A as coisas acontecendo sem
ABRANGÊNCIA DAS
ABRANGÊNCIA DAS anormalidades, como
RELAÇÕES
RELAÇÕES guerras, ditaduras etc.
III- QUANTO AS
1- DIREITO COMUM (para
CIRCUNSTÂNCIAS DE
todas as situações)
SUA CRIAÇÃO
Neste ângulo, o que se 2- DIREITO SINGULAR
•
observa já não é a extensão (tempos de anormalidades,
• I - QUANTO A
territorial, mas, o universo vg. revolução)
ABRANGÊNCI
de relações ou situações que É aquele que vem em
A
serão reguladas pela Lei, períodos incomuns, seja por
TERRITORIAL
independentemente de ser razões políticas, como as
ela federal, estadual ou ditaduras, de calamidade,
1- DIREITO GERAL (para
municipal. por exemplo, na atual
todo o País, Estado ou
O Código Civil, por pandemia do novo corona
Município).
exemplo, é uma lei federal vírus.
que busca regular as
1.1- Existe a legislação
múltiplas relações entre as
federal, feita pelo Congresso
pessoas, na esfera civil, O PRIVILÉGIO
Nacional (Senado e Câmera
sendo um diploma legal de JURÍDICO e
Federal). Ela pode ser para
direito comum. PRERROGATIVA
todo o País, e será, assim,
direito GERAL.
2- DIREITO ESPECIAL O PRIVILÉGIO
1.2- Cada Estado da
(para certas situações, vg. JURÍDICO, segundo o
federação tem, também, a
Direito autoral) dicionário Houaiss da língua
legislação que lhe é própria,
Assim como temos leis de portuguesa, é “situação de
feita pelas Assembleias
direito comum, podemos ter superioridade, amparada
Estaduais (Deputados
leis específicas, para tratar ou não por lei ou costumes,
Estaduais). Ela pode ser
de uma determinada área, decorrente da distribuição
para todo aquele Estado, por
um certo tema, por exemplo, desigual do poder político
exemplo, Paraíba, e será,
o Código de Defesa do e/ou econômico” também
assim, direito GERAL
Consumidor que busca podendo ser “direito,
1.3- Os municípios, eles
regular não a totalidade das vantagem, prerrogativa,
também, possuem sua
relações civis (como é o válidos apenas para um
legislação, feita pelas
caso do Código Civil), mas, indivíduo ou um grupo, em
Câmeras Municipais
apenas as relações entre o detrimento da maioria;
(Vereadores). Ela pode se
consumidor e o fornecedor. apanágio, regalia” ou
referir a todo aquele
Então, chamamos de direito “riqueza, conforto, bem
município, por exemplo,
especial. material ou espiritual a que
Cajazeiras, e será, então,
só uma minoria tem
direito GERAL.
acesso”.
26
O PRIVILÉGIO decorre de
alguma regalia obtida em
razão de posição ou
condição jurídica.
Geralmente resulta de ato
legislativo que disciplina
situação concreta, singular,
não se aplicando por
analogia. Beneficia pessoa
ou grupos.

PRERROGATIVA é o
exercício de algum ato ou
atividade que decorre de um
direito; da lei; a fim de
possibilitar o alcance de
interesse público. Fortalece
ou beneficia uma função.

Na dúvida se determinado
tema é de privilégio ou de
prerrogativa, cabe ao
Judiciário a última palavra.

Boa aprendizagem!

27
FASP – CURSO DE DIREITO atividade que a CLT que cuida das
– IED1 decorre de um relações trabalhistas.
direito, da lei.
PRE-TESTE 9 SOBRE O
ASSUNTO DA 10ª AULA
A prerrogativa é
ALUNO(A):
estabelecida a fim
_______________________
de possibilitar o
___________
alcance de
ALUNO(A):
interesse público,
_______________________
fortalecendo as 7 (____)
___________
funções ou as Os privilégios jurídicos, por
NOTA: _________
pessoas enquanto serem estabelecidos para
(______________________
exercendo essas fortalecer as instituições
_____)
funções. democráticas, não podem
Coloque 1 quando todas as
ser revogados, salvo em
afirmativas forem corretas;
tempos de calamidade
Coloque 2 quando a 1ª for
pública.
correta e a 2ª for incorreta;
4 (___)
Coloque 3 quando a 1ª for
SE temos uma dúvida a O Poder Judiciário pode
incorreta e a 2ª for correta.
respeito de ser determinada declarar que uma
Coloque 4 quando todas as
norma estabelecedora de um determinada situação é um
afirmativas forem
privilégio ou prerrogativa, privilégio, devendo ser
incorretas;
devemos presumir que se tratado como tal.
trata de prerrogativa, pois, a
1 (___)
lei é sempre feita de modo a 8 (___)
Quanto a
proteger o interesse É correto concluir que todo
abrangência
coletivo, não existindo lei o direito geral é regular.
territorial temos o
que se afaste disto.
direito geral, para
Mas, é incorreto dizer que
um todo e o
Ou, se a dúvida é muito existe direito particular que
direito particular,
forte, resolve-se por é singular.
para determinada
intermédio de um plebiscito,
parte de um
para que o povo decida
território.
sobre a querela, por ser o 9 (___)
Brasil uma democracia. As leis que foram
Uma norma
federal, para todo elaboradas em decorrência
um Estado da pandemia da covid_19
5 (___) são direito geral
brasileiro é direito
É possível que uma lei
particular.
venha a ter aplicação Podemos dizer, ainda, que a
.
circunscrita a todo o legislação cajazeirense para
2(___)
município de Cajazeiras e, enfrentar a pandemia é
Quanto as
mesmo assim, tratar-se de direito singular.
circunstâncias de
direito particular.
sua criação, o
direito pode ser
Somente em tempos de 10 (___)
irregular,
anormalidade nacional A compreensão de que as
elaborado em
podemos ter direito singular situações de anormalidade
tempos de
geral. devem ser enfrentadas como
normalidade, ou
medidas diferentes das usais
O direito pode ser é uma razão que dá
6 (___) fundamento para o direito
singular, nascido
É direito comum aquele que singular.
em tempos de
tem natureza pública, que é
anormalidades
feito para defender os É possível que uma lei
interesses das pessoas elaborada de forma singular
3 (___)
físicas, em detrimento das possa ser aproveitada para
Em direito usamos
pessoas jurídicas. reger situações próprias de
o termo
prerrogativa para leis de direito regular,
É direito especial o que se quando a modificação
representar o
faz para cuidar dos introduzida no período
exercício de
interesses de determinados
algum ato ou
setores ou segmentos, como
28
 excepcional deixe um
cenário novo e permanente.
FASP/ DIREITO/ IED 1,
11º Encontro Letivo e 10º
Pré-teste
O DIREITO E OS
CONCEITOS DE JUSTIÇA
1. Direito e Justiça:
- Qual o ideal visado pela
lei? A Justiça, pedra angular
do edifício jurídico;
- Que são os Princípios
gerais do Direito?
Correspondem aos
princípios de Justiça;
- O que é Justiça? A
resposta é buscada pela
Axiologia jurídica ou “teoria
dos valores jurídicos” ou
“deontologia jurídica”;
- O que é o Direito? É a
exigência da Justiça (direito
é o que é devido por justiça
a uma pessoa ou
comunidade: o direito à
vida, à educação, ao salário,
por exemplo. Lembrar-se
das cinco acepções da
palavra direito, segundo
Franco Montoro: Norma,
Faculdade, Justo, Ciência e
Fato Social);
- Nem todos pensam que as
exigências do direito são
baseadas na Justiça. Kelsen
é um bom exemplo deles.
Há quem diga que apenas
uma parte do direito tem seu
fundamento na Justiça – a
outra parte teria fundamento
na segurança ou ordem
social. Outros defendem a
tese de que a noção de justo
é fundamental ao direito.
(É importante, pois,
conhecer os conceitos de
Justiça).
2. Acepções da palavra
“Justiça”:
a) Subjetiva - moral
(Justiça = qualidade da
pessoa. Ex: Jó era um
homem justo. Os moralistas
utilizam esse conceito de
Justiça. A justiça, para eles,
é uma virtude);
b) Objetiva - Jurídica
(Justiça = qualidade da
ordem social. Ex: Justiça de
uma lei ou de uma decisão.
O jurista usa Justiça com
esse sentido, e ela seria uma
exigência da vida social);
c) Por extensão - Poder
Judiciário (usa-se Justiça
como equivalente ao Poder
Judiciário e até a alguns dos
seus órgãos. Ex: Diário da
Justiça, Palácio da Justiça);
d) Justiça usada como
virtude - (a Justiça seria uma
virtude humana. As demais
aplicações decorreriam
desta ideia: à legislação,
para assegurar o direito de
cada um; aos órgãos
judiciais, encarregados da
aplicação da justiça. A
Justiça é virtude humana.
Para funcionar bem, requer
a libertação do egoísmo
biológico. Traduz-se em
preocupação com os outros,
não por sentimento pessoal,
mas como reconhecimento
de que cada um deve
respeitar o bem e a
dignidade alheia;
e) Justiça como uma
exigência social (dar a cada
um o que lhe é devido).
Podemos observar que
nenhuma dessas acepções
elimina as outras, ao
contrário, elas fortalecem e
complementam o conceito.
3. Sentidos da palavra
“Justiça”:
- Em sua acepção subjetiva,
são três os sentidos de
Justiça:
a) Latíssimo – santidade
(Justiça é a virtude em geral,
ou o conjunto de todas as
virtudes. “Direito é a arte do
bom e do justo”);
b) Lato – trata-se do
convívio humano, sendo o
conjunto das virtudes
sociais. Regula as relações
de pessoa a pessoa. Engloba
múltiplos deveres, tais
como: amizade, veracidade,
respeito filial, etc. O sentido
aqui é menos amplo.
Lembre-se que a Justiça é
uma das quatro virtudes
sociais fundamentais, ao
lado da prudência, da
temperança e da coragem);
c) Estrito – apoia-se na
ideia de Tomás de Aquino
“dar a outrem o que lhe é
devido, segundo uma
igualdade”. A Justiça é
virtude com objeto especial.
Vamos analisar cada um
desses três elementos que
integram a ideia aquiniana
de JUSTIÇA: alteridade,
devido e igualdade.
Características essenciais
da Justiça:
a) Alteridade: (a Justiça é
virtude social, vez que
regula relações entre
pessoas. Por isso se
distingue das virtudes
morais);
- Justiça entre animais?
(Como a justiça supõe o
conhecimento de princípios
e liberdade de decisão, ela
não ocorreria em relação aos
animais);
- Justiça entre homens e
animais? (Homens e animais
são seres de natureza
diferente, impossibilitando o
estabelecimento de justiça
na relação entre eles. Só há
justiça entre iguais);
- A justiça se dá nas relações
interindividuais, com o
reconhecimento prático que
o homem faz da dignidade
dos outros homens.
b) O devido:
(obrigatoriedade ou
exigibilidade. X c deve
pagar a B determinada
quantia, em virtude de lei);
- Débito moral X débito
legal (o débito moral é
menos rigoroso e não pode
ser imposto por lei. Já o
débito legal é rigoroso,
estrito, legal. À Justiça
somente corresponde o
débito legal. Note-se a
diferença, por exemplo,
entre gratidão e dever legal);
- Norma de aperfeiçoamento
X norma de garantia (a
primeira corresponde ao
débito moral, ao passo que a
segunda corresponde ao
débito legal. As normas de
garantia – leis – são
essenciais à vida em
sociedade, diferentemente
das normas de
aperfeiçoamento. Isto
29
 porque as normas de
garantia são dotadas de
atributividade e
imperatividade).
Relembrando:
- Atributividade e
imperatividade. É o caráter
de toda norma no sentido
estrito de impor a lei.
Atributividade é caráter de
toda norma de conferir
direito a outra pessoa. Por
isso costumamos dizer “O
direito de um, é o dever do
outro”.
- Coerção. É a força que
emana da soberania do
Estado, e é capaz de impor
respeito à norma jurídica.
Sanção . Retribuição pelo
cumprimento (sanção
positiva ou premial) ou
reprimenda pelo
descumprimento da norma
jurídica (sanção punitiva ou
pena).
c) Igualdade: (a igualdade é
uma relação de
conformidade quanto à
quantidade, segundo a
filosofia. Ao passo que a
identidade é relação de
conformidade quanto à
essência e a semelhança é
relação de conformidade
quanto à qualidade. Ex: 20 =
10 + 10. A igualdade é
equivalência de quantidades.
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 10 SOBRE O
ASSUNTO DA 11 AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Acepções da palavra
“Justiça”
Isto vale para o conceito de
Justiça, inclusive);
- Igualdade simples X
proporcional (na igualdade
simples se alguém compra
objeto que vale 1, deverá
efetuar pagamento no valor
exato de 1. Na igualdade
proporcional se A contribui
com 50 e recebe 5, B, que
contribui com 80, deverá
receber 8. Foram chamadas,
por Aristóteles, igualdades
aritmética e geométrica,
respectivamente);
- Igualdade = fundamento
da justiça (porque todos os
homens têm a mesma
natureza e dignidade
fundamentais. A escravidão
é, portanto, incompatível
com a justiça. “Todos são
iguais perante a lei”,
máxima expressa em nossa
CF atual);
- Igualdade formal X
igualdade real (igualdade
formal significa dar o
mesmo tratamento a todos;
igualdade real é tratar os
desiguais com desigualdade.
Esta última a verdadeira
igualdade).
5. Espécies de Justiça:
- Justiça particular (cujo
objeto é o bem particular) e
justiça geral (cujo objeto é o
bem social ou legal.
Indivíduos e grupos dão à
Utilização frequente –
usamos como EXIGÊNCIA
SOCIAL, ou dar a cada um
o que lhe é devido.
Tal acepção não exclui as
outras. Pelo contrário, os
conceitos se completam.
2(___)
Acepções da palavra
“Justiça”
Subjetiva – moral. Justiça =
qualidade da pessoa.
Ex da acepção supra: Diário
da Justiça, Palácio da
Justiça.
3(___)
Segundo Franco Montoro o
termo DIREITO possui, ao
menos, 5 significados
relativos à área jurídica:
Norma, Faculdade, Justo,
Ciência e Fato Social;
sociedade o que lhe é
devido);
- Justiça particular:
- comutativa (um particular
dá a outro particular o que
lhe é devido);
- distributiva (a sociedade dá
ao particular o que lhe é
devido).
6. Virtudes anexas à
Justiça:
- Justiça por aproximação
(tais virtudes não são
sinônimas de justiça, vez
que não encerram as três
características essenciais da
justiça, estudadas linhas
antes);
- Falta de igualdade:
respeito filial (o filho nunca
conseguirá saldar sua dívida
para com os pais), respeito
público (consideração por
homens públicos eminentes)
e religião (o homem nunca
será igual a Deus);
- Falta de exigibilidade:
amizade, veracidade,
gratidão e equidade
(nenhuma destas virtudes
pode ser coativamente
exigida dos homens).
Boa aprendizagem!
Há quem diga que apenas
uma parte do direito tem seu
fundamento na Justiça – a
outra parte teria fundamento
na segurança ou ordem
social.
4(___)
Podemos dizer que um ideal
visado pela lei é a segurança
jurídica;
Os Princípios gerais do
Direito correspondem aos
princípios de Justiça.
5(___)
Acepções da palavra
“Justiça”
Sentido fundamental –
Virtude. Justiça é qualidade
humana, virtude. As demais
aplicações decorrem desta
primeira.
30

Para funcionar bem, a
Justiça requer a libertação
do egoísmo. Traduz-se em
preocupação com os outros.
Não é sentimento pessoal,
mas o reconhecimento de
que cada um deve respeitar
o bem e a dignidade dos
outros;
justiça: alteridade, devido e
6(___)
Acepções da palavra
“Justiça”
Objetiva – Jurídica, Justiça
= qualidade da ordem social.
Ex: Justiça de uma lei ou de
uma decisão.
Os juristas é que conceituam
Justiça dessa forma.
A Justiça, para eles, é
exigência da vida social;
a) Latíssimo – santidade; c)
Estrito – “dar a outrem o
que lhe é devido, segundo
uma igualdade” (conceito
de São Tomás de Aquino.
A Justiça é virtude com
objeto especial. Aos grifos
abaixo correspondem as
características essenciais da
igualdade.
8(___)
Acepções da palavra
“Justiça”
Justiça como o Poder
Judiciário (por extensão a
palavra pode ser empregada
como sinônimo de Poder
Judiciário e seus órgãos).
Ex do tipo supra de Justiça:
Jó era um homem justo.
9 (___)
Atributividade significa que
a norma jurídica contém
uma ordem, um comando:
faça, não faça.
Ocasionalmente concede o
direito de optar.
Igualdade é relação de
conformidade quanto à
quantidade.
10 (___)
Virtude anexa à Justiça é a
Justiça por aproximação -
tais virtudes não são
sinônimas de justiça.
Coerção é o caráter de toda
norma de conferir direito a
outra pessoa.

7(___)
Sentidos da palavra
“Justiça”: Boa aprendizagem!
Em sua acepção subjetiva,
são três os sentidos de
Justiça:
FASP/ DIREITO/ IED 1, 12º Encontro Letivo e desiguais, na medida em que se desigualam.
11º Pré-teste Nesta desigualdade social, proporcionada à
desigualdade natural, é que se acha a verdadeira
O Direito e a Justiça, Equidade e Lei Injusta
lei da igualdade”
O que deve ser levado em consideração, o
Conceito de Justiça, por ULPIANO:
mérito, a capacidade ou a necessidade?
“Justitia est constans et perpetua voluntas jus
Critérios Materiais da Justiça:
suum cuique tribuendi – Justiça é a constante e
1- Mérito é o valor individual, qualidade
firme vontade de dar a cada um o que é seu”
intrínseca de alguém;
O que deve ser atribuído a cada um, para que se
2- Capacidade é a potencialidade aplicada ou
possa dar a cada um o que é seu?
obras realizadas;
3- Necessidade é o que o homem necessita ou
O CARÁTER DA JUSTIÇA:
minimum vital.
1- Tem caráter absoluto? Para os jusnaturalistas,
Ideia de Justiça em PLATÃO – cada pessoa tem
sim, para os positivistas, não!
uma aptidão (pensar, mandar, executar) e, por
justiça, cada um deveria dedicar-se à atividade
A IMPORTÂNCIA DA JUSTIÇA PARA
para a qual possuísse aptidão.
O DIREITO:
Ideia de Justiça em ARISTÓTELES:
1- A Justiça faz parte da essência do Direito.
1- Justiça Geral (virtude de uma pessoa);
2- As leis devem se basear na ordem natural
2- Justiça Particular:
das coisas (?)
2.1- Distributiva (repartição de acordo com o
– Tratamento igual para situações iguais –
mérito de cada um, respeitando-se o princípio da
isonomia e os Critérios Formais da Justiça:
proporcionalidade - chamava de proporção
1- PITÁGORAS “a justiça se caracteriza como
geométrica – aplicável pelo legislador);
uma relação aritmética de igualdade entre dois
2.2- Corretiva ou igualadora ou sinalagmática
termos, por exemplo, uma injúria e uma
(sujeita à proporção aritmética, aplicável nas
reparação”.
relações entre os homens – contratos ou delitos).
2- ARISTÓTELES – vai além e introduz a
DEL VECCHIO vê, aqui, uma subdivisão em:
noção de proporcionalidade (não se pode dar a
comutativa (relações de troca) e judiciária
cada um o mesmo, mas, tratar desigualmente aos
(juízes corrigindo desequilíbrios e violações).
desiguais).
• CLASSIFICAÇÃO DA JUSTIÇA:
3- DANTE Alighieri – direito é “uma proporção
real e pessoal de homem para homem...”
1- Justiça DISTRIBUTIVA – apresenta o Estado
4- RUI BARBOSA – “A regra da igualdade não
como agente, a quem compete repartir os bens e
consiste senão em aquinhoar desigualmente aos
os encargos aos membros da sociedade. Orienta-
31
 se pelo princípio da igualdade proporcional,
aplicada aos diferentes graus de necessidade.
Ensino, assistência, justiça penal.
2- Justiça COMUTATIVA – preside as relações
de troca entre os particulares. Igualdade
quantitativa, com âmbito no Direito Privado.
3- Justiça GERAL – consiste na contribuição
dos membros de uma comunidade para o bem
comum. É também denominada de LEGAL, de
vez que, quase sempre, vem expressa em lei.
condição de pessoa humana, por seu mérito ou
capacidade” (NADER). Podemos distinguir três
tipos de leis injustas: por destinação (já nascem
com o pecado original, vão cumprir finalidade
prevista pelo legislador, deliberadamente);
casuais (decorrem de equívoco na política
jurídica, não existe a vontade deliberada de que
provoquem injustiça); eventuais (surgem por
incompetência da técnica legislativa e são,
abstratamente, justas, mas, podem, em
determinadas circunstâncias, tornarem-se
injustas).

4- Justiça SOCIAL – consiste na proteção aos

mais pobres e desamparados, mediante o
estabelecimento de critérios que favoreçam uma
repartição mais equilibrada das riquezas.
Observa os princípios da igualdade proporcional
e considera a necessidade de uns e a capacidade
contributiva de outros.
JUSTIÇA CONVENCIONAL E JUSTIÇA
SUBSTANCIAL
Na Justiça CONVENCIONAL o juiz aplica a
regra sem preocupação com as consequências do
julgamento, sendo irrelevante que a lei seja
intrinsecamente boa, consagre ou não os valores
positivos do Direito.
Na Justiça SUBSTANCIAL o juiz não se
contenta com o simples ato de aplicar a lei, mas,
com a promoção da JUSTIÇA, com o dar a cada
um o que lhe pertence, esteja ou não em lei.
O PROBLEMA DA VALIDADE DAS LEIS
INJUSTAS – existem 4 posições:
1- para os POSITIVISTAS, são válidas,
enquanto estiverem em vigor;
2- para os JUSNATURALISTAS, não são
válidas;
3- para os ECLÉTICOS (Santo Tomás e Gustav
Radbruch), a lei injusta é válida, se não causa
mal insuportável;
4- para KELSEN, nem ao menos se admite a
existência de lei injusta, injustiça seria a não
aplicação da lei.

CRITÉRIOS DA
JUSTIÇA E BEM COMUM – “A ideia de bem JUSTIÇA
comum consiste em um acervo de bens, criado
pelo esforço e participação ativa dos membros
de uma coletividade e cuja missão é a de ajudar
Formais Materiais
os indivíduos que dele necessitam, para a
realização de seus fins existenciais”, ou, é “o
conjunto organizado das condições sociais,
graças às quais a pessoa humana pode cumprir igualdade mérito
o seu destino natural e espiritual.” O primeiro
bem comum seria a própria existência da
sociedade de
proporcionaliade capacidade
(ALÍPIO SILVEIRA). Nós nos vinculamos ao
bem comum como seus colaboradores e como
beneficiados.
O bem comum estaria dentro da ideia ou valor necessidade
da Justiça.
• JUSTIÇA E EQUIDADE
EQUIDADE – é “uma correção da lei quando
ela é deficiente em razão da sua universalidade”
(Aristóteles). Por ela podemos fazer a adaptação
da norma jurídica (previsão hipotética) aos fatos
(casos concretos). “Equidade é a justiça do caso
particular” (NADER)

LEI INJUSTA – “é aquela que nega ao homem

aquilo que lhe é devido, ou que lhe confere
aquilo que não lhe é devido, quer pela simples
FASP – CURSO DE Direito 1 PRE-TESTE 11 SOBRE O
DIREITO – Introdução ao ASSUNTO DA 12ª AULA
32
 ALUNO(A):
_______________________
___________
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1 (___) Para um positivista
não existem leis injustas,
para serem aplicadas basta
que estejam em vigor.
Baseado na justiça material,
indo promover uma seleção
de alunos para uma
universidade, havendo
candidatos ricos e
estudantes de escolas
particulares, concorrendo
com alunos pobres e que
estudaram em escolas
públicas, devo colocar
provas mais difíceis para
aqueles e menos difíceis
para estes últimos.
2(___) Para KELSEN, nem
ao menos se admite a
existência de lei injusta,
injustiça seria a não
aplicação da lei que esteja
em vigor.
Rui Barbosa defendeu que
“A regra da igualdade não
consiste senão em aquinhoar
desigualmente aos
desiguais, na medida em que
se desigualam. Nesta
desigualdade social,
proporcionada à
desigualdade natural, é que
se acha a verdadeira lei da
igualdade”.
3 (___) É correto dizer que
na Justiça
CONVENCIONAL o juiz
aplica a regra sem
preocupação com as
consequências do
julgamento, sendo
irrelevante que a lei seja
intrinsecamente boa,
consagre ou não os valores
positivos do Direito.
Na Justiça Distributiva,
dizia Aristóteles, deveria
ocorrer a repartição de
acordo com o mérito de
cada um, respeitando-se o
princípio da
proporcionalidade.
4 (___) SE aceitamos que
“mérito” seja o valor
individual interno ou as
qualidades intrínsecas de
alguém, ou as suas
potencialidades (aquilo que
eu tenho ou sou) é mais
justo recompensá-lo por isso
do que pela sua
“capacidade” aqui
considerada como a
utilização das
potencialidades, por
intermédio das ações ou
trabalhos realizados (aquilo
que faço com o que tenho
ou sou), se seguimos a ideia
de justiça de Dante Aligieri.
É a Justiça COMUTATIVA
que preside as relações de
troca entre os particulares
típica da igualdade
quantitativa, com aplicação
no âmbito do Direito
Privado.
5 (___) Quando Aristóteles
disse que EQUIDADE é
“uma correção da lei quando
ela é deficiente em razão da
sua universalidade”, ele nos
ensina que com ela podemos
fazer a adaptação da norma
jurídica (que é genérica e
abstrata) às condições do
caso concreto.
Quando NADER diz que
“Equidade é a justiça do
caso particular” ele esta
refutando, integralmente, o
citado pensamento de
Aristóteles.
6 (___) Para os
ECLÉTICOS, dente eles
Santo Tomás de Aquino, a
lei injusta é válida, se não
causa mal insuportável,
razão pela qual deveremos
segui-la ou não, a partir do
tamanho do mal que ela
causa.
Entendia PLATÃO que cada
pessoa tem uma aptidão
(pensar, mandar, executar)
e, por injustiça, cada um
deveria dedicar-se à
atividade para a qual
possuísse aptidão
7 (___) Baseado na justiça
formal, indo promover uma
corrida com dois
competidores normais e um
cego, devo colocar os três
no mesmo ponto de partida
e exigindo que corram até o
mesmo ponto de chegada.
Para os
JUSNATURALISTAS, as
leis injustas não são válidas,
razão pela qual não somos
obrigados a respeitá-las.
8 (___) A ideia de justiça de
PITÁGORAS “a justiça se
caracteriza como uma
relação aritmética de
igualdade entre dois termos,
por exemplo, aritmética de
igualdade entre dois termos,
por exemplo, uma injúria e
uma reparação” é quem
orienta as políticas
afirmativas de quotas para
vagas em universidades.
É incorreto dizer que a
Justiça SOCIAL consiste na
proteção aos mais pobres e
desamparados, mediante o
estabelecimento de critérios
que favoreçam uma
repartição mais equilibrada
das riquezas, pois ela não
observa os princípios da
igualdade proporcional e
considera a necessidade de
uns e a capacidade
contributiva de outros.
9 (___) Podemos considerar
o Conceito de Justiça, do
jurista romano ULPIANO,
como sendo: “Justiça é a
constante e firme vontade de
dar a cada um o que é seu”
33
 Seguindo esse raciocínio,
podemos praticar injustiça
de duas maneiras: deixando
de dar a cada um o que lhe
pertence OU dando a um
aquele direito que não lhe
pertence.
10 (___) Na Justiça
DISTRIBUTIVA o Estado é
FASP/ DIREITO/ IED 1,
13º Encontro Letivo e 12º
Pré-teste
O DIREITO e os
FATORES JURÍDICOS
O DIREITO POSITIVO (a
ordem jurídica, ou melhor, o
sistema jurídico) é um
produto da cultura humana.
Ele não é fruto da simples
vontade de uma pessoa, mas,
nasce das circunstâncias
existentes em um certo lugar
e em um certo tempo.
Na história da humanidade,
quando estudamos um
determinado povo e em
determinada época vemos que
o seu direito é um, se
alteramos a análise mudando
o fator tempo, vemos que o
seu direito é outro.
Igualmente, se em um certo
tempo analisarmos os direitos
existentes em povos
diferentes veremos que os
direitos deles não são iguais.
É que os produtos da cultura
humana possuem esses dois
condicionantes históricos:
TEMPO e LUGAR.
Quanto mais primária for
uma sociedade, mais o seu
direito tende a representar o
pensamento de uma minoria,
os mais fortes, pois que a
força lhe dá o sustentáculo
inicial.
Quanto mais civilizado for
um povo, mais o seu direito
tende a representar o
pensamento da maioria.
As leis tendem a refletir
valores permanentes de
convivência, oriundos do
Direito Natural, e valores
variáveis, contingenciais, que
decorrem tanto de múltiplas
causas e para fazer frente a
realidades as mais diversas.
Esses fenômenos
impulsionam o nascimento do
direito, sua permanência ou
modificação e até a sua
apresentado como agente, a
quem compete repartir os
bens e os encargos aos
membros da sociedade.
Orienta-se pelo princípio da
igualdade proporcional,
aplicada aos diferentes graus
de necessidade.
É correto dizer que na
extinção. São os Fatores
Jurídicos, ou Fatores do
Direito.
CONCEITO: Os fatores
jurídicos influenciam os
fenômenos sociais e, em
consequência, interferem na
órbita jurídica, seja induzindo
o nascimento, a conservação,
a modificação ou a extinção
de direitos.
FUNÇÃO: influenciar na
esfera do Direito, induzindo o
nascimento, a conservação, a
modificação ou a extinção das
normas jurídicas.
TIPOLOGIA: NATURAIS e
CULTURAIS.
Quando se vai examinar a
influência desses fatores,
precisamos de certos cuidados
para evitar equívocos ou
falsas interpretações.
São recomendados os
seguintes Princípios
Metodológicos: interferência
das causas; a distinção dos
fatores em categorias e a
distinção entre eficácia direta
e indireta.
1. Interferência das Causas.
Os fenômenos sociais são
dotados de complexidade, não
decorrem de um só fato, mas,
de um somatório deles.
Devemos constatar quais são
estas múltiplas causas, as que
reciprocamente se
influenciam, compondo a
interferência das causas.
Após a identificação desses
fatores, podemos verificar em
que medida contribuíram na
formação da ocorrência
social.
2. Classificação dos Fatores
em Categorias. Quanto mais
a sociedade evolui, aumenta a
complexidade dos fenómenos
sociais e sempre surgem
novos fatores.
No início os mais importantes
eram os fatores naturais, com
a evolução social vão
Justiça SUBSTANCIAL o
juiz não se contenta com o
simples ato de aplicar a lei,
mas, com a promoção da
JUSTIÇA, com o dar a cada
um o que lhe pertence,
esteja ou não em lei
ganhando importância os
valores culturais frutos da
convivência social.
3. Eficácia Direta e Indireta
dos Fatores. Há fatores que
atuam diretamente sobre o
fenômeno social enquanto
outros agem por intermédio
de terceiros fatores.
Os fatores culturais atuam de
maneira direta sobre a
produção do Direito, enquanto
que os fatores naturais só
indiretamente influenciam
sobre os fenômenos sociais.
OS FATORES NATURAIS
- provenientes da natureza,
exercem sobre nós grande
influência nas condições de
sobrevivência, facilitando ou
dificultando a nossa
adaptação ao espaço vital e à
criação dos nossos objetos
culturais. São eles:
1- Geográficos: dizem
respeito ao (i) clima,
aos (ii) recursos naturais e aos
(iii) territórios.
2- Demográfico: diz respeito
à concentração populacional.
3- Antropológico: diz
respeito ao homem, ao seu
grau de desenvolvimento,
constituição fisiológica,
mental, caráter étnico,
aptidões, tendências e outras
peculiaridades das raças.
34

FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 12 SOBRE O
ASSUNTO DA 13ª AULAS
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Os fatores jurídicos ou
jurígenos são elementos que
condicionam os fenômenos
sociais e, em consequência,
interferem na órbita jurídica,
seja induzindo o
nascimento, a conservação,
a modificação ou a extinção
de direitos.
Geralmente os fatores
jurídicos provocam uma
involução (gradativa) no
Direito, ao contrário das
revoluções que
desencadeiam modificações
rápidas e profunda.
2 (__)
Quando observamos a
tipologia dos fatores
jurídicos vemos que eles
podem ser agrupados em
dois grandes blocos: Fatores
naturais e fatores culturais.
São considerados fatores
culturais: Educação;
Invenções; Ideologia;
Econômicos; Morais e
Religião. Fatores Naturais
Antropológico dizem
3 (___) respeito ao homem, ao seu
O DIREITO POSITIVO é grau de desenvolvimento,
um produto da cultura constituição fisiológica,
humana. Ele é fruto da mental, caráter étnico,
simples vontade de uma aptidões, tendências e outras
pessoa, mas, nasce das peculiaridades das raças.
circunstâncias existentes em
um certo lugar e em um 7 (__) Os Princípios
certo tempo. Metodológicos para a
análise dos valores jurídicos
nos alertam para observar a
Tempo e lugar são os dois
interferência das causas.
condicionantes históricos
dos produtos da cultura Não devemos, pois, atentar,
humana. ainda, para a distinção dos
fatores em categorias;
4 (___) distinção entre eficácia
As tendências da ordem direta e indireta.
jurídica estão diretamente
ligadas à ideologia
8 (__)
consagrada pelo poder As leis tendem a refletir
social. Cada ideologia valores permanentes de
corresponde a uma convivência, oriundos do
concepção distinta de Direito Natural,
organização social e reúne
e valores variáveis,
valores específicos.
contingenciais, que
decorrem tanto de múltiplas
Quanto mais primaria for causas e para fazer frente a
uma sociedade, mais o seu realidades as mais diversas.
direito tende a representar o
pensamento de uma maioria,
9 (__)
os mais fortes, pois que a
Fatores Naturais
força lhe dá o sustentáculo Demográficos dizem
inicial e quanto mais respeito à concentração
civilizado for um povo, mais populacional, não podendo
o seu direito tende a existir norma jurídica que
representar o pensamento da surja para amenizar os seus
minoria. problemas que são
insolúveis.
5 (___) Os Fatores Naturais
Fatores Naturais são Geográficos dizem respeito
provenientes da ação ao clima, aos recursos
humana, frutos de nossa naturais e aos territórios
criação nesses últimos anos
10 (__)
Os fatores naturais
É função dos Fatores
geográficos são compostos Jurídicos não influenciar na
por três tipos: os oceanos, esfera do Direito induzindo
os rios e os lagos. o nascimento, a
conservação, a modificação
6 (___) ou a extinção das normas
jurídicas.
Fatores Naturais
demográficos são
A vontade do legislador,
provenientes da natureza e porém, é imune aos efeitos
exercem amplo ou pressões dos fatores
condicionamento sobre o jurígenos.
homem no tocante à
sobrevivência, ao espaço
!
vital e à criação dos objetos
culturais.
35
36
 FASP/ DIREITO/ IED 1,
14º Encontro Letivo e 13º
Pré-teste
O DIREITO e os
FATORES JURÍDICOS -
CONTINUAÇÃO
OS FATORES
CULTURAIS - provenientes
da ação humana, frutos de
nossa criação ao longo dos
anos. São eles:
1- Econômicos: referem-se às
riquezas e podem ser
avaliados pecuniariamente.
Eles influem no direito,
porém, sofrem influência
deste também.
2- Invenções: infinitas as
possibilidades de criação pelo
gênio humano de métodos,
técnicas e instrumentos que
lhe ampliem a potencialidade
de vida.
3- Morais: favorecem o
Direito Positivo,
emprestando-lhe valores.
4- Religião: o Direito já foi
subordinado à Religião, mas,
apartou-se dela, hoje recebe,
porém, influência indireta
pois o homo religiosus é
participante no processo
social, e contribui, com o seu
modo de pensar e de sentir,
suas pré-compreensões, para a
formação da vontade social e
esta influência a elaboração
do Direito.
5- Educação: É por
intermédio da educação que
se pode alavancar o progresso
de uma sociedade, o seu
desenvolvimento no campo
técnico e científico.
Para dotar o corpo social de
um status intelectual capaz de
promover a superação de seus
principais problemas e
assegurar o conhecimento, a
cultura, a pesquisa, o Estado
utiliza-se de numerosas leis
que organizam a educação em
todos os seus níveis;
6- Ideologia. A ideologia
consagrada pelo poder social
direciona as tendências da
ordem jurídica.
A cada ideologia corresponde
uma concepção distinta de
organização social e reúne
valores específicos que o
sistema jurídico busca
amparar.
FORÇAS ATUANTES NA
LEGISLAÇÃO:
1- Política: (partidos, eleitos e
eleitores)
2- Opinião Pública (os meios
de comunicação -
INTERNET;
3- Grupos Organizados
(sindicatos, associações e
lobbies);
4- Medidas de Hostilidade
(greves, lock-out, buzinaço,
etc) utilizadas a fim de obter
do poder público o
atendimento de
reivindicações, mediante
pressão.
REVOLUÇÃO e GOLPE
DE ESTADO
Os FATORES JURÍDICOS
influenciam a modificação do
Direito mediante evolução
(gradativa), a REVOLUÇÃO
desencadeia modificações
rápidas e profundas.
A REVOLUÇÃO tem como
característica uma AÇÃO
INTELECTUAL e uma
AÇÃO DE FORÇA.
FASP – CURSO DE
Objetiva destituir um DIREITO – Introdução ao
governo, assumir e poder e Direito 1
implantar uma nova ordem
jurídica.
PRE-TESTE 13 SOBRE O
ASSUNTO DA 14ª AULAS
GOLPE DE ESTADO visa, ALUNO(A):
apenas, a substituição, pela _______________________
força, do governo, não ___________
introduz modificações
(profundas) no sistema NOTA: _________
jurídico. (______________________
_____)
Quando triunfam esses Coloque 1 quando todas as
movimentos geram relevância
afirmativas forem corretas;
jurídico-política, se fracassam
sujeitam-se aos efeitos Coloque 2 quando a 1ª for
jurídico-penais. correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
É incorreto dizer que os
fatores jurídicos influenciam a
modificação do Direito
mediante evolução
(gradativa).
Mas, é correto dizer que a
revolução desencadeia
modificações rápidas e
profundas no Direito de um
pais.
.
37
 2 (___)
É correto dizer que a
revolução tem como
característica uma ação
intelectual e uma ação de
força.
Mas, é incorreto dizer que um
golpe de estado objetiva
destituir um governo, assumir
e poder e implantar uma nova
ordem jurídica.
3 (___)
.A opinião pública faz parte
das forças que podem atuar
na produção legislativa.
A política partidária,
também, faz parte das forças
podem atuar na produção
legislativa.
4 (___)
As tendências da ordem
jurídica estão diretamente
ligadas à ideologia
consagrada pelo poder
social. Cada ideologia
corresponde a uma
concepção distinta de
organização social e reúne
valores específicos.
Quanto mais primaria for
uma sociedade, mais o seu
direito tende a representar o
pensamento de uma maioria,
os mais fortes, pois que a
força lhe dá o sustentáculo
inicial.
5 (___)
Fatores culturais são
provenientes da ação
humana, frutos de nossa
criação nesses últimos anos.
São forças atenuantes na
legislação: Política; Opinião
Pública; Grupos
Organizados; Medidas de
Hostilidade
6 (___)
A experiência revela que
quanto mais civilizado for
um povo, mais o seu direito
tende a representar o
pensamento da minoria.
Fatores naturais
antropológico dizem
respeito ao homem, ao seu
grau de desenvolvimento,
constituição fisiológica,
mental, caráter étnico,
aptidões, tendências e outras
peculiaridades das raças.
7 (__)
O golpe de estado visa,
apenas, a substituição, pela
força, do governo, introduz
modificações (profundas) no
sistema jurídico.
As revoluções têm com
característica uma ação
intelectual e uma ação de
força. Objetivam destituir
um governo, assumir e
poder e implantar uma nova
ordem jurídica
8 (__)
Ao longo da história vemos
que o fator cultural Religião
perdeu prestígio, pois, o
Direito já foi subordinado à
Religião, mas, apartou-se
dela, hoje recebe, porém,
influência indireta pois o
homo religiosus é
participante no processo
social, e contribui, com o
seu modo de pensar e de
sentir, na formação da
vontade social que por sua
vez é decisiva na elaboração
do Direito.
Fatores Culturais Morais
favorecem o Direito
Positivo, emprestando-lhe
valores, já os Fatores
Culturais Econômicos
referem-se às riquezas e
podem ser avaliados
pecuniariamente. Eles
influem no direito, porém,
sofrem influência deste
também
9 (__)
As greves são ações típicas
de empregados.
Lock-out são ações típicas
de patrões.
10 (__)
O golpe de estado visa,
apenas, a substituição, pela
força, do governo, não
introduz modificações
(profundas) no sistema
jurídico.
O golpe de estado é um fator
jurígeno natural típico.

FASP/ DIREITO/ O SISTEMA JURÍDICO: (2) – é um sistema aberto

Introdução ao Direito 1 – RAMOS DO DIREITO
15 ª Encontro Letivo
REALIZAÇÃO DO I SISTEMA JURÍDICO –
ESTÁGIO CANOTILHO[1] entende
que, nos Estados
Boa aprendizagem! Democráticos, sistema
jurídico é um sistema
normativo aberto de regras e
princípios:
FASP/ DIREITO/ IED 1,
“(1) – é um sistema jurídico
16º Encontro Letivo E 14º porque é um sistema
Pré-teste dinâmico de normas;
porque tem uma estrutura
dialógica {Caliess}
traduzida na
disponibilidade e
‘capacidade de
aprendizagem’ das normas
constitucionais para
captarem a mudança da
realidade e estarem abertas
às concepções cambiantes
da ‘verdade’ e da ‘justiça’;
(3) – é um sistema
normativo, porque a
estruturação das
38
 expectativas referentes a
valores, programas, funções
e pessoas, é feita através de
normas;
(4) – é um sistema de
regras e de princípios, pois
as normas do sistema tanto
podem revelar-se sob a
forma de princípios como
sob a sua forma de regras.”
[1] J. J. Gomes
CANOTILHO. Direito
constitucional e teoria da
constituição. 4. ed. p. 1123.
ordenar de maneira diversa
uma da outra.
Vamos iniciar o estudo das
partes do nosso Sistema
Jurídico, da maior para a
menor.
OS RAMOS DO DIREITO –
Ainda se discute, e muito, sobre
a existência de RAMOS do
Direito.
a lei não lhe proibir. Deve-se
atentar para uma lei que proíbe
Ainda não foi identificado o
princípio mais importante do
ramo misto, não se podendo
afirmar que ele não tenha um
princípio mais importante, pois,
como se trata de um tema novo,
é possível que falte mais reflexão
e estudo capaz de descobrir, se é
que há.
.

No ocidente temos dois Já houve tempo onde se FASP – CURSO DE

grandes sistemas jurídicos: afirmava a existência de um só
o Romano-Germânico (Civil
direito, o público, ou, o privado.
Law), adotado no Brasil e o
Inglês-Americano (Common São as teorias monistas, não
Law) existiam ramos.
O sistema jurídico Outras correntes, dualistas,
Romano-Germânico é defendem a existência de dois
composto das seguintes ramos do Direito, o público e o
partes, da menor para o privado. Aquele mais voltado
maior: para os interesses do Estado e
este para os interesses dos
Normas Jurídicas particulares.
(Princípios e Regras)
Na atualidade se admite a
Institutos Jurídicos existência de três ramos do
Direito, pois, além dos
Ramos do Direito tradicionais ramos de direito
público (constitucional,
Sistema Jurídico. processual, etc.) e de direito
privado (civil, comercial, etc.)
O nosso Sistema Jurídico teríamos novos direitos que não
tem dois grandes objetivos: são puros de um e nem do outro
tipo, apresentando-se mais como
um misto, com características de
1- disciplinar a um e do outro tipo (direito de
TOTALIDADE das família, trabalho, etc.).
relações jurídicas,
Os ramos do direito seriam as
2- 2- atuando de forma maiores partes do sistema
HARMÔNICA. jurídico, compostos por
institutos afins que se reúnem e
Em consequência, enfrenta seguem uma lógica própria
dois problemas: dessas grandes áreas que são os
ramos do direito.
1- LACUNAS, de vez que
não consegue, na prática, O ramo do direito público tem
disciplinar tudo com a um princípio mor, o princípio da
velocidade das estrita legalidade. Segundo este,
transformações sociais; o administrador somente pode
fazer o que uma lei lhe autoriza.
2- ANTINOMIAS ou Deve-se atentar para uma lei que
conflitos nos comandos autorize.
normativos, quando, para
um mesmo problema, Já o ramo do direito privado tem
temos multiplicidade de
o seu princípio maior como o
normas e elas podem
princípio da liberdade, segundo
ele, a pessoa pode fazer tudo que
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 14, AULA 16
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Sistema Jurídico é a
menor parte do Direito.
No oriente temos dois
grandes sistemas
jurídicos, o Romano
Germânico e o Inglês
Americano.
2 (___)
Para Canotilho, nos
Estados Democráticos, o
Sistema Jurídico é
composto por regras e
princípios, do tipo
sistema normativo
fechado.
Segundo Canotilho, o
Sistema Jurídico é um
sistema normativo,
39
 porque a estruturação
das expectativas
referentes a valores, pessoa pode somente aquilo
programas, funções e
pessoas, é feita através
de normas.
3 (___)
O Brasil segue o modelo
Romano-Germânico em
seu sistema jurídico.
No ocidente temos a
prevalência de quatro
grandes sistemas
jurídicos, o Romano-
Germânico, o Inglês-
Americano, o Civil Law
e o Common Law
4(___)
A menor parcela, fação
ou parte de um sistema
jurídico é a norma
jurídica.
jurídico desejar regular a
Todo sistema jurídico
tem como seu
fundamento um tipo de
direito, o direito público.
5(___)
LACUNAS normativas
são ausências de regras
que possuem repercussão
de solução de conflitos.
como o princípio da
liberdade, segundo ele, a
FASP/ DIREITO/ IED 1,
17º Encontro Letivo E 15º
que tem uma lei lhe
Pré-teste
autorizando fazer.
O SISTEMA JURÍDICO:
INSTITUTOS
O ramo do direito público JURÍDICOS
tem um princípio mor, o
princípio da estrita OS INSTITUTOS
legalidade. Segundo este, o JURÍDICOS – por sua vez, os
administrador pode fazer institutos jurídicos são resultado
tudo o que a lei não lhe da reunião de normas jurídicas,
proíba. que possuem afinidade temática
e tratam de assuntos
considerados relevantes e
merecedores de regulamentação
própria e de estudo típico.
Uma característica que se
8(___)
As antinomias são destaca nos institutos é a sua
especificidade, tratam de temas
conflitos normativos.
específicos, partes do todo.
Elas surgem em Assim, enquanto o Sistema
decorrência do sistema Jurídico busca regular a
totalidade, o instituto cuida de
totalidade das relações uma parte dessa totalidade.
jurídicas.
Para Paulo Nader, em seu
“Introdução ao Estudo do
Direito”, nos ensina:
9(___)
O sistema jurídico “Instituto Jurídico é a
reunião de normas jurídicas
pretende tratar de todas
afins, que rege um tipo de
as ações e ocorrências relação social ou interesse e
que se identifica pelo fim
no mundo do direito. que procura realizar.

As lacunas normativas Já os institutos jurídicos É uma parte da ordem

são problemas que tratam de partes
ocorrem no sistema significativas do universo
do direito
jurídico em decorrência
do seu desejo de
trabalhar com harmonia.
10(___)
É razoável dizer que os
6(___) ramos do direito seriam as
As teorias monistas
maiores partes do sistema
dispensam a ideia de
existência de ramos do jurídico, compostos por
direito. institutos afins que se
reúnem e seguem uma
Foi com apoio nas teorias lógica própria dessas grandes
dualistas que se formou a áreas que são os ramos do
ideia de que temos três
direito.
ramos do direito.
Assim, existem ramos do
7(___) direito que não possuem
O ramo do direito privado norma jurídica, são
compostos de
tem o seu princípio maior
instituições.
jurídica e, como esta, deve
apresentar algumas
qualidades: harmonia,
coerência lógica, unidade de
fim.
Enquanto a ordem jurídica
dispõe sobre a generalidade
das relações sociais, o
instituto se fixa apenas em
um tipo de relação ou de
interesse: adoção, pátrio
poder, naturalização,
hipoteca etc.
Considerando-os análogos
aos seres vivos, pois
nascem, duram e morrem,
Ihering chamou-os
de corpos jurídicos, para
distingui-los de simples
matéria jurídica.
Diversos institutos afins
formam um ramo, e o

