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Introdução
História do Atletismo
Os primeiros indícios de competições de atletismo datam de 4 mil anos atrás, quando homens
egípcios disputavam corridas entre si.
As primeiras reuniões organizadas da história foram os Jogos Olímpicos, iniciada pelos Gregos,
no ano 776 a.C. Durante muitos anos, o principal evento Olímpico foi o pentatlón, que
compreendia lançamentos de disco e dardos, corridas pedestres, salto de longa distância e luta
livre. Outras provas, como as corridas de homens com armaduras, formaram parte mais tarde do
programa. Os romanos continuaram celebrando as provas olímpicas depois de conquistar a
Grécia em 146 a.C. No ano 394 de nossa era o imperador romano Teodósio aboliu os jogos.
Durante oito séculos não se celebraram competições organizadas de atletismo.
O Brasil conhece o atletismo desde o início do século 20. Em 1914, no Clube Espéria, em São
Paulo, foi realizada a primeira competição oficial do esporte no país. As mulheres começaram a
competir nas modalidades olímpicas do atletismo em 1928. Com forte característica de explosão
muscular, os norte‐americanos são os grandes nomes nas provas de velocidade, com 322
medalhas de ouro de 769 distribuídas em todo o atletismo na história dos Jogos Olímpicos até a
última edição em 2012.
Origem do atletismo
O atletismo surgiu nos Jogos Antigos da Grécia, pois o homem vem tentando superar seus
movimentos essenciais como caminhar, correr, saltar e arremessar
Importância do atletismo
O atletismo é de suma importância para o desenvolvimento humano como um todo, além de ser a
modalidade esportiva mais antiga já praticada pelo homem, são desenvolvidas nessa prática
noções básicas de espaço e locomoção, como caminhar, correr, saltar, tendo assim, um amplo
domínio sobre seu próprio corpo auxiliando no desenvolvimento físico, motor e psíquico, além de
ser um grande fator disciplinar para os praticantes ele também desenvolve práticas cooperativas
como nas provas de revezamento e práticas individuais como na corrida de 200 metros.
O atletismo dentro do âmbito escolar é uma das práticas esportivas fundamentais, além disso, a
criança possui picos de períodos no seu crescimento onde adquire conhecimentos específicos e é
possível através do atletismo observar o grau de desenvolvimento em que a criança se encontra,
para incentivar uma base especifica ou dar ênfase ao desenvolvimento completo, assim em alguns
casos até sendo possível verificar problemas locomotores e encaminhar para uma análise mais
específica e qualificada caso necessário.
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O atletismo é tido como o desporto base de qualquer outro desporto por ser feito apenas
com movimentos simples e naturais do corpo humano, como a corrida, o salto e os jogos de
arremesso.
Todos os jogos derivam de alguma modalidade do atletismo, por exemplo, o futebol, que precisa
de uma grande capacidade de correr e de chutar, ambas habilidades atléticas.
Outros desportos como o basquete o vólei precisam da corrida, do salto e das habilidades de
lançamento, são desportos que misturam habilidades atléticas.
Corridas
Saltos
Lançamentos
Bloco de partida para atletismo: ele é essencial para ajustar o corpo do atleta na posição
de partida para corridas. É importante que tenha um bom acabamento, oferecendo
conforto e maior impulso para dar o start na corrida;
Plinto piramidal: pode ser utilizado tanto para oferecer obstáculos para as provas de
atletismo quanto para treinos complementares, como treinos de cambalhotas e saltos. Ele
foi criado, justamente, para o condicionamento para mesa de salto e pode ser útil para
melhorar mobilidade e condicionamento de forma indireta e direta nos treinos para
corridas;
Saltômetro: utilizado para treinos de provas de salto em altura, permite a regulagem da
barra para condicionamento dos saltos de acordo com a altura que o atleta está praticando,
para que ele possa treinar com segurança e conforto;
colchão de salto: fundamental para amparar os atletas que estejam realizando treinos de
atletismo para saltos, evitando lesões que podem comprometer sua saúde e bem-estar.
Assim, ele pode ter uma aterrissagem mais tranquila e estar mais seguro ao realizar os
movimentos nos treinos;
Barreira com contrapeso: outro equipamento importante para treinos de saltos em
obstáculos, promove segurança para as práticas.
A corrida é a faculdade para movimentar-se de um lugar para outro. O seu objectivo consiste em
percorrer uma distância no menor tempo possível. A corrida ajuda a criança a construir a sua
identidade, a sua relação com o mundo, tornando-se um ser activo e tolerante. Por isso é
importante dar a todas as crianças esse instrumento indispensável que é o ensino das várias
opções que o atletismo nos dá. Correr traz consigo prazer, descoberta, comunicação, interacção,
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enriquecimento cultural e pessoal. Correr é compreender melhor o nosso mundo e o dos outros.
