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Batalha de Amiens

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Batalha de Amiens

Frente Ocidental, Primeira Guerra Mundial


"Amiens, a chave para o leste" de Arthur Streeton,
1918.

Data 8 a 12 de Agosto de 1918

Local A leste de Amiens, Picardy, França

Desfecho Vitória Aliada

 Começo da Ofensiva dos Cem


Dias
Beligerantes
Reino Unido Império Alemão

 Austráli
a
 Canadá
França
Estados Unidos

Comandantes
Ferdinand Foch Georg von der
Douglas Haig Marwitz
Henry Rawlinson Erich Ludendorff
John Monash
Arthur Currie
John Pershing
Forças
12 Divisões francesas 10 Divisões activas
5 Divisões australianas 4 Divisões de Reserva
4 Divisões canadianas 365 aeronaves[2]
10 Divisões britânicas
1 Divisão norte-americana
1 104 aeronaves francesas
800 aeronaves britânicas[1]
532 tanques[2]
Baixas
46 000 mortos, feridos ou 30 000 mortos, feridos ou
desaparecidos desaparecidos
50 000 capturados

A Batalha de Amiens também conhecida como a Terceira


Batalha de Picardy (em francês: 3ème Bataille de Picardie)
começou no dia 8 de Agosto de 1918, marcou o início da
ofensiva Aliada, mais tarde designada por Ofensiva dos Cem
Dias, que teria como resultado o fim da Primeira Guerra
Mundial. As forças Aliadas avançaram cerca de 11 km no
primeiro dia, um dos maiores avanços da guerra, tendo na sua
liderança Henry Rawlinson, à frente do 4.º Exército Britânico. A
batalha também se notabilizou pelo seu efeito no moral dos
homens, de ambos os lados, e pelo elevado número de
rendições das forças alemãs. O primeiro dia da batalha foi
descrito por Erich Ludendorff como "o dia mais negro do
Exército Alemão". Amiens ficou para a história como uma das
primeiras grandes batalhas envolvendo veículos blindados e
marcou o fim da guerra de trincheiras na Frente Ocidental,
tornando a natureza do conflito mais dinâmica e física com as
forças a movimentarem-se no terreno até à assinatura
do armistício em 11 de Novembro de 1918.

Prelúdio
A 21 de março de 1918, o Império Alemão tinha lançado
a Operação Michael, a primeira de uma série de ataques
planeados para retirar os Aliados da Frente Ocidental. Com a
assinatura do Tratado de Brest-Litovsk com os revolucionários
russos, os alemães tinham conseguido transferir milhares de
homens para a Frente Ocidental, ficando, assim, com uma
vantagem temporária em número de homens e material. Essas
ofensivas tinham por objectivo transformar essa vantagem em
vitória. A Operação Michael tencionava derrotar o flanco direito
da Força Expedicionária Britânica, mas a derrota sofrida
anteriormente em Arras levou ao insucesso da ofensiva. Os
alemães tentaram um esforço final concentrando-se na cidade
de Amiens, um local estratégico ao nível ferroviário, mas este
avanço foi detido em Villers-Bretonneux pelos australianos
apoiados por outras unidades, reagrupadas a 4 de Abril.[3]
As ofensivas seguintes — Operação Georgette (9 de Abril–11
de Abril), Operação Blücher-Yorck (27 de
Maio), Operação Gneisenau (9 de Junho) e Operação Marne-
Rheims (15 de Julho–17 Julho) — foram bem sucedidas com
avanços significativos na Frente Ocidental, mas não
conseguiram alcançar uma vitória decisiva.[4][5]
No final da ofensiva de Marne-Rheims, a vantagem numérica
dos alemães terminou e as tropas e as provisões chegaram ao
seu limite. O general Aliado, Ferdinand Foch, deu ordens para
contra-atacar, dando origem à Segunda Batalha do Marne, que
venceu, após a qual foi promovido a Marechal de França. Os
alemães, reconhecendo a sua difícil situação, retiraram-se
de Marne para norte.[6] Foch tentava agora mover os Aliados
para uma ofensiva.
Plano