40
 conjunto destes, a ordem
jurídica. ”
Miguel Reale, em seu
“Lições Preliminares de
Direito”, ensina sobre o
instituto jurídico:
“Já dissemos que as normas
jurídicas se ordenam
logicamente.
Essa ordenação tem
múltiplos centros de
referência, em função dos
campos de relações sociais
que elas disciplinam,
havendo uma ou mais ideias
básicas que as integram em
unidade.
Desse modo, as normas da
mesma natureza, em virtude
de uma comunhão de fins,
articulam-se em modelos
que se
denominam institutos, como
por exemplo, os institutos
do penhor, da hipoteca,
da letra de câmbio, da
falência, da apropriação
indébita.
Os institutos representam,
por conseguinte, estruturas
normativas complexas, mas
homogêneas, formadas pela
subordinação de uma
pluralidade de normas ou
modelos jurídicos menores a
determinadas exigências
comuns de ordem ou a
certos princípios superiores,
relativos a uma dada esfera
da experiência jurídica.
Quando um instituto
jurídico corresponde, de
maneira mais acentuada, a
uma estrutura social que não
oferece apenas uma
configuração jurídica, mas
se põe também como
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 15, AULA 17
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
realidade distinta, de
natureza ética, biológica,
econômica etc., tal como
ocorre com a família, a
propriedade, os sindicatos
etc., costuma-se empregar a
palavra instituição.
A não ser por esse prisma de
maior objetivação social,
envolvendo uma
“infraestrutura” associativa,
não vemos como distinguir
um instituto de uma
instituição. ”
Para Paulo Dourado de
Gusmão, por sua vez, no
seu “Introdução ao Estudo
do Direito”, leciona sobre
INSTITUIÇÃO JURÍDICA,
dizendo:
“INSTITUIÇÃO
JURÍDICA - As regras de
direito, quando unificadas,
constituindo um todo
orgânico destinado a reger
uma matéria jurídica vasta,
compreendendo várias
relações jurídicas, formam
uma instituição jurídica (§§
22 e 199).
A família, o Estado, etc. são
instituições. Como entendê-
la?
Segundo Roubier (Théorie
Générale Du Droit), é o
“conjunto orgânico, que
contém a regulamentação de
um dado concreto e durável
da vida social e que está
constituído por um núcleo
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Instituto é a menor parte
do Sistema Jurídico.
Eles se unem e formam
os Ramos do Direito.
2 (___)
de regras jurídicas dirigidas
para um fim comum”.
Assim, tem, como nota
Roubier, dois elementos
principais: duração,
manifestada na repetição de
fatos que lhe servem de
base, e caráter orgânico,
decorrente do conjunto
jurídico harmônico por ela
criado.
A duração é relativa, pois
muitas instituições jurídicas
do passado não mais
existem, como, por
exemplo, a escravidão e o
feudalismo. Existe, diz
Roubier, razoável
durabilidade.
A organicidade, isto é, a
interligação das normas em
função da finalidade que
lhes é comum, como nota
Roubier, é a forma ideal de
integração das regras
jurídicas.
A maioria das instituições
jurídicas tem sua origem na
vida social, como, por
exemplo, a família.
Sendo a instituição jurídica
conjunto orgânico, durável,
de regras jurídicas, tem os
seguintes caracteres da regra
de direito: bilateralidade,
coercibilidade, generalidade
e sanção do poder público
ou o consenso das nações
(instituições internacionais).
Mas a essas características
se sobrepõe a finalidade
comum em função da qual a
instituição exerce o seu
papel jurídico-social e em
razão da qual devem ser
interpretadas as normas que
a constituem.”!
. Instituto é uma parte do
sistema jurídico e, como
este, deve apresentar
algumas qualidades, por
exemplo: harmonia,
coerência lógica, unidade
de fim.
Os institutos, cada um de
per si, cuidam de uma
fração do sistema
jurídico.
3 (___)
41
O Brasil segue o modelo análogos aos seres vivos,
Romano-Germânico em pois nascem, duram e
seu sistema jurídico. morrem.
Por isso, podemos
assegurar que a base do Segundo o entendimento
nosso sistema jurídico de Paulo Nader, diversos
está no fato social institutos afins formam
individualizado. um ramo, e o conjunto
destes, a ordem jurídica.
” as ações e ocorrências
4(___) 7(___)
Segundo Ihering, os Observando-se o
corpos jurídicos dão pensamento de Miguel
origem às normas Reale, percebe-se que
jurídicas. este não chega a
distinguir o Instituto
Os institutos jurídicos, do Jurídico das Instituições.
ramo do direito privado
podem ser construído por Para Miguel Reale, a
relações de vontade, diferença entre os
independem de normas Institutos e as Instituições
jurídicas. reside no fato de que
aqueles não oferecem
apenas uma configuração
5(___) jurídica, mas se põe
Para Paulo Nader, o também como realidade
Instituto Jurídico se fixa, distinta, de natureza
apenas, em um tipo de ética, biológica,
relação ou de interesse. econômica etc., tal como
ocorre com a família, a
Para aquele autor, seriam propriedade, os
exemplos de institutos sindicatos etc.
jurídicos: adoção, pátrio
poder, naturalização,
hipoteca. 8(___)
Observando-se o
pensamento de Paulo
6(___) Dourado de Gusmão,
Ihering, segundo Paulo percebe-se que este chega
Nader, considerando os a distinguir o Instituto
Institutos Jurídicos Jurídico das Instituições.
FASP/ DIREITO/ IED 1 – encadeamento lógico e
18º Encontro letivo & 16º sistemático.
Pré-teste As normas ou regras
jurídicas estão para o
A NORMA JURÍDICA Direito de um povo, assim
como as células para um
O Direito, sem a coação, “é organismo vivo.
um fogo que não queima;
uma luz que não ilumina”. O Direito Positivo, em todos
Ihering os sistemas jurídicos,
compõe-se de normas
1- Conceito de Norma jurídicas, que são padrões de
Jurídica conduta social impostos
Ao dispor sobre fatos e pelo Estado, para que seja
consagrar valores, as possível a convivência dos
normas jurídicas são o ponto homens em sociedade.
culminante do processo de
elaboração do Direito. São fórmulas de agir,
determinações que fixam as
Conhecer o Direito é pautas do comportamento
conhecer as normas interindividual.
jurídicas em seu
Segundo ele a minoria
das instituições jurídicas
tem sua origem na vida
social, como, por
exemplo, a família
9(___)
O sistema jurídico
pretende tratar de todas
que possuem repercussão
no mundo do direito.
Já os institutos jurídicos
tratam de partes
significativas do universo
do direito
10(___)
É razoável dizer que o
instituto jurídico é um
“conjunto orgânico, que
contém a regulamentação
de um dado concreto e
durável da vida social e
que está constituído por
um núcleo de regras
jurídicas dirigidas para
um fim comum”.
A duração não é relativa,
pois muitas instituições
jurídicas do passado não
mais existem, como, por
exemplo, a escravidão e o
feudalismo.
Pelas regras jurídicas o
Estado dispõe também
quanto à sua própria
organização.
Em síntese, norma jurídica é
a conduta exigida ou o
modelo imposto de
organização social.
"As normas jurídicas, por
seu lado, não são juízos, isto
é, enunciados sobre um
objeto dado ao
conhecimento. Elas são
antes, de acordo com o seu
sentido, mandamentos e,
como tais, comandos,
imperativos".
As expressões norma e regra
jurídicas NÃO são
42
 sinônimas, esta é uma das
espécies daquela.
Há distinção entre norma
jurídica e lei: esta é apenas
uma das formas de
expressão das normas, que
se manifestam também pelo
Direito costumeiro e, em
alguns países, pela
jurisprudência.
2- Estrutura Lógica da
Norma Jurídica
I. Concepção de Kelsen -
Segundo ele a estrutura
lógica da norma jurídica
pode ser enunciada do modo
seguinte:
"em determinadas
circunstâncias, um
determinado sujeito deve
observar tal ou qual
conduta; se não a observa,
outro sujeito, órgão do
Estado, deve aplicar ao
infrator uma sanção."
O esquema possui duas
partes, que o autor
denomina por "norma
secundária" e "norma
primária".
A "norma secundária"
estabelece uma sanção para
a hipótese de violação do
dever jurídico.
A "norma primária" define o
dever jurídico em face de
determinada situação de
fato.
Reduzindo à fórmula
prática, temos:
a) Norma secundária: "Dado
nP, deve ser S" - Dada a não
prestação, deve ser aplicada
a sanção.
Exemplo: o pai que não
prestou assistência material
ao filho menor deve ser
submetido a uma
penalidade.
b) Norma primária: “Dado
Ft, deve ser P" - Dado um
fato temporal deve ser feita
a prestação.
Exemplo: o pai que possui
filho menor, deve prestar-
lhe assistência material. NORMA
MORAL
II. O Juízo Disjuntivo de
Carlos Cossio - Ele JURÍDICA
concebeu a estrutura das
regras jurídicas como um
juízo disjuntivo, que reúne
também duas normas:
endonorma e perinorma.
Esta concepção pode ser TÉCNICA
assim esquematizada:
"Dado A, deve ser P, ou
dado nP, deve ser S". NATURAL
A endonorma corresponde
ao juízo que impõe uma
prestação (P) ao sujeito que
se encontra em determinada
situação (A) e equipara-se à
norma primária de Kelsen.
Exemplo: o indivíduo que
assume uma dívida (A),
deve efetuar o pagamento na
época própria (P).
A perinorma impõe uma
sanção (S) ao infrator, isto é,
ao sujeito que não efetuou a
prestação a que estava
obrigado (n). Corresponde à
norma secundária de
Kelsen. Exemplo: o
devedor que não efetuou o
pagamento na época própria
deverá pagar multa e juros.
III. Conclusões - A norma
jurídica, considerada em sua
forma genérica, apresenta
uma estrutura una, na qual a
sanção se integra.
Como decorrência lógica, o
esquema possui o seguinte
enunciado:
"Se A é, B deve ser, sob
pena de S",
em que "A" corresponde à
situação de fato;
"B" é a conduta exigida e
"S" a sanção aplicável, na
eventualidade do não
cumprimento do "B".
Exemplo: quem é
contribuinte do imposto de
renda (A)
deve apresentar a sua
declaração até determinada
data (B),
sob pena de perder o direito
ao parcelamento do débito
(S).
4- Quadro das Estruturas
Lógicas - Reduzindo a
estrutura lógica das normas
morais, jurídicas, técnicas e
naturais a esquemas, temos
o seguinte quadro:
ESQUEMA INTERPRETAÇÃOabstrata, regulando os casos
"Deve ser A" Impõe-se por si própria
(A)
"Se A é B Sob determinada
deve ser, condição (A),
sob pena de deve-se agir de acordoSe o método legislativo
S" com o que for previstopretendesse abandonar a
(B),
sob pena de sofrer umacasuística, para alcançar os
sanção (S)
"Se A é, tem Ao escolher um fim (A),
de ser B" tem-se que adotar um
meio (B)
"Se A é, é B" Ocorrida a causa (A),
ocorrerá o efeito (B)
3- Caracteres:
Segundo Miguel Reale: "o
que efetivamente caracteriza
uma norma jurídica, de
qualquer espécie, é o fato de
ser uma estrutura
proposicional enunciativa de
uma forma de organização
ou de conduta, que deve ser
seguida de maneira objetiva
e obrigatória".
Considerando-se as
categorias mais gerais das
normas jurídicas podemos
apontar como
características:
bilateralidade, generalidade,
abstratividade,
imperatividade,
coercibilidade.
3.1. Bilateralidade - O
Direito existe sempre
vinculando duas ou mais
pessoas, atribuindo poder a
uma parte e impondo dever
à outra. A norma jurídica
possui dois lados: um
representado pelo direito
subjetivo e outro pelo dever
jurídico, de tal sorte que um
não pode existir sem o
outro.
Em toda relação jurídica há
sempre um sujeito ativo,
portador do direito subjetivo
e um sujeito passivo, que
possui o dever jurídico.
3.2. Generalidade - a
norma jurídica é preceito de
ordem geral, que obriga a
todos que se acham em igual
situação jurídica.
Da generalidade da norma
jurídica deduzimos o
princípio da isonomia da lei,
segundo o qual todos são
iguais perante a lei.
3.3. Abstratividade -
Visando a atingir o maior
número possível de
situações, a norma jurídica é
dentro do seu denominador
comum, ou seja, como
ocorrem via de regra.
abstratividade em favor da
fatos como ocorrem
43
singularmente, com todas as
suas variações e matizes,
além de se produzirem leis e
códigos muito mais
extensos, o legislador não
lograria o seu objetivo, pois
a vida social é mais rica do
que a imaginação do homem
e cria sempre
acontecimentos novos e de
formas imprevisíveis.
3.4. Imperatividade - O
Direito deve representar o
mínimo de exigências, de
determinações necessárias.
Para garantir efetivamente a
ordem social, o Direito se
manifesta através de normas
que possuem caráter
imperativo, que ordena.
Não fosse assim, o Direito
não lograria estabelecer
segurança, nem justiça.
A norma não-imperativa não
pode ser jurídica.
O caráter imperativo da
norma significa imposição
de vontade e não mero
aconselhamento.
3.5. A Coercibilidade e a
questão da Essência da
Norma Jurídica -
Coercibilidade quer dizer
possibilidade de usar da
coação, da força do Estado.
Esta possui dois elementos:
psicológico e material.
O primeiro exerce a
intimidação, através das
penalidades previstas para a
hipótese de violação das
normas jurídicas. O
elemento material é a força
propriamente, que é
acionada quando o
destinatário da regra não a
cumpre espontaneamente.
As noções de coação e de
sanção não se confundem.
A primeira é uma reserva de
força a serviço do Direito,
enquanto a segunda é
considerada, geralmente,
medida punitiva para a
hipótese de violação de
normas.
Quando o juiz determina a
condução da testemunha ou
ordena o leilão de bens do
executado, ele aciona a
força a serviço do Direito;
quando condena o acusado a
uma pena privativa de
liberdade ou pecuniária,
aplica a sanção legal.
Alguns autores se referem,
também, à chamada sanção
premial, partindo do
entendimento de que sanção
é o estimulo à efetividade da
norma.
Denominam por sanção
premial o benefício
conferido pelo ordenamento
como incentivo ao
cumprimento de
determinada obrigação.
Uma das indagações
polêmicas que se
apresentam na teoria do
Direito refere-se à questão
se a coação é ou não
elemento essencial ao
Direito?
O normal, na vida do
Direito, é o acatamento
espontâneo às normas
jurídicas, não admitem que
o elemento coação possa ser
essencial ao fenômeno
jurídico.
Se a coação somente é
acionada excepcionalmente,
é um fator contingente, não
necessário. Essencial é uma
qualidade que não pode
faltar a um objeto, sob pena
de não existir como tal.
Entendemos que essencial
ao Direito é a
coercibilidade, isto é, a
possibilidade de o
mecanismo estatal utilizar a
força a serviço das
instituições jurídicas.
A coercibilidade é a coação
em estado de potência e não
em ato.
Não é contingente, pois,
como possibilidade, existe
sempre, é permanente.
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 16 SOBRE O
ASSUNTO DA 18ª AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
O Direito Positivo, em todos
os sistemas jurídicos,
compõe-se de normas
jurídicas, que são padrões de
conduta social impostos
pelo Estado, para que seja
possível a convivência dos
homens em sociedade.
Há, assim, uma tríplice
dimensão: ou as normas
jurídicas são fórmulas de
agir, determinações que
fixam as pautas do
comportamento
interindividual ou por elas o
Estado dispõe também
quanto à sua própria
organização.
2(___)
Podemos dizer que a parte
da norma jurídica que
Kelsen chama de “norma
primária" é equivalente à
que Carlos Cossio chama de
“endonorma”.
Já a parte da norma que
Carlos Cossio chama de
“perinorma” equivale ao que
Kelsen identifica como
“norma secundária”.
3(___)
Norma secundária: "Dado
nP, deve ser S" - Dada a não
prestação, deve ser aplicada
a sanção. Exemplo: o pai
que não prestou assistência
44
 material ao filho menor
deve ser submetido a uma
penalidade.
Norma primária: “Dado Ft,
deve ser P" - Dado um fato
temporal deve ser feita a
prestação. Exemplo: o pai
que possui filho menor, não
deve prestar-lhe assistência
material.
4(___)
Considerando-se as
categorias mais gerais das
normas jurídicas podemos
apontar como
características:
bilateralidade, generalidade,
abstratividade,
imperatividade,
coercibilidade
Consequentemente, em toda
relação jurídica há sempre
um sujeito ativo, portador
do direito subjetivo e um
sujeito passivo, que possui o
dever jurídico.
5(___)
As expressões norma
jurídica e regra jurídicas são
sinônimas, esta é uma das
espécies daquela.
Há distinção entre norma
jurídica e lei: esta é apenas
uma das formas de
expressão das normas, que
se manifestam também pelo
Direito costumeiro e, em
alguns países, pela
jurisprudência.
6(___)
A norma jurídica possui
dois lados: um representado
pelo direito subjetivo e
outro pelo dever jurídico, de
tal sorte que um não pode
existir sem o outro. Em toda
relação jurídica não há
sempre um sujeito ativo,
portador do direito subjetivo
e um sujeito passivo, que
possui o dever jurídico.
A norma jurídica é preceito
de ordem geral, por isso não
deve obrigar a todos que se
acham em igual situação
jurídica.
7(___)
Coercibilidade significa
imposição de vontade e não
mero aconselhamento.
Imperatividade é a Exemplo: quem é
possibilidade de usar da contribuinte do imposto de
coação, da força do Estado. renda (A)
deve apresentar a sua
declaração até determinada
data (B),
sob pena de perder o direito
ao parcelamento do débito
(S).
8(___).
São caracteres das normas
jurídicas: bilateralidade,
generalidade, abstratividade,
FASP/ DIREITO/ IED 1,
imperatividade,
coercibilidade. 19º Encontro Letivo E 17º
Pré-teste
Vigência - Para que a norma
disciplinadora do convívio A NORMA JURÍDICA
social ingresse no mundo (5. Classificações – 1)
jurídico e nele produza
efeitos, dispensável é que Muitas são as classificações
apresente validade formal. propostas por diferentes
autores quanto às normas
jurídicas. Vamos usar a
9(___) classificação apresentada
É incorreto dizer que por García Máynez que, por
normas jurídicas são sua clareza e objetividade,
padrões de conduta social fornece ao jurista um
impostos pelo Estado, para conjunto terminológico e
que seja possível a conceptual útil ao discurso
convivência dos homens em jurídico.
sociedade ou que é
é a conduta exigida ou o Os critérios de classificação
modelo imposto de de García Máynez são:
organização social.
a) quanto ao sistema a que
Se o legislador pretendesse pertencem;
abandonar a abstratividade
em favor da casuística, para b) quanto à fonte;
alcançar os fatos como
ocorrem singularmente, com c) quanto aos diversos
todas as suas variações e âmbitos de validez;
matizes, além de se
produzirem leis e códigos d) quanto à hierarquia;
muito mais extensos, não
lograria o seu objetivo, pois e) quanto à sanção;
a vida social é mais rica do
que a imaginação do homem f) quanto à qualidade;
e cria sempre g) quanto às relações de
acontecimentos novos e de complementação;
formas imprevisíveis.
. h) quanto às relações com a
10(___) vontade dos particulares.
A norma jurídica,
considerada em sua forma 5.a. Classificação das
genérica, apresenta uma Normas Jurídicas quanto ao
estrutura una, na qual a SISTEMA A QUE
sanção se integra. Como PERTENCEM - podem
decorrência lógica, o ser: nacionais, estrangeiras e
esquema possui o seguinte de Direito uniforme.
enunciado:
"Se A é, B deve ser, sob Chamam-se nacionais, as
pena de S", normas que, obrigatórias no
em que "A" corresponde à âmbito de um Estado, fazem
situação de fato; parte do ordenamento
"B" é a conduta exigida e jurídico deste.
"S" a sanção aplicável, na Em face do Direito
eventualidade do não Internacional Privado, é
cumprimento do "B". possível que uma norma
jurídica tenha aplicação
45
além do território do Estado
que a criou.
Quando, em uma relação
jurídica existente em um
Estado, for aplicável a
norma jurídica própria de
outro Estado, ter-se-á
configurada a norma
jurídica estrangeira.
Finalmente, quando dois ou
mais Estados resolvem,
mediante um tratado, adotar
internamente uma legislação
padrão, tais normas recebem
a denominação de Direito
uniforme.
5.b. Normas Jurídicas
quanto à FONTE - De
acordo com o sistema
jurídico a que pertencem, as
normas podem ser
legislativas,
consuetudinárias e
jurisprudenciais.
As normas jurídicas escritas,
corporificadas nas leis,
medidas provisórias,
decretos, denominam-se
legislativas.
Enquanto que as leis
emanam do Poder
Legislativo, as medidas
provisórias e os decretos são
ditadas pelo Poder
Executivo.
Consuetudinárias: são as
normas não-escritas,
elaboradas espontaneamente
pela sociedade.
Para que uma prática social
se caracterize costumeira,
necessita ser reiterada,
constante e uniforme, além
de achar-se enraizada na
consciência popular como
regra obrigatória. Reunindo
tais elementos, a prática é
costume com valor jurídico.
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 17 SOBRE O
ASSUNTO DA 19ª AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
A importância do costume
varia de acordo com cada
sistema jurídico.
Chamam-se jurisprudenciais
as normas criadas pelos
tribunais.
No sistema de tradição
romano-germânica, ao qual
se filia o Direito brasileiro, a
jurisprudência não deve ser
considerada como a fonte
formal do Direito.
No sistema do Common
Law, adotado pela Inglaterra
e Estados Unidos, os
precedentes judiciais têm
força normativa.
5.c. Classificação das
Normas Jurídicas quanto aos
Diversos
ÂMBITOS DE VALIDEZ:
ÂMBITO ESPACIAL DE
VALIDEZ: gerais e locais.
Gerais ou (federais) são as
normas que se aplicam em
todo o território nacional.
Locais, as que se destinam
apenas ao território do
Estado, Distrito Federal ou
Município que legislou.
Na primeira hipótese, as
normas serão sempre
federais, enquanto que na
segunda poderão ser
estaduais, Distritais ou
municipais.
QUANTO A
ABRANGÊNCIA DAS
RELAÇÕES: direito geral
(para a generalidade de
ralações. Ex. Código Civil)
e particular (para específicas
relações. Ex. Código de
Defesa do Consumidor).
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
García Máynez
classificou as normas
jurídicas atentando
quanto ao sistema a que
pertencem.
ÂMBITO TEMPORAL DE
VALIDEZ: de vigência por
prazo indeterminado e de
vigência por prazo
determinado. Quando o
tempo de vigência da norma
jurídica não é prefixado,
esta é de vigência por prazo
indeterminado.
Ocorre, com menos
frequência, o surgimento de
regras que vêm com o seu
tempo de duração
previamente fixado,
hipótese em que são
denominadas de vigência
por prazo determinado.
ÂMBITO MATERIAL DE
VALIDEZ: normas de
Direito Público e de Direito
Privado. Nas primeiras a
relação jurídica é de
subordinação, com o Estado
impondo o seu imperium,
enquanto que nas segundas é
de coordenação, com o
Estado se igualando às
demais pessoas.
ÂMBITO PESSOAL DE
VALIDEZ: genéricas e
individualizadas.
A generalidade é uma
característica das normas
jurídicas e significa que os
preceitos se dirigem a todos
que se acham na mesma
situação jurídica.
As normas individualizadas,
segundo Eduardo García
Máynez, "designam ou
facultam a um ou a vários
membros da mesma classe,
individualmente
determinados".'
Desse ângulo, ele afirma
que elas podem ser:
legislativas,
consuetudinárias e
jurisprudenciais.
2(___)
As normas jurídicas,
quanto ao âmbito de
hierarquia podem ser de
Direito Público e de
Direito Privado.
As normas jurídicas,
quanto ao âmbito de
46
 validez podem ser ser: de vigência por prazo
constitucionais, certo e de vigência por
ordinárias, prazo determinado.
regulamentares e
individualizadas. Quando o tempo de
vigência da norma
jurídica não é prefixado,
3(___) esta é de vigência por
García Máynez ainda prazo indeterminado.
classificou as normas
jurídicas quanto às
relações de 6(___)
complementação e As normas jurídicas
quanto às relações com a escritas, corporificadas
vontade dos particulares. nas leis, medidas
provisórias, decretos,
Quanto a vontade dos denominam-se
particulares elas podem legislativas.
ser nacionais,
estrangeiras e de Direito Enquanto que as leis
uniforme. emanam do Poder
Legislativo, os Decretos e
as Medidas Provisórias
4(___) são ditadas pelo Poder
Quando dois ou mais Executivo..
Estados resolvem,
mediante um tratado,
adotar internamente uma 7(___)
legislação padrão, tais Normas Jurídicas quanto
normas recebem a a abrangência das
denominação de Direito relações: direito geral
Natural. (para a generalidade de
ralações. Ex. Código
Quando, em uma relação Civil) e
jurídica existente em um
Estado, for aplicável a Particular (para
norma jurídica própria de específicas relações. Ex.
outro Estado, ter-se-á Código de Defesa do
configurada a norma Consumidor).
jurídica estrangeira.
5(___) 8(___)
Quanto ao âmbito A generalidade é uma
temporal de validez as característica das normas
normas jurídicas podem jurídicas e significa que
FASP/ DIREITO/ IED 1, As normas guardam entre si
20º Encontro Letivo E 18º uma hierarquia, uma ordem
Pré-teste de subordinação entre as
diversas categorias.
A NORMA JURÍDICA
No primeiro plano alinham-
(5. Classificações -2)
se as normas
constitucionais, que
5.d. Classificação das
condicionam a validade de
Normas Jurídicas QUANTO
todas as outras normas e têm
À HIERARQUIA –
o poder de revogá-las.
PIRÂMIDE NORMATIVA
Assim, qualquer norma
Sob este aspecto, como se
jurídica de categoria
fosse uma pirâmide,
diversa, anterior ou
dividem-se em:
posterior à constitucional,
constitucionais, ordinárias,
não terá validade caso
regulamentares e
contrarie as disposições
individualizadas.
desta.
Em segundo plano estão as
normas ordinárias, que se
os preceitos se dirigem a
todos que se acham na
mesma situação jurídica.
As normas
individualizadas, segundo
Eduardo García Máynez,
"designam ou facultam a
um ou a vários membros
da mesma classe,
individualmente
determinados".
9(___).
Normas jurídicas gerais
federais são as que se
aplicam em todo o
território nacional.
Normas jurídicas locais,
as que se destinam
apenas à parte do
território do ente
legislador.
10(___)
Quanto ao âmbito
material de validez as
normas jurídicas podem
ser: normas de Direito
Público e de Direito
Privado.
Nas primeiras a relação
jurídica é de
subordinação, com o
Estado impondo o seu
imperium, enquanto que
nas segundas é de
coordenação, o Estado se
igualando às demais
pessoas.
.
localizam nas leis, medidas
provisórias, leis delegadas.
Seguem-se as normas
regulamentares, contidas
nos decretos, e as
individualizadas,
denominação e espécie
sugeridas por Merkel para a
grande variedade dos atos
jurídicos: testamentos,
sentenças judiciais;
contratos etc.
5.e. Normas Jurídicas
QUANTO À SANÇÃO -
Dividem-se, quanto à
sanção, em leges perfectae,
leges plus quam perfectae,
leges minus quam perfectae,
leges imperfectae.
47

Diz-se que uma norma é
perfeita do ponto de vista da
sanção, quando prevê a
nulidade do ato, na hipótese
de sua violação. A norma é
mais do que perfeita,
quando prevê, além da
nulidade, uma pena, para os
casos de violação.
Menos do que perfeita é a
norma que determina apenas
penalidade, quando
descumprida.
Finalmente, a norma é
imperfeita sob o aspecto da
sanção, quando não
considera nulo ou anulável o
ato que a contraria, nem
comina castigo aos
infratores.
5.f. Normas Jurídicas
QUANTO À QUALIDADE
- Podem ser positivas (ou
permissivas) e negativas (ou
proibitivas).
De acordo com a
classificação de García
Máynez, positivas são as
normas que permitem a ação
ou omissão. Negativas, as
que proíbem a ação ou
omissão.
5.g. QUANTO ÀS
RELAÇÕES DE
COMPLEMENTAÇÃO -
Classificam-se as normas
jurídicas, quanto às relações
de complementação, em
primárias e secundárias.
Denominam-se primárias as
normas jurídicas cujo
sentido é complementado
por outras, que recebem o
nome de secundárias.
Estas são das seguintes
espécies: a) de iniciação,
duração e extinção da
vigência; b) declarativas ou
explicativas; c)
permissivas; d)
interpretativas; e)
sancionadoras.
5.h. Classificação das
Normas Jurídicas QUANTO
À VONTADE DAS
PARTES - Dividem-se em
taxativas e dispositivas.
As normas jurídicas
taxativas ou cogentes, por
resguardarem os interesses
fundamentais da sociedade,
obrigam independentemente
da vontade das partes.
As dispositivas, que dizem
respeito apenas aos
interesses dos particulares,
admitem a não adoção de
seus preceitos, desde que
por vontade expressa das
partes interessadas.
6. VIGÊNCIA,
EFETIVIDADE,
EFICÁCIA E
LEGITIMIDADE DA
NORMA JURÍDICA
6.1. Vigência - Para que a
norma disciplinadora do
convívio social ingresse no
mundo jurídico e nele
produza efeitos,
indispensável é que
apresente validade formal,
isto é, que possua vigência.
Não basta a existência da
norma emanada de um
poder, pois é necessário que
satisfaça a determinados
pressupostos extrínsecos de
validez. Se o processo de
formação da lei foi irregular,
não tendo havido, por
exemplo, tramitação perante
o Senado Federal, as normas
reguladoras não obterão
vigência.
6.2. Efetividade - Ser a
norma jurídica observada
tanto por seus destinatários
quanto pelos aplicadores do
Direito.
Podemos distinguir
efetividade e eficácia.
É intuitivo que as normas
são feitas para serem
cumpridas, pois
desempenham o papel de
meio para a consecução de
fins que a sociedade colima.
As normas devem alcançar a
máxima efetividade;
todavia, em razão de fatores
diversos, isto não ocorre, daí
podermos falar em níveis de
efetividade.
Há normas que não chegam
a alcançar qualquer grau,
enquanto outras perdem ou
não logram obter o atributo.
Essas situações configuram
a chamada dessuetude -
problema da validade das
normas em desuso.
6.3. Eficácia - As normas
jurídicas não são geradas
por acaso, mas visando a
alcançar certos resultados
sociais. O atributo eficácia
significa que a norma
jurídica produziu, realmente,
os efeitos sociais planejados.
Para que a eficácia se
manifeste indispensável é
que seja observada
socialmente.
Eficácia pressupõe, destarte,
efetividade.
6.4. Legitimidade - Para um
positivista, na abordagem da
norma, é suficiente o exame
de seus aspectos extrínsecos
- vigência. Para as correntes
espiritualistas, além de
atender aos pressupostos
técnico-formais, as normas
necessitam de legitimidade,
ou seja, visarem o bem
comum.
Via de regra, o ponto de
referência na pesquisa da
legitimidade é o exame da
fonte de onde emana a
norma. Se aquela é legítima
esta também o será.
Fonte legítima seria aquela
constituída pelos
representantes escolhidos
pelo povo ou então por este
próprio, no exercício da
chamada democracia direta.
Conforme a tendência do
homo juridicus outra fonte
poderá ser apontada como
instância legitimadora. Se
ele for também um
homo religiosus poderá
reconhecer na vontade
divina a fonte de
legitimação das normas
jurídicas.
Se adepto do pensamento
jusnaturalista apontará a
natureza humana como a
fonte criadora dos princípios
que configuram o Direito
Natural e que devem
fornecer a estrutura básica
do jus positum.
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 18 SOBRE O
ASSUNTO DA 20ª AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
48
 Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Efetividade - a norma
jurídica ser observada
tanto por seus
destinatários quanto pelos
aplicadores do Direito.
Vigência significa que a
norma jurídica produziu,
realmente, os efeitos
sociais planejados.
2(___)
As normas jurídicas,
quanto ao âmbito de
hierarquia podem ser de
Direito Público e de
Direito Privado.
As normas jurídicas,
quanto ao âmbito de
validez podem ser
constitucionais,
ordinárias,
regulamentares e
individualizadas.
3(___)
Qualquer norma jurídica
de categoria diversa,
anterior ou posterior à
constitucional, terá
validade caso contrarie as
disposições desta.
Em segundo plano, na
pirâmide normativa,
estão as normas
ordinárias, que se
localizam nas leis,
medidas provisórias, leis
delegadas.
. De acordo com a
4(___)
Quanto às Relações de
Complementação as
normas jurídicas são
primárias, secundárias e
terciárias. 8(___)
Podemos dizer que
Normas Jurídicas quanto efetividade significa ser a
à Sanção: Perfeita, mais norma jurídica observada
do que perfeita, menos do tanto por seus
que perfeita e imperfeita. destinatários quanto pelos
aplicadores do Direito.
5(___) Já no que diz respeito à
O ponto de referência na eficácia, podemos dizer
pesquisa da legitimidade que as normas jurídicas
é o exame da fonte de não são geradas por
onde emana a norma. Se acaso, mas visando a
aquela é legítima esta alcançar certos resultados
também o será. sociais. O atributo
eficácia significa que a
A abstratividade verifica- norma jurídica produziu,
se com a norma não realmente, os efeitos
regulando os casos dentro sociais planejados
do seu denominador
comum, ou seja, como
ocorrem via de regra.
9(___).
Vigência - Para que a
6(___) norma disciplinadora do
As normas jurídicas convívio social ingresse
taxativas também no mundo jurídico e nele
chamadas de cogentes, produza efeitos,
por resguardarem os dispensável é que
interesses fundamentais apresente validade
da sociedade, obrigam formal.
independentemente da
vontade das partes. Quando dois ou mais
Estados resolvem,
As normas dispositivas, mediante um tratado,
que dizem respeito adotar internamente uma
apenas aos interesses dos legislação padrão, tais
particulares, admitem a normas recebem a
não adoção de seus denominação de Direito
preceitos, desde que por uniforme.
vontade expressa das
partes interessadas.
10(___)
No que diz respeito à
7(___) Legitimidade de uma
Normas Jurídicas quanto norma jurídica, podemos
à qualidade - Podem ser dizer que para um
positivas (ou positivista, na abordagem
permissivas) e negativas da norma, é suficiente o
(ou proibitivas). exame de seus aspectos
extrínsecos - vigência.
classificação de García Já para as correntes
Máynez, positivas são as espiritualistas, além de
normas que permitem a atender aos pressupostos
ação ou omissão. técnico-formais, as
Negativas, as que normas necessitam de
proíbem a ação ou legitimidade, ou seja,
omissão visarem o bem comum.
49
FASP/ DIREITO/ IED 1,
21º Encontro Letivo E 19º
Pré-teste
Os princípios.
I - OS PRINCÍPIOS
JURÍDICOS:
No dicionário, o significado
da palavra princípios,
dentre outras formas, figura
como "Proposições
diretoras de uma ciência,
às quais todo o
desenvolvimento posterior
dessa ciência deve estar
subordinado".
Depreende-se desta
definição que a palavra
princípio exprime a ideia de
começo, onde tudo se inicia.
Na antiga Roma já dizia
Gaio "o princípio é a parte
mais importante de qualquer
coisa" (Digesto, I, 2, l).
PAULO BONAVIDES,
após apresentar conceitos de
princípios formulados por
Luís Diez Picazo, F. de
Clemente e F. de Castro
critica-os pela falta do
elemento normatividade,
que considera como o traço
qualitativamente mais
importante, na atualidade.
Igual crítica faz ao conceito
de princípio formulado pela
Corte Constitucional
italiana:
"Faz-se mister assinalar que
se devem considerar como
princípios do ordenamento
jurídico aquelas orientações
e aquelas diretivas de caráter
geral e fundamental que se
possam deduzir da conexão
sistemática, da coordenação
e da íntima racionalidade
das normas, que concorrem
para formar assim, num dado
momento histórico, o tecido
do ordenamento jurídico."
Por tal razão, aquele mestre
prefere o conceito de
princípio oferecido por
CRISAFULLI, onde vamos
encontrar as características
próprias dessa espécie de
norma:
"Princípio é, com efeito,
toda norma jurídica,
enquanto considerada como
determinante de uma ou de
muitas outras subordinadas,
que a pressupõem,
desenvolvendo e
especificando ulteriormente
o preceito em direções mais
particulares (menos gerais),
das quais determinam, e,
portanto, resumem,
potencialmente, o conteúdo:
sejam, pois, estas
efetivamente postas, sejam,
ao contrário, apenas
dedutíveis do respectivo
princípio geral que as
contém. ”
JOSÉ AFONSO
DA SILVA diz serem os
princípios verdadeiras
ordenações que se irradiam
e imantam os sistemas de
normas, ou, "são como
observam Gomes Canotilho
e Vital Moreira, núcleos de
condensações nos quais
confluem valores e bens
constitucionais".
Como disseram os
mesmos autores, “os
princípios", que começam
por ser a base de normas
jurídicas, podem estar
positivamente incorporados,
transformando-se em
normas-princípios e
constituindo preceitos
básicos da organização
constitucional.
Para JUAREZ
FREITAS devemos entender
por princípio ou objetivo
fundamental, o "critério ou a
diretriz basilar de um
sistema jurídico, que se
traduz numa disposição
hierarquicamente superior,
do ponto de vista
axiológico, em relação às
normas e aos próprios
valores, sendo linhas
mestras de acordo com as
quais se deverá guiar o
interprete quando se
defrontar com antinomias
jurídicas."
RICARDO
GUASTININI teria
recolhido na doutrina e na
jurisprudência nada menos
do que 6 conceitos de
"princípios", todos com
referência a normas ou a
disposições legislativas que
exprimem normas e que
seriam, resumidamente:
(1) Normas com alto grau
de generalidade:
(2) De alto grau de
indeterminação
necessitando da via
interpretativa para serem
concretizados:
(3) Com caráter
programático;
(4) De posição muito
elevada na hierarquia das
fontes de Direito:
(5) Funcionalmente
importantes e fundamentais
no sistema jurídico ou
político;
(6) Normas dirigidas
aos órgãos de aplicação,
sendo ai a sua específica
função a de fazer a escolha
dos dispositivos ou das
normas aplicáveis aos casos
concretos.
IVO DANTAS oferece o
seguinte conceito:
"Para nós, PRINCÍPIOS são
categoria lógica e, tanto
quanto possível, universal,
muito embora não possamos
esquecer que, antes de tudo,
quando incorporados a um
sistema jurídico-
constitucional-positivo,
refletem a própria estrutura
ideológica do Estado, como
tal, representativa dos
valores consagrados por
uma determinada
sociedade."
Manoel Gonçalves Ferreira
Filho, segundo citação de
50
 José Luiz Quadros de
Magalhães, registra:
"Os juristas empregam o
termo 'princípio' em três
sentidos de alcance
diferente.
Num primeiro, seriam
'supernormas', ou seja,
normas (gerais ou
generalíssimas) que
exprimem valores e que por
isso, são ponto de
referência, modelo, para
regras que as desdobram.
No segundo, seriam
standards, que se imporiam
para o estabelecimento de
normas específicas -ou seja,
as disposições que
preordenem o conteúdo da
regra legal.
No último, seriam
generalizações, obtidas por
indução a partir das normas
vigentes sobre determinada
ou determinadas matérias.
Nos dois primeiros
sentidos, pois, o termo tem
uma conotação prescritiva;
no derradeiro, a conotação é
descritiva: trata-se de uma
'abstração por indução'."
1.
CARACTERÍSTI
CAS DOS
PRINCÍPIOS:
CLAUS
WILLHELM CANARIS
destaca nos princípios 4
características básicas:
a) Não valem sem exceção e
podem entrar entre si em
oposição ou em contradição
- a decisão do julgador pode
ser válida e eficaz mesmo
quando baseada em princípio
singular que poderia levá-lo a
uma decisão antagônica;
b) Não têm a pretensão de
exclusividade - diversas
vezes os princípios estão
conectados, uma mesma
consequência jurídica,
característica de um
determinado princípio,
também pode ser conectada
com outro princípio;
2.a) A "função
c) Ostentam seu sentido orientadora do trabalho
próprio apenas numa interpretativo";
combinação de
complementação e restrição 3.a) A função de
recíprocas - devem ser 'fonte em caso de
analisados de forma plena e insuficiência da lei e do
na da aplicação de um ou costume';
mais princípios se tenha em
mente e faça parte da Ao lado dessas
decisão final a ponderação três funções que se tornaram
dos demais princípios clássicas, BOBBIO chegou a
contrapostos e limitativos. encontrar nos princípios outras
dimensões, formando uma
Devem-se buscar os limites tetradimensionalidade, ou seja,
existentes entre os teriam as funções:
princípios, pois estes só "interpretativa", "integrativa",
adquirem seu significado "diretiva" e "limitativa".
próprio quando se ligam entre
si, para, a partir de várias Porém, no dizer de
premissas, adequarem-se ao PAULO BONAVIDES,
caso concreto; teríamos não apenas quatro,
mas, cinco funções
d) Precisam, para sua destacadas nos princípios:
realização, de uma
concretização através de a) fundamentadora;
subprincípios e valores b) interpretativa;
singulares, com conteúdo c) integrativa;
material próprio - os d) diretiva;
princípios não existiriam e) limitativa.
sem outros subprincípios e
valorações de conteúdo
material, não são capazes de
aplicação imediata, antes
devendo ser normativamente
consolidados ou
normativizados.
2. DIMENSÕES
DOS PRINCÍPIOS:
É inegável que os
princípios foram ganhando
uma importância cada vez
maior para os juristas da
atualidade quando perceberam
ali dimensões nunca
imaginadas.
O professor Paulo
Bonavides trata do tema
com bastante propriedade.
Inicia dizendo-se
fundamentado no jurista
espanhol F. de Castro (citado
por Valdés), registrando três
funções desempenhadas pelos
princípios, a saber:
l.a) A função de
ser 'fundamento da ordem
jurídica', com 'eficácia
derrogatória e diretiva';
51

FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 19 AULA
-21
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas.
1(___)
Segundo PAULO
BONAVIDES, teríamos não
apenas quatro, mas, cinco
funções destacadas nos
princípios.
Seriam estas as cinco funções
dos princípios
a) fundamentadora; b)
interpretativa; c) integrativa; d)
diretiva;
e) limitativa
2(___)
Podemos observar que os
princípios não valem sem
exceção e podem entrar
entre si em oposição ou em
contradição.
Assim, a decisão do
julgador pode ser válida e
eficaz mesmo quando baseada
em princípio singular que
poderia levá-lo a uma decisão
antagônica;
3(___)
Podemos considerar funções
desempenhadas pelos
princípios: "interpretativa",
"integrativa", "diretiva"
"limitativa".
Funções desempenhadas pelas
regras: 'Fundamento da
ordem jurídica', com
‘eficácia derrogatória e
diretiva'; orientador do trabalho
interpretativo"; 'fonte em
caso de insuficiência da lei e
do costume';
4(___)
Para JOSÉ AFONSO DA
SILVA "Princípio é, com
efeito, toda norma jurídica,
enquanto considerada como
determinante de uma ou de
muitas outras subordinadas,
que a pressupõem,
desenvolvendo e
especificando ulteriormente
o preceito em direções mais
particulares (menos gerais),
das quais determinam, e,
portanto, resumem,
potencialmente, o conteúdo:
sejam, pois, estas
efetivamente postas, sejam,
ao contrário, apenas
dedutíveis do respectivo
princípio geral que as
contém. ”
. Ser 'fundamento da ordem
CRISAFULLI diz serem os
princípios verdadeiras
ordenações que se irradiam
e imantam os sistemas de
normas, ou, "são como
observam Gomes Canotilho
e Vital Moreira, núcleos de
condensações nos quais
confluem valores e bens
constitucionais"
5(___)
Podemos observar que os
princípios têm a pretensão
de exclusividade, não
querem resolver os
problemas sozinhos.
Assim, diversas vezes os
princípios estão conectados,
uma mesma consequência
jurídica, característica de um
determinado princípio,
também pode ser conectada
com outro princípio;
6(___)
Os princípios precisam, para
sua realização, de uma
concretização através de
subprincípios e valores
singulares, com conteúdo
material próprio.
Podemos afirmar, pois, que
os princípios ostentam seu
sentido próprio apenas
numa combinação de
complementação e restrição
recíproca
7(___)
Podemos dizer que os
princípios são "Proposições
diretoras de uma ciência, às
quais todo o
desenvolvimento posterior
dessa ciência deve estar
subordinado".
.
Porém, em razão da
normatividade dos princípios
jurídicos, a definição acima é
claramente inaceitável.
8(___)
. Podemos reconhecer três funções
nos princípios jurídicos.
jurídica', ser “orientadora do
trabalho interpretativo", e ser
'fonte em caso de
insuficiência da lei e do
costume'.
9(___)
Os juristas empregam o
termo 'princípio' em três
sentidos de alcance
diferente.
Num primeiro sentido eles
seriam 'supernormas', ou
seja, normas (gerais ou
generalíssimas) que
exprimem valores e que por
isso, são ponto de
referência, modelo, para
regras que as desdobram.
10(___)
. Princípios seriam
standards, que se imporiam
para o estabelecimento de
normas específicas -ou seja,
as disposições que
preordenem o conteúdo da
regra legal.
Eles seriam generalizações,
obtidas por indução a partir
das normas vigentes sobre
52
 determinada ou função positiva se dá com os
determinadas matérias. princípios 'informando', do
ponto de vista material, as
ações do poder público.
Em síntese, diga-
se que os princípios
FASP/ DIREITO/ IED 1 – constitucionais fundamentais
22º Encontro letivo & 20º integram o Direito
Pré-teste Constitucional positivo,
mostrando-se sob a forma de
3. TIPOLOGIA normas fundamentais que
DOS ordenam as valorações
PRINCÍPIOS: políticas do legislador, ou
seja, o conjunto de normas
Os princípios jurídicos oriundas de decisões políticas
possuem importância que o constituinte
distinta, posto que podem globalizou sob a forma de
desempenhar papéis ou Magna Carta.
funções diferentes. Para
melhor compreensão, 3.2. Princípios políticos
podemos agrupá-los de constitucionalmente
diversos modos. Iniciemos conformadores:
como fez CANOTILHO
(2000, p. 1128-1174): Seriam aqueles que
explicitam as valorações
3.1. Princípios políticas fundamentais do
jurídicos legislador constituinte,
fundamentais: refletindo a ideologia
triunfante e espelhando as
Promovidos dos opções políticas nucleares.
códigos para as
constituições, de forma Podem tais
expressa ou implícita nos princípios serem considerados
textos constitucionais, os como o cerne político de
princípios jurídicos uma constituição, servindo
fundamentais seriam aqueles como limites aos futuros
"historicamente objetivados e revisores e concentrando os
progressivamente princípios que serão os mais
introduzidos na consciência visados no caso de mudança
jurídica", fazendo parte, no regime político, posto que
pois, da ordem jurídica agrupam normas definidoras
positiva. da forma, da estrutura do
Estado e da sua organização
Os princípios econômico-social, os
fundamentais são caracterizadores da forma de
imprescindíveis para "a governo e estruturantes do
interpretação, integração, regime político23, além da
conhecimento e aplicação do organização política em geral.
direito positivo", possuindo
eles, ao mesmo tempo, uma CANOTILHO
função negativa e outra ainda lembra que os princípios
positiva. políticos constitucionais
conformadores são
Destaca-se a "normativos, rectrizes e
função negativa quando operantes", impondo-se tanto
estamos diante dos "casos nas atividades de
limites", a exemplo do interpretação, como na
"Estado de Direito e de Não elaboração dos atos
Direito" ou "Estado normativos.
Democrático e ditadura",
bem como, quando em jogo
o "excesso de poder". A
3.3. Princípios
constitucionais
impositivos:
Além de serem dinâmicos, são
prospectivamente orientados,
como é o caso do princípio
da independência nacional,
impondo ao legislador (e aos
demais órgãos do Estado) a
realização de fins ou a
execução de tarefas por eles
fixados.
Registra CANOTILHO que
outros autores preferem
designar os princípios
constitucionais impositivos
com terminologia diferente,
como é o caso de
SCHEUNER.
Tal fato, porém, não lhes
altera o significado, servindo,
porém, para clarear o
entendimento do seu
conteúdo.
Canotilho indica, como
exemplos, o princípio da
independência nacional ou o
princípio da correção das
desigualdades na distribuição
da riqueza e do rendimento.
3.4. Princípios garantias:
O último dos tipos
de princípios identificados
por Canotilho é o dos
princípios-garantias, ou, no
dizer de LARENZ, 'princípios
em forma de norma
jurídica'.
Os princípios
garantias, como revela o
termo, visam assegurar aos
cidadãos determinadas
garantias, como acontece com
os que estabelecem "nullum
crimen sine lege" e "nulla
poena sine lege", sendo mais
visível, pois, que os
legisladores estão
estreitamente vinculados na
sua aplicação.
3.1. Princípios
jurídicos
fundamentais:
3.2. Princípios políticos
constit
53
 uciona
lmente 2(___)
confor Tipologia dos princípios:
mador Princípios jurídicos
es fundamentais; Princípios
3.3. Princípios políticos constitucionalmente
constit conformadores; Princípios
uciona constitucionais impositivos;
is Princípios garantias.
imposi
tivos Os princípios
3.4. Princípios garantias, como revela o
garanti termo, visam assegurar aos
as objetos determinadas garantias,
como acontece com os que
estabelecem "nullum crimen
sine lege" e "nulla poena sine
lege".
3(___)
Historicamente
podemos observa que os
princípios foram
promovidos dos códigos
para as constituições, de
forma expressa ou implícita
nos textos constitucionais.
Os princípios
FASP – CURSO DE jurídicos fundamentais seriam
DIREITO – Introdução ao aqueles "historicamente
Direito 1 objetivados e
PRE-TESTE 20 AUL -22 progressivamente
ALUNO(A): introduzidos na consciência
_______________________ jurídica", fazendo parte,
___________ pois, da ordem jurídica
NOTA: _________ positiva.
(______________________ 4(___)
_____) Podem os princípios políticos
Coloque 1 quando todas as constitucionalmente
afirmativas forem corretas; conformadores serem
Coloque 2 quando a 1ª for considerados como o cerne
correta e a 2ª for incorreta;
político de uma
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta. constituição, servindo como
Coloque 4 quando todas as limites aos futuros revisores.
afirmativas forem
incorretas. Estes princípios agrupam
normas definidoras da forma,
1(___) da estrutura do Estado e da
Canotilho inclui uma sua organização econômico-
categoria de princípios em seu social, os caracterizadores da
estudo que denomina de “ forma de governo e
Princípios políticos estruturantes do regime
constitucionalmente político, além da organização
conformadores”. política em geral.
5(___)
Eles seriam aqueles
Temos, como exemplos dos
que explicitam as valorações
princípios garantias: o
políticas fundamentais do
princípio da independência
legislador constituinte,
nacional ou o princípio da
refletindo a ideologia correção das desigualdades na
triunfante e espelhando as distribuição da riqueza e do
opções políticas nucleares. rendimento.
Os princípios
políticos constitucionais
conformadores são
"normativos, rectrizes e
operantes", impondo-se tanto
nas atividades de
interpretação, como na
elaboração dos atos
normativos
6(___)
Os princípios
fundamentais são
imprescindíveis para "a
interpretação, integração,
conhecimento e aplicação do
direito positivo", possuindo
eles, ao mesmo tempo, uma
função negativa e outra
positiva.
Destaca-se a função
negativa quando estamos
diante dos "casos limites", a
exemplo do "Estado de
Direito e de Não Direito" ou
"Estado Democrático e
ditadura", bem como,
quando em jogo o "excesso
de poder".
7(___)
Princípios garantias -
explicitam as valorações
políticas fundamentais do
legislador constituinte,
refletindo a ideologia
triunfante e espelhando as
opções políticas nucleares,
servindo como limites aos
futuros revisores.
Princípios políticos
constitucionalmente
conformadores - Visam
assegurar aos cidadãos
determinadas garantias, como
acontece com os que
estabelecem "nullum crimen
sine lege" e "nulla poena sine
lege".
8(___)
Princípios jurídicos
fundamentais - normas que
ordenam as valorações
políticas do legislador, o
conjunto de normas oriundas de
decisões políticas que o
constituinte globalizou sob a
forma de magna carta.
54
 Princípios políticos
constitucionalmente
conformadores seriam
aqueles que explicitam as
valorações políticas
fundamentais do legislador
constituinte, refletindo a
ideologia triunfante e
espelhando as opções
políticas nucleares
. classificadas, como princípios
9(___)
A função positiva
dos princípios jurídicos
fundamentais se dá com eles
'informando', do ponto de
vista material, as ações do
poder público.
Estes princípios são,
no dizer de LARENZ,
'princípios em forma de
norma jurídica'.
10(___)
Os princípios jurídicos
possuem importância
distinta, posto que podem
desempenhar papéis ou
funções diferentes no sistema
jurídico, sendo importante
classifica-los.
Isto significa que na pirâmide
normativa os princípios estão,
dentro das constituições,
como indicadores de
possíveis direções que não
são de aplicação no nosso
sistema jurídico.
FASP/ DIREITO/ IED 1,
23º Encontro Letivo E 21º
Pré-teste
OS PRINCÍPIOS -
CONC
LUSÃ
O lhe o sentido tanto jurídico-
3.5. Outras
classifi
cações
dos
princíp
ios
constit
uciona
is:
CANOTILHO nos
oferece uma valiosa
classificação das normas (e
assim dos princípios
constitucionais). Segundo
ele as normas constitucionais
possuem diferentes graus de
concretização e podem ser
estruturantes, princípios
constitucionais gerais,
princípios constitucionais
especiais e regras
constitucionais, formadores de
um sistema interno.
Apresentou
Canotilho a seguinte forma
gráfica:
Princípios estruturantes
Princípios constitucionais
gerais
Princípios constitucionais
especiais
Regras constit
ucionais
Vejamos,
resumidamente,
cada um desses
princípios.
3.5.1 Princípios
estruturantes: os princípios
estruturantes são, para
Canotilho, "as traves-
mestras jurídico-
constitucionais", balizadores
da ordem constitucional.
Encontrando-se no
topo da estrutura constitucional
estes princípios são os mais
abertos e abstratos,
carecendo das demais
normas (princípios,
subprincípios e regras) para
serem concretizados,
mediante o processo de
densificação que vai iluminar-
constitucional como o
político-constitucional.
Cita como exemplo,
na Constituição portuguesa (e
que nos parece servir para o
caso brasileiro):
3.5.1.1. "O
princípio do Estado de
direito” densificado pelos
princípios da
constitucionalidade, da
legalidade da administração,
da vinculação do legislador aos
direitos fundamentais e o da
independência dos tribunais;
3.5.1.2. "O
princípio democrático"
concretizado pelos princípios
da soberania popular, do
sufrágio universal, da
participação democrática
dos cidadãos e da separação
com interdependência dos
órgãos de soberania;
3.5.1.3. "O
princípio republicano"
que se densifica pelos
princípios da não vitaliciedade
dos cargos políticos e o da
igualdade civil e política.
3.5.2. Princípios
constitucionais gerais:
Os princípios
constitucionais gerais,
primeiro mecanismo de
densificação dos princípios
estruturantes, apresentam,
ainda, elevado grau de
abstração e de generalidade,
necessitando, igualmente,
ganharem concretização
através de normas
constitucionais mais densas, a
exemplo dos princípios
constitucionais especiais e das
regras constitucionais.
O princípio
constitucional geral da
legalidade da administração
(que densificou o princípio
estruturante do Estado de
Direito), por exemplo, pode
ser concretizado através dos
princípios da preeminência ou
prevalência da lei e o da
reserva de lei.
Por sua vez, o
princípio democrático do
sufrágio, observe-se, após
haver densificado o princípio
estruturante democrático, pode
ser concretizado pelos
princípios da liberdade de
55
 propaganda, igualdade de
oportunidades e
imparcialidade nas campanhas
eleitorais.
3.5..3. Princípios
constitucionais especiais:
Os princípios constitucionais
especiais seriam os mais
densos dos princípios, sendo
comum usá-los para
concretizarem os princípios
estruturantes e os princípios
constitucionais gerais. Abaixo
deles, se assim podemos
considerar, estariam as
regras constitucionais.
Como exemplo da cadeia
sucessiva de densificação, cita
Canotilho o caso das "normas
garantidoras do direito de
recurso contencioso contra
certos actos da
administração" que
"constituem uma concretização
do princípio geral da
legalidade da administração e
do princípio especial da
prevalência da lei e do
princípio estruturante do
Estado de Direito."
3.6. Princípios políticos-
constitucionais e jurídicos-
constitucionais:
Podemos dizer, finalmente
(mas sem exaurir as
classificações) que os
princípios constitucionais se
dividem em dois grupos, quais
sejam, princípios políticos-
constitucionais e princípios
jurídicos-constitucionais.
Os princípios
políticos-constitucionais são
aqueles oriundos das decisões
políticas que regulamentam a
sociedade conforme suas
opções ideológicas, segundo
a forma de existência
política da nação.
Já os princípios
jurídicos-constitucionais são os
princípios gerais da ordem
jurídica. Decorrem da própria
constituição e por muitas
vezes constituem-se em reconhecimento de sua
desdobramentos desta. Tem-se existência positiva decorre do
o princípio jurídico- fato de ser ele qualificado
constitucional como princípio como "norma fundamental"
derivado dos princípios que possui caracteres de
fundamentais, como por norma "posta" (positivada) e
exemplo, o próprio princípio "pressuposta" (na
da constitucionalidade, o da concepção instauradora da
legalidade, ou o da isonomia. base constitucional sobre a
qual repousa o ordenamento
jurídico).
Adianta GUERRA
FILHO que: "Por isso,
haveria mesmo uma
3.7. O PRINCÍPIO DA incompatibilidade sua com
PROPORCIONALID uma prescrição na forma de
ADE: uma proposição normativa,
pois como já foi referido,
Segundo o trata-se de um princípio
entendimento de Suzana Vidal denominado "aberto" por
de Toledo Barros27, o LARENZ, em contraposição
princípio da àqueles formulados
proporcionalidade auxilia na normativamente."
compreensão de importantes
questões relativas aos Com PETER
direitos fundamentais, LERCHE, em 1961, ocorreu
notadamente, na compreensão momento importante,
jurídico-dogmática destes. registrado na obra "Excesso e
Adverte-nos para o Direito Constitucional -
estabelecimento da sobre a vinculação do
terminologia adequada deste legislador pelos princípios da
princípio e dos seus proporcionalidade e da
subprincípios. exigibilidade". Ali ficara
estabelecida a diferença
GUERRA FILHO desses dois aspectos da
alerta para o fato de que da proporcionalidade (em
mesma maneira como os sentido amplo), e a
doutrinadores estão preferência do termo
despertando para a "princípio da exigibilidade"
importância da distinção para distingui-lo da
entre normas que são regras proporcionalidade em
e normas que são sentido estrito.
princípios, os
constitucionalistas GUERRA
começam a perceber a FILHO registra que
necessidade "... de se PETER LERCHC sugere
reconhecer e empregar o chamar de "Princípio da
princípio da Proibição de Excesso" ao
proporcionalidade, também gênero a que pertenceriam
chamada de 'mandamento da as duas espécies e que o
proibição de excesso'." termo "excesso" já teria
sido empregado nesse
Ele defende que o contexto por W.
fato de não constar, JELLINEK (1913. 1964).
expressamente, na CF/88 o Esta sugestão
princípio da terminológica não teria
proporcionalidade, nada merecido maior
impede o seu uso entre nós, acatamento, apesar de
lembrando, inclusive, que o algum uso mesmo em
§ 2.°, do art. 5.° da nossa trabalhos recentes.
CF, de forma genérica,
admite a aplicação. O
56
 GUERRA para o qual as
FILHO faz esta importante normas do Atualmente é
observação: direito positivo consenso que o
se reduziriam ao conceito de
"Uma que hoje se PRINCÍPIO DA
característica chama "regras" PROPORCION
marcante do (rules, Regeln) ALIDADE, em
pensamento na teoria jurídica sentido AMPLO,
jurídico anglo-saxônica e é composto por
contemporâneo, germânica, isto é, TRES
que se faz notar normas que subprincípios, ou
em autores como permitem requisitos:
JOSEF ESSER realizar uma
(1964), subsunção dos ADEQUAÇÃO
RONALD fatos por elas ou utilidade –
DWORKIN regulados compatibilidade
(1978) e (Sachverhalte), entre os fins
ROBERT atribuindo a visados e os
ALEXY (1985) sanção cabível. meios
repousa empregados para
precisamente na Princípios, por atingi-los;
ênfase dada ao sua vez, se
emprego de encontram em NECESSIDADE
princípios um nível ou exigibilidade
jurídicos, superior de – que se use dos
positivados no abstração, sendo atos e meios que
ordenamento igualmente provocam o
jurídico, quer hierarquicamente menor dano aos
explicitamente - superiores, direitos;
em geral, na dentro da
constituição -, compreensão do PROPORCION
quer através de ordenamento ALIDADE em
normas onde se jurídico como sentido
manifestam uma "pirâmide RESTRITO – as
claramente, para normativa" medidas
o tratamento dos (Stufenbau), e se adotadas tragam
problemas eles não vantagens que
jurídicos. permitem uma superem as
subsunção direta desvantagens... o
Com isso, dá-se de fatos, isso se máximo de bem,
por superado o dá indiretamente, com o mínimo
legalismo do colocando regras de mal.
positivismo sob o seu 'raio de
normativista, abrangência'." Boa aprendizagem
FASP – CURSO DE 1(___) O princípio democrático é
DIREITO – Introdução ao Canotilho nos oferece esta concretizado pelos princípios da
Direito 1 “pirâmide”: soberania popular, do sufrágio
PRE-TESTE 21 AULA -23 Princípios estruturantes universal, da participação
Princípios constitucionais gerais democrática dos cidadãos e
ALUNO(A): Princípios constitucionais da separação com
________________________ especiais interdependência dos órgãos
__________ de soberania;
Regras constitu
NOTA: _________
cionais
(_______________________ O princípio republicano é
____) concretizado pelos princípios da
As regras constitucionais
Coloque 1 quando todas as não vitaliciedade dos cargos
afirmativas forem corretas; seriam as grandes
políticos e o da igualdade civil e
Coloque 2 quando a 1ª for comandantes das normas
política.
correta e a 2ª for incorreta; constitucionais, devendo tudo
Coloque 3 quando a 1ª for se alinhar ao seu comando.
incorreta e a 2ª for correta. 3(___)
Coloque 4 quando todas as Os princípios
2(___)
afirmativas forem incorretas. estruturantes são, para
Canotilho, "as traves-mestras
57
 jurídico-constitucionais",
balizadores da ordem
constitucional.
Um exemplo de princípio
estruturante é o princípio do
Estado de direito.
4(___)
Exemplos de princípios
estruturantes: "o princípio do
estado de direito”, "o princípio
republicano" e o "o princípio
democrático”.
Os princípios estruturantes são os
mais abertos e abstratos,
carecendo das demais normas
para serem concretizados,
mediante o processo de
densificação que vai iluminar-lhe
o sentido tanto jurídico-
constitucional como o
político-constitucional.
5(___)
Princípios constitucionais gerais
são regras constitucionais,
formadores de um sistema
interno
Princípios constitucionais
especiais são regras
constitucionais, formadores de
um sistema interno
6(___)
O princípio
constitucional geral da
legalidade da administração
(que foi densificado pelo
princípio estruturante do Estado
de Direito), por exemplo, pode
ser concretizado através dos
princípios da preeminência ou
prevalência da lei e o da reserva
de lei.
FASP/ DIREITO/ IED 1,
24º Encontro Letivo E 22º
Pré-teste
AS REGRAS
JURÍDICAS:
Podemos considera regra
jurídica como um padrão
de comportamento, 'urn
guia da yida social', que se
impõe seja aos cidadãos
seja aos funcionários, que
devem aceitá-la como tal.
Ela é uma prática social.
O princípio
democrático do sufrágio, após
haver densificado o princípio
estruturante democrático, pode
ser concretizado pelos princípios
da liberdade de propaganda,
igualdade de oportunidades e
imparcialidade nas campanhas
eleitorais.
7(___)
Princípios garantias -
explicitam as valorações
políticas fundamentais do
legislador constituinte,
refletindo a ideologia
triunfante e espelhando as
opções políticas nucleares,
eles são o cerne político de
uma constituição, servindo
como limites aos futuros
revisores.
Princípios políticos
constitucionalmente
conformadores - Visam
assegurar aos cidadãos
determinadas garantias, como
acontece com os que
estabelecem "nullum crimen
sine lege" e "nulla poena sine
lege", sendo mais visível, pois,
que os legisladores estão
estreitamente vinculados na sua
aplicação.
8(___)
O princípio da
proporcionalidade, em
sentido AMPLO, é composto
por TRES subprincípios, ou
requisitos
ADEQUAÇÃO ou utilidade
– compatibilidade entre os
fins visados e os meios
1. TIPOLOGIA DAS
REGRAS:
CANOTILHO partindo da
bipartição das regas em
organizatórias e
materiais, classificou-as
assim:
(I) Regras jurídico-
organizatórias - regulam o
estatuto da organização do
Estado e a ordem de
domínio - são regras
complexas que possuem
4 funções destacadas:
empregados para atingi-los. É
um subprincípio do princípio
da proporcionalidade,
9(___)
O princípio da proporcionalidade -
o reconhecimento de sua
existência positiva decorre do fato
de ser ele qualificado como
"norma fundamental" que possui
caracteres de norma "posta"
(positivada) e "pressuposta" (na
concepção instauradora da base
constitucional sobre a qual
repousa o ordenamento jurídico).
Princípios constitucionais gerais -
último mecanismo de
densificação dos princípios
estruturantes, apresentam,
ainda, elevado grau de abstração
e de generalidade, necessitando,
igualmente, ganharem
concretização através de normas
constitucionais mais densas, a
exemplo dos princípios
constitucionais especiais e das
regras constitucionais.
10(___)
É um subprincípio do
princípio da
proporcionalidade a
NECESSIDADE ou
exigibilidade, isto é, que se
use dos atos e meios que
provocam o menor dano aos
direitos;
É um subprincípio do
princípio da
proporcionalidade a
proporcionalidade em sentido
RESTRITO, ou seja, que as
medidas adotadas tragam
vantagens que superem as
desvantagens... o máximo de
bem, com o mínimo de mal.
.
(1) função estruturante das
organizações;
(2) função atributiva de um
poder_ou_
competência;
(3) função distributiva de
competências;
(4) função procedimental
ou processual.
Classificam-se em 3
grupos:
(a) Regras de competência:
estabelecem as atribuições
ou as esferas de
58
 competência dos vários
órgãos constitucionais;
(b) Regra de criação de
órgãos {normas
orgânicas}: disciplinam a
criação de certos órgãos.
Podem, ainda, atribuir
competência a esses órgãos,
transformando-se em
normas orgânicas e de
competência.
(c) Regras de Procedimento:
usadas somente quando o
procedimento é elemento
fundamental da formação da
vontade política ou do
exercício das competências
consagradas na Constituição.
(II) Regras jurídico-
materiais - regulam os
limites e programas da ação
do Estado em relação aos
cidadãos - classificam-se cm
4 grupos:
(a) Regras de
direitos fundamentais:
destinam-se ao
reconhecimento, garantia ou
a conformação constitutiva
dos direitos fundamentais;
(b) Regras de
garantia institucionais: são
usadas para a proteção, das
instituições, sejam públicas
ou particulares;
(c) Regras determinadoras
de fins e tarefas do Estado:
servem para fixar, de
maneira abstrata e global, os
fins e as tarefas prioritárias
do Estado;
(d) Regras
constitucionais
impositivas: impõem
deveres concretos e
permanentes,
materialmente
determinados.
São normas constitucionais
impositivas em sentido
restrito, podendo apresentar
uma subdivisão em:
(1) imposições
legiferantes ou imposições
constitucionais;
(2) ordens de legislar.
Não confundir as regras
constitucionais impositivas
com os princípios Direito (Larenz)
constitucionais impositivos ou com a lei
(que são normas suprema do
constitucionais impositivas Direito, segundo
em sentido amplo) que H. J. Wolff, e,
fixam as tarefas e as finalmente,
diretrizes materiais do
Estado. o da
importância
2. DISTINÇÕES ENTRE que têm para a
REGRAS E ordem jurídica
PRINCÍPIOS: (entre outros,
São incontáveis as Peczenik e
propostas de critérios para Ziembinski).
distinção entre essas duas
espécies de normas. ALEXY teria
ALEXY considerava o encontrado 3 teses a cerca
traço da generalidade da distinção entre regras e
como o principal para a princípios:
distinção, assegurando que
os princípios possuem alto A primeira -
grau de generalidade nenhum dos critérios
relativa, enquanto que as distintivos seria suficiente
regras são de baixo grau de para, isoladamente, garantir
generalidade. o acerto da diferenciação;
A segunda é a
que admite a diferença entre
regras e princípios com base
Elenca, ainda, critérios no grau de generalidade;
sugeridos por vários
autores, dizendo: A terceira tese
(única aceita como válida
Os demais por ALEXY) defende que a
critérios diferença entre regras e
distintivos princípios se estabelece
aparecem a tanto em razão de grau,
seguir como de qualidade. É o
enunciados: critério gradualista-
quantitativo.
o da
'determinabilid
ade dos casos CANOTILHO
de aplicação' apresenta diversos critérios
(Esser), para distinguir as regras dos
princípios. Destacou:
o da origem, o
da diferenciação O "grau de
entre normas abstração", dizendo que os
'criadas' e princípios apresentam elevado
normas grau de abstração enquanto
'medradas' ou as regras têm reduzida
'crescidas', abstração.
referido por
Schuman e O "Grau de
Eckhoff, o da determinabilidade",
explicitação do assegurando que nos casos
teor de concretos os princípios, por
valoração serem vagos e indeterminados,
(Canaris), necessitam de mediação, do
legislador ou do juiz, para
o da relação serem concretizados, enquanto
com a ideia de
59
 que as regras podem ser
aplicadas diretamente.
O "Caracter de
fundamentalidade no sistema
das fontes do direito", de vez
que os princípios ocupam o
papel ou função de
fundamento no
ordenamento jurídico ou
importância que detêm, com
posição de quando uma regra
vale deve ser cumprida tal
qual por ela estipulado, nem
mais, nem menos.
A 'Proximidade'
"da ideia de
direito",
destacando que os princípios
seriam 'standards' que
(segundo DWORKIN)
estariam radicados nas
exigências da 'justiça', ou
(segundo LARENZ), na
'ideia de direito', enquanto as
regras poderiam apresentar
conteúdo "meramente
funcional";
A "Natureza
normogenética" de
vez que
os princípios situam-se como
fundamento para as regras.
Ainda para
CANOTILHO é necessário
que se esclareça duas questões
fundamentais para uma boa
distinção entre os dois tipos
de normas, ou seja, "saber
qual a função dos princípios"
e saber se entre elas existe,
além de uma diferença de
graus, ainda uma diferença
qualitativa.
Respondendo a
tais questões CANOTILHO
assegurou que os princípios
são qualitativamente
distintos das regras,
apontando diversos aspectos
dessa distinção, dos quais
podemos destacar:
1.°) Uma regra é ou
não é cumprida, um princípio
possui vários graus de
concretização, variando em
razão de condicionalismos
fáticos e jurídicos;
2.°) Os princípios
podem coexistir, apesar de
serem antinômicos, as regras
em conflito excluem-se.
Aqueles permitem
"balanceamento de valores e
interesses", as regras exigem o
tudo ou nada;
3.°) Os princípios
podem envolver problemas
de validade e de peso, as regras
só enfrentam questão de
validade.
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 22 para as
AULA 24
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem incorretas
01 (___)
CANOTILHO
apresenta diversos critérios
para distinguir as regras dos
princípios. Destacou:
O "grau de
abstração", dizendo que os
princípios apresentam elevado
grau de abstração enquanto
as regras têm reduzida
abstração.
2 (___)
As Regras de garantia
institucionais: são
usadas para a
proteção, das
instituições, sejam
públicas ou
particulares;
Regras determinadoras de
fins e tarefas do Estado:
servem para fixar, de
maneira abstrata e global, os
fins e as tarefas prioritárias
do Estado;
03 (___)
ALEXY teria encontrado 13
teses acerca da distinção
entre regras e princípios.
60

