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Senegal, oficialmente República do Senegal (em francês, République du


Sénégal), é um país localizado na África Ocidental. Faz fronteira com o Oceano
Atlântico a oeste, com a Mauritânia ao norte e ao leste, com o Mali, a leste, e
com a Guiné e a Guiné-Bissau ao sul. A Gâmbia forma um quase-enclave no
Senegal, penetrando mais de 300 km para o interior. As ilhas de Cabo
Verde estão localizados 560 km da costa do Senegal. O país deve o seu nome
ao rio que faz fronteira com ele para o leste e para o sul e sobe no Futa
Jalom na Guiné. O clima é tropical e seco com duas estações: a estação
seca e a estação chuvosa.
O atual território do Senegal tem visto o desenvolvimento de vários reinos,
como o Império Uolofe, vassalo dos impérios sucessivos de
Gana, Mali e Songai. Depois de 1591, ele sofreu a fragmentação política
do Oeste Africano consecutivo na Batalha de Tondibi. No século XVII, vários
contadores pertencentes a vários impérios coloniais europeus se
estabeleceram ao longo da costa, eles servem para apoiar o comércio
triangular. A França assumiu ascendência gradual para os outros poderes e
ergueu Saint Louis, Gorée, Dacar e Rufisque em comunas francesas regidas
pelo estatuto dos quatro municípios. Com a Revolução Industrial, a França
queria construir uma ferrovia para ligar e Lat Dior entrou em conflito com o
rei Damel do Caior. Este conflito fez com que a França elevasse o Reino de
Caior à categoria de protetorado em 1886, um ano após a Conferência de
Berlim. A colonização de toda a África Ocidental é então preparada e Saint
Louis e Dacar vão-se tornar duas capitais sucessivas da África Ocidental
Francesa, criada em 1895. Dacar mais tarde se tornou a capital da República
do Senegal, no momento da independência em 1960.
O país faz parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.
Desde 2 de abril de 2012, o presidente do país é Macky Sall. Integrado com os
principais órgãos da comunidade internacional, o Senegal também faz parte
da União Africana (UA) e da Comunidade dos Estados do Sahel-Saara.

O Senegal é nomeado a partir do rio Senegal, cuja etimologia é polêmica.


Uma teoria popular (proposta por David Meakin em 1853) é que ela decorreria
da expressão "sunu gaal" que significa, na Língua uolofe, "nossa canoa". sendo
resultante de uma falha de comunicação entre marinheiros portugueses
do século XV e os pescadores uolofes. A teoria da "nossa canoa" foi
popularmente adotada no Senegal moderno por seu charme, sendo
frequentemente usada para invocar o sentimento de solidariedade nacional
(por exemplo, na expressão "estamos todos na mesma canoa").
Historiadores e linguistas modernos, no entanto, acreditam que o nome
provavelmente se refere aos berberes sanhajas, que habitavam o lado norte do
rio, ou à cidade medieval de Sangana, localizada perto da foz do rio e descrita
pelo geógrafo árabe Albacri em 1068.
Era pré-colonial

Achados arqueológicos em toda a área indicam que o Senegal foi habitado em


tempos pré-históricos, tendo sido continuamente ocupado por vários grupos
étnicos. Alguns reinos foram criados por volta do século VII: Takrur no século
IX, Namandiru e o Império Uolofe durante os séculos XIII e XIV. O leste do
Senegal já fez parte do Império de Gana.[7]
O Islã foi introduzido através do contato dos tucolores e os saracoleses com
o Império Almorávida do Magrebe, que por sua vez o propagou com a ajuda
dos Aliados Almorávidas e os Tucolores. Este movimento enfrentou resistência
de etnias de religiões tradicionais, em particular os Serers. [8][9]
Nos séculos XIII e XIV, a área ficou sob a influência dos impérios do leste. O
Império Uolofe também foi fundado nesta época. Na região da Senegâmbia,
entre 1300 e 1900, cerca de um terço da população foi escravizada,
normalmente como resultado de conflitos de guerra onde se capturavam
pessoas pertencentes aos grupos derrotados. [10]
No século XIV, o Império Uolofe tornou-se mais poderoso, tendo unido Caior e
os reinos de Baol, Siné, Saloum, Waalo, Futa Tooro e Bambuque, ou grande
parte da atual África Ocidental. O império era uma confederação voluntária de
vários estados, em vez de ser construído com base em conquistas militares. O
império foi fundado por Ndiadiane Ndiaye, que conseguiu formar uma coalizão
com muitas etnias, mas desmoronou por volta de 1549 com a derrota e morte
de Lele Fouli Fak de Amari Ngone Sobel Fall.[11]