Tropas canadenses em
Amiens.
Foch divulgou o seu plano no dia 23 de Julho de 1918,[7] no
seguimento da retirada dos alemães iniciada a 20 de Julho. O
plano previa reduzir o saliente de Saint-Mihiel (que mais tarde
seria palco de combates na Batalha de Saint-Mihiel) e libertar
as linhas do caminho-de-ferro que passavam por Amiens.
O comandante da Força Expedicionária Britânica, Marechal-de-
Campo Sir Douglas Haig, também tinha planos para um ataque
a Amiens. Quando a retirada britânica terminou em Abril, o
quartel-general do 4.º Exército Britânico sob o comando do
General Sir Henry Rawlinson, tinha tomado o controlo da frente
estabelecida sobre o Somme. No flanco esquerdo estava o III
Corpo Britânico comandado pelo Tenente-General Richard
Butler, enquanto que o Corpo Australiano , liderado
por Sir John Monash defendia o flanco direito e fazia a ligação
com os exércitos franceses a sul. A 30 de Maio, todas as
divisões de infantaria australiana foram reunidas e passaram a
ser comandadas pelo quartel-general, pela primeira vez na
Frente Ocidental. Os australianos efectuaram uma série de
contra-ataques locais que se revelaram eficazes para abrir e
controlar terreno a sul de Somme, para uma ofensiva em larga
escala, estabelecendo e aperfeiçoando os métodos que seriam
utilizados.[8]
Rawlinson enviou as propostas de Monash para Haig em Julho,
e este, por sua vez, enviou-as para Foch. Numa reunião
realizada em 24 de Julho, Foch concordou com o plano mas
insistiu que o 1.º Exército Francês, que defendia a frente a sul
do 4.º Exército Britânico, devia participar. Rawlinson discordou
pois o seu plano, e o de Monash, dependiam, em muito, da
utilização de tanques (agora disponíveis em grande número)
para causar surpresa, evitando um bombardeamento prévio. O
1.º Exército Francês não tinha tanques e era obrigado a
bombardear as posições alemãs antes do avanço da infantaria
ter início, retirando, assim, o elemento surpresa. No final, foi
acordado que os franceses iriam participar, mas só dariam
início ao seu ataque 45 minutos depois do 4.º Exército.[3] Foi,
também, decidido que a nova data para o ataque seria o dia 10
de Agosto, em vez de 8, para apanhar os alemães antes de
eles terminarem a sua retirada do saliente de Marne.
Rawlinson finalizou os seus planos numa reunião com os
comandantes dos seus Corpos (Butler, Monash, Sir Arthur
Currie do Corpo Canadiano e Tenente-General Charles
Kavanagh do Corpo de Cavalaria) em 21 de Julho. Pela
primeira vez, os australianos atacariam lado a lado com o
Corpo Canadiano. Ambos, tinham a reputação de serem
tacticamente agressivos e inovadores e de terem um registo de
elevado sucesso nos últimos dois anos.
Os métodos tácticos foram testados pelos australianos num
contra-ataque na Batalha de Hamel a 4 de Julho. A defesa
alemã estava bastante entrincheirada em Hamel, e tinha poder
de fogo numa área bastante alargada. Posições semelhantes
tinham resistido à captura durante dois meses na Batalha do
Somme. Em Hamel, os australianos tinham utilizado o factor
surpresa em vez um ataque em peso. A artilharia abriu fogo
apenas no momento em que a infantaria e os tanques
avançaram, e os alemães foram rapidamente derrotados.[9]
Um dos factores-chave do plano final era a sua
confidencialidade. Não era suposto haver um bombardeamento
prévio, apenas fogo de artilharia imediatamente antes do
avanço das forças australianas, canadianas e britânicas.[7] O
plano final para o 4.º Exército envolvia
1 386 canhões e obuses e 684 armas pesadas,[1] num total de
27 brigadas de artilharia média e 13 baterias pesadas, para
além das divisões de artilharia da infantaria. O plano de fogo
para a artilharia do 4.º Exército foi concebido pelo oficial de
artilharia mais velho de Monash, o Major-General C.E.D.
Budworth. Os avanços tecnológicos na técnica de detecção da