Pelo que ALEXY encontrou
podemos dizer que nenhum
dos critérios distintivos seria
suficiente para,
isoladamente, garantir o
acerto da diferenciação e
admite a diferença entre
regras e princípios com base
no grau de generalidade;
defende que a diferença
entre regras e princípios se
estabelece tanto em razão de
grau, como de qualidade. É
o critério gradualista-
quantitativo.
04 (___)
A primeira das teses
encontradas por Alexy-
nenhum dos critérios
distintivos seria suficiente
para, isoladamente, garantir
o acerto da diferenciação.
A segunda é a que admite a
diferença entre regras e
princípios com base no grau
de generalidade
05 (___)
Regras de direitos
fundamentais - regulam os
limites e programas da ação
do Estado em relação aos
cidadãos.
Regras jurídico-materiais:
destinam-se ao
reconhecimento, garantia ou
a conformação constitutiva
dos direitos fundamentais.
06 (___)
Regras jurídico-
organizatórias - regulam o
estatuto da organização do
Estado e a ordem de
domínio - são regras
complexas que possuem 13
funções destacadas:
São suas funções: função
estruturante das
organizações; função
atributiva de um poder ou
competência; função
distributiva de
competências; e função
procedimental ou
processual. normas orgânicas e de
competência.
07
(___) Regras de Procedimento:
A "Natureza normogenética” usadas somente quando o
dos princípios significa que os procedimento é elemento
princípios se situam como fundamental da formação da
fundamento para as regras; vontade política ou do
exercício das competências
O "Grau de consagradas na Constituição.
determinabilidade", assegura .
que nos casos concretos os
princípios, por serem vagos e
indeterminados, não
necessitam de mediação, do
legislador ou do juiz, para
serem concretizados, enquanto
que as regras não podem ser
aplicadas diretamente.
08 (___)
Os princípios podem coexistir,
apesar de serem antinômicos,
as regras em conflito excluem-
se. Estas permitem
"balanceamento de valores e
interesses", e aqueles exigem o
tudo ou nada;
Uma regra é ou não é
cumprida, um princípio possui
vários graus de concretização,
variando em razão de
condicionalismos fáticos e
jurídicos;
09 (___)
É correto dizer que a regra
jurídica é um padrão de
comportamento, 'urn guia da
yida social', que não se
impõe seja aos cidadãos seja
aos funcionários, que devem
aceitá-la como tal.
A regra jurídica seria uma
prática social. Na
modalidade de Regra de
competência ela estabelece
as atribuições ou as esferas
de competência dos vários
órgãos constitucionais;
10 (___)
Regra de criação de órgãos
{normas
orgânicas}: disciplinam a
criação de certos órgãos.
Podem, ainda, atribuir
competência a esses órgãos,
transformando-se em
61
 FASP/ DIREITO/ IED 1,
25º Encontro Letivo E 23º
Pré-teste
AS REGRAS. LACUNAS E
CONFLITOS:
Maria Helena Diniz ao tratar
da integração e dos problemas
das lacunas no direito, da
correção e das antinomias
jurídicas, oferece diversas
lições que podemos resumir da
seguinte forma:
3.1 QUANTO ÀS
LACUNAS:
Algumas dúvidas e questões
podem ser levantadas em
razão das aparentes lacunas
no ordenamento jurídico,
quando, por exemplo, um
determinado comportamento
não está previsto
expressamente, que não está
proibido nem é obrigatório,
seria ele, automaticamente,
permitido?
Independente da discussão
a respeito da existência ou
não de lacunas nos sistemas
jurídicos, vamos ver
algumas das questões
básicas sobre elas, suas
espécies e meios de supri-
las.
(1) Questões básicas das
lacunas do direito quanto:
(a) a existência – já existe um
determinado problema numa
certa sociedade e o sistema
jurídico dela não estabeleceu,
ainda, uma norma reguladora
do caso;
(b) a constatação – alguém
percebeu o ponto de
existência de um problema na
sociedade, sem a norma de
solução no sistema jurídico.
(c) o preenchimento – como
preencher a lacuna com os
elementos daquele dado
sistema jurídico.
(2) Espécies de lacunas:
(a) normativa - quando se
tiver ausência de norma
sobre determinado caso;
como "o conflito entre duas
(b) ontológica - se houver normas, dois princípios, ou
norma, mas ela não
corresponder mais aos fatos princípio geral de direito em
sociais, o grande
desenvolvimento das
relações sociais e o
progresso técnico
acarretarem o
ancilosamento da norma
positiva;
(c) axiológica - no caso de
ausência de norma justa,
quando existe um preceito
normativo, mas, se for
aplicado, sua solução será
insatisfatória ou injusta
(3) Meios supletivos das
lacunas:
(a) analogia - método de
interpretação jurídica
utilizado quando, diante da
ausência de previsão
específica em lei, aplica-se
uma disposição legal que
regula casos idênticos,
semelhantes, ao da
controvérsia;
(b) costume - Trata-se do
uso reiterado, da repetição
constante e uniforme de
determinado ato social.;
(c) princípios gerais do
direito - são orientações
macro ou guia teórico
norteador da política e da
prática jurídica. São
compostos de subjetividade
e de conteúdo valorativo de
característica genérica. ;
(e) equidade - é a
adequação da norma ao
caso concreto, ajustando-a
ao sentimento de justiça do
aplicador.
Admite-se, ainda, a
equidade que, no Brasil só
pode o juiz aplica-la nos
casos previstos em Lei.
3.2. QUANTO AOS
CONFLITOS:
Considerando antinomia
de uma norma e um
sua aplicação prática a um
caso particular" Maria
Helena oferece-nos a
seguinte classificação:
(1) Quanto ao critério de
solução:
(A) Antinomia
aparente;
(B) Antinomia real.
(2) Quanto ao conteúdo:
(A) Antinomia própria;
(B) Antinomia imprópria.
Esta, por sua vez, pode
ser:
(a) antinomia de
princípios;
(b) antinomia valorativa;
(c) antinomia teleológica;
(d) antinomia técnica.
(3) Quanto ao âmbito:
(A) antinomia de
direito interno;
(B) antinomia de
direito
internacional;
(C) antinomia de
direito
interno-
internacional
.
(4) Quanto à extensão da
contradição:
(A) antinomia total-
total;
(B) antinomia total-
parcial;
(C) antinomia
parcial-parcial.
3.3. CRITÉRIOS PARA
SOLUÇÃO DOS
CONFLITOS ENTRE AS
NORMAS:
(1) critério hierárquico
62
 Lei superior derroga lei
inferior
(lex superior derogat legi
inferiori);
(2) critério cronológico
Lei posterior derroga lei
anterior
(lex posterior derogat legi
priori);
(3) critério da especialidade
Lei especial derroga lei geral
(lex specialis derogat legi
generali).
Caso a aplicação desses
critérios não seja suficiente
para afastar a antinomia, por ser
ela real ou verdadeira lacuna
de colisão, necessário se faz o
recurso aos princípios.
É possível, ainda, a existência
de conflito entre os próprios
critérios de solução de
conflitos, ou seja, antinomia
de segundo grau, ou:
(1) hierárquico x cronológico
- prevalece o hierárquico;
(2) de especialidade x
cronológico
- prevalece a especialidade;
(3) hierárquico x de
especialidade
- a solução vai depender do
caso concreto.
3.4. CONFLITO ENTRE
PRINCÍPIOS:
É possível que em um
mesmo sistema jurídico
constitucional tenhamos
princípios que se encontrem
em rota de colisão com
outros.
Aliás, segundo GUERRA
FILHO, os princípios
convivem em "estado
potencial de conflito".
Como resolver o problema,
pois, diante de um caso
concreto?
GUERRA FILHO ensina
que "a decisão a ser tomada,
em tais casos, sempre irá
privilegiar um (ou alguns)
dos princípios, em detrimento
de outro(s), embora todos
eles se mantenham íntegros
em sua validade e apenas
diminuídos, circunstancial e
pontualmente, em sua
eficácia."
Esse entendimento de que o
conflito entre princípios, por
se situar na esfera do seu
peso ou valor (e não no
plano da sua validade) deve
ser solucionado sem que se
tenha de alijar um ou outro
dos princípios em choque,
mas, simplesmente, pelo
reconhecimento de que diante
daquele caso concreto um
deles merece ser mais
considerado (não
importando que em outra
situação não se possa
entender de modo diverso) é
um sentimento comum, na
atualidade.
O professor PAULO
BONAVIDES já esboçara
semelhante entendimento e
o fez seguindo de tal modo o
ensinamento de ALEXY,
que reconheceu,
expressamente: "cujos
conceitos estamos
literalmente reproduzindo".
DWORKIN apresenta
solução igual.
É certo que os princípios
constitucionais devem
conviver de forma harmônica,
no entanto, algumas vezes
aplicados simultaneamente,
tornam-se antagônicos e
de difícil compatibilidade.
Quando tal acontece, a
única forma existente para
compatibilizar o exercício
simultâneo de dois princípios
constitucionais é o sacrifício
(provisório) de um em
benefício do outro.
Para adequar um princípio ao
outro deverá haver o mínimo
possível de restrição e,
sempre, salvaguardando a
essência dos direitos
constitucionais envolvidos na
questão sob pena da decisão
tornar-se ilegítima.
A decisão deverá, pois,
revestir-se de elementos
harmonizadores entre os dois
princípios tencionados,
evitando-se a simples
eliminação de um dos direitos
colidentes.
É faculdade de o julgador
formular, ele próprio, a
solução mais adequada ao caso
concreto de forma a, dentro
do possível, e com a
observância das normas
específicas ao caso, respeitar
ao máximo os princípios de
proteção das partes,
procurando manter a
integridade dos direitos
fundamentais conflitantes.
É oferecido ao aplicador, como
importante guia, o princípio da
proporcionalidade, capaz de
indicar, em cada caso
concreto, a solução mais
adequada, porque é a mais
suave e a mais vantajosa,
oferecendo maior proteção
com o menor sacrifício.
CAPEL FILHO,
Hélio. Antinomias
jurídicas. Revista Jus
Navigandi, ISSN 1518-4862,
Teresina, ano 9, n.
522, 11 dez. 2004. Disponível
em: https://jus.com.br/artigos/6
014. PARA APRENDER
MAIS.
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 23 para as
AULA 25
63
 ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem incorretas
01 (___)
Podemos estabelecer uma
classificação das antinomias
estabelecendo as distinções
quanto ao critério de solução;
quanto ao conteúdo; quanto ao
âmbito e quanto à extensão da
contradição
Em caso de conflito entre
princípios, GUERRA
FILHO ensina que "a
decisão a ser tomada, em tais
casos, sempre irá privilegiar
um (ou alguns) dos
princípios, em detrimento de
outro(s), embora todos eles se
mantenham íntegros em sua
validade e apenas diminuídos,
circunstancial e pontualmente,
em sua eficácia."
02 (___)
É incorreto dizer que
Antinomia é um conflito
entre duas normas, dois
princípios, ou de uma norma
e um princípio geral de
direito em sua aplicação
prática a um caso particular.
Ocorre ancilosamento da
norma positiva quando a
realidade social se altera,
sem que a norma
acompanhe a mudança
ocorrida, ficando caduca.
03 (___)
Cinco são as espécies de
lacunas: Normativa;
ontológica; axiológica; de
regras; de princípios.
Juízo axiológico é juízo
valorativo e diz respeito à
teoria dos valores
(axió=estimar em grego;
axiologia teoria - da
estimativa ou dos valores).
O juízo axiológico equivale
ao juízo de justiça.
04 (___)
São três as questões básicas
das lacunas do direito: A
existência; a constatação; o
preenchimento.
Em razão dessas questões,
pode-se afirmar, com alto
grau de certeza, de que temos
lacunas no nosso direito cuja
constatação ainda não
ocorreu.
05 (___)
Três são os critérios para
solução dos conflitos entre as
normas: Critério hierárquico
(lex superior derogat legi
inferiori); critério
cronológico (lex posterior
derogat legi priori); critério
da especialidade (lex specialis
derogat legi generali)
Não existe conflito entre
normas que não se resolva
por um desses três critérios.
06 (___)
É possível que em um
mesmo sistema jurídico
constitucional tenhamos
princípios que se encontrem
em rota de colisão com
outros.
Quando ocorre conflito entre
princípios, é oferecido ao
aplicador, como importante
guia, o princípio da
proporcionalidade, capaz de
indicar, em cada caso
concreto, a solução mais
adequada, porque é a mais
suave e a mais vantajosa,
oferecendo maior proteção
com o menor sacrifício.
07 (___)
Temos, como meios
supletivos das lacunas:
Analogia; costume;
princípios gerais do direito;
admite-se, ainda, a
equidade.
A equidade orienta a tratar
desigualmente os desiguais,
gerando uma isonomia real.
08 (___)
Juízo ontológico se refere ao
estudo do ser em sua
essência. É o estudo que
delimita o ser naquilo que
ele tem de essencial e
acidental. 
Temos a antinomia técnica
quando falta uniformidade
da terminologia legal,
sendo, por exemplo, o
conceito de posse em direito
civil  diverso daquele
empregado em direito
administrativo.
09 (___)
Lacuna axiológica - se
houver norma, mas ela não
corresponder mais aos fatos
sociais, o grande
desenvolvimento das
relações sociais e o
progresso técnico
acarretarem o ancilosamento
da norma positiva;
Lacuna ontológica - no
caso de ausência de norma
justa, quando existe um
preceito normativo, mas, se
for aplicado, sua solução
será insatisfatória ou injusta
10 (___)
É possível, ainda, a existência
de conflito entre os próprios
critérios de solução de
conflitos, ou seja, antinomia
de terceiro grau.
Para resolver a antinomia de
segundo grau usamos esses
critérios: Hierárquico x
cronológico - prevalece o
hierárquico; de especialidade
x cronológico - prevalece a
especialidade; hierárquico x
de especialidade - a solução
vai depender do caso
concreto.
64
 FASP/ DIREITO/ IED 1 –
Encontro 26º E Pré-Teste 24
PRINCIPAIS ENTES
NORMATIVOS
O sistema normativo
brasileiro é composto por
todos os entes normativos
aceitos pelo nosso sistema
jurídico.
Para melhor compreendê-los
podemos classifica-los:
(i) Nacionais e
internacionais.
(ii) Constitucionais e
infraconstitucionais.
(iii) Federais, estaduais e
municipais.
I. Normativos Nacionais e
Internacionais
Separam os entes
normativos segundo o
sistema a que pertencem.
1. Nacionais - são aqueles
oriundos dos poderes locais.
2. Internacionais - são os
celebrados pelo Brasil com
outras nações, a exemplo
dos pactos, tratados e
convenções para terem
vigência entre nós.
2.1. Tratado Internacional
Especial
Sobre Direitos Humanos
aprovado pelo órgão
legislativo e executivo, em
rito semelhante ao de
emenda à constituição ou
somente de forma simples.
Discutidíssima já foi a sua
posição hierárquica. Hoje
pode ficar a depender do
Congresso Nacional, com
status de norma
constitucional ou de lei
federal. Mudará de posição
segundo a forma de sua
aprovação.
2.2.Tratado Internacional
Comum
Aprovado pelo órgão
legislativo e executivo sobre
assuntos diversos dos
especiais.
3. Estrangeiros – são
normas de outras nações que
o Brasil acatará ou não,
pois, adotamos a
territorialidade moderada,
em que a aplicação das leis
alienígenas é delimitada a
certos casos. A Lei de
Introdução às Normas do
Direito Brasileiro trata do
assunto.
3.1. UNIFORME – Tratado
ou convenção que
estabeleça normas para
serem válidas, ao mesmo
tempo, em países diferentes.
II. Normativos
Constitucionais e
Infraconstitucionais:
Compreendem os entes
normativos divididos
segundo a sua posição na
pirâmide normativa.
1. Constitucionais - são as
espécies normativas que não
podem ser sobrepostas por
nenhuma outra.
São leis em sentido amplo,
mas, situam-se acima de
qualquer das leis em sentido
restrito, bem assim, dos
outros modos de
manifestação das normas
jurídicas.
1.1. Constituição Federal
É a Carta Magna, o mais
importante diploma legal do
país. Não é lei em sentido
estrito, situando-se acima
desta.
1.2. Emenda
Constitucional Federal
A emenda constitucional
federal é uma modificação
na Constituição Federal que
deve ser aprovada por 3/5
das duas casas do
Congresso, em dois turnos.
Não podem ser objeto de
emenda constitucional
(artigos 60º § 4º, I a IV) as
chamadas "cláusulas
pétreas", isto é, as que se
referem à federação, ao voto
direto, secreto, universal e
periódico, à separação de
poderes e aos direitos e
garantias individuais.
Aprovada, incorpora-se à
Constituição, faz parte dela
e passa a desfrutar do seu
status.
1.3. Constituição Estadual
É a Carta Magna de cada
Estado.
1.4. Emenda
Constitucional Estadual
A emenda constitucional
estadual é uma modificação
na Constituição Estadual
que deve ser aprovada
conforme previsto em seu
texto.
OBSERVAÇÃO: Os
municípios, assim como o
Distrito Federal não
possuem Constituição.
Regem-se por LEIS
ORGÂNICAS.
2. Normativos
Infraconstitucionais
São os normativos que
complementam o sistema
jurídico ocupando os lugares
não trabalhados pelos
normativos constitucionais e
os a eles equiparados.
2.1. Normativos
Infraconstitucionais
Federais
São oriundos dos Poderes
Federais.
2.1.1. Lei Federal
Espécie normativa oriunda
do Congresso Nacional
como lei em sentido restrito.
Ao seu lado convive um
tipo, a Lei Delegada, que é
de autoria do Poder
Executivo autorizado pelo
Poder Legislativo.
2.1.2. Lei Complementar
A lei complementar à
Constituição é por esta
definida quanto às matérias.
Requer maioria absoluta de
votos nas duas casas do
Congresso para aprovação.
2.1.3. Lei Ordinária
A lei ordinária diz respeito à
organização do Poder
Judiciário e do Ministério
Público, à nacionalidade,
cidadania, direitos
individuais, políticos e
eleitorais, planos plurianuais
e orçamentos e a todo o
direito material e processual,
como os códigos civil,
penal, tributário e
respectivos processos.
2.1.4. Lei delegada
É elaborada pelo presidente,
a partir de delegação
específica do Congresso,
mas não pode legislar sobre
atos de competência do
Congresso, de cada casa,
individualmente, sobre
matéria de lei complementar
nem sobre certas matérias de
lei ordinária.
2.1.5. Medida provisória
A medida provisória,
editada pelo presidente da
república, deve ser
submetida ao Congresso
para aprovação em 120 dias;
não pode ser aprovada por
decurso de prazo nem
produz efeitos em caso de
65
 rejeição. Veio substituir a
figura do Decreto Lei.
2.1.6. Decreto legislativo
O decreto legislativo é de
competência exclusiva do
Congresso Nacional, sem
necessitar de sanção
presidencial.
2.1.7. Resolução
Legislativa
Ato legislativo de conteúdo
concreto, de efeitos internos.
É a forma que revestem
determinadas deliberações
da Assembleia da
República. As Resoluções
não estão, em princípio,
sujeitas a promulgação e
também não estão sujeitas a
controlo preventivo da
constitucionalidade, exceto
as que aprovem acordos
internacionais.
2.1.8. Decreto
No sistema jurídico
brasileiro, os decretos são
atos administrativos da
competência dos chefes dos
poderes executivos
(presidente, governadores e
prefeitos).
Um decreto é geralmente
usado pelo chefe do poder
executivo para fazer
nomeações e
regulamentações de leis
(como para lhes dar
cumprimento efetivo, por
exemplo), entre outras
coisas.
2.1.9. Decreto Lei
Um decreto-lei é um decreto
emanado pelo poder
executivo e não pelo poder
legislativo que tem força de
lei. Os decretos-leis são
normalmente uma
ferramenta do chefe do
poder executivo para dar
imediata efetividade para
um desejo político da
administração. O abuso na
promulgação de decretos-
leis é normalmente um
indicador de problemas no
equilíbrio entre os poderes
do Estado.
No Brasil, os decretos-leis
tiveram um grande número
de publicações durante o
Estado Novo e a Ditadura
Militar, quando o poder
executivo tinha um poder
supremo sobre os demais
poderes governamentais.
Atualmente não é mais
possível a produção de um
decreto-lei.
Lei Complementar No 95,
2.1.10. Portaria de 26 de fevereiro de 1998
Documento de ato Dispõe sobre a elaboração, a
administrativo de qualquer redação, a alteração e a
autoridade pública, que consolidação das leis,
contém instruções acerca da conforme determina o
aplicação de leis ou parágrafo único do art. 59 da
regulamentos, Constituição Federal, e
recomendações de caráter estabelece normas para a
geral, normas de execução consolidação dos atos
de serviço, nomeações, normativos que menciona.
demissões, punições, ou
qualquer outra determinação
de sua competência.
2.2. Normativos
Infraconstitucionais
Estaduais
As leis dos estados, quando
não tratam de assunto
reservado às competências
estaduais, são
hierarquicamente inferiores
às leis federais. Se os
deputados estaduais fizerem
uma lei em desacordo com
Leis Federais, a lei é ilegal.
2.3. Normativos
Infraconstitucionais
Municipais
As leis dos municípios,
quando não tratam de
assunto reservado às
competências municipais,
são hierarquicamente
inferiores às leis federais e
estaduais. Se os vereadores
fizerem uma lei em
desacordo com as leis
federais e/ou estaduais, a lei
é ilegal.
CONSTITUTUIÇÃO
1988
Art. 59. O processo
legislativo compreende a
elaboração de:
I - emendas à
Constituição;
II - leis
complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas
provisórias;
VI - decretos
legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei
complementar disporá FASP – CURSO DE DIREITO
sobre a elaboração, – Introdução ao Direito 1
redação, alteração e PRE-TESTE 24 SOBRE O
consolidação das leis. ASSUNTO DA 26ª Aula
66
 ALUNO(A):
_________________________
_________
NOTA: _________
(_________________________
__)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem incorretas;
1(___)
A lei ordinária diz respeito à
organização do Poder
Judiciário e do Ministério
Público, à nacionalidade,
cidadania, direitos
individuais, políticos e
eleitorais, planos plurianuais e
orçamentos e a todo o direito
material e processual, como
os códigos civil, penal,
tributário e respectivos
processos.
A lei complementar à
Constituição é por esta
definida quanto às matérias.
Requer maioria simples de
votos nas duas casas do
Congresso para aprovação.
2(___)
Normativos Constitucionais -
são as espécies normativas
que não podem ser
sobrepostas por nenhuma
outra. São leis em sentido
amplo, mas, situam-se acima
de qualquer das leis em
sentido restrito, bem assim,
dos outros modos de
manifestação das normas
jurídicas.
São normativos
constitucionais a Constituição
Federal e as emendas
constitucionais aprovadas.
Ainda podem pertencer a este
grupo o Tratado Internacional
Especial Sobre Direitos
Humanos aprovado pelo
órgão legislativo e executivo,
em rito semelhante ao de
emenda à constituição.
3(___)
Constituição Estadual - é a
Carta Magna de cada Estado e
também está sujeita a
modificação por intermédio
de Emenda Constitucional
Estadual que deve ser
aprovada conforme previsto
em seu texto.
Os municípios, assim como o
Distrito Federal não possuem
Constituição. Regem-se por
LEIS ORGÃNICAS.
4(___) Podemos agrupar os
entes normativos segundo o
sistema jurídico a que
pertencem:
Nacionais - são aqueles
oriundos dos poderes locais.
Internacionais - são os
normativos celebrados pelo
Brasil com outras nações, a
exemplo dos pactos, tratados
e convenções para terem
vigência entre nós.
5(___)
As leis dos estados, quando
tratam de assunto reservado às
competências estaduais, são
hierarquicamente inferiores às
leis federais. Se os deputados
estaduais fizerem uma lei em
desacordo com Leis Federais,
a lei é ilegal.
As leis dos municípios,
quando tratam de assunto
reservado às competências
municipais, são
hierarquicamente inferiores às
leis federais e estaduais. Se os
vereadores fizerem uma lei
em desacordo com as leis
federais e/ou estaduais, a lei é
ilegal.
6(___) Decreto - No sistema
jurídico brasileiro, os decretos
são atos administrativos da
competência dos chefes dos
poderes executivos
(presidente do senado e da
câmara).
Um decreto é geralmente
usado pelo chefe do poder
executivo para fazer
nomeações e regulamentações
de leis (como para lhes dar
cumprimento efetivo, por
exemplo), entre outras coisas.
7(___) Portaria - Documento
de ato administrativo de
qualquer autoridade pública,
que contém instruções acerca
da aplicação de leis ou
regulamentos, recomendações
de caráter geral, normas de
execução de serviço,
nomeações, demissões,
punições, ou qualquer outra
determinação de sua
competência.
As portarias, como podem ser
usadas por qualquer um dos
três poderes, fica
hierarquicamente equipara às
normas da Constituição.
8(___) O decreto legislativo é
de competência exclusiva do
Presidente da República, sem
necessitar de sanção
presidencial do Congresso
Nacional.
Resolução Legislativa - Ato
legislativo de conteúdo
concreto, de efeitos internos.
É a forma que revestem
determinadas deliberações da
Assembleia da República. As
Resoluções estão, em
princípio, sujeitas a
promulgação e também estão
sujeitas a controlo preventivo
da constitucionalidade, exceto
as que aprovem acordos
internacionais.
9(___) Um decreto-lei é um
decreto emanado do poder
executivo e não pelo poder
legislativo, que tem força de
lei. Os decretos-leis são
normalmente uma ferramenta
do chefe do poder executivo
para dar imediata efetividade
para um desejo político da
administração
No Brasil, os decretos-leis
tiveram um grande número de
publicações durante o Estado
Novo e a Ditadura Militar,
quando o poder executivo
tinha um poder supremo sobre
os demais poderes
governamentais. Atualmente
não é mais possível a
produção de um decreto-lei.
10(___) Lei Federal - É
elaborada pelo presidente, a
partir de delegação específica
do Congresso, mas não pode
legislar sobre atos de
competência do Congresso, de
cada casa, individualmente,
sobre matéria de lei
complementar nem sobre
certas matérias de lei
ordinária.
Lei delegada - Espécie
normativa oriunda do
Congresso Nacional como lei
em sentido restrito.
67
 direito não para de mudar,
porém, nem tudo muda.
27 AULA DE Muitas das novas ideias
INTRODUÇÃO AO nasceram de ideias que lhe
ESTUDO DO DIREITO I antecederam.
– REALIZAÇÃ DO II Assim as fontes históricas
ESTÁGIO - do Direito indicam a gênese
das modernas instituições
jurídicas: a época, local, as
razões que determinaram a
sua formação.
FASP/ DIREITO/ IED 1 –
Encontro 28º E Pré-Teste No setor da interpretação do
Direito, onde o fundamental
25 é captar-se a finalidade de
O DIREITO E AS SUAS um instituto jurídico, sua
FONTES: essência e valores capitais, a
utilidade dessa espécie de
fonte revela-se com toda
1. CONCEITO DE evidência.
FONTES
Sternberg, disse: “aquele
Esta palavra provém do que quisesse realizar o
latim, FONS, FONTIS e Direito sem a História não
significa nascente de água. seria jurista, nem sequer um
No direito é empregada utopista, não traria à vida
como metáfora, pois nenhum espírito de
“inquirir sobre a fonte de ordenamento social
uma regra jurídica é buscar consciente, senão mera
o ponto pelo qual sai das desordem e destruições”.
Profundidades da vida social
para aparecer na superfície Nesta categoria destaca-se
do Direito”. Du Pasquier. como fonte, para nós, o
Direito Romano.
A expressão fonte do direito
tanto pode indica o lugar de
onde provém como os 2.2. FONTES
vários modos de onde MATERIAIS (ou REAIS)
nascem, ou surgem a norma
jurídica que ainda não O Direito não é um produto
existia na sociedade arbitrário da vontade do
humana. Elas são o ponto de legislador, mas uma criação
partida para a busca da que se lastreia no querer
norma. social.
Na fonte está contida a Como causa produtora do
norma jurídica, pois, ela é o Direito, as fontes materiais
elemento que contém a são constituídas pelos fatos
norma. sociais, pelos problemas que
emergem na sociedade e que
2. CLASSIFICAÇÃO DAS são condicionados pelos
FONTES chamados fatores do
Direito, como a Moral, a
Não há consenso doutrinário Economia, a Geografia etc.
no que diz respeito à
classificação das fontes do Elas correspondem ao fato
direito. social e ao valor, que são
conjugados para a
Vamos destacar três construção de uma lei.
espécies:
históricas, Alguns dividem as fontes
materiais em diretas e
materiais e indiretas:
formais. Estas, as indiretas, são
identificadas com os fatores
2.1. FONTES jurídicos, enquanto que as
HISTÓRICAS fontes diretas são
representadas pelos órgãos
Por ser fruto da cultura, o elaboradores do Direito
Positivo, como:
a sociedade, que cria o
Direito consuetudinário,
o Poder Legislativo, que
constrói as leis,
e o Judiciário, que produz a
jurisprudência.
2.3. FONTES FORMAIS
O Direito Positivo
apresenta-se aos seus
destinatários por diversas
formas de expressão,
notadamente pela lei e
costume e jurisprudência
ganha espaço novo.
Fontes formais são os meios
de expressão do Direito, as
formas pelas quais as
normas jurídicas se
exteriorizam, tornam-se
conhecidas.
Para que um processo
jurídico constitua fonte
formal é necessário que
tenha o poder de criar o
Direito.
Em que consiste o ato de
criação do Direito? - Criar o
Direito significa introduzir
no ordenamento jurídico
novas normas jurídicas.
Quais são os órgãos que
possuem essa capacidade de
criar regras de conduta
social? – O elenco das
fontes formais varia de
acordo com os sistemas
jurídicos e também em razão
das diferentes fases
históricas.
2.3.1. Quanto ao órgão
Produtor
Fonte Formal Estatal:
provem do poder do Estado:
Legislação;
jurisprudência (sentença,
acórdão, súmulas); 
convenção internacional.
Fonte  Formais Não-
Estatais:
Costumes; 
Doutrina;
Poder Negocial;
Poder Normativo dos grupos
sociais.
68
 2.3.2. Quanto ao grau de
importância
Fonte principal: lei;
Fontes secundárias ou
acessórias: analogia,
costumes e princípios gerais
do Direito, doutrina,
jurisprudência e brocardos
jurídicos.
2.3.3. Quanto a natureza
Fontes Diretas: tem como
única finalidade servir como
modo de produção do
direito, incidindo na
situação da vida para a
concretização do Justo. Lei,
costume e princípios gerais
do direito.
PRE-TESTE 25 SOBRE O
ASSUNTO DA 28 AULA
TURMA:
_______________________
_______________
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
DUGUIT denominou
ATOS-REGRAS às
diferentes espécies de atos
jurídicos que, apesar de não
possuírem generalidade,
atingem a um contingente
de indivíduos.
São exemplos de atos-
regras: ingressos para uma
temporada de show de
Roberto Carlos.
2(___)
Fontes formais são os meios
de expressão do Direito, as
formas pelas quais as
normas jurídicas se
exteriorizam, tornam-se
conhecidas.
No Brasil o Direito Positivo
apresenta-se aos seus
destinatários por diversas
formas de expressão,
ATENÇÃO: CRESCE A
Fontes Indiretas: não se IMPORTÂNCIA DAS
prestam fundamentalmente SÚMULAS NO BRASIL.
a ser modo de produção do
direito, mas SÚMULAS
excepcionalmente tem essa IMPEDITIVAS DE
função. São elas: doutrina e RECURSOS (vigoraram
a jurisprudência. São antes do atual CPC) e
métodos de interpretação e SÚMULAS
aplicação da lei. VINCULANTES.
DUGUIT denominou SÚMULA VINCULANTE
ATOS-REGRAS às
diferentes espécies de atos
38
jurídicos que, apesar de não É competente o
possuírem generalidade, Município para fixar o
atingem a um contingente horário de
de indivíduos.
Ex.: os estatutos de funcionamento de
entidades, consórcios, etc. estabelecimento
comercial.
Boa aprendizagem.
notadamente pela lei, sociais, pelos problemas que
costume e jurisprudência. emergem na sociedade e que
Essa ordem é invertida em são condicionados pelos
países de outros sistemas chamados fatores do Direito,
jurídicos, como, por ex.: como a Moral, a Economia,
Inglaterra. a Geografia etc.
Elas correspondem ao fato
3(___) social e ao valor, que são
Classificada a fonte quanto conjugados para a
ao grau de importância, construção de uma lei.
temos como Fontes
Principais: analogia, 6(___) 
costumes e princípios gerais Quanto à natureza, podemos
do Direito, doutrina, classificar as fontes em:
jurisprudência e brocardos Diretas: não se prestam
jurídicos. fundamentalmente a ser
modo de produção do
Como Fonte Secundária ou direito, mas
acessória: a lei. excepcionalmente tem essa
função. São elas: doutrina e
a jurisprudência. São
métodos de interpretação e
aplicação da lei.
4(___)
É incorreto dizer que na Indiretas: tem como única
fonte está contida a norma finalidade servir como modo
jurídica, pois, ela é o de produção do direito,
elemento que contém a incidindo na situação da
norma, o ponto de partida vida para a concretização do
para a busca da norma. Justo. Lei, costume e
princípios gerais do direito.
A expressão fonte do direito
tanto pode indica o lugar de 7(___) 
onde provém como os Quanto ao órgão Produtor
vários modos de onde podemos classificar as
nascem, ou surgem a norma fontes em: Formal Estatal:
jurídica que ainda não provem do poder do Estado:
existia na sociedade Legislação; jurisprudência
humana. (sentença, acórdão,
súmulas); convenção
5(___) internacional.
O Direito é um produto
arbitrário da vontade do Formais Não-Estatais:
legislador, não uma criação Costumes; Doutrina; Poder
que se lastreia no querer Negocial; Poder Normativo
social. dos grupos sociais.
Como causa produtora do
Direito, as fontes materiais 8(___)
são constituídas pelos fatos
69
FONTES HISTÓRICAS -
Por ser fruto da cultura, o
direito não para de mudar,
porém, nem tudo muda.
Muitas das novas ideias
nasceram de ideias que lhe
antecederam. Assim as
fontes históricas do Direito
indicam a gênese das
modernas instituições
jurídicas: a época, local, as
razões que determinaram a
sua formação.
No setor da interpretação do
Direito, onde o fundamental
é captar-se a finalidade de
um instituto jurídico, sua
essência e valores capitais, a
utilidade dessa espécie de
fonte revela-se
insignificante.
10(___)
Há consenso doutrinário no
9(___) que diz respeito à
Alguns dividem as fontes classificação das fontes do
materiais em diretas e direito que são restritas a
indiretas: Estas são três espécies: materiais,
identificadas com os fatores reais e formais.
jurídicos,
DECRESCE A
enquanto que as fontes IMPORTÂNCIA DAS
diretas são representadas SÚMULAS NO BRASIL,
pelos órgãos elaboradores especialmente as
do Direito Positivo, como a SÚMULAS
sociedade, que cria o Direito VINCULANTES.
consuetudinário, o Poder
Legislativo, que constrói as
leis, e o Judiciário, que Boa aprendizagem.
produz a jurisprudência.
70
FASP/ DIREITO/ IED 1
– Encontro 29º E Pré-
Teste 26
AS LEIS. DEFINIÇÃO e
CLASSIFICAÇÃO:
1. Etimologia do vocábulo
lei
Não há consenso sobre a
origem do termo LEI.
Ao menos três são as
alternativas:
Disse CÍCERO que vem de
eligere (escolher), “Julgam
que esta lei deriva seu nome
grego da ideia de dar a cada
um o que é seu, e eu julgo
que o nome latino está
vinculado à ideia de
escolher, pois, sob a palavra
lei eles apresentam um
conceito de equidade e nós
um conceito de escolha, e
ambos são atributos
verdadeiros da 1ei”
Disse Tomás de Aquino que
vem de ligare (ligar),
“lei vem de ligar, porque
obriga a agir”.
Disse Isidoro de Sevilha que
vem de legere (ler),
“a lei é assim chamada do
verbo ler e está escrita”.
2. Definição e classificação
de lei:
Os romanos definiram lei
como “o preceito comum”
ou “o que o povo ordena e
constitui”.
W. B. Monteiro "lei é um
preceito comum e
obrigatório, emanado do
poder competente e provido
de sanção".
3. O termo lei possui
múltiplos sentidos,
fazendo-se necessário
conhecer os mais
importantes, servindo a
tarefa para esboçar a sua
classificação. Amplíssimo,
amplo e estrito.
3.1. LEI em sentido
amplíssimo significa norma
jurídica, seria todo e
qualquer preceito existente
no sistema jurídico.
3.2. Lei em sentido amplo
– significa o direito escrito.
Abrange à todas as espécies
normativas, a exemplo de
medida provisória, decreto e
à lei propriamente dita ou lei
em sentido restrito.
3.2.1. A medida provisória
(MP)
- Criada pela CF/88, é ato de
competência do presidente
da República, que poderá
editá-la na hipótese de
relevância e urgência.
Assemelha-se ao decreto-lei
(a quem substituiu), possui
forma de decreto e conteúdo
de lei.
Após sua edição a MP deve
ser submetida ao Congresso
Nacional para ser convertida
em lei. Sem conversão
dentro de 120 dias da
publicação, perderá seu
caráter obrigatório, com
efeitos retroativos ao início
de sua vigência. Então, o
Congresso Nacional deverá
disciplinar as relações
sociais afetadas pelas
medidas provisórias
rejeitadas.
3.2.2. Decreto
– Instrumento usado para a
criação dos atos normativos
oriundos do Poder
Executivo.
A validade do decreto não
exige o referendo do Poder
Legislativo. Entre as
diversas espécies de
decretos há os autônomos e
os regulamentares.
3.2.2.1. Decretos
autônomos
- são editados na rotina da
função administrativa, sobre
as matérias definidas na
Constituição Federal, nas
constituições estaduais e nas
leis orgânicas dos
municípios.
3.2.2.2. Decretos
regulamentares
- complementam as leis,
dando-lhes a forma prática
com que deverão ser
aplicadas, não podendo
introduzir novos direitos e
deveres, devendo limitar-se
a estabelecer os critérios de
execução da lei.
3.3. Lei em sentido estrito
- significa o preceito comum
e obrigatório, emanado do
Poder Legislativo, no
âmbito de sua competência.
A lei possui duas ordens de
caracteres: substanciais e
formais.
1º) Caracteres Substanciais -
Como a lei agrupa normas
jurídicas, há de reunir
também os caracteres
básicos destas: generalidade,
abstratividade,
bilateralidade,
imperatividade,
coercibilidade. É
indispensável ainda que o
conteúdo da lei expresse o
bem comum.
2º) Caracteres Formais - Sob
o aspecto de forma, a lei
deve ser: escrita, emanada
do Poder Legislativo em
processo de formação
regular, promulgada e
publicada.
4. Lei em sentido formal e
em sentido formal-
material
– levamos em consideração
os aspectos forma e
conteúdo.
4.1. Em sentido formal
-lei é aquela que atende
apenas aos requisitos de
forma (processo regular de
formação, poder
competente), faltando-lhe
pelo menos alguma
característica de conteúdo,
como a generalidade, ou por
não possuir sanção ou
carecer de substância
jurídica.
4.2. Em sentido formal-
material
-a lei, além de atender os
requisitos de forma, possui
conteúdo próprio do Direito,
reunindo todos os caracteres
substanciais e formais.
5. Lei substantiva, lei
adjetiva e Institutos unos
– levamos em consideração
o conteúdo normatizado
para fazermos a distinção.
5.1. Lei substantiva ou
material
-é a que reúne normas de
conduta social que definem
os direitos e deveres das
pessoas, em suas relações de
vida. Ex.: As leis relativas
ao Direito Civil, Penal,
Comercial.
5.2. Lei adjetiva ou formal
- agrupamento de normas
que definem os
71
 procedimentos a serem
cumpridos no andamento
das questões forenses. Ex.:
leis sobre Direito Processual
Civil, Direito Processual
Penal.
5.3. Institutos unos
– são as leis que reúnem
normas substantivas e
adjetivas. Ex.: Lei de
Falências.
6. Lei de ordem pública e
normas não preceptivas
6.1. Lei de ordem pública
- reúne preceitos de
importância fundamental ao
equilíbrio e à segurança da
sociedade, disciplinando os
fatos de maior relevo ao
bem-estar da coletividade.
Prevalece
independentemente da
vontade das pessoas. É
cogente e se sobreleva à
opinião de todos, inclusive à
daqueles a quem beneficia.
É o Poder Judiciário quem
as identifica como tal.
São tidas como leis de
ordem pública as que
dispõem sobre a família,
direitos personalíssimos,
capacidade das pessoas,
prescrição, nulidade de atos,
normas constitucionais,
administrativas, penais,
processuais, as pertinentes à
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 26 SOBRE O
ASSUNTO DA 29 AULA
TURMA:
_______________________
_______________
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
segurança e à organização
judiciária.
São igualmente as que
garantem o trabalho e
dispõem sobre previdência e
acidente do trabalho.
A interpretação das leis de
ordem pública deve ser
estrita, (declarativa ou
especificadora) condenando-
se tanto a amplitude
(analogia ou interpretação
extensiva) quanto a
limitação do alcance de suas
normas jurídica
(interpretação restritiva).
6.2. As normas não
preceptivas
- São as que se destinam
apenas à organização.
Podem ser interpretadas
extensivamente, de vez que
não estabelecem limitações
aos direitos individuais.
7. HIERAQUIA DAS
ESPÉCIES
NORMATIVAS
No topo da pirâmide
normativa temos a
Constituição Federal e as
Emendas Constitucionais.
Os tratados internacionais
Especiais – sobre direitos
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Espécies normativas
primárias - são as que
retiram seu fundamento de
validade diretamente do
texto constitucional.
O art. 59 da CF/88 as
enumera.
Espécies normativas
secundárias - são as que têm
a sua validade subordinada
aos comandos de outra
espécie normativa, não
retiram diretamente da
CF/88 esse fundamento. Um
decreto do Presidente da
República é uma espécie
normativa secundária (art.
84, IV, CF/88)
humanos aprovados pelo
Congresso nos moldes de
Emendas 3/5 dos votos, em
2 turnos de votação em
ambas as casas legislativas
assumem dimensão de
normas constitucionais;
Depois se posicionam as
espécies normativas
primárias.
Finalmente, as espécies
normativas secundárias.
7.1. Espécies normativas
primárias e secundárias
– levamos em consideração
a origem de sua
fundamentação.
7.1.1. Espécies normativas
primárias
- são as que retiram seu
fundamento de validade
diretamente do texto
constitucional. O art. 59 da
CF/88 as enumera.
7.1.2. Espécies normativas
secundárias
- são as que têm a sua
validade subordinada aos
comandos de outra espécie
normativa, não retiram
diretamente da CF/88 esse
fundamento. Um decreto do
Presidente da República é
uma espécie normativa
secundária (art. 84, IV,
CF/88)
Boa aprendizagem!
2(___)
Lei em sentido amplo –
significa o direito escrito.
Abrange à todas as espécies
normativas, a exemplo de
medida provisória, decreto e
à lei propriamente dita ou lei
em sentido restrito.
A medida provisória (MP) -
Criada pela CF/88, é ato de
competência do presidente
da República, que poderá
editá-la na hipótese de
relevância e urgência. Entre
as diversas espécies de
medidas provisórias há as
autônomas e as
regulamentares. Decretos
são instrumento usado para
a criação dos atos
normativos oriundos do
Poder Executivo.
72
A validade do decreto exige
o referendo do Poder
Legislativo.
3(__)
Não há consenso sobre a
origem do termo LEI.
Ao menos três são as
alternativas: vem de eligere
(ler), vem
de ligare (ligar), vem de
legere (escolher).
Disse CÍCERO “Julgam que
esta lei deriva seu nome
grego da ideia de dar a cada
um o que é seu, e eu julgo
que o nome latino está
vinculado à ideia de
escolher, pois, sob a palavra
lei eles apresentam um
conceito de equidade e nós
um conceito de escolha, e
ambos são atributos
verdadeiros da 1ei”
Disse Tomás de Aquino“lei
vem de ligar, porque obriga
a agir”.
Disse Isidoro de Sevilha “a
lei é assim chamada do
verbo ler e está escrita”.
4(___)
Em sentido formal, a lei,
além de atender os
requisitos de forma, possui
conteúdo próprio do Direito,
reunindo todos os caracteres
substanciais e formais.
Em sentido formal-material,
lei é aquela que atende
apenas aos requisitos de
forma (processo regular de
formação, poder
competente), faltando-lhe
pelo menos alguma
característica de conteúdo,
como a generalidade, ou por
FASP/ DIREITO/ IED 1
– Encontro 30º E Pré-
Teste 27
As leis - existência e
validade, eficácia
EXISTÊNCIA DA LEI –
para poder exercer o seu
papel na sociedade, a LEI
necessita ter existência.
O que é necessário para ela
existir?
O Brasil adotou o modelo de
repartição do Poder do
Estado por intermédio das
três funções clássicas:
não possuir sanção ou Depois se posicionam as
carecer de substância espécies normativas
jurídica. primárias.
Finalmente, as espécies
5(___) normativas secundárias.
Os romanos definiram lei
como “o preceito comum” 8(___)
ou “o que o povo ordena e Institutos unos – que se
constitui”. destinam apenas à
organização, podem ser
W. B. Monteiro oferece esta interpretados
definição: "lei é um preceito extensivamente, de vez que
comum e obrigatório, não estabelecem limitações
emanado do poder aos direitos individuais.
competente e provido de
sanção". Já as normas não
preceptivas são as leis que
6(___) reúnem normas substantivas
Lei substantiva é a que e adjetivas. Ex.: Lei de
reúne normas de conduta Falências.
social que definem os
direitos e deveres das 9(___)
pessoas, em suas relações de Lei em sentido estrito -
vida. Ex.: As leis relativas significa o preceito comum
ao Direito Civil, Penal, e obrigatório, emanado do
Comercial. Poder Legislativo, no
âmbito de sua competência.
Lei adjetiva ou material -
informal agrupamento de Caracteres Substanciais -
normas que definem os generalidade, abstratividade,
procedimentos a serem bilateralidade,
cumpridos no andamento imperatividade,
das questões forenses. Ex.: coercibilidade.
leis sobre Direito Processual
Civil, Direito Processual 10(___)
Penal. Lei de ordem pública -
reúne preceitos de
7(___) importância fundamental ao
No topo da pirâmide equilíbrio e à segurança da
normativa temos a sociedade, disciplinando os
Constituição Federal, a fatos de maior relevo ao
Estadual, a Municipal e as bem-estar da coletividade.
Emendas Constitucionais.
A interpretação das leis de
Os tratados internacionais – ordem pública não deve ser
sobre direitos humanos estrita, (declarativa ou
aprovados pelo Congresso especificadora) e sim com
nos moldes de Emendas 3/5 amplitude (analogia ou
dos votos, em 2 turnos de interpretação extensiva) ou
votação em ambas as casas mediante interpretação
legislativas assumem restritiva.
dimensão de normas
constitucionais; Boa aprendizagem!
Executiva, Legislativa e da Constituição Federal de
Judiciária. 1988, a iniciativa compete: a
qualquer membro ou
Assim, ao Legislativo cabe comissão da Câmara dos
fazer a lei. A CF/88 orienta Deputados ou do Senado
o processo de criação que, Federal, ao Presidente da
em síntese, passa pelas República, ao Supremo
seguintes fazes: Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao
(i)apresentação de projeto, Procurador-Geral da
(ii) exame das comissões, República e aos cidadãos.
discussão e aprovação
,(iii) revisão, 2. Exame pelas Comissões
(iv) sanção, Técnicas, Discussões e
(v) promulgação e Aprovação - Uma vez
(vi) publicação. apresentado, o projeto passa
por diversas comissões
1. Iniciativa da Lei - parlamentares, às quais se
Conforme dispõe o art. 61 vincula por seu objeto, tanto
73
 no Congresso Nacional
quanto em suas duas Casas.
Passado pelo crivo das
comissões competentes,
deverá ir ao plenário para
discussão e votação.
No regime bicameral, como
é o nosso, é indispensável à
aprovação do projeto pelas
duas Casas.
3. Revisão do Projeto - O
projeto pode ser apresentado
na Câmara ou no Senado
Federal.
Iniciado na Câmara, o
Senado funcionará como
Casa revisora e vice-versa.
Se a Casa revisora aprová-
lo, deverá ser encaminhado
à Presidência da República
para (i) sanção,
promulgação e publicação,
ou (ii) veto e devolução.
Se a Casa revisora o rejeitar,
será arquivado;
Se a Casa apresentar
emenda, voltará à Casa de
origem para novo estudo.
Ali, se não admitida a
emenda, o projeto será
arquivado, se admitida esta
aprovado e será
encaminhado à Presidência
da República para os
devidos fins.
4. Sanção - A sanção
consiste na aquiescência do
Chefe do Executivo com o
projeto aprovado pelo
Legislativo.
O Presidente da República
dispõe do prazo de 15 dias
para sancionar ou vetar o
projeto.
A sanção pode ser tácita ou
expressa.
Ocorre a primeira espécie
quando o Presidente deixa
escoar o prazo sem
manifestar-se.
É expressa quando declara a
concordância em tempo
oportuno.
Na hipótese de veto, o
Congresso Nacional - as
duas Casas reunidas -
disporá de trinta dias para a
sua apreciação.
Para que o veto seja
rejeitado é necessário o voto
da maioria absoluta dos
deputados e senadores.
5. Promulgação - A lei
passa a existir com a
promulgação, que
ordinariamente é ato do
Chefe do Executivo.
Consiste na declaração
formal da existência da lei.
Rejeitado o veto
presidencial, será o projeto
encaminhado à presidência,
para efeito de promulgação
no prazo de quarenta e oito
horas.
Esta não ocorrendo, o ato
competirá ao presidente do
Senado Federal, que disporá
de igual prazo.
Se este não promulgar a lei,
o ato deverá ser praticado
pelo vice-presidente daquela
Casa.
6. Publicação - A
publicação é indispensável
para que a lei entre em vigor
e deverá ser feita por órgão
oficial.
O início de vigência pode se
dar com a publicação ou
decorrida a vacatio legis,
que é o tempo que medeia
entre a publicação e o início
de vigência.
VALIDADE DA LEI –
Para que uma lei seja válida
dois são os requisitos:
(i) que tenha preenchido o
requisito formal para a sua
criação e debute na vida
social – vigência;
(ii) que apresente adequação
ao sistema jurídico,
decorrente da sua
compatibilidade vertical
com a Constituição (ou seja:
a lei que atende às
exigências formais e
substanciais decorrentes da
Magna Carta) bem como
com o Direito
internacional que o nosso
sistema tenha internalizado.
É o exame do aspecto
substancial.
É possível que a lei tenha
vigência, mas, que não seja
válida, que se encontre em
rota de colisão com as que
estão acima dela na
pirâmide normativa. Assim,
estará ocupando um lugar no
sistema, mas, não produzira
efeitos.
Ao judiciário cabe a
declaração de invalidade da
lei. Tal ocorre por dois
mecanismos básicos, o
controle concentrado e o
controle difuso da
constitucionalidade. Aquele
é exercido pelo STF, este
por qualquer instância
julgadora. Aquele tem
eficácia erga omines, este se
aplica só ao caso
examinado.
EFICÁCIA DA LEI - As
leis não são geradas por
acaso, mas visando a
alcançar certos resultados
sociais, mediante o processo
de adaptação.
A lei se apresenta como
fórmula capaz de resolver
problemas de convivência e
de organização da
sociedade.
O atributo “eficácia”
significa que a norma
jurídica produziu, realmente,
os efeitos sociais planejados.
Para que a eficácia se
manifeste indispensável é
que seja observada
socialmente.
Eficácia pressupõe, destarte,
efetividade.
Efetividade - Este atributo
consiste no fato de a norma
jurídica ser observada tanto
por seus destinatários
quanto pelos aplicadores do
Direito.
VIGÊNCIA E EFICÁCIA
- DIFERENÇAS
VIGÊNCIA é a execução
obrigatória de uma norma
jurídica que obedeceu os
requisitos necessários e
essenciais exigidos na sua
elaboração.
EFICÁCIA é o
reconhecimento e vivência
da lei pela sociedade.
A eficácia pode ser, pois
espontânea ou
compulsória. Espontânea
se dá pelo reconhecimento e
vivência que resultam da
74
 adoção racional das leis
pelos destinatários.
Compulsória é a eficácia
quando a lei contraria
tendências em uma
comunidade, mas, mesmo
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRÉ-TESTE 27 SOBRE O
ASSUNTO DA 30 AULA
TURMA:
________________________
______________
ALUNO(A):
________________________
__________
NOTA: _________
(_______________________
____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem incorretas;
1(___)
VALIDADE DA LEI – Para
que uma lei seja válida dois
são os requisitos:
(i) que tenha preenchido o
requisito formal para a sua
criação e debute na vida
social – vigência
(ii) que apresente adequação
ao sistema jurídico,
decorrente da sua
compatibilidade vertical com
a Constituição; é o exame do
aspecto substancial.
É possível que a lei tenha
vigência, mas, que não seja
válida, que se encontre em
rota de colisão com as que
estão acima dela na pirâmide
normativa. Assim, estará
ocupando um lugar no
sistema, mas, não produzira
efeitos. Ao judiciário cabe a
declaração de invalidade da
lei. Tal ocorre por dois
mecanismos básicos, o
controle concentrado e o
controle difuso da
constitucionalidade.
2(___)
Vigência é a execução
obrigatória de uma norma
jurídica que obedeceu aos
requisitos necessários e
essenciais exigidos na sua
elaboração. Eficácia é o
reconhecimento e vivência da
lei pela sociedade.
A Vigência pode ser,
espontânea ou compulsória.
assim os funcionários
estatais encarregados de
fazê-las cumprir
(especialmente os
julgadores) não recusam a
aplicação à lei que estiver
em vigor, impondo-lhe o
Espontânea se dá pelo
reconhecimento e vivência
que resultam da adoção
racional das leis pelos
destinatários. Compulsória é
quando a lei contraria
tendências em uma
comunidade, mas, mesmo
assim os funcionários estatais
encarregados de fazê-las
cumprir (especialmente os
julgadores) não recusam a
aplicação à lei que estiver em
vigor, impondo-lhe o
cumprimento mediante a
aplicação de sanção aos
infratores.
.
3(___)
A publicação é indispensável
para que a lei entre em vigor e
deverá ser feita pelos jornais
de maior circulação para
atingir a população como um
todo.
O início de vigência pode dar-
se com a publicação ou
decorrida a vacatio legis, que
é o tempo que medeia entre a
publicação e o início de
vigência.
4(___)
EFICÁCIA DA LEI - As leis
são geradas por acaso, mas
visando a alcançar certos
resultados sociais, mediante o
processo de adaptação. O
atributo “eficácia” significa
que a norma jurídica
produziu, realmente, os
efeitos sociais planejados.
Eficácia pressupõe, destarte,
efetividade.
Efetividade - Este atributo
consiste no fato de a norma
jurídica não ser observada
tanto por seus destinatários
quanto pelos aplicadores do
Direito.
5(___)
A lei passa a existir com a
promulgação, que
ordinariamente é ato do Chefe
do Legislativo. Consiste na
declaração formal da
existência da lei.
Rejeitado o veto presidencial,
será o projeto encaminhado à
presidência, para efeito de
promulgação no prazo de
quarenta e oito horas.
cumprimento mediante a
aplicação de sanção aos
infratores.
.
Boa aprendizagem.
6(___)
Exame pelas Comissões
Técnicas, Discussões e
Aprovação - Uma vez
apresentado, o projeto passa
por diversas comissões
parlamentares, às quais se
vincula por seu objeto, tanto
no Congresso Nacional
quanto em suas duas Casas.
Passado pelo crivo das
comissões competentes,
deverá ir ao plenário para
discussão e votação.
No regime bicameral, como é
o nosso, é indispensável à
aprovação do projeto pelas
duas Casas.
7(___)
Sanção - A sanção consiste na
aquiescência do Chefe do
Executivo com o projeto
reprovado pelo Legislativo. O
Presidente da República
dispõe do prazo de quinze
dias para sancionar ou vetar o
projeto.
Na hipótese de veto, o
Congresso Nacional - as duas
Casas reunidas - disporá de
cento e vinte dias para a sua
apreciação. Para que o veto
seja rejeitado é necessário o
voto da maioria absoluta dos
deputados e senadores.
8(___)
Iniciativa da Lei – A CF/88
indica quem tem poderes para
dar início ao processo
legislativo, conforme dispõe o
seu art. 61.
A iniciativa das leis compete:
a qualquer membro ou
comissão da Câmara dos
Deputados ou do Senado
Federal, ao Presidente da
República, ao Supremo
Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da
República e aos cidadãos.
9(___)
Revisão do Projeto de lei - O
projeto de lei pode ser
apresentado na Câmara ou no
Senado Federal.
Iniciado na Câmara, o Senado
funcionará como Casa
revisora e vice-versa. Se a
75
 Casa revisora aprová-lo,
deverá ser encaminhado à
Presidência da República para
(i) sanção, promulgação e
publicação, ou (ii) veto e
devolução.
Se a Casa revisora rejeitar o
projeto, será arquivado; Se a
Casa apresentar emenda,
voltará à Casa de origem para
novo estudo. Ali, se não
admitida a emenda, o projeto
será arquivado, se admitida
esta aprovado e será
encaminhado à Presidência da
República para os devidos
fins.
10(___)
Ao Poder Legislativo cabe
fazer a lei.
A CF/88 não orienta o
processo de criação da leis,
mas, seria conveniente passar
pelas seguinte sequência: (i)
apresentação de projeto, (ii)
exame das comissões,
discussão e aprovação,
(iii) revisão, (iv) publicação,
(v) promulgação e (vi)
sanção.
FASP/ DIREITO/ IED 1
– Encontro 31º E Pré-
Teste 28
As leis: vícios e revogação
- LINDB, ART. 2°.
1. VÍCIOS: JÁ vimos que
para a sua validade, precisa
a lei preencher duas séries
de requisitos: formais e
materiais.
1.1. Ocorre vício de forma
quando a mesma teve
tramite irregular, em
qualquer das suas fases, não
respeitando os ditames
constitucionais relativos à
sua elaboração, por
exemplo:
Junto ao legislativo:
Vício no Projeto de Lei, por
ser proposto por quem não
tinha competência
constitucional; vício de
tramite na casa originária,
por qualquer motivo, como
ocorre com a dispensa
irregular de exame das
comissões ou exame com
quórum incorreto;
Vício de tramite na casa
revisora, em especial,
quando a mesma sugere
alteração no texto e, ao
invés de devolver o PL para
a casa originária, remete-o
para o Poder Executivo;
Vício de tramite perante o
Poder Executivo quando dá
seguimento a lei com
aprovação viciada, ou
pratica veto irregular, ou
não devolve a lei com vetos
para apreciação pelo
Congresso Nacional; etc.
1.2. Ocorre vício material
quando a mesma não
respeita a inclusão de
assuntos ou matérias de
acordo com o que impõe a
constituição, o que pode
ocorrer de diversas formas,
por exemplo:
Quando se insere em lei
comando que contraria
disposição constitucional ou
de direito internacional que
foi internalizado com status
constitucional (tratados
especiais sobre direitos
humanos aprovado com
tramite similar às emendas
constitucionais;
Concedendo direito
proibido (salário além do
teto) ou suprimindo direito
protegido (retirada de direito
por razões de sexo, idade,
cor, etc).
1.3. O controle para evitar
os vícios tanto ocorre
perante o Poder Legislativo,
durante o processo de
elaboração, como perante o
Poder Executivo, na fase de
análise para sanção ou veto.
Depois do ingresso da
norma no sistema jurídico, o
controle passa a ser do
Poder Judiciário que se
utiliza de dois mecanismos,
denominados:
Controle difuso (feito por
qualquer julgador, em
processos judiciais) e
Controle concentrado (a
cargo do STF, que examina
a norma em si, sem
vinculação a casos concretos
em tramitação no judiciário.
2- CESSAÇÃO DA
OBRIGATORIEDADE
DA LEI
A lei tem início para
começar a vigorar e tem ou
pode ter, prazo para
findarem seus efeitos.
A cessação da eficácia da lei
pode ser verificada em
virtude de causas intrínsecas
e da revogação.
2.1. Cessação por causas
intrínsecas - ocorre quando a
própria natureza da lei traz
um limite de duração para a
sua validade:
a) ela é temporária, nela já
se disse o prazo no qual
permaneceria em vigor. Ex.:
lei que autorize e discipline
a compra pelo Estado de
armas de fogo pertencentes
a particulares até o ano
2013.
b) ela tem um fim específico
que foi alcançado e não tem
mais razões para existir. Ex.:
lei que regule as eleições de
2012.
c) cessação do estado de
coisas não permanentes que
foi objeto da lei: Ex.: lei
criada para atender situação
de calamidade pública.
2.2. Cessação por
revogação:
Revogar é tornar sem efeito
uma norma, retirando sua
obrigatoriedade. Ela é
necessária quando se quer
modificar o status existente
em decorrência de uma lei
que não vai cessar por causa
intrínseca.
Não se destinando à
vigência temporária, a lei
terá vigor até que outra a
modifique ou revogue, pois
o desuso não implica a
perda da vigência da norma,
e sim, a perda de sua
efetividade. (Lei de
Introdução às normas do
Direito Brasileiro, Art. 2°)
Modificação é alteração,
mudança. A mudança pode
ocorrer de três formas:
(i) ampliando ou
76
(ii) reduzindo o alcance da
lei e
(iii) passando a lei a dizer
coisa diferente daquilo que
dizia.
2.2.1. Modalidades da
revogação:
a) Quanto ao modo ou
forma como se realiza:
(i) expressa – na lei nova
consta um dispositivo
dizendo que revogou a lei
velha;
(ii) tácita - a nova norma
jurídica se torna
incompatível com a norma
anterior ou quando regule
inteiramente a matéria de
que tratava a lei anterior.
b) Quanto a extensão da
revogação:
(i) revogação total OU ab-
rogação: quando toda a lei
anterior for revogada.
(ii) revogação parcial OU
derrogação – quando apenas
parte(s) da lei é(são)
revogada(s).
3. COMPLEMENTAÇÃO
NORMATIVA - A lei
nova, que estabeleça
disposições gerais ou
especiais a par das já
existentes, não revoga nem
modifica a lei anterior.
4. REPRISTINAÇÃO -
Salvo disposição em
contrário, a lei revogada não
se restaura por ter a lei
revogadora perdido a
vigência.
5. CRITÉRIOS USADOS
PARA VERIFICAR A
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 28 SOBRE O
ASSUNTO DA 31 AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
OCORRÊNCIA DE
REVOVAÇÃO DA LEI
5.1. hierárquico: verificar
qual das normas é superior,
independentemente da data
de vigência das duas normas
(exemplo: um regulamento
não poderá revogar uma lei
ainda que entre em vigor
após esta);
5.2. cronológico: a norma
que entrar em vigor
posteriormente irá revogar a
norma anterior que estava
em vigor;
5.3. especialidade: as
normas gerais não revogam
ou derrogam preceito ou
regra disposta e instituída
em norma especial.
A norma especial somente
poderá revogar a geral
quando
dispor sobre esta revogação
de forma explícita ou
implícita, momento em que
deverá dispor da mesma
matéria que a geral, e deve
modificar seu conteúdo.
6. REVOGAÇÃO E
CONSTITUIÇÃO: Não
são revogáveis as cláusulas
PÉTREAS previstas na
CF/88, art. 60, § 4º:
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Para a validade da lei é
necessário que preencha
dois requisitos, um
denominado formal, que diz
respeito ao modo como é
criada e ingressa no sistema
e o outro, denominado
material, relativo ao seu
conteúdo.
Não será objeto de
deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de
Estado;
II - o voto direto, secreto,
universal e periódico;
III - a separação dos
Poderes;
IV - os direitos e garantias
individuais.
O efeito da ab-rogação que a
Constituição provoca é
imediato sobre todas as
normas e atos normativos
que com ela conflitarem,
não sendo nem mesmo
necessário quaisquer
cláusulas expressas de
revogação.
Assim, é possível que exista,
hoje, alguma norma que
esteja dentro do sistema,
mas, que seja eivada de
algum desses dois vícios
2(___)
Um tratado internacional
especial pode ser o motivo
do vício material de uma lei
brasileira.
O tratado internacional
comum não pode ser o
motivo de vício material de
uma lei brasileira.
3(___)
77
O controle concentrado de
constitucionalidade é de
competência exclusiva do
STF.
O controle difuso é feito por
qualquer julgador, dentro de
um processo judicial em
tramitação.
4(___)
REPRISTINAÇÃO - A lei
nova, que estabeleça
disposições gerais ou
especiais a par das já
existentes, não revoga nem
modifica a lei anterior.
COMPLEMENTAÇÃO
NORMATIVA - Salvo
disposição em contrário, a
lei revogada não se restaura
por ter a lei revogadora
perdido a vigência.
5(___)
Três são os principais
critérios usados para
verificar a ocorrência de
revogação da lei, dentre eles
está o decorrente da
estrutura piramidal adotada
pelo nosso sistema, o
presidencial.
Os outros dois critérios são
o cronológico: a norma que
entrar em vigor
posteriormente irá revogar a
norma anterior que estava
em vigor; e o da
especialidade: as normas
gerais não revogam ou
derrogam preceito ou regra
disposta e instituída em
norma especial.
6(___)
A norma especial somente
poderá revogar a geral
quando dispor sobre esta
revogação de forma
explícita ou implícita,
FASP/ DIREITO/ IED 1
– Encontro 32º E Pré-
Teste 29
OS COSTUMES – A
DOUTRINA
II - OS COSTUMES
momento em que deverá
dispor da mesma matéria
que a geral, e deve
modificar seu conteúdo.
Porém o efeito da ab-
rogação que a Constituição
provoca é imediato sobre
todas as normas e atos
normativos que com ela
conflitarem, não sendo nem
mesmo necessário quaisquer
cláusulas expressas de
revogação.
Não são revogáveis as
cláusulas PÉTREAS
previstas na CF/88, art. 60,
§ 4º:
Não será objeto de
deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de
Estado;
II - o voto direto, secreto,
universal e periódico;
III - a separação dos
Poderes;
IV - os direitos e garantias
individuais.
7(___)
A lei tem início para
começar a vigorar e tem ou
pode ter, prazo para
findarem seus efeitos.
A cessação da eficácia da lei
pode ser verificada em duas
formas: em virtude de
causas extrínsecas e da
revogação.
Cessação por causas
extrínsecas - ocorre quando
a própria natureza da lei traz
um limite de duração para a
sua validade: a) ela é
temporária, nela já se disse
o prazo no qual
permaneceria em vigor; b)
ela tem um fim específico
que foi alcançado e não tem
mais razões para existir; c)
Os costumes já foram a
principal fonte do direito.
No sistema Anglo-
Americano continua sendo
muito importamte.
No nosso sistema (Romano-
Germânico) ocupam o
segundo posto.
O uso reiterado de uma
conduta ou atividade ganha
status de costume quando se
torna de obediência
obrigatória na convivência
social.
cessação do estado de coisas
não permanentes que foi
objeto da lei.
8(___)
Dentre as modalidades da
revogação da lei temos
aquelas que levam em
consideração o modo ou
forma como a revogação se
realiza.
Deste prisma podemos dizer
que a revogação poder ser:
expressa - a nova norma
jurídica se torna
incompatível com a norma
anterior ou quando regule
inteiramente a matéria de
que tratava a lei anterior.
tácita - na lei nova consta
um dispositivo dizendo que
revogou a lei velha.
9(___)
revogação total OU ab-
rogação: quando toda a lei
anterior for revogada.
revogação parcial OU
derrogação – quando apenas
parte(s) da lei é(são)
revogada(s).
10(___)
Revogar é tornar sem efeito
uma norma, retirando sua
obrigatoriedade. Ela é
necessária quando se quer
modificar o status existente
em decorrência de uma lei
que não vai cessar por causa
intrínseca.
Modificação é alteração,
mudança. A mudança pode
ocorrer de três formas: (i)
ampliando ou (ii) reduzindo
o alcance da lei e (iii)
passando a lei a dizer coisa
semelhante àquilo que dizia.
O costume pode chegar a ser
seguido por uma sociedade,
mas, o mais comum é que o
seja por setores dela, como,
por exemplo, o comércio, a
indústria, a agricultura.
Para que o uso possa ser
considerado costume deve
ser uma prática constante e
repetitiva, durante prazo
longo de tempo.
REQUISITOS PARA QUE
OS COSTUMES SEJAM
FONTE DO DIREITO:
(i) um de ordem objetiva ou
material, o corpus,
78
qual seja, o uso continuado,
a exterioridade, a percepção
tangível de uma prática ou
conduta;
(ii) outro de ordem subjetiva
ou imaterial, o animus, a
consciência coletiva de
obrigatoriedade da prática.
Este último requisito é o
aspecto distintivo do uso e
de outras práticas reiteradas,
como as religiosas ou
morais.
Em síntese: o costume nasce
de sua própria eficácia, ou,
como já se disse: "No
costume, ao contrário da
lei, a eficácia constitui um
prius em relação à vigência
que lhe é um posterius"
(Poletti, 1996:206).
Os costumes como fonte do
direito são mais utilizados
no direito empresarial. O
CC/2002 a ele se ampara em
diversas ocasiões, a
exemplo dos arts. 569, I;,
596, 599, 615, 965,1, 1.297,
§ lº.
Considerados como fonte
subsidiária ou secundária,
os costumes deverão
gravitar em torno da lei, não
podendo, em princípio, a ela
serem contrários.
Sob esse ângulo, os
costumes podem ser:
(i) secundum legem –
segundo a lei. Já foi
transformado em lei e
portanto deixou de
ser costume propriamente
dito.
(ii) praeter legem – além da
lei. É o tipo ora examinado
como fonte do direito.
(iii) contra legem.- contra a
lei. Não podem ser aceitos
como fonte. Admite-se,
excepcionalmente, quando o
legislador se encontra em
mora na atualização da
legislação e provoca o clima
de tensão entre a vontade do
ESTADO e a da NAÇÃO.
III – DOUTRINA
1. Definição - Paulo Nader:
A doutrina ou direito
científico, compõe-se de
estudos e teorias,
desenvolvidos pelos juristas, 4.3 - existência de doutrina
com o objetivo de aprovada e aceita por outros
sistematizar e interpretar as doutores;
normas vigentes e de
conceber novos institutos 4.4- harmonização da
jurídicos, reclamados pelo doutrina como os princípios
momento histórico. gerais do ordenamento
É a communis opinio jurídico;
doctorum.
2. Etimologia e origem:
Vem do latim doceo 5.   Efeitos:
(ensinar). Surgiu na Roma
antiga, quando o Imperador 5.1  - constitui forma de
Augusto concedeu a uma ensino ministrada nas
classe de intelectuais, que faculdades de direito;
tinham o jus publice
respondendi, a tarefa de
responder as questões 5.2  - influencia o legislador
jurídicas, cujos pareceres se a sistematizar as normas;
tornavam incontestes.
5.3 - mostra ao magistrado
3. ESPECIES: como organizar o raciocínio
Os termos secundum legem, jurídico e melhor interpretar
praeter legens e contra as leis;
legem também se prestam
ao estudo da doutrina.
5.4 - interpreta as leis e as
Secundum legem– Se demais fontes do direito.
decorre da fiel interpretação
por parte do jurista, de um
texto legal, sem manifestar
contradições ao que
expressa o seu conteúdo, de
cunho esclarecedor daquilo
a que se propõe na norma.
Praeter legem – Quando as
obras dos juristas ofertam
luz ao operador do direito
no sentido de solucionar
quando da regra confusa ou
omissa.
Contra legem– A doutrina
tem eficácia para os
legisladores, indicando,
tanto reformas a serem
introduzidas ao direito
positivo, quanto mudanças
na interpretação do direito.
4.      Requisitos da
doutrina como fonte (Vitor
Kumpel):
4.1 - ausência de lei ou de
costume especifico para o
problema;
4.2 - impossibilidade de
aplicação da analogia, da lei
ou dos costumes;
79
 PRE-TESTE 29 SOBRE O
ASSUNTO DA 32 AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
01 (___)
Requisitos para que os
costumes sejam fonte do
direito: um de ordem
subjetiva ou imaterial, o
animus, a (consciência
coletiva de obrigatoriedade
da prática).
Este requisito é o aspecto
distintivo do uso e de outras
práticas reiteradas, como as
religiosas ou morais.
02 (___)
O CC/2002 se ampara nos
costumes em diversas
ocasiões, a exemplo dos
arts. 569, I;, 596, 599, 615,
965,1, 1.297, § lº.
Os costumes podem ser
praeter legem – além da lei.
É o tipo clássico do costume
como fonte do direito
. obrigatória na convivência
03 (___)
Os costumes já foram a
principal fonte do direito.
No nosso sistema (Romano-
Germânico) ocupam o
segundo posto.
O juiz não está obrigado a
seguir, rigorosamente, a
ordem das fontes, podendo
optar, segundo as
circunstâncias do caso
FASP – CURSO DE concreto, por qualquer
delas.
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
04 (___)
Requisitos para que os
costumes sejam fonte do
direito: (i) um de ordem
objetiva ou material, o
corpus.
Considera-se corpus o uso
continuado, a exterioridade,
a percepção tangível de uma
prática ou conduta.
05 (___)
O costume pode chegar a ser
seguido por uma sociedade,
mas, o mais comum é que o
seja por setores dela, como,
por exemplo, o comércio, a
indústria, a agricultura.
Considerados como fonte
subsidiária ou secundária, os
costumes deverão gravitar
em torno da lei, não
podendo, em princípio, a ela
serem contrários.
06 (___)
Para que o uso possa ser
considerado costume deve
ser uma prática constante e
repetitiva, durante prazo
longo de tempo.
Os costumes podem ser
secundum legem – segundo
a lei. Neste caso, ele já foi
transformado em lei e,
portanto, deixou de ser
costume propriamente dito
para ser usado como fonte
secundária.
07 (___)
O uso reiterado de uma
conduta ou atividade ganha
status de costume quando se
torna de obediência
social.
Os costumes podem ser
contra legem - contra a lei.
Estes não podem ser aceitos
como fonte, em regra.
8 (___)
A doutrina é oriunda nas
discussões estabelecidas nas
faculdades de Direito, sendo
aí o seu nascedouro mais
importante.
80

