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Volteio (hipismo)

Volteio Artístico é uma modalidade equestre definida como ginástica sobre um cavalo em movimento.
Durante a Idade Média, foi utilizada no treinamento militar, como forma de desenvolver o equilíbrio de
cavaleiros, que em combate utilizavam as duas mãos para carregar escudo e espada.[1]
Provas de volteio foram disputadas nos Jogos Olímpicos de Verão de 1920, mas, assim como a grande
maioria das modalidades equestres, com exceção de Adestramento e Salto, o volteio já não faz parte
dos Jogos Olímpicos por uma questão de custos. Os esportes equestres tem seus próprios jogos,
chamados Jogos Equestres Mundiais, realizados a cada 4 anos. Os JEM, ou WEG, são considerados os
mais importantes eventos do esporte e contam com participantes do mundo inteiro. Além disso,
também de 4 em 4 anos acontecem os Campeonatos Mundiais de Volteio, também muito importantes.

Esta imagem mostra a série livre da equipe alemã Ingelsberg durante uma competição em Wiesbaden,
também na Alemanha, em 2013. Esta equipe, com a mesma formação básica, participou de diversos
campeonatos mundiais, sendo consagrada campeã mundial em 2000, 2004 e 2008.

Exercícios
Uma apresentação de volteio é composta de exercícios livres e exercícios obrigatórios.
Esta imagem mostra os primórdios do volteio contemporâneo.

Obrigatórios
Os exercícios obrigatórios são exercícios básicos e eminentemente individuais, que avaliam as
habilidades específicas do atleta em cada nível. Contam como parte dos exercícios livres a subida e a
descida do cavalo, além da forma como os exercícios em si são executados.
Nas competições individuais internacionais também há a apresentações do chamado Teste Técnico,
uma série de exercícios que inclui elementos obrigatórios e livres em ritmo de série livre.

Exercícios Livres
A apresentação livre é uma série de exercícios justapostos avaliados segundo sua execução, a forma
como são executados, dificuldade, e evolução, que diz respeito à composição da série, ajustamento com
a música, criatividade entre outros critérios.

Apresentação de equipe
Uma equipe de volteio é composta por até oito atletas, sendo um reserva e sete titulares. Durante os
obrigatórios cada um realiza os mesmos exercícios individualmente em sequência, passando então para
o próximo atleta da equipe sem um intervalo, o objetivo é que a apresentação seja homogênea e que a
equipe apresente um ritmo e nível global formando uma unidade.
Na apresentação livre a equipe propõe exercícios que contam com até três atletas sobre o dorso do
cavalo ao mesmo tempo, todos os atletas participam da sequência e o cavalo não pode ficar vazio em
momento algum. A apresentação pode ter um tema, mas isto não é compulsório, e tem um tempo
máximo de duração.
Os atletas numa equipe se distinguem entre Flyers, Bases e Médios. Os Flyers são indivíduos de
pequeno porte que costumam ser carregados e fazer movimentos acrobáticos no ar, sem o contato
direto com o cavalo. Os Bases são os atletas que sustentam o movimento, e dão sustento para o flyer. Já
o Médio é um atleta de porte intermediário que pode exercer as duas funções em figuras de transição ou
fazer movimentos em dupla, dependendo da composição da equipe. Uma Média pode também dar
sustentação para a Base em um movimento em trio.

Competições
Volteio é dividido em diferentes categorias e sub-categorias, sendo que estas são diferentes nas
competições nacionais

A atleta alemã Simone Wiegle mostra outro exercício obrigatório: o estandarte. Neste caso muito bem
executado, o objetivo é fazer um arco que comece na ponta do pé e acabe na ponta dos dedos da mão.
e nas internacionais. No Brasil compete-se no volteio nas categorias: Equipe, Individual e Pas des Deux
(duplas). Os atletas são divididos em de acordo com suas habilidades em diversos níveis: sendo A o
mais alto e E o mais baixo. A competição dos níveis A, B e C são feitas inteiramente ao galope,
enquanto nos níveis D e E partes são feitas ao passo.
Nas competições internacionais as categorias são as mesmas, mas os níveis são classificados de outra
forma: Só existem competições internacionais para níveis que executam suas performances
inteiramente ao galope. Mas há uma divisão entre atletas mais ou menos fortes.
Nesse esporte o campeonato mundial acontece a cada dois anos, sendo uma edição exclusiva do volteio
artístico e uma edição dos jogos equestres mundiais, que reúne as mais diversas modalidades equestres,
como o Salto, o Adestramento, o Concurso Completo e Rédeas.
Por muitos anos, as grandes potências no esporte eram a Alemanha e a Suíça, recentemente a Áustria e
os Estados Unidos apareceram como potências nas grandes competições.