Correr implica técnica. É uma aptidão e uma arte. A Corrida não é um produto acabado, mas
parte importante de todo um processo que está relacionado com o corpo e a mente. Um forte
processo de massificação da actividade física como forma de promoção da saúde aconteceu no
Brasil a partir da década de 1970. O movimento desporto para todo originário da Europa, foi
introduzido no país como programa de governo no final dessa década. A partir desse período,
com a grande valorização da prática de exercícios e actividades físicas e esportivas, ocorreu a
implantação e multiplicação de academias de ginástica e a prática de corrida de rua, com base nos
princípios trazidos por Keneth H. Cooper, médico e militar americano (MIRANDA, 2007).
Correr é uma das habilidades naturais do ser humano que se manifesta nos primeiros anos de
vida. Crianças estão estreitamente ligadas ao seu desenvolvimento motor, especialmente no que
se refere à exploração do ambiente em que vive. A corrida, em especial a corrida de rua, entre
jovens e adultos, passou a ser actividade com diferentes significados nos últimos 30 anos, com
esse segmento etário praticando no sentido do cuidado com a saúde, sem conotação competitiva,
em especial nas grandes metrópoles (MIRANDA, 2007; SALGADO; CHACON-MIKAHIL,
2006).
A corrida, mesmo sendo considerada habilidade básica no acervo motor adquirido pela criança,
muitas vezes não é bem executada por crianças e adultos, visto que os mesmos não tiveram a
prática dessa modalidade na infância e/ou adolescência. Dessa forma pode haver pouca evolução
técnica no desempenho atlético do indivíduo na própria modalidade ou até mesmo em outras
modalidades como futebol, handebol, basquete e em provas combinadas como triátlon. Neste
sentido, para o aprendizado da técnica da corrida propriamente dita são utilizados os exercícios
educativos de corrida.
Maria Mutola nasceu no bairro de Chamanculo da cidade de Maputo e desde criança foi ligada
nos desportos.
Não tendo sido a sua participação aceita no campeonato de futebol de juniores masculinos, com
14 anos inicia-se no atletismo. Filha de pai operário dos serviços portuários e caminhos de ferro e
mãe doméstica, Maria de Lurdes Mutola é de família humilde.
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Em 1988, beneficia da bolsa de solidariedade olímpica para os países do terceiro mundo e passa a
residir no estado do Oregon, Estados Unidos, onde frequenta e conclui o Liceu. Desde então, não
parou de correr e já venceu uma centena de provas internacionais, colocando-se entre os maiores
do atletismo internacional.
Mutola detém o recorde mundial dos 1000 metros em pista coberta e em pista aberta, recorde
Africano dos 1000 metros em pista aberta, recorde Africano dos 800 metros em pista aberta. Em
1995 consagra-se vencedora do Grande Prémio da IAAF - Federação Internacional de Atletismo
Amador.
Foi três vezes campeã africana (uma das quais em 1500 metros), e duas vezes no campeonato
dos Jogos Pan-Africanos.
A menina que queria ser futebolista tornou-se campeã de atletismo e a primeira moçambicana a
ganhar uma medalha de ouro para Moçambique.
Em 2000 foi eleita para tomar parte na Comissão de Atletas do Comité Olímpico Internacional,
posição que ocupa até hoje.
Maria de Lurdes Mutola será homenageada, em Agosto próximo, pela organização dos
Campeonatos do Mundo de Atletismo Oregon22, nos EUA. Foi precisamente em Oregon, cidade
pequena mas com grande tradição no atletismo, onde Lurdes Mutola se instalou em 1991 com a
intervenção do malogrado Marcelino dos Santos.
Feito ainda fresco na memória de toda uma Nação carente em resultados desportivos em
grandíssimos eventos mundiais, Lurdes Mutola foi campeã olímpica dos 800 metros em Sidney,
Austrália, em 2000, quando a 25 de Setembro venceu a final o tempo de 1 minuto e 56 segundos,
deixando para trás a forte concorrência de Stephanie Graf (Austrália) e Kelly Holmes (Reino
Unido).
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Impressionante, Lurdes Mutola detém o recorde do Mundo dos 1000 metros em pista coberta e
em pista aberta, recorde africano dos 1000 metros em pista aberta e o recorde africano dos 800
metros em pista aberta.
Em reconhecimento da sua influência na modalidade rei dos Jogos Olímpicos e pela sua
passagem pela cidade onde foi fundada a “Nike”, marca que chegou mesmo a disponibilizar um
valor para desenvolver um ambicioso projecto no Parque dos Continuadores, a organização dos
Campeonatos do Mundo de Atletismo Oregon22 irá homenageá-la em Agosto próximo. Para ser
mais preciso: a melhor atleta de todos os tempos do país terá uma placa comemorativa em Shana
Barr Trail Marker, em Willamalane, Springfield.
O evento, segundo a organização, irá homenagear 22 atletas nas suas cidades de origem ou então
em locais que tenham um significado especial para cada uma, com o descerramento de placas
nesses locais.