Para ser aceita como fonte, a
doutrina precisa representar
o pensamento majoritário,
não bastando a opinião
isolada de um ou outro
doutrinador
09 (___)
Sendo criada pela reflexão
de alunos e professores, a
doutrina deve ser
classificada como fonte não
estatal
Assim como os costumes, a
doutrina pode ser classifica
em três tipos: Secundum
legem – Praeter legem –
Contra legem .
10 (___)
A doutrina precisa ser
produzida com extrema
responsabilidade, pois,
influencia o legislador a
sistematizar as normas;
O doutrinador é
fundamental para o Poder
Judiciário, de vez que
mostra ao magistrado como
organizar o raciocínio
jurídico e melhor interpretar
as leis;
AULAS 33 E
34 - SEMANA
JURÍDICA
DA FASP
FASP/ DIREITO/ IED 1
– Encontro 35º E Pré-
Teste 30
O direito e as suas fontes -
Jurisprudência.
II. JURISPRUDÊNCIA
1. Definição:
É o conjunto de decisões do
Poder Judiciário reiteradas,
constantes e pacificas,
resultantes da ampliação de
normas e casos semelhantes,
constituindo uma norma
geral aplicável a todos os
casos similares ou idênticos
(Vitor Kumpel).
2. Etimologia e origem:
De origem latina, juris
(direito)+ prudentia
(sabedoria).
O termo jurisprudência,
segundo Paulo Nader,
sofreu uma variação
semântica; o vocábulo foi
empregado em Roma para
designar a ciência do direito
(conhecimento das coisas
divinas e humanas, ciência
do justo e do injusto).
Atualmente ainda é
aplicado, mas com pouca
frequência.
3. ESPECIES:
O termo secundum legem,
praeter legens e contra
legem também se presta ao
estudo da jurisprudência.
Alem disso, podemos
distinguir a jurisprudência
ordinária e outra especial,
diferenciada, como ocorre
com as súmulas e acórdãos
proferidos em Incidente de
Assunção de Competência
(IAC – art. 947);
Incidente de Resolução de
Demandas Repetitivas
(IRDR – arts. 976-987), pela
possibilidade de gerarem
efeitos práticos mais
consistentes do que a
simples orientação.
4.      Requisitos da
jurisprudência como
fonte:
No sistema jurídico Romano
Germânico (civil law), que é
o adotado no Brasil, a fonte
mais importante do Direito é
a lei, porém, no sistema
Inglês Americano (Common
Law) os precedentes são
mais importantes.
Nota-se um movimento de
inclinação, de modo que um
sistema vem valorizando
muito a fonte básica do
outro, tudo levando a crer
que teremos a criação de um
novo tipo, fruto da fusão
desses dois atuais sistemas.
As decisões de juízes de
primeiro grau não geram
jurisprudência, na prática,
limitando-se às originárias
dos tribunais. As mais
prestigiadas são as dos
tribunais superiores: STF,
STJ, TSE, TST e STM.
Assim, ficaria melhor dizer
que jurisprudência é o
conjunto de decisões
proferidas pelos tribunais de
segunda instância nos casos
concretos sob sua
responsabilidade.
A jurisprudência é uma
função atípica da jurisdição.
São decisões reiteradas,
constantes e pacíficas do
Poder Judiciário sobre
determinada matéria num
determinado sentido.
Não há necessidade de a
jurisprudência ser sumulada
para ser fonte.
Aqui, cabe ressaltar que a
jurisprudência não pode
ser confundida com a
orientação
jurisprudencial, que é
qualquer decisão do Poder
Judiciário que esclareça a
norma legal.
A orientação
jurisprudencial é apenas
um método de interpretação
da lei e não precisa de
uniformidade.
81
 5.   Efeitos: A
jurisprudência → cria
direito pelas sentenças que
atinge e obriga as partes;
pela reiteração onde se
afirmar sentido de
interpretação.
SÚMULA: é o conjunto de
decisões estratificadas dos
tribunais superiores,
apresentadas em forma de
verbetes sintéticos,
numerados.
Súmula Orientadora: visa
proporcionar estabilidade a
jurisprudência,
simplificando o julgamento
de questões mais frequentes,
sem qualquer poder de
obrigar juízes e tribunais
inferiores a obedecer às
questões sumuladas.
Súmula limitadora: várias
modalidades, dentre elas a
súmula impeditiva de
recurso, prevista no art. 519,
§ 1°, do CPC anterior,
fortalecendo as súmulas do
Superior Tribunal de Justiça
ou do Supremo Tribunal
Federal.
Súmula vinculante: emitida
pelos tribunais superiores,
no caso do Brasil, apenas
pelo STF (EC/45), que torna
obrigatório o seu
cumprimento pelos demais
órgãos do Poder Judiciário,
sobre matéria constitucional
ou dentro dos limites de
atuação do STF.
Acórdãos proferidos pelo
STF ou pelo STJ em
julgamento de recursos
repetitivos, assim como nos
incidentes de resolução de
demandas repetitivas ou de
assunção de competência
ganharam mais prestígio no
novo CPC.
Incidente de Assunção de
Competência (IAC – art.
947);
Incidente de Resolução de
Demandas Repetitivas
(IRDR – arts. 976-987).
Vale conferir a página do
SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA
http://www.stj.jus.br/SCON/
jt/
Já são 152 edições, nesta
data, 07/08/2020
Vale conferir o art. 932,
incisos IV e V do novo
CPC.
Art. 932.  Incumbe ao
relator:
(...)
IV - negar
provimento a recurso que
for contrário a:
a) súmula do
Supremo Tribunal Federal,
do Superior Tribunal de
Justiça ou do próprio
tribunal;
b) acórdão proferido
pelo Supremo Tribunal
Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos
repetitivos;
c) entendimento
firmado em incidente de
resolução de demandas
repetitivas ou de assunção
de competência;
V - depois de
facultada a apresentação de
contrarrazões, dar
provimento ao recurso se a
decisão recorrida for
contrária a:
a) súmula do
Supremo Tribunal Federal,
do Superior Tribunal de
Justiça ou do próprio
tribunal;
b) acórdão proferido
pelo Supremo Tribunal
Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos
repetitivos;
c) entendimento
firmado em incidente de
resolução de demandas
repetitivas ou de assunção
de competência;
Boa aprendizagem.
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 30 SOBRE O
ASSUNTO DA 35 AULA
82
 TURMA:
_______________________
_______________
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
Como as decisões dos juízes
de primeiro grau não são, na
prática, levadas em
consideração como
jurisprudência, seria melhor
dizer que jurisprudência é o
conjunto de decisões
proferidas pelos tribunais de
segunda instância nos casos
concretos sob sua
responsabilidade
As decisões dos juízes de
primeira instância, para
efeito de formação de
jurisprudência são tão
consideradas como as do
STF.
2 (___)
O termo jurisprudência,
segundo Paulo Nader,
sofreu uma variação
semântica; o vocábulo foi
empregado em Roma para
designar a ciência do direito
(conhecimento das coisas
divinas e humanas, ciência
do justo e do injusto).
Para a consolidação da
jurisprudência brasileira foi
importante a invenção do
ministro do STF, Victor
Nunes Leal Maia, que
introduziu a ideia de
Súmulas.
3(___)     vontade dos julgadores.
Jurisprudência não pode ser
considerada fonte do
Direito, sob pena de se ter,
como se fosse um
legislador, aquele que vai
julgar, acumulando
indevidamente dois papéis.
Requisitos da jurisprudência
como fonte:
O termo secundum legem,
praeter legens e contra
legem também se presta ao
estudo da jurisprudência
4(___)
O novo CPC introduziu
duas novas espécies de
decisão que devem gerar
modificações na forma de
acatamento na
jurisprudência brasileira.
As duas novidades foram:
Incidente de Assunção de
Competência (IAC – art.
947);
Incidente de Resolução de
Demandas Repetitivas
(IRDR – arts. 976-987)
5(___)
Requisitos da jurisprudência
como fonte: admite-se
quando a CF faz previsão
expressa de que o juiz pode
construir jurisprudência
sobre um certo assunto, sem
isso, não pode.
Quando não está na CF, a
autorização da criação de
jurisprudência tem que estar
na Constituição Estadual.
6(___) 
O termo jurisprudência é de
origem latina, surgindo da
união de duas palavras: juris
(direito) + prudentia
(sabedoria)
O sistema romano
germânico, adotado pelo
Brasil, tem como base a Lei,
por isso não aceita a
jurisprudência como fonte
7(___)
A jurisprudência é uma
função atípica da jurisdição.
Dizemos que a
jurisprudência é função
atípica da jurisdição porque
o que se pretende é julgar,
dirimir o conflito, não é a
criação da jurisprudência,
essa criação se dá
independentemente da
8(___)
Os dois grandes sistemas
jurídicos do ocidente são o
romano germânico e o civil
law.
.
A jurisprudência quando
muda, permite que se entre
com ação para desconstituir
as decisões proferidas
segundo a velha
jurisprudência, o que gera
muito segurança jurídica.
9(___)
É correto dizer que
jurisprudência é o conjunto
de decisões do Poder
Judiciário, manifestadas de
forma reiterada, constante e
pacifica, resultantes da
aplicação de normas em
casos semelhantes,
constituindo uma norma
geral aplicável a todos os
casos similares ou idênticos.
As decisões dos prefeitos ou
governadores, sobre
assuntos pleiteados pelos
funcionários dos seus entes
também são fontes de
jurisprudência. não sendo
esta produto exclusivo do
judiciário.
10 (___)
Há sinais de que, no futuro,
pode haver o nascimento de
um terceiro tipo de sistema
jurídico no ocidente, como
fruto de fusão dos dois
atuais mais importantes.
Uma das vantagens de se
conhecer a jurisprudência é
aumentar a segurança
jurídica, por se ter uma ideia
de como os tribunais vão
decidir determinados
assuntos.
FASP/ DIREITO/ IED 1
– Encontro 36º E Pré-
Teste 31
A ESTRUTURA DO
PODER JUDICIÁRIO NO
BRASIL
83
 JUSTIÇA ELEITORAL -
JUSTIÇA FEDERAL - São órgãos da Justiça JUSTIÇA MILITAR -
São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal A Justiça Militar compõe-se
Federal os Tribunais Superior Eleitoral (TSE), os do Superior Tribunal Militar
Regionais Federais (TRF) e Tribunais Regionais (STM) e dos Tribunais e
os juízes federais. Eleitorais (TRE), os Juízes juízes militares.
A Justiça Federal julga, Eleitorais e as Juntas
dentre outras, as causas em Eleitorais. Compete-lhe É uma justiça
que forem parte a União, julgar as causas relativas à especializada na aplicação
autarquia ou empresa legislação eleitoral. da lei a uma categoria
pública federal. Os TREs decidem em grau especial, a dos militares
Dentre outros assuntos de de recurso as causas — Marinha, Exército, Aeron
sua competência, os TRFs apreciadas em primeira áutica, Polícias Militares e
decidem em grau de recurso instância pelos Juízes Corpos de Bombeiros
as causas apreciadas em Eleitorais. O TSE, dentre Militares — julgando
primeira instância pelos outras atribuições, zela pela apenas e tão somente os
Juízes Federais. uniformidade das decisões crimes militares definidos
da Justiça Eleitoral. em lei. 
Os órgãos da JUSTIÇA DO A Justiça Eleitoral
TRABALHO são desempenha, ademais, um Desde a Emenda
o Tribunal Superior do papel administrativo, de Constitucional n.º 45, de 30
Trabalho (TST), organização e normatização de dezembro de 2004, é de
os Tribunais Regionais do das eleições no Brasil. competência da Justiça
Trabalho (TRTs) e os juízes A composição da Justiça Militar estadual o
do Trabalho. Eleitoral é sui julgamento das ações
Compete-lhe julgar as generis (peculiar, especial), judiciais contra atos
causas oriundas das relações pois seus integrantes são disciplinares militares,
de trabalho. Os Juízes do escolhidos dentre juízes de ampliando a atuação desta.
Trabalho formam a primeira outros órgãos judiciais
instância da Justiça do brasileiros (inclusive No Brasil, a Constituição
Trabalho e suas decisões são estaduais) e servem por Federal organizou a Justiça
apreciadas em grau de tempo determinado. Militar tanto nos Estados
recurso pelos TRTs. como na União.
O TST, dentre outras
atribuições, zela pela A Justiça Militar Estadual
uniformidade das decisões existe nos 26 estados-
da Justiça do Trabalho. membros da Federação e no
Distrito Federal, sendo
Em 31 de dezembro de
2004, por meio da Emenda constituída em primeira
Constitucional n. 45, sua instância pelo Juiz de
competência foi ampliada,
Direito e pelos Conselhos de
passando a processar e
julgar toda e qualquer causa Justiça, especial e
decorrente das relações de Permanente, presididos pelo
trabalho, o que inclui os
litígios envolvendo juiz de Direito.
os sindicatos de
trabalhadores, sindicatos de Em Segunda Instância, nos
empregadores, análise das
penalidades administrativas Estados de Minas Gerais,
impostas pelos órgãos do São Paulo e Rio Grande do
governo incumbidos da
Sul pelos Tribunais de
fiscalização do trabalho e
direito de greve. Recebe Justiça Militar e nos demais
anualmente cerca de 2,4 Estados pelos Tribunais de
milhões de processos
trabalhistas. Justiça.