Volteio no Brasil
O volteio está presente no Brasil há mais de 30 anos. Seu pico de desenvolvimento ocorreu entre 2005
e 2010 quando o país contava com cerca de 300 atletas ativos e inscritos na Confederação Brasileira de
Hipismo. No estado de São Paulo o volteio é praticado no Clube Hipico de Santo Amaro, Clube de
Campo de São Paulo, Hípica Paulista, Manége Alphaville[2], Sociedade Hípica de Campinas e na
ESALQ em Piracicaba. No Rio de Janeiro é praticado unicamente na Centauro Equitação, na Barra da
Tijuca e também na unidade Itaguaí-RJ. O volteio também é praticado no exército, para obter um
harmonia e respeito maior com o cavalo, além de melhorar a postura. O esporte parte do princípio de
usar o impulso do cavalo ao seu favor criando uma harmonia e ressonância com o mesmo.

Equipe
Em 2002 a equipe brasileira, treinada pelo técnico argentino Fabian Guida, conseguiu pela primeira vez
se classificar para uma final de um campeonato mundial, terminando os Jogos Equestres Mundiais de
Jerez de la Frontera com a 9ª colocação.
Em 2006, a equipe, desta vez sob a direção de Priscila Botton, conseguiu mais um feito inédito,
terminando com a oitava colocação os Jogos Equestres de Aachen, na Alemanha.
Em 2008, ainda com a mesma treinadora, conseguimos mais uma evolução importante, e obtivemos
uma 7ª colocação no Campeonato Mundial que aconteceu na República Checa.
O melhor resultado obtido por uma equipe brasileira veio em 2010, com a sexta colocação nos Jogos
Equestres Mundiais de Kentucky. Nesta edição dos jogos, a equipe mostrou um volteio consistente e
recebeu diversos elogios. Este foi o último resultado de expressão internacional pela equipe brasileira.
Na atualidade não é mais um esporte praticado em alto nível no Brasil, e não possui mais equipes aptas
a competir internacionalmente com expressividade. Em 2013, não teve nenhum competidor em nível C,
B ou A, representando um retrocesso para o esporte do país causado por políticas e disputas internas.
Desde 2010 a Equipe Brasileira de Volteio vem sendo assessorada pelo francês Mathias Lang, campeão
mundial em 2000 e 2002. No campeonato mundial de 2012, após seguidas quedas, a equipe acabou
com a última colocação.
Em 2014 a Equipe Brasileira de Volteio não fez boa participação nos Jogos Equestres Mundials em
Caen, na Normandia. Pela primeira vez em 12 anos a equipe ficou fora das finais. Apesar de uma boa
apresentação de exercícios livres, a equipe ficou em 15º lugar nos exercícios obrigatórios e não
conseguiu se classificar entre as 12 melhores equipes da primeira fase, ficando de fora dos últimos dias
de apresentação.

Individual
Individualmente o país já foi representado por diversos atletas internacionalmente. Flávia Themudo
Guida obteve a melhor colocação por parte das mulheres, consagrando-se 14ª melhor atleta do mundo
em 2002, numa competição com mais de 30 pessoas. Por parte dos homens, Nicolas Martinez obteve a
11ª colocação no campeonato mundial de 2008.
Duplas

Atleta realizando uma impulsão, exercício de caráter livre. O objetivo do exercício é atingir uma parada
de mãos, portanto o exercício da foto receberia uma nota de valor 7.
O Brasil nunca teve uma participação expressiva em campeonatos internacionais na categoria.

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