Lurdes Mutola entrou para a vida desportiva como jogadora de futebol na equipa de Águia de
Ouro, clube de segunda divisão, no bairro de Chamanculo. Ganhou a medalha de ouro nos Jogos
da Commonwealth havidos em Kuala Lumpur, Malásia, decorria o ano de 1998.
continua a esmerar-se, numa área que não é apenas do domínio do fazer, mas também de
questionamento científico”.
Lurdes Mutola recebeu, ainda em 2008, do Governo moçambicano, o título honorífico de “Herói
do Trabalho”.
Já em 2015, o Presidente da República, Filipe Nyusi, atribuiu a Lurdes Mutola a Medalha Mérito
Desportivo pelas conquistas da atleta ao longo da sua carreira.
Provas de pista São as corridas realizadas em pista de atletismo com ou sem obstáculos, ex:
100m, 200m, 400m, 800m, 1.500m, 2.000m, 3.000m, Provas de campo São aquelas realizadas
em sectores específicos do estádio, cujas dimensões são determinadas pelas regras internacionais,
e compreende o arremesso do peso, o lançamento do dardo, do disco e do martelo e os saltos à
altura, à distância, triplo e com vara.
As provas de pista e campo são disputadas em pista de atletismo e reúnem: corridas rasas,
corridas com barreiras ou com obstáculos. Já as provas de campo englobam saltos, arremesso e
lançamentos. Há ainda as provas combinadas, como o Decatlo e Heptatlo.
As provas de pistas são corridas com distâncias que vão de 100 m a 30 mil m (confira abaixo a
lista completa das provas). Na categoria masculina, são 25 distâncias e, na feminina, são 17,
incluindo as provas com barreiras ou obstáculos e também os revezamentos.
As provas de campo não têm diferença entre as categorias. Homens e mulheres disputam salto em
altura, com vara, em distância e triplo, arremesso de peso, lançamento de disco, dardo e martelo.
A Federação Internacional de Atletismo (World Athletics) reviu sua política sobre pessoas
trans e decidiu barrá-las das competições femininas, informou nesta quinta-feira (23) o
presidente da entidade, Sebastian Coe.
"O conselho da World Athletics decidiu excluir das competições femininas internacionais os
atletas transgênero homens e mulheres que tiveram uma puberdade masculina", explicou Coe.
"O conselho da World Athletics tomou medidas claras para proteger a categoria feminina do
nosso esporte e, para isso, restringiu a participação dos atletas transgênero e intersexuais",
acrescentou Coe.
A maioria dos atores do atletismo consultados "considerou que as atletas transgênero não devem
competir na categoria feminina", explicou.
"Para muitos, as provas de que as mulheres trans não têm uma vantagem sobre as mulheres
biológicas são insuficientes. Querem mais provas antes de levar em consideração a opção de uma
inclusão na categoria feminina", acrescentou o dirigente.
O regulamento atual determina que as atletas transgênero que quiserem participar na categoria
feminina mantenham sua taxa de testosterona abaixo do limite de 5nmol/l durante um ano.
Por outro lado, as atletas intersexuais, por exemplo a emblemática corredora sul-africana Caster
Semenya, devem, desde abril de 2018, manter sua taxa de testosterona abaixo dos 5nmol/l
durante seis meses para serem autorizadas a participar das provas de distâncias entre 400 metros e
uma milha (1.609 metros).
Esse regulamento tinha sido denunciado por Semenya (bicampeã olímpica e três vezes campeã
mundial nos 800 metros), que se nega a se submeter a um tratamento hormonal ou uma cirurgia.
Conclusão
Conclui se ainda que a corrida é a faculdade para movimentar-se de um lugar para outro. O seu
objectivo consiste em percorrer uma distância no menor tempo possível. A corrida ajuda a
criança a construir a sua identidade, a sua relação com o mundo, tornando-se um ser activo e
tolerante. Por isso é importante dar a todas as crianças esse instrumento indispensável que é o
ensino das várias opções que o atletismo nos dá. Correr traz consigo prazer, descoberta,
comunicação, interacção, enriquecimento cultural e pessoal. Correr é compreender melhor o
nosso mundo e o dos outros. Correr implica técnica. É uma aptidão e uma arte. A Corrida não é
um produto acabado, mas parte importante de todo um processo que está relacionado com o
corpo e a mente. Um forte processo de massificação da actividade física como forma de
promoção da saúde aconteceu no Brasil a partir da década de 1970.
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Referências bibliográficas
LIVRO: A História dos Esportes, Orlando Duarte, 4ª ed. Editora Senac, SP, 2004. ‐
LIVRO: Fique por Dentro – Esportes Olímpicos, Benedito Turco. ‐ Rio de Janeiro. Casa da
Palavra: COB, 2006.
Mazzeo, E., & Mazzeo, E. (2008). Atletismo para todos: Carreras, saltos y lanzamientos.
Argentina: Editorial Stadium.