84

JUSTIÇA COMUM
ESTADUAL:
A Constituição Federal
determina que os estados
organizem a sua JUSTIÇA
ESTADUAL, observando os
princípios constitucionais
federais.
Como regra geral, a Justiça
Estadual compõe-se de duas
instâncias, o Tribunal de
Justiça (TJ) e os Juízes
Estaduais.
Os Tribunais de Justiça dos
estados possuem
competências definidas na
Constituição Federal, na
Constituição Estadual, bem
como na Lei de Organização
Judiciária do Estado.
Basicamente, o TJ tem a
competência de, em
segundo grau, revisar as
decisões dos juízes e, em
primeiro grau, julgar
determinadas ações em face
de determinadas pessoas.
STJ – 33 Ministros (no
mínimo) -
TRF – 7 Juízes (no mínimo)
- TRIBUNAL REGIONAL
FEDERAL – ART. 106
(Const. Federal).
Competência para julgar:
Juízes federais em sua
jurisdição (inclusive juiz
militar e da Justiça do
Trabalho); Prefeito (quando
for matéria de interesse
federal); Dep. Estadual
(quando for matéria de
interesse federal);
TJ – regulado pela
constituição de cada estado.
- TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Competência para julgar:
Prefeito (quando não for
matéria de interesse
federal); Dep. Estadual
(crime comum)
O TRIBUNAL DO JÚRI,
garantia constitucional, é o
único órgão judicial com
do réu é exclusiva dos
jurados. Certos crimes
contra a vida estão
previstos,
excepcionalmente, como de
competência de um Júri
Federal.
PRINCÍPIOS E
GARANTIAS DA
MAGISTRATURA
Para poder desempenhar as
suas funções com isenção, o
Poder Judiciário dispõe de
princípios e garantias
previstas na Constituição
Federal, tais como:
1- ingresso na carreira de
juiz por meio de concurso
público e provas de títulos;
2- publicidade dos atos
judiciais;
3- vitaliciedade,
inamovibilidade,
irredutibilidade do subsídio;
4- proibição de exercício de
outra função (salvo
magistério) e
5- proibição de exercício de
atividade político-partidária.
Boa aprendizagem.

A Constituição Federal
determina que os estados
instituam a representação de
inconstitucionalidade de leis
e atos normativos estaduais
ou municipais frente
à constituição estadual (art.
125, §2º), apreciada pelo TJ.
É facultado aos estados criar
a justiça militar estadual,
com competência sobre a
polícia militar estadual.
Os integrantes dos TJs são
chamados Desembargadores
. Os Juízes Estaduais são os
chamados Juízes de Direito.
participação popular, em
que a população,
representada pelos sete
jurados, julga os seus
semelhantes nos crimes
contra a vida (homicídio,
infanticídio, aborto,
instigação e auxílio ao
suicídio). O julgamento
compete aos jurados --
juízes do fato -- e a sessão
do Júri é presidida pelo Juiz
de Direito, que se
limita, grosso modo, a fixar
a pena em caso de
condenação, ou a declarar a
absolvição. A decisão sobre
a absolvição ou condenação

85

PRE-TESTE 31 SOBRE O
ASSUNTO DA 36 AULAn
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
– TJ, cada Estado da
Federação tem o seu,
organizado conforme
disposto em sua
constituição.
Eles são competentes para
julgar: Prefeito (quando não
for matéria de interesse
federal); Dep. Estadual
(crime comum).
.2(___)
A Justiça Militar compõe-se
do Superior Tribunal Militar
(STM) e dos Tribunais e
juízes militares, com
competência para julgar os
crimes militares definidos
em lei.
A Justiça Militar Estadual
existe nos 25 estados-
membros da Federação e no exercem dois papéis. O
Distrito Federal, sendo primeiro, sua função típica,
constituída em primeira é a função jurisdicional,
instância pelo Juiz de também chamada jurisdição.
Direito e pelos Conselhos de
Justiça, Especial e O segundo é o papel de
Permanente, presididos pelo guardião da constituição,
juiz de Direito. zelar para que o sistema
funcione em harmonia com
3(___) as normas constitucionais.
O TRIBUNAL DO JÚRI,
garantia constitucional, é o
único órgão judicial com
participação popular, em
que a população, 7(___)
representada pelos sete Temos uma Justiça Comum
jurados, julga os seus
e uma Justiça Especializada.
semelhantes nos crimes
culposos contra a vida. Os Tribunais e juízes
estaduais, os Tribunais
O julgamento compete aos Regionais Federais e os
jurados -- juízes do fato -- e juízes federais são
a sessão do Júri é presidida
considerados órgãos de
pelo Juiz de Direito, que se
limita, grosso modo, a fixar justiça comum.
a pena em caso de
condenação, ou a declarar a Já a Justiça do Trabalho, a
absolvição. Justiça Eleitoral e a Justiça
Militar formam a Justiça
4(___) Especializada.
São órgãos da Justiça
Eleitoral o Tribunal 8(___)
Superior Eleitoral (TSE), os Um Tribunal Regional
Tribunais Regionais Federal é órgão colegiado,
Eleitorais (TRE), os Juízes enquanto que um juiz
Eleitorais e as Juntas federal é considerado órgão
Eleitorais. singular.
A composição da Justiça Da mesma maneira, o
Eleitoral é sui Tribunal de Justiça de um
generis (peculiar, especial), estado é órgão colegiado,
pois seus integrantes são sendo o juiz de Direito um
escolhidos dentre membros órgão singular.
de outros órgãos judiciais
brasileiros (inclusive 9(___)
estaduais) e servem por Os órgãos da JUSTIÇA DO
tempo determinado. TRABALHO são o Tribunal
Superior do Trabalho (TSE),
5(___)
Para poder desempenhar as suas funções os Tribunais Regionais
com isenção, o do
Poder Judiciário dispõe de princípios e Trabalho (TRFs)
garantias previstase os
na juízes
Constituição Estadual, tais comodo Trabalho.
Compete-lhe
Ingresso na carreira de juiz por meio de concurso julgar
público e as
provas de títulos; publicidade doscausas oriundas das relações
atos judiciais;
de trabalho.
vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade Os Juízes do
do subsídio;
proibição de exercício de outra funçãoTrabalho formam a primeira
(salvo magistério)
instância da Justiça do
proibição de exercício de atividade político-partidária.
Trabalho e suas decisões são
6(___) apreciadas em grau de
Funções do Poder Judiciário recurso pelos TRTs
- Em geral, os órgãos
judiciários brasileiros
86
 JUSTIÇA FEDERAL - São
órgãos da Justiça Federal
10(___)
os Tribunais Regionais
Federais (TRF) e os juízes
federais.
Classificação dos órgãos
judiciários:
FASP/ DIREITO/ IED 1 1- Quanto ao número de
– Encontro 37º E Pré- julgadores:
Teste 32 (Órgãos singulares e
A Justiça Federal julga,
dentre outras, as causas em
que forem parte a União,
autarquia ou empresa
pública federal, Estados e
Municípios.
Eles recebem,
respectivamente, recursos
dos tribunais inferiores
(Tribunais Regionais do
Trabalho e Tribunais
Regionais Eleitorais) e da

A CÚPULA DO PODER colegiados), Auditoria Militar.

