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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA :
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113
135
197
289
1
Ver, entre outros, Castro & Oliveira, 1994.
139
3
Ver Schwartzman, Bomeny & Costa, 1984:206.
141
4
Arquivo Osvaldo Aranha, AO 39.04.18, FGV/CPDOC.
142
5
Arquivo Osvaldo Aranha, AO 39.04.18, FGV/CPDOC.
6 Arquivo Osvaldo Aranha, AO 39.04.18, FGV/CPDOC.
7
Bilac, 1917:7.
8
Ficaram conhecidos como jovens turcos os integrantes de um grupo do Exército brasileiro do
início do século que defendia a modernização do Exército e sua profissionalização.
9
Ver Carvalho, 1977.
143
12
Nação Armada (4):29, mar. 1941.
145
17
Arquivo Gustavo Capanema, 19-9-1938. p. 4.
150
18
Ver Germani, s.d.
151
Oliveira Viana acredita que tenha sido uma herança da colonização que
deixou nos brasileiros um complexo de inferioridade historicamente enrai-
zado, atuando como impedimento à formação de uma mística de superiori-
dade condição indispensável à criação e construção da nacionalidade. A
marca do contraste estava dentro do Brasil, aos olhos da nação. A presença
de núcleos estrangeiros, portadores do que mais nos faltava, advertia sobre o
grau de anemia, debilidade, enfim, sobre o estágio em que se encontrava
a nossa doença.
20
Ministério da Educação e Saúde, Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos. Nacionalização
do ensino. Arquivo Lourenço Filho, FGV/CPDOC. p. 8.
21
Ver Romero, 1906:17, 20, 44, 52, 65 e 66; Torres, 1914; e Peixoto, 1917:497.
155
22
Seyferth, 1981:8-9.
156
23
Seyferth, 1981:43.
157
24
Exposição do secretário da Educação e Saúde Pública do estado do Rio Grande do Sul, J. P.
Coelho de Souza, à Comissão Nacional de Ensino Primário. Rio Grande do Sul, 29 de abril de
1939. Arquivo Gustavo Capanema, FGV/CPDOC.
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língua alemã. Uma das cartas encontradas no arquivo Capanema trata dos re-
flexos dessa política sobre a vida econômica da comunidade pelo fato de mui-
tos alemães desejarem se desfazer de suas propriedades para retornar à pá-
tria de origem.
Do lado dos colonos alemães, as queixas se acumulavam diante da po-
lítica repressiva ao funcionamento das escolas particulares. Argumentavam
que foram obrigados a vencer o descaso histórico do governo com relação ao
atendimento à população, e em resposta ao abandono tomaram a liderança
no processo de construção social dos bens elementares à socialização. Reivin-
dicavam agora o reconhecimento de sua existência como grupo cultural au-
tônomo e reclamavam até mesmo a participação do governo na preservação
do patrimônio já conquistado. Na ótica do grupo, o governo faria justiça se
auxiliasse e apoiasse o empreendimento já construído, mantendo igualdade
de apoio, equiparação aos luso-brasileiros. Para os germânicos, os luso-bra-
sileiros detinham um poder exacerbado e achavam injusto que, pelo acaso
de terem descoberto o país e vivido ali sozinhos durante 500 anos, em com-
panhia de negros e índios, hajam conquistado o direito de impingir a sua
norma de existência a todos os habitantes do Brasil.28 Por que não conside-
rar em pé de igualdade e de direitos a formação de uma vida teuto-brasileira,
ítalo-brasileira, luso-brasileira? Cada grupo se nacionalizaria com uma marca
específica de etnia e isso em nada transtornaria a formação de uma socie-
dade, desde que os deveres fossem rigorosamente cumpridos frente ao esta-
belecido em lei na sociedade brasileira. Na verdade, o que se sentem enfren-
tando é uma conquista que os luso-brasileiros tiveram na Constituição de
1934, que oficializou a brasilidade concebida no sentido lusitano. Sempre
que os alemães recorriam a comparações reproduziam a crença na inferiori-