artilharia inimiga pelo som das suas armas e a utilização do
reconhecimento fotográfico aéreo, permitiu diminuir
significativamente os disparos de artilharia falhados. Budworth
produziu um esquema de tiro que permitiu que cerca de 504
armas alemãs, de um total de 530 [1] fossem atingidas logo no
primeiro momento do ataque, enquanto um fogo de
barragem intenso precedia a infantaria. Este método era
semelhante ao Feuerwalze que os próprios alemães tinham
utilizado na sua Ofensiva da Primavera, mas a sua eficácia foi
superior devido ao elemento surpresa.[10]
Também estavam presentes 580 tanques. Os Corpos do
Canadá e da Austrália tinham, cada um, uma brigada
constituída por quatro batalhões, com 108 tanques Mark V,
36 Mark V "Star" capazes de transportar um esquadrão de
infantaria armada com a metralhadora Lewis e 24 tanques sem
armas para transportar mantimentos e munições. Um único
batalhão de tanques Mark V foi alocado ao III Corps. O Corpo
de Cavalaria recebeu dois batalhões cada um com 48
tanques Whippet Mk A.[11]
O reposicionamento de quatro divisões de infantaria do Corpo
Canadiano em Amiens, foi efectuado pelos Aliados sem ser
detectado pelos alemães. Este sucesso foi um facto notável
reflectindo o árduo trabalho dos Exércitos Britânicos. Um
destacamento de dois batalhões de infantaria do Corps, uma
unidade de comunicações portáteis e uma estação de apoio
foram enviados para a frente perto de Ypres para enganar os
alemães levando-os a acreditar que todo o Corpo se movia
para norte em direcção à Flanders.[12] O Corpo Canadiano só
ficou em posição no dia 7 de Agosto. Para manter o segredo,
os comandantes Aliados passaram a mensagem "Keep Your
Mouth Shut" (Mantenham-se calados) aos seus homens, e
referiram-se ao ataque como um "raide" e não como uma
"ofensiva".[13]
Preliminares
Embora os alemães estivessem presentes na ofensiva no final
de Julho de 1918, os exércitos Aliados estavam a ganhar força
com a chegada de unidades norte-americanas a França, e com
o reforço de tropas britânicas transferidas do Reino Unido e
da Campanha do Sinai e Palestina. Os comandantes alemães
aperceberam-se que, no início de Agosto, as suas forças
deviam passar para uma posição defensiva, embora Amiens
não fosse considerada uma frente. Os alemães acreditavam
que os franceses iriam atacar a frente leste Saint-
Mihiel, Rheims, ou na Flandres perto de Monte Kemmel, e que
os britânicos atacariam ao longo do rio Lys ou perto de Albert.
De facto, os Aliados efectuaram alguns contra-ataques nestes
sectores, tanto para conquistar objectivos locais como para
desviar a atenção da zona de Amiens. As forças alemãs
começaram a retirar-se do Lys e de outras frentes em resposta
às operações Aliadas. Os Aliados mantiveram a artilharia e o
fogo aéreo ao longo das diferentes frentes, movimentando as
tropas apenas à noite, e efectuando falsos movimentos diurnos
para disfarçar as suas verdadeiras intenções.
A frente alemã a leste de Amiens manteve-se controlada pelo
2.º Exército Alemão comandado pelo General Georg von der
Marwitz, com seis divisões em linha (e mais duas em frente do
1.º Exército Francês). Apenas duas divisões estavam de
reserva. A 6 de Agosto, a 27.ª Divisão Alemã atacou algumas
posições a norte do Somme, causando alguma preocupação
entre os Aliados pois era uma posição que os Aliados
planeavam atacar dois dias depois. A divisão alemã (uma
formação Stosstruppen especialmente seleccionada e treinada)
penetrou apenas 730 m na pequena frente de 2,4 km de
extensão.[14] Este ataque foi efectuado em resposta a um ataque
às suas trincheiras feito 5.ª Divisão Australiana a norte de
Somme, na noite de 31 de Julho, e que fez muitos prisioneiros,
antes de o corpo australiano se concentrar a sul do rio.[15] A
divisão alemã recuou para a sua posição inicial na manhã de 7
de Agosto, o que veio influenciar o plano Aliado que teve de ser
alterado.

