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Batalha de Barrosa
Guerra Peninsular
Beligerantes
Reino Unido Primeiro Império Francês
Reino de Portugal
Reino de Espanha
Comandantes
Thomas Graham Claude Victor-Perrin
Manuel la Peña
Forças
5 200 britânicos e portugueses 8 000[2] ou 7 000 (contingente que
9 600 espanhóis[1] atacou a força luso-inglesa)[1]
Baixas
1 243 mortos ou feridos[2] 3 000 mortos, feridos e
prisioneiros[2] ou 3 500 baixas[1][1]
A Batalha de Barrosa ou Batalha de Chiclana (5 de Março de 1811) foi um ataque fracassado das
forças francesas a uma força anglo-luso-espanhola numericamente superior, na tentativa de pôr fim ao
Cerco de Cádis, em Espanha, no período da Guerra Peninsular. Durante a batalha, uma única divisão
britânica derrotou duas divisões francesas e capturou o estandarte de um regimento.
Cádis tinha sido sujeita a uma circunvalação, pelos franceses, no início de 1810, ficando acessível
apenas a partir do mar, mas, em Março do ano seguinte, uma diminuição do exército sitiador, deu
oportunidade à guarnição anglo-espanhola de acabar com o cerco. Uma força Aliada de grande
dimensão embarcou em Cádis em direcção a sul para Tarifa, para atacar as forças do cerco pela sua
retaguarda. Os franceses, sob o comando do marechal Victor, aperceberam-se da manobra Aliada e
reorganizaram-se para preparar uma armadilha. Victor colocou uma divisão na estrada para Cádis,
bloqueando a marcha das forças Aliadas, ao mesmo tempo que as outras duas divisões atacaram a
retaguarda da divisão anglo-portuguesa comandada por Thomas Graham.
Depois de uma feroz batalha em duas frentes, os britânicos conseguiram repelir o ataque francês. A
falta de apoio de um contingente espanhol de maior dimensão, impediu uma vitória definitiva, e as
forças francesas conseguiram reagrupar-se e reocuparam as anteriores posições do cerco. A vitória
táctica de Graham demonstrou ter pouco efeito estratégico no decorrer da guerra, a tal ponto que Victor
clamou para os franceses a vitória nesta batalha, pois o cerco continuou até 24 de Agosto de 1812.
Antecedentes
Ver artigo principal: Cerco de Cádis
Preliminares
No seguimento da apropriação de várias tropas de Victor por Soult, os Aliados viram uma oportunidade
para atacar o marechal Victor.[8] Uma força expedicionária anglo-espanhola foi enviada por mar desde
Cádis para Tarifa, com o objectivo de se dirigir para norte e atacar a retaguarda francesa. Esta força
tinha cerca de 8 mil soldados espanhóis e 4 mil britânicos, e era liderada pelo general Manuel la Peña,
que tinha sido nomeado para tal numa base política dado ser visto como incompetente.[9] Para
acompanhar o assalto de la Peña, foi enviado o general José Pascual de Zayas y Chacón com uma força
de 4 mil soldados espanhóis desde Cádis, através da Ilha de León.[10]
O contingente britânico - uma divisão anglo-portuguesa - comandada pelo tenente-general Thomas
Graham — zarpou de Cádis a 21 de Fevereiro de 1811, um pouco mais tarde do que o planeado.[11] As
forças de Graham não conseguiram desembarcar em Tarifa devido ao mau tempo e foram forçadas a
navegar até Algeciras, onde desembarcaram a 23 de Fevereiro.[12] Juntamente com um batalhão
liderado pelo coronel Browne, as tropas marcharam até Tarifa a 24 de Fevereiro, onde receberam
reforços da guarnição aí sediada.[13] No dia 27 de Fevereiro, chegaram as forças de la Peña, que
tinham saído de Cádis três dias depois das de Graham e, apesar de também terem encontrado mau
tempo, conseguiram efectuar o desembarque em Tarifa.[11]
Para aumentar a força dos Aliados, um contingente de tropas irregulares do general Begines recebeu
ordens para sair de Ronda a 23 de Fevereiro, e juntar-se à força principal anglo-espanhola.
Desconhecendo os atrasos das tropas que vinham de barco, Begines progrediu até Medina-Sidonia à
procura do exército Aliado; sem apoio, e envolvidos em escaramuças com o flanco direito de Victor,
regressou às montanhas de Ronda. O general Cassagne, comandante do flanco de Victor, informou o
marechal da crescente ameaça. Victor reagiu enviando três batalhões de infantaria e um regimento de
cavalaria para reforçar a força de Cassagne, e ordenou que se fortificasse Medina-Sidonia.[14]