JUDICIÁRIO NO
BRASIL 2- Quanto à matéria: Na primeira instância, há os
(Órgãos da justiça comum e juízes monocráticos
O Poder Judiciário do
da justiça especial) (chamados de juízes de
Brasil é o conjunto dos
Direito, na Justiça
órgãos públicos aos quais
3- Do ponto de vista organizada pelos Estados,
a Constituição
federativo: juízes federais, eleitorais e
Federal atribui a função
(Órgãos estaduais e do trabalho, na Justiça
jurisdicional.
federais). Federal, Eleitoral e do
Ele é regulado
Um Tribunal Regional Trabalho e juízes Auditores,
pela CF/88 nos seus arts. 92
Federal é órgão colegiado, na Justiça Militar).
a 126.
enquanto que um juiz
federal é considerado órgão
Funções do Poder
singular.
Judiciário - Em geral, os
órgãos judiciários
Da mesma maneira, o OS ÓRGÃOS
brasileiros exercem dois
Tribunal de Justiça de um JUDICIÁRIOS:
papéis.
estado é órgão colegiado,
sendo o juiz de Direito um SUPERIORES
O primeiro, sua função
órgão singular.
típica, é a função
Supremo Tribunal Federal
jurisdicional, também
Os Tribunais e juízes
chamada jurisdição. Trata-se
estaduais, os Tribunais Conselho Nacional de
do poder-dever e da
Regionais Federais e os Justiça (sem função
prerrogativa de compor os
juízes federais são jurisdicional, apenas
conflitos de interesses em
considerados órgãos de funções administrativas)
cada caso concreto, através
justiça comum.
de um processo judicial,
Superior Tribunal de Justiça
com a aplicação
Já o Tribunal Superior do
de normas gerais e abstratas,
Trabalho, Tribunal Superior Superior Tribunal Militar
transformando os resultados
Eleitoral e Superior Tribunal
das ações em lei (fenômeno
Militar formam a Justiça Tribunal Superior do
da coisa julgada material.).
Especializada, os quais Trabalho
julgam matéria de sua área
O segundo é o papel de
de competência: Tribunal Superior Eleitoral
guardião da constituição,
Trabalhista,
zelar para que o sistema
Eleitoral, REGIONAIS E LOCAIS
funcione em harmonia com
Militar.
as normas constitucionais.
Tribunais Regionais
Federais e juízes federais

87

Tribunais Regionais e juízes
do Trabalho
Tribunais Regionais e juízes
eleitorais
Tribunais e juízes militares
Tribunais e juízes dos
estados, do Distrito Federal
e dos territórios.
O SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL (STF) é o
guardião da Constituição
Federal, previsto no ART.
101 (CF/88).
Compete-lhe, dentre outras
tarefas, julgar as causas em
que esteja em jogo uma
alegada violação
da Constituição Federal, o
que ele faz ao apreciar
uma ação direta de
inconstitucionalidade ou
recurso contra decisão que,
alegadamente, violou
dispositivo da Constituição.
O STF compõe-se de onze
ministros, aprovados
pelo Senado Federal e
nomeados pelo presidente
da República, dentre
cidadãos brasileiros natos,
com mais de trinta e cinco e
menos de sessenta e cinco
anos de idade, de notável
Ministros de Estado;
Comandantes da Marinha,
Exército e Aeronáutica;
Membros dos Tribunais
Superiores (STF, STJ, TST,
TSE, STM); Tribunal de
Contas da União; Chefes de
missão diplomática
permanente (crimes comuns
e de responsabilidade).
O CONSELHO
NACIONAL DE
JUSTIÇA (CNJ) foi criado
pela emenda
constitucional nº 45, de 30
de dezembro de 2004[2] e
instalado em 14 de junho de
[3]
2005  com a função de
controlar a atuação
administrativa e financeira
dos órgãos do poder
Judiciário brasileiro.
Também é encarregado da
supervisão do desempenho
funcional dos juízes.
O SUPERIOR
TRIBUNAL DE
JUSTIÇA (STJ) é o
guardião da uniformidade da
interpretação
das leis federais, previsto no
ART. 104 (CF/88)..
Desempenha esta tarefa ao
julgar as causas, decididas
pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos Tribunais
dos estados, do Distrito
Federal e dos territórios, que
contrariem lei federal ou
reputação ilibada (depois de
aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado
Federal) sendo um terço
dentre juízes dos Tribunais
Regionais Federais e um
terço dentre
desembargadores dos
Tribunais de Justiça e outro
terço alternadamente em
partes iguais, dentre
advogados e membros do
Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal
e dos Territórios,
STJ - COMPETÊNCIA
PARA JULGAR:
Governadores dos Estados e
do Distrito Federal (crimes
comuns).
Tribunal de Justiça dos
Estados e do Distrito
Federal; Tribunal de Contas
dos Estados e do Distrito
Federal; Tribunal Regional
Federal; Tribunal Regional
Eleitoral; Tribunal Regional
do Trabalho; Tribunal de
Contas do Município;
Ministério Público da União
(membros que trabalhem
perante tribunais) (crimes
comuns e de
responsabilidade).
O TRIBUNAL
SUPERIOR DO
TRABALHO (TST)

saber jurídico e deem a lei federal zela pela uniformidade das

de reputação ilibada. interpretação divergente da
que lhe haja atribuído outro
STF - COMPETÊNCIA Tribunal.
PARA JULGAR: Presidente
da República; Vice- O STJ compõe-se de 33
Presidente da República; ministros, nomeados pelo
Congresso Nacional; Presidente da República
Ministros do STF; dentre brasileiros com mais
Procurador-Geral da de trinta e cinco e menos de
República (crimes comuns). sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e
decisões da Justiça do
Trabalho, está previsto no
ART. 111-A (CF/88).
Compor-se-á de vinte e sete
Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de
trinta e cinco anos e menos
de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados

88
 pelo Presidente da decisões dos tribunais
República após aprovação regionais que a solicitarem,
pela maioria absoluta do e para garantir a votação e a
Senado Federal. apuração;
(v) tomar quaisquer
TST – COMPETÊNCIA outras providências que
PARA JULGAR  julgar convenientes à
Processar e julgar toda e execução da legislação
qualquer causa decorrente eleitoral.
das relações de trabalho, o (vi) Regulamentar, a
que inclui os litígios cada ano eleitoral, as regras
envolvendo os sindicatos de do pleito, mediante
trabalhadores, sindicatos de Resoluções.
empregadores, análise das
penalidades administrativas SUPERIOR TRIBUNAL
impostas pelos órgãos do MILITAR (STM)
governo incumbidos da É o órgão de cúpula de
fiscalização do trabalho e uma das justiças na
direito de greve.. aplicação da lei a uma
categoria especial, a dos
TRIBUNAL SUPERIOR militares. Está previsto no
ELEITORAL (TSE) Art. 123, da CF/88.
O TRIBUNAL Compor-se-á de quinze
SUPERIOR ELEITORAL Ministros vitalícios,
(TSE) é composto, no
nomeados pelo Presidente
mínimo, por sete ministros
(Art. 119, CF/88), da República, depois de
“emprestados” de outros aprovada a indicação pelo
órgãos. Sua competência se
Senado Federal. Não há
acha no Código Eleitoral
(LEI Nº 4.737, DE 15 DE previsão constitucional das
JULHO DE 1965.), em competências do STM,
diversas normas,
estando a matéria em Leis
destacando-se:
(i) processar e julgar federais, Código de
originariamente o registro e Processo Penal Militar é o
a cassação de registro de Decreto-Lei 1002, de 21 de
partidos políticos, dos seus
diretórios nacionais e de outubro de 1969 e a atual
candidatos à Presidência e Lei de Organização da
Vice-Presidência da Justiça Militar da União, Lei
República;
8457/1992
(ii) julgar recurso
especial e recurso ordinário .
interpostos contra decisões .
dos tribunais regionais;
(iii) aprovar a divisão
dos estados em zonas
eleitorais ou a criação de
novas zonas;
(iv) requisitar a força
federal necessária ao
cumprimento da lei, de suas
próprias decisões ou das

89

PRE-TESTE 32 SOBRE O
ASSUNTO DA 37 AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
STF - Composição: 13
Ministros - SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL –
ART. 101 (Const. Federal).
STJ – 33 Ministros (no
mínimo) - SUPERIOR
TRIBUNAL DE
JUSTIÇA – ART. 104
(Const. Federal).
2(___)
O órgão de cúpula da Justiça
Militar é o Superior
Tribunal Militar – STM,
com sede em Brasília.
Ele é composto por 15
Ministros, com mandatos de
10 anos, nomeados pelo
Presidente da República,
após ouvido o Senado.
3(___)
O TRIBUNAL
SUPERIOR
ELEITORAL –TSE,  é
composto, no mínimo, por
dezessete ministros.
Sua competência se acha no
Art. 119, CF/88 e consiste
em processar e julgar
originariamente o registro e
a cassação de registro de
partidos políticos, dos seus federal é considerado órgão
diretórios nacionais e de singular.
candidatos à Presidência e Da mesma maneira, o
Vice-Presidência da Tribunal de Justiça de um
República; estado é órgão colegiado,
sendo o juiz de Direito um
4(___) órgão singular.
O TRIBUNAL
SUPERIOR DO Os Tribunais e juízes
TRABALHO - TST estaduais, os Tribunais
está previsto no ART. 111- Regionais Federais e os
A (CF/88). juízes federais são
considerados órgãos de
Compor-se-á de vinte e sete justiça comum.
Ministros, escolhidos e,
nomeados pelo Presidente 9(___)
da República após Compete ao Supremo
aprovação pela minoria Tribunal Federal,
absoluta do Senado Federal. precipuamente, a guarda da
Constituição.
5(___)
O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Cabe ao STF, dentre outras:
criado pela emenda constitucional julgar as causas em que
dezembro de 2004 e instalado em 14esteja
de junho de 2005.
em jogo uma alegada
violação da Constituição
Ele tem com função julgar as questões que surgem entre os
Federal,
agentes do poder judiciário, salvo as de natureza funcional.
6(___)
O SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA - STF é o
guardião da uniformidade da
interpretação
das leis federais.
Desempenha esta tarefa ao
julgar as causas, decididas
pelo STF, pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos
Tribunais dos estados, do
Distrito Federal e dos
territórios, que contrariem
lei federal ou deem a lei
federal interpretação
divergente da que lhe haja
atribuído outro Tribunal.
7(___)
STJ - COMPETÊNCIA
PARA JULGAR:
Governadores dos Estados e
do Distrito Federal (crimes
comuns).
Compete ao TSE
Regulamentar, a cada ano
eleitoral, as regras do pleito,
mediante Resoluções
8(___)
Um Tribunal Regional
Federal é órgão colegiado,
enquanto que um juiz
90
 10(___) O TSE tem uma Assim, os ministros do TSE
singularidade: os seus exercem as funções por
ministros são vinculados em mandatos ou períodos, não
outros órgãos. são membros permanentes
deste Tribunal.

FASP/ DIREITO/ IED 1 (V) a orientação do A súmula

– Encontro 38º E Pré- plenário ou do órgão vinculante foi criada em 30
Teste 33 especial aos quais de dezembro de 2004, com a
estiverem vinculados.
Emenda Constitucional n°
As Súmulas e as súmulas 45, que adicionou o artigo
Já o art. 932, IV, comanda
vinculantes 103-A à Constituição
que incumbirá ao relator
negar provimento a recurso Brasileira, artigo composto
SÚMULA: é o conjunto de
que for contrário a: pelo seguinte texto:
decisões estratificadas dos
a) súmula do Supremo
tribunais superiores,
Tribunal Federal, do “O Supremo Tribunal
apresentadas em forma de
Superior Tribunal de Federal poderá,
verbetes sintéticos,
Justiça ou do próprio de ofício ou por
numerados.
tribunal; provocação,
b) acórdão proferido pelo mediante decisão de dois
Historicamente, tivemos três
Supremo Tribunal Federal terços dos seus membros,
tipos básico de Súmula:
ou pelo Superior Tribunal após reiteradas decisões
orientadora, limitadora de
de Justiça em julgamento sobre matéria
recursos e vinculante.
de recursos repetitivos; constitucional, aprovar
c) entendimento firmado súmula que,
O Novo CPC, notadamente
em incidente de resolução a partir de sua publicação
em dois dispositivos,
de demandas repetitivas ou na imprensa oficial,
ampliou as esferas de
de assunção de terá efeito vinculante em
aplicação da jurisprudência,
competência. relação
inclusive nas súmulas.
Foram os artigos 927 e 932, aos demais órgãos do
Do ponto de vista clássico, Poder Judiciário
IV. Pela especificidade do
seriam essas as e à administração pública
tema, será estudado em
características dos três direta e indireta,
Direito Processual Civil.
tipos básicos de Súmulas: nas esferas federal,
Registramos aqui apenas
como alerta para o que estadual e municipal,
Súmula Orientadora: visa bem como proceder à sua
parece ser um movimento
proporcionar estabilidade a revisão ou cancelamento,
ainda mais inclinado para a
jurisprudência, na forma estabelecida em
miscigenação do sistema
simplificando o julgamento lei.”
Romano-Germânico com o
de questões mais frequentes,
Inglês-Americano.
sem qualquer poder de
obrigar juízes e tribunais
Segundo o art.  927, do
inferiores a obedecer às PERGUNTAS E
novo CPC, os juízes
questões sumuladas. RESPOSTAS (13)
observarão:
Súmula limitadora: várias 1- Quem tem competência
(I) as decisões do Supremo
modalidades, dentre elas a para a edição, a revisão e o
Tribunal Federal em
súmula impeditiva de cancelamento da súmula
controle concentrado de
recurso, prevista no art. 519, com efeito vinculante?
constitucionalidade;
§ 1°, do CPC, do antigo R = O SUPREMO
(II) os enunciados de
CPC, fortalecendo as TRIBUNAL FEDERAL
súmula vinculante;
súmulas do Superior (STF).
(III) os acórdãos em
Tribunal de Justiça ou do
incidente de assunção de
Supremo Tribunal Federal. 2- Como o STF toma
competência ou de
resolução de demandas impulso para a edição, a
Súmula vinculante (SV): revisão e o cancelamento da
repetitivas e em julgamento
de recursos extraordinário e emitida apenas pelo STF, súmula com efeito
especial repetitivos; que torna obrigatório o seu vinculante?
(IV) os enunciados das cumprimento pelos demais R = DE OFÍCIO OU POR
súmulas do Supremo órgãos do Poder Judiciário, PROVOCAÇÃO.
Tribunal Federal em sobre matéria constitucional
matéria constitucional e do 3- Quem pode provocar o
ou dentro dos limites de STF para isso?
Superior Tribunal de
Justiça em matéria atuação do STF. R = As pessoas declinadas
infraconstitucional; e no ARTIGO 3° da lei

91
 nº 11.417, de 19 de
dezembro de 2006:
o Presidente da República; a
Mesa do Senado Federal; a
Mesa da Câmara dos
Deputados; o Procurador-
Geral da República; o
Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil; o
Defensor Público-Geral da
União; partido político com
representação no Congresso
Nacional; confederação
sindical ou entidade de
classe de âmbito nacional; a
Mesa de Assembleia
Legislativa ou da Câmara
Legislativa do Distrito
Federal; o Governador de
Estado ou do Distrito
Federal; os Tribunais
Superiores, os Tribunais de
Justiça de Estados ou do
Distrito Federal e
Territórios, os Tribunais
Regionais Federais, os
Tribunais Regionais do
Trabalho, os Tribunais
Regionais Eleitorais e os
Tribunais Militares.
4- Qual o quórum
necessário?
R = Mediante decisão de
dois terços dos seus
membros (são 11, 2/3 = 8
ministros)
5- Qual o suporte fático
necessário?
R = Reiteradas decisões
sobre matéria constitucional
6- A partir de quando a
súmula vinculante produz
efeitos?
R = A partir de sua
publicação na imprensa
oficial
7- Quem fica vinculado ou
obrigado a obedecer?
R = Órgãos do poder
judiciárioe à administração
pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e
municipal
8 - Onde estão as
orientações complementares
sobre a criação, modificação
e cancelamento das súmulas
vinculantes?
R = na forma estabelecida
em lei, no caso, a LEI Nº
11.417, DE 19 DE
DEZEMBRO DE 2006.
9 – Qual será o objeto da
SV?
R = Art. 2° § 1º Lei nº
11.417/2006
O enunciado da
súmula terá por objeto a
validade, a interpretação e a
eficácia de normas
determinadas, acerca das
quais haja, entre órgãos
judiciários ou entre esses e a
administração pública,
controvérsia atual que
acarrete grave insegurança
jurídica e relevante
multiplicação de processos
sobre idêntica questão.
10 – Prazo para a publicação
da SV?
R = Dez dias, a partir da
deliberação do STF.
11- O que podem os
municípios fazerem para
provocarem SV?
R = Lei n° 11.417,
Art. 3° § 1o  - O Município
poderá propor,
incidentalmente ao curso de
processo em que seja parte,
a edição, a revisão ou o
cancelamento de enunciado
de súmula vinculante, o que
não autoriza a suspensão do
processo.
12 – Desatendida a SV o
que pode ser feito?
R = Lei n° 11.417, Art. 7° -
Reclamação direta ao STF
que anulará ou cassara o ato,
se procedente a reclamação.
Contra omissão ou ato da
administração pública, o uso
da reclamação só será
admitido após esgotamento
das vias administrativas.
13- Qual o papel do
Procurador-Geral na SV?
O Procurador-Geral
da República, nas propostas
que não houver formulado,
manifestar-se-á previamente
à edição, revisão ou
cancelamento de enunciado
de súmula vinculante.
LEI Nº 11.417, DE 19 DE
DEZEMBRO DE 2006.
Regulamenta o art. 103-A
da Constituição Federal e
altera a Lei no 9.784, de 29
de janeiro de 1999,
disciplinando a edição, a
revisão e o cancelamento de
enunciado de súmula
vinculante pelo Supremo
Tribunal Federal, e dá outras
providências.
O
PRESIDENTE DA REPÚ
BLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte
Lei:
Art. 1o  Esta Lei
disciplina a edição, a revisão
e o cancelamento de
enunciado de súmula
vinculante pelo Supremo
Tribunal Federal e dá outras
providências.
Art. 2o  O Supremo
Tribunal Federal poderá, de
ofício ou por provocação,
após reiteradas decisões
sobre matéria constitucional,
editar enunciado de súmula
que, a partir de sua
publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante
em relação aos demais
órgãos do Poder Judiciário e
à administração pública
direta e indireta, nas esferas
federal, estadual e
municipal, bem como
proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma
prevista nesta Lei.
§ 1o  O enunciado da
súmula terá por objeto a
validade, a interpretação e a
eficácia de normas
determinadas, acerca das
quais haja, entre órgãos
judiciários ou entre esses e a
administração pública,
controvérsia atual que
acarrete grave insegurança
jurídica e relevante
multiplicação de processos
sobre idêntica questão.
§ 2o  O Procurador-
Geral da República, nas
propostas que não houver
formulado, manifestar-se-á
92
 previamente à edição, Tribunais Regionais do indevidamente caberá
revisão ou cancelamento de Trabalho, os Tribunais reclamação ao Supremo
enunciado de súmula Regionais Eleitorais e os Tribunal Federal, sem
vinculante. Tribunais Militares. prejuízo dos recursos ou
§ 3o  A edição, a § 1o  O Município outros meios admissíveis de
revisão e o cancelamento de poderá propor, impugnação.
enunciado de súmula com incidentalmente ao curso de § 1o  Contra omissão
efeito vinculante processo em que seja parte, ou ato da administração
dependerão de decisão a edição, a revisão ou o pública, o uso da
tomada por 2/3 (dois terços) cancelamento de enunciado reclamação só será admitido
dos membros do Supremo de súmula vinculante, o que após esgotamento das vias
Tribunal Federal, em sessão não autoriza a suspensão do administrativas.
plenária. processo. § 2o  Ao julgar
§ 4o  No prazo de 10 § 2o  No procedimento procedente a reclamação, o
(dez) dias após a sessão em de edição, revisão ou Supremo Tribunal Federal
que editar, rever ou cancelar cancelamento de enunciado anulará o ato administrativo
enunciado de súmula com da súmula vinculante, o ou cassará a decisão judicial
efeito vinculante, o relator poderá admitir, por impugnada, determinando
Supremo Tribunal Federal decisão irrecorrível, a que outra seja proferida com
fará publicar, em seção manifestação de terceiros na ou sem aplicação da súmula,
especial do Diário da Justiça questão, nos termos do conforme o caso.
e do Diário Oficial da Regimento Interno do
União, o enunciado Supremo Tribunal Federal. Art. 8o  O art. 56 da
respectivo. Art. 4o  A súmula com Lei no 9.784, de 29 de
efeito vinculante tem janeiro de 1999, passa a
Art. 3o  São eficácia imediata, mas o vigorar acrescido do
legitimados a propor a Supremo Tribunal Federal, seguinte § 3o:
edição, a revisão ou o por decisão de 2/3 (dois “Art. 56
§ 3o
cancelamento de enunciado terços) dos seus membros,   Se o recorrente alegar
de súmula vinculante: poderá restringir os efeitos que a decisão administrativa
I - o Presidente da vinculantes ou decidir que contraria enunciado da
República; só tenha eficácia a partir de súmula vinculante, caberá à
II - a Mesa do Senado outro momento, tendo em autoridade prolatora da
Federal; vista razões de segurança decisão impugnada, se não a
III – a Mesa da jurídica ou de excepcional reconsiderar, explicitar,
Câmara dos Deputados; interesse público. antes de encaminhar o
IV – o Procurador- recurso à autoridade
Geral da República; Art. 5o  Revogada ou superior, as razões da
V - o Conselho modificada a lei em que se aplicabilidade ou
Federal da Ordem dos fundou a edição de inaplicabilidade da súmula,
Advogados do Brasil; enunciado de súmula conforme o caso.” (NR)
VI - o Defensor vinculante, o Supremo
Público-Geral da União; Tribunal Federal, de ofício Art. 9o  A Lei
o
VII – partido político ou por provocação, n  9.784, de 29 de janeiro de
com representação no procederá à sua revisão ou 1999, passa a vigorar
Congresso Nacional; cancelamento, conforme o acrescida dos seguintes arts.
VIII – confederação caso. 64-A e 64-B:
sindical ou entidade de “Art. 64-A.  Se o recorrente
classe de âmbito nacional; Art. 6o  A proposta de alegar violação de
IX – a Mesa de edição, revisão ou enunciado da súmula
Assembléia Legislativa ou cancelamento de enunciado vinculante, o órgão
da Câmara Legislativa do de súmula vinculante não competente para decidir o
Distrito Federal; autoriza a suspensão dos recurso explicitará as razões
X - o Governador de processos em que se discuta da aplicabilidade ou
Estado ou do Distrito a mesma questão. inaplicabilidade da súmula,
Federal; conforme o caso.”
XI - os Tribunais Art. 7o  Da decisão “Art. 64-B.  Acolhida pelo
Superiores, os Tribunais de judicial ou do ato Supremo Tribunal Federal a
Justiça de Estados ou do administrativo que reclamação fundada em
Distrito Federal e contrariar enunciado de violação de enunciado da
Territórios, os Tribunais súmula vinculante, negar- súmula vinculante, dar-se-á
Regionais Federais, os lhe vigência ou aplicá-lo ciência à autoridade

93
 prolatora e ao órgão
competente para o
julgamento do recurso, que
deverão adequar as futuras
decisões administrativas em
casos semelhantes, sob pena
de responsabilização pessoal
nas esferas cível,
administrativa e penal.”
Art. 10.  O
procedimento de edição,
FASP – CURSO DE
DIREITO – Introdução ao
Direito 1
PRE-TESTE 33 SOBRE O
ASSUNTO DA 38 AULA
ALUNO(A):
_______________________
___________
NOTA: _________
(______________________
_____)
Coloque 1 quando todas as
afirmativas forem corretas;
revisão ou cancelamento de
enunciado de súmula com
efeito vinculante obedecerá,
subsidiariamente, ao
disposto no Regimento
Interno do Supremo
Tribunal Federal.
Art. 11.  Esta Lei
entra em vigor 3 (três)
meses após a sua
publicação.
Coloque 2 quando a 1ª for
correta e a 2ª for incorreta;
Coloque 3 quando a 1ª for
incorreta e a 2ª for correta.
Coloque 4 quando todas as
afirmativas forem
incorretas;
1(___)
A súmula vinculante tem
fundamento constitucional
oriundo da Emenda
Constitucional n° 45, que,
em 30 de dezembro de
2004, adicionou o artigo
103-A à Constituição
Brasileira
E ela tem fundamento legal
na Lei n° 11.417/2006
2(___)
Súmula limitadora: várias
modalidades, dentre elas a
súmula impeditiva de
recurso, prevista no art. 519,
§ 1°, do antigo CPC,
fortalecendo as súmulas do
Superior Tribunal de Justiça
ou do Supremo Tribunal
Federal.
Súmula vinculante (SV):
emitida apenas pelo STJ,
que torna obrigatório o seu
cumprimento pelos demais
órgãos do Poder Judiciário,
sobre matéria constitucional
ou dentro dos limites de
atuação do STF.
3(___)
Após reiteradas decisões
sobre matéria
infraconstitucional pode vir
a ser criada Súmula
Vinculante.
A partir da publicação da
Sumula Vinculante na
Brasília, 19 de
dezembro de 2006; 195o da
Independência e 119o da
República.
LUIZ INÁCIO LULA DA
SILVA
Márcio Thomaz Bastos
imprensa oficial ela passa a
produz efeitos.
4(___)
SÚMULA: é o conjunto de
decisões estratificadas dos
juízes inferiores,
apresentadas em forma de
verbetes sintéticos,
numerados.
Súmula Orientadora: visa
proporcionar estabilidade à
jurisprudência,
simplificando o julgamento
de questões mais frequentes,
sem qualquer poder de
obrigar juízes e tribunais
inferiores a obedecer às
questões sumuladas.
5(___)
As pessoas declinadas no
artigo 3° da lei nº 11.417, de
19 de dezembro de 2006
podem provocar o STJ para
a edição, a revisão e o
cancelamento da súmula
com efeito vinculante.
As deliberações sobre
súmula vinculante
dependem de decisão de
dois terços dos membros do
STJ (são 11, 2/3 = 8
ministros)
6(___)
O Município poderá propor,
incidentalmente ao curso de
processo em que seja parte,
a edição, a revisão ou o
cancelamento de enunciado
de súmula vinculante, o que
autoriza a suspensão do
processo.
Desatendida a Súmula
Vinculante cabe reclamação
direta ao STF que anulará
94
 ou cassara o ato, se
improcedente a reclamação.
7(___)
O enunciado da súmula terá
por objeto a validade, a
interpretação e a eficácia de
normas determinadas,
acerca das quais haja, entre
órgãos judiciários ou entre
esses e a administração
pública, controvérsia atual
que acarrete grave
insegurança jurídica e
relevante multiplicação de
processos sobre idêntica
questão.
O STJ é quem tem
competência para a edição, a
revisão e o cancelamento da
súmula com efeito
vinculante.
O STF pode toma impulso
para a edição, a revisão e o
cancelamento da súmula
com efeito vinculante tanto
por iniciativa sua como por
provocação.
Boa aprendizagem

É de trinta dias, a partir da

deliberação do STF sobre
Súmula Vinculante, o prazo
para a publicação da
decisão.
O
8(___) ENCONTRO
As orientações
complementares sobre a LETIVO 39
criação, modificação e SERA O
cancelamento das súmulas
vinculantes foram NOSSO
estabelecidas na LEI Nº TERCEIRO
11.417, DE 19 DE
DEZEMBRO DE 2006. ESTÁGIO
O Procurador-Geral da
República, nas propostas O
que houver formulado,
manifestar-se-á previamente
ENCONTRO
à edição, revisão ou LETIVO 40
cancelamento de enunciado
de súmula vinculante.
SERÁ UMA
AVALIAÇÃO
9(___) DO
Ficam desobrigados a SEMESTRE E
obedecer ao comando da
Súmula Vinculante os DISCUSSÃO
Órgãos do poder judiciário e SOBRE AS
à administração pública
direta e indireta, nas esferas PROVAS DE
federal, estadual e
municipal.
REPOSIÇÃO
E FINAL
Porém, de forma reflexa,
todas as pessoas são
PARA QUEM
atingidas pelas deliberações DELAS
das súmulas vinculantes que
passam a ter vigência de
NECESSITAR
forma semelhante a uma lei.

10(___)

95