A batalha
Mapa com o avanço da
linha Aliada.
A batalha teve início no meio de um denso nevoeiro às 4 horas
e vinte da manhã do dia 8 de Agosto de 1918.[13][16] Sob o
comando de Rawlinson do 4.º Exército, o III Corpo Britânico
atacou a norte do Somme, o Corpo Australiano a sul do rio na
zona central da frente do 4.º Exército e o Corpo Canadiano a
sul dos australianos. O 1.º Exército Francês, liderado pelo
General Debeney, iniciou os bombardeamentos ao mesmo
tempo, e começou a avançar 45 minutos depois, apoiado por
um batalhão de 72 tanques Whippet Mk A.[3] As forças alemãs
estavam de alerta, mas o seu estado de vigília devia-se a
possíveis retaliações pelos seus ataques no dia 6[17] e não por
terem conhecimento do plano Aliado. Embora as duas forças
estivessem separadas uma da outra cerca de 460 m,
o bombardeamento com gás tinha pouca dimensão, pois a
posição das forças Aliadas era desconhecida dos alemães. O
ataque foi tão inesperado que as forças alemãs só começaram
a responder passados cinco minutos, e mesmo a sua resposta
foi focada para as posições iniciais dos Aliados, de onde estes
já tinham saído há muito tempo.[18]
Na primeira fase, foram sete as divisões que participaram no
ataque: as britânicas 18.ª Divisão Este e 58.ª Divisão de
Londres; as australianas 2.ª e 3.ª Divisões; e as canadianas
1.ª, 2.ª e 3.ª Divisões. Parte da 33.ª Divisão americana apoiou
as forças britânicas a norte do Somme.
As forças Aliadas capturaram a primeira posição alemã,
avançado cerca de 3,7 km por volta das 7h30 da manhã.[16] Ao
centro, as unidades de apoio às divisões principais atacaram o
segundo objectivo a 3,2 km de distância. As unidades
australianas chegaram ao seu primeiro objectivo às 7h10, e
pelas 8h20, as 4.ª e 5.ª Divisões Australianas e a 4.ª Divisão
Canadiana, passaram através da abertura inicial das linhas
alemãs.[16] A terceira fase do ataque foi da responsabilidade dos
tanques de transporte de infantaria Mark V*. Contudo, a
infantaria conseguiu cumprir a sua tarefa sem ajuda.[16] Os
Aliados conseguiram penetrar bastante atrás das defesas
alemãs e agora a cavalaria continuava o seu avanço,
uma brigada no sector australiano e duas divisões de cavalaria
no canadiano. O fogo da RAF e dos carros blindados impediu
as forças alemãs de se reagruparem.[16]
As forças canadianas e australianas, no centro do ataque,
avançaram rapidamente empurrando a linha cerca de 4,8 km
para lá da sua posição inicial por volta das 11:00h. A
velocidade do seu avanço foi tal que um grupo de oficiais
alemães e pessoal de apoio, foram capturados enquanto
tomavam o pequeno-almoço.[18] No final do dia, os Aliados
tinham conquistado cerca de 24 km de terreno à linha alemã a
sul do Somme. A norte do rio o sucesso não foi tão
significativo, onde o III Corpo Britânico tinha apenas um
batalhão de tanques de apoio, o terreno era mais difícil e o
ataque alemão de 6 de Agosto tinha alterado alguns dos
preparativos. Embora os atacantes tenham conquistado alguns
dos objectivos, foram bloqueados perto de Chipilly,
um cume bastante íngreme e arborizado.
O 4.º Exército Britânico fez 13 000 prisioneiros, enquanto os
franceses capturaram mais 3 000. O total de vítimas alemães
foi estimada em 30 000 a 8 de Agosto.[19] As vítimas da
infantaria do 4.º Exército, britânicas, australianas e canadianas
foram de 8 800, sem contar com as vítimas dos tanques e das
aeronaves e das forças francesas.
O Chefe-de-Estado Maior do Exército Alemão, Paul von
Hindenburg, referiu que o factor surpresa utilizado pelos
Aliados e a destruição das linhas de comunicação alemãs
tinham prejudicado potenciais contra-ataques alemães isolando
as posições de comando.[20] O general alemão Erich
Ludendorff descreveu o primeiro dia de Amiens como "o dia
mais negro do Exército Alemão ", não por causa do terreno
pedido com o avanço Aliado, mas porque o moral das tropas
alemãs tinha atingido um nível tão baixo que muitos soldados
se tinham rendido.[3] Ele relatou casos de tropas em retirada a
gritar "Só estão a prolongar a guerra! " a oficiais que os
tentavam reagrupar, e "Blackleg!" a reservas que se moviam.
[21]
Foram derrotadas cinco divisões alemãs. As forças Aliadas
tinham conquistado cerca de 11 km ao inimigo no final do dia.
[7]
Os canadianos conseguiram avançar 13 km, os australianos
11 km, os britânicos 3,2 km e os franceses 8 km.
Últimos combates

