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Anotação 3 – Trabalho de História

A “GUERRA-RELÂMPAGO” (1939-1941)
Como resultado de um longo processo de rearmamento, a Alemanha
demonstrou, na primeira fase da guerra, uma considerável superioridade militar
relativamente aos outros países europeus. A articulação entre as colunas de
carros blindados (as dvisões Panzer) e o avanço da infantaria, os tiros de
artilharia e os ataques aéreos, garantiram aos alemães um rápido e eficaz
avanço sobre os territórios da Europa Ocidental, numa guerra-relâmpago – o
blitzkrieg.
Assim, a 1 de setembro de 1939 a Alemanha invadiu a Polónia, dois dias
depois (3 de setembro de 1939) a França e o Reino Unido declararam guerra à
Alemanha e entre setembro e novembro de 1939 a União Soviética ocupou a
Polónia Oriental e atacou a Finlândia (conforme estipulado no Pacto Germano-
Soviético assinado por Hitler e Estaline). Em abril de 1940 as tropas alemãs
invadiram a Dinamarca e a Noruega com o objetivo de assegurar o controlo do
ferro sueco e estabelecer bases militares no Atlântico Norte e, a conquista dos
territórios foi rápida (os dois países apenas resistiram cerca de dois meses).
Entre maio e junho de 1940 a Alemanha ocupou o Luxemburgo, a Holanda e a
Bélgica. Em junho de 1940 a Itália declarou guerra à França e ao Reino Unido
e, a União Soviética anexou os países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia).
Em 1941 o conflito estende-se à Europa Central e Balcãs, onde na Hungria,
Roménia e Bulgária formaram-se regimes colaboracionistas e, em abril de 1941
o exército alemão apoiado por forças italianas invadem a Jugoslávia (que foi
desmembrada) e a Grécia. Em novembro de 1942 a Alemanha ocupa a zona
livre da França.
A França assistiu atenta a estas movimentações, mobilizando os seus
homens naquela que era, até à data, o maior sistema defensivo europeu, que ,
com cerca de 200 Km, separava os territórios francês e alemão – a Linha
Maginot. No entanto, a antecipação francesa não foi suficiente, visto que os
alemães contornaram esta estrutura, dirigindo-se para a cidade de Paris, onde
chegaram em junho de 1940. A Alemanha ocupou o Norte da França e no sul é
estabelecido um regime colaboracionista (França de Vichy). Perante esta
inesperada invasão, os franceses criaram grupos de resistência e redes de
indivíduos, os partisans, que trabalhavam na clandestinidade para a libertação
contra o domínio nazi. Este movimento de resistência foi fortalecido pelos
entusiástticos discursos proferidos pelo general Charles de Gaulle a aprtir do
exílio, em Inglaterra. Também na Jugoslávia se destacaram estes grupos de
resistência, que foram liderados por Tito, secretário-geral do Partido comunista.
Em toda a Europa ocidental, apenas o Reino Unido continuava a resistir
contra a Alemanha. O facto de a Inglaterra ser uma ilha impedia a aplicação da
mais famosa tática militar alemã (guerra-relâmpago). Aliada a esta dificuldade,
estava a capacidade de resistência do povo inglês e a forte liderança do
primeiro-ministro, Winston Churchill, que decidiu lutar até ao fim, apoiado nas
colónias e domínios britânicos e no auxílio material dos EUA.
A resistência inglesa não foi capaz de impedir uma sucessão de
bombardeamentos aéreos alemães que arrsaram com as principais cidades
britânicas. No entanto, no verão (jul./set.) de 1940 , travou-se nos céus do
canal da Mancha, uma das mais decisivas batalhas desta guerra – a batalha da
Inglaterra, entre a RAF (Royal Air Force) e a Luftwaffe (a força aérea alemã). A
RAF, ajudada pelo radar, um recente invento britânico, e as baterias
antiaéreas, acabou por infligir pesadas derrotas à aviação alemã. Esta é a
primeira derrota nazi, ao fim de um ano de guerra.
Portugal, Espanha, Suécia e Suiça adotaram uma posição de relativa
neutralidade, mais colaborante com a Alemanha, no caso da Espanha
franquista.

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