dade dos luso-brasileiros frente aos germânicos. E tentavam justificar os ca-
samentos intragrupos como decorrência inevitável da distinção entre eles:
Como os filhos de colonos alemães cedo descobriram a relutância da mulher
brasileira em se dispor ao trabalho físico, foram forçados a procurar esposas
tão dispostas ao trabalho quanto eles. Daí a maior parte dos casamentos se
fazerem quase que exclusivamente entre alemães ou pessoas de origem alemã
ou, mais raramente, com colonos poloneses e italianos, os quais também não
tinham relutância ao trabalho. Um pouco mais adiante porém, na mesma ci-
tação, encontramos outra razão, quem sabe mais definitiva: se um grupo é
separado de sua pátria e, ao mesmo tempo, seu sangue é diluído por casa-
mentos mistos, os traços típicos e as habilidades do grupo são destruídas.29
28
Fritz Sudhaus. Os trabalhos do ensino teuto-brasileiro e a questão de sua existência. Arquivo
Capanema, Gb1, FGV/CPDOC, s.d. p. 3.
29 Os alemães no Sul do Brasil: ponto de vista alemão. Arquivo Lourenço Filho/Inep, julho de
30
M. J. N. Polícia Civil do Distrito Federal, outubro de 1940. Arquivo Lourenço Filho, FGV/
CPDOC, VI, p. 12.
31
Id. ibid.
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também do lado da Igreja havia muito interesse em manter uma relação pa-
cífica com o Estado, uma vez que ela pretendia influir em outras reformas
que estavam em curso no período. Os interesses recíprocos nesse caso esti-
mulavam o controle das paixões mais imediatas... Ambos lucrariam com a
prudência e a negociação. E o Estado aprendeu muito rapidamente que se
não fosse feita a intervenção com a parceria da Igreja dificilmente se obteria
sucesso numa ofensiva direta contra ela.
32
Lucia Magalhães. Síntese da evolução e da situação atual do ensino secundário no Brasil,
palestra realizada na ABI para os candidatos ao Concurso a Técnicos de Educação. Arquivo Gus-
tavo Capanema, 1939, FGV/CPDOC.
163
33
Gustavo Capanema. Arquivo Capanema GV 36.03.24/1A, FGV/CPDOC.
164
ção dos ideólogos do Estado, dos pedagogos do Estado e das alianças profí-
cuas com o Estado como aquela que a Igreja católica efetivamente celebrou.
O centro de toda essa arquitetura é a política; o sucesso de sua implementa-
ção depende da capacidade que os atores e as instituições tiverem de criar
nos indivíduos o sentido de habitus, na forma como o entendeu Norbert Elias:
saber social incorporado. Política e cultura imbricam-se definitivamente em
um programa de socialização para uma democracia totalitária, como já tra-
tou Ricardo Benzaquen de Araujo.35
Este final de século, a década de 90, nos trouxe outra urgência. Sai de
cena a política, entra agressivamente a economia não mais como ator sub-
merso na última instância, mas como protagonista de uma cena que envolve
a todos sem que se tenha qualquer controle sobre os resultados. Numa socie-
dade onde a internacionalização dos procedimentos, a interação social pelos
diversos mercados e a ligação virtual dos indivíduos com parceiros de outras
plagas e identidades inteiramente desconsideradas são os elementos convida-
dos como provocadores das necessidades de reformas educativas, a educação
volta a ser protagonista de um roteiro não mais de idealização de um tipo de
homem novo, político, mas sim de concretização do homo economicus em sua
feição de final de milênio: plástico, habilidoso, intercambiável, polivalente.
Combinar permanência e continuidade educativa progressivas com ideais tão
decisivamente utilitários parece ser o grande desafio dos reformadores de
nossa conjuntura de sociedade democrática, plural e competitiva.
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35
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166
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