Um canhão anti-carro
alemão 7.7 cm FK 96 n.A. capturada durante o decorrer da
batalha, pelo 33.º Batalhão Australiano.
O avanço continuou no dia 9 de Agosto, mas sem os
resultados espectaculares do primeiro dia. A batalha foi
alargada a norte e a sul do ataque inicial com o sector sul da
batalha, envolvendo as forças francesas, designada
por Batalha de Montdidier.

Milhares de prisioneiros
alemães, feitos ao final de 1918.
A infantaria já não tinha o apoio do fogo da artilharia [22] e a força
inicial de mais de 500 tanques, que tiveram um papel essencial
para o sucesso Aliado, foi reduzido para seis unidades que
ficaram prontas para a batalha em quatro dias.[23] Os alemães,
na colina Chipilly, tinham o controlo de uma grande zona de
fogo a sul do Somme, e os seus flancos conseguiram deter as
restantes unidades do Corpo Australiano até ao dia 9 de
Agosto, quando um pequeno grupo australiano passou através
do rio e capturou a vila de Chipilly, ao mesmo tempo que o III
Corpo atacava. Na frente canadiana, as estradas muito
congestionadas e os problemas com comunicações, impediram
a 32.ª Divisão Britânica de se movimentar com rapidez e
acompanhar o avanço.[24]
A 10 de Agosto, havia sinais de que os alemães estavam a
deixar o saliente da Operação Michael. De acordo com
relatórios oficiais, os Aliados tinham capturado perto de 50 000
prisioneiros e 500 armas a 27 de Agosto.[25] Mesmo com menos
tanques, os britânicos avançaram 19 km pelas posições
alemãs, no dia 13 de Agosto.[7]
O Marechal-de-Campo Haig recusou o pedido do Marechal
Foch para continuar a ofensiva, preferindo lançar uma nova
ofensiva com o 3.º Exército de Byng entre Ancre e Scarpe.[26]

Rescaldo
8 de Agosto de 1918 por Will
Longstaff, onde se vê prisioneiros de guerra alemães a ser
levados até Amiens.
A Batalha de Amiens foi um dos principais pontos de viragem
da guerra. Os alemães tinham começado a ofensiva com
o Plano Schlieffen antes de a guerra se transformar numa
guerra de trincheiras; a Corrida para o mar diminuiu os
movimentos na Frente Ocidental; e a Ofensiva da
Primavera alemã, no início do ano, tinha-lhe dado uma
vantagem ofensiva na Frente Ocidental. O apoio dos blindados
ajudou os Aliados a furar as linhas de trincheira, enfraquecendo
aquelas posições. O 3.º Exército Britânico, sem o apoio dos
tanques, pouca influência teve nas linhas, enquanto o 4.º
Exército, com pouco menos de 1 000 penetrou profundamente
em território alemão.[3] O comandante australiano, John
Monash recebeu o título de Cavaleiro pelo rei Jorge V nos dias
seguintes à batalha.
O correspondente de guerra britânico Philip Gibbs descreveu o
efeito que Amiens teve no decorrer da guerra, dizendo, a 27 de
Agosto, que "o inimigo...está na defensiva " e "a iniciativa de
ataque está tão nas nossas mãos que estamos prontos a
atacá-lo em muitos sítios diferentes." Gibbs também aponta
Amiens como causa para a mudança de mora das tropas,
dizendo, "houve mais mudança nas mentes dos homens que
na conquista do território. Do nosso lado, o exército parece
estar motivado com a grande esperança de continuar o seu
trabalho depressa " e que "também há mudança na mente do
inimigo. Já não têm a mínima esperança de vitória nesta frente
ocidental. Tudo aquilo que esperam é defenderem-se a eles
próprios o tempo suficiente para alcançar a paz pela via da
negociação".[25]
Notas
 Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou
parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo
título é «Battle of Amiens (1918)»,
especificamente desta versão.

Referências
1. ↑ Ir para:a b c Hart 2008 p. 311
2. ↑ Ir para:a b Kearsey pgs. 2–3
3. ↑ Ir para:a b c d e Livesay, Anthony (1994). Historical Atlas of World
War I. New York: Henry Holt and Company
4. ↑ Paschall, Rod (1989). The Defeat of Imperial Germany 1917–
1918. Chapel Hill, North Carolina: Algonquin Books
5. ↑ Gray, Randal (1997). Kaiserschlacht 1918—The Final
German Offensive. Danbury, Connecticut: Grolier Educational
6. ↑ Duffy, Michael (17 de abril de 2004). «Second Battle of the
Marne». FirstWorldWar.Com. Consultado em 26 de Julho de
2006. Cópia arquivada em 15 de Julho de 2006
7. ↑ Ir para:a b c d Kearsey pgs. 11–12
8. ↑ Blaxland pp. 154–156
9. ↑ Blaxland pp. 146–149
10. ↑ Blaxland p. 168
11. ↑ Blaxland, p.160
12. ↑ Blaxland p. 161
13. ↑ Ir para:a b Kearsey pp. 13–14
14. ↑ Blaxland p. 164
15. ↑ Blaxland, p.162
16. ↑ Ir para:a b c d e The Long, Long Trail. «The British Army in the
Great War: Battle of Amiens». 1914-1918.net. Consultado em
19 de Setembro de 2009
17. ↑ Kearsey pgs. 17–18
18. ↑ Ir para:a b Kearsey pgs. 15–16
19. ↑ Chronicles of World War One, Volume II: 1917–1921. Randal
Gray, Facts on File: New York. 1991.
20. ↑ Hindenburg sobre Amiens por Paul von Hindenburg
de Source Records of the Great War, Vol. VI, ed. Charles F.
Horne, National Alumni 1923.
21. ↑ Blaxland, p.181
22. ↑ «Australians in France – The Battle of Amiens». Awm.gov.au.
Consultado em 19 de Setembro de 2009
23. ↑ Tanks from the National Archives of the United Kingdom.
Acesso em 15 de Julho de 2006.
24. ↑ Blaxland, pp.186–187
25. ↑ Ir para:a b Battle of Amiens, 27 de Agosto de 1918 por Philip
Gibbs de Source Records of the Great War, Vol. VI, ed.
Charles F. Horne, National Alumni 1923.
26. ↑ Hart 2008 p. 364

Bibliografia
 Blaxland, Gregory. Amiens 1918, W.H. Allen &
Co. ISBN 0-352-30833-8.
 Christie, Norm. For King & Empire: The Canadians at
Amiens, August 1918. CEF Books, 1999.
 Dancocks, Daniel G. Spearhead to Victory: Canada
and the Great War. Hurtig Publishers, 1987.
 Hart, Peter (2008). 1918: A Very British Victory,
Phoenix Books, London. ISBN 978-0-7538-2689-8.
 Kearsey, A. The Battle of Amiens 1918. Aldershot
Gale & Polden Limited, February 1950. Reimpresso
em Naval & Military Press
 Mccluskey, Alistar. Amiens 1918: The Black Day of
the German Army. Osprey Publishing, 2008.
 McWilliams, James and Steel, R. James. Amiens:
Dawn of Victory. Dundurn Press, 2001.
 Schreiber, Shane B. Shock Army of the British
Empire: The Canadian Corps in the Last 100 Days of
the Great War. Vanwell Publishing Limited, 2004

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