Povos nativos, invasão e colonização


A diversidade de vestígios pré-históricos é a comprovação de que o atual
território do Senegal foi ocupado pelos humanos numa idade superior a 350
000 anos atrás.[12] A referência dada pelo historiador árabe al-Bekri era o ano
de 1068 quando existia o reino de Tekrour. O reino de Tekrour se localizava no
atual território do Senegal e seria fundado nas primeiras décadas da era cristã.
[13]
 Depois de estabelecer suas relações com o norte da África, durante o século
X, a população do reino foi convertida ao islamismo.[14]
A litoral do Senegal foi um dos territórios localizados na África Negra que
os europeus colonizaram.[15] A ilha de Gorée, que fica a oeste de Dacar, foi
durante séculos um dos principais lugares onde se traficava escravos na África.
[16]
 Ali houve primeiramente o estabelecimento dos portugueses. Antes de
chegarem ao Senegal, os portugueses dobraram o cabo Verde em 1444.[17] Em
segundo lugar chegaram os holandeses.[17] E, por último chegaram
os franceses. Em 1638 os franceses foram os exploradores de um entreposto
comercial que se localizava na foz do rio Senegal.[18] No decorrer dos séculos
XVII e XVIII os colonizadores europeus foram traficantes de escravos, goma
arábica, ouro e marfim do Senegal.[19] Uma feitoria que os franceses
estabeleceram na foz do rio foi transformada na cidade de Saint Louis.[20] De
1693 até 1814, a França e o Reino Unido estiveram na competição de controlar
o litoral senegalês.[15]
Em 1816, Saint Louis e a ilha de Gorée foram ocupadas pelo Reino Unido.
[15]
 Saint Louis e a ilha de Gorée voltaram à posse de França através
do Tratado de Paris, de 1814. Por determinação desse mesmo tratado
receberam de volta o facto de permanecerem de maneira efetiva sob o domínio
francês no ano posterior.[21] Na época em que reinou Napoleão
III os franceses fizeram penetração no interior do território. Os franceses eram
comandados por Louis-Léon Faidherbe. Louis-León Faidherbe foi responsável
pela ocupação efetiva. Esse homem fez a transformação do Senegal em ponta-
de-lança da colonização francesa na África negra.[15] Nas últimas décadas
do século XIX, o Senegal integrou a África Ocidental Francesa. Parte dos
senegaleses que habitavam as cidades tinham direito à cidadania francesa.
[22]
 Em 1946 a medida se estendeu à totalidade dos e o país foi elevado à
categoria de território ultramarino da França.[23]

Independência
Em 1958, a antiga colônia foi elevada à categoria de república autônoma. Um
ano depois, sob o patrocínio da metrópole, fez a sua adesão ao Sudão
Francês (atualmente Mali). O Senegal aderiu ao Sudão Francês para se unir à
formação da Federação do Mali. A Federação do Mali proclamou a sua
independência em junho de 1960.[24] Em agosto do mesmo ano, a ligação do
Senegal com a federação foi cortada. Na mesma altura, a proclamação da
independência do Senegal ocorreu e foi eleito como primeiro presidente o
senhor Léopold Sédar Senghor.[20]
O primeiro presidente do Senegal foi um político moderado e intelectual muito
prestigiado. Era conhecido no mundo interior como um dos maiores expoentes
da poesia africana,[15] Senghor foi o presidente do país durante vinte anos até
1981. Em 1981, declarou a renúncia por ser muito velho. Entregou o cargo de
presidente a seu primeiro-ministro, Abdou Diouf.[15] Naquele ano, um golpe de
estado na vizinha Gâmbia foi a razão do facto das tropas senegalesas
intervirem. Em 1º de fevereiro de 1982 se constituiu a Confederação
da Senegâmbia.[25] A Confederação da Senegâmbia foi acordo que os dois
países assinaram em questões militares, económicas e de política exterior. Em
conformidade com esse acordo, prometeram não prejudicar as suas próprias
soberanias e respectivas instituições internas.[15]

Relevo e hidrografia
A distância do litoral do Senegal é da ordem de 500 km de extensão. O litoral
do Senegal tem as menores altitudes do país e se estende em linha reta. As
cercanias dunares da foz do rio Senegal até a Península de Cabo
Verde formam o litoral do Senegal. A Península do Cabo Verde é um
antiga ilha que faz a união ao continente por um cinturão feito de areia. É na
península de Cabo Verde que é encontrada a capital, Dacar. Dacar se localiza
na extremidade ocidental da África. Desde o local onde deságua o rio Salum, o
litoral é formado por recortes e pântanos. Nessa parte do Senegal
existem manguezais em grande quantidade.[27]
Uma planície dotada de sedimentos forma o território do Senegal em sua
maioria. Apenas na região sudeste ocorre o aparecimento de uma plataforma
de origem pré-cambriana. No maciço de Futa Jalom as elevações são
superiores a 500 metros. O maciço de Futa Jalom se localiza na fronteira do
Senegal com a Guiné. As temperaturas são dotadas de elevação. Há escassez
de precipitações na quase totalidade do território. Em relação às escassas
precipitações é registrada anualmente um estação úmida dotada de
encurtamento. Isso dá a determinação à fraqueza de
uma vegetação de savana seca. Essa formação vegetal se localiza no deserto
de Ferio. Já o deserto de Ferio, por sua vez, está localizado no norte do
Senegal. No sul, mais precisamente no vale do rio Casamansa há queda de
chuvas de grande abundância. As chuvas do rio Casamansa dão
favorecimento ao fato de existir um bosque tropical. [27]
O rio Senegal nomeia o país. O rio Senegal, propriamente dito, é próprio para
a navegação na época da enchente. Esse fenômeno natural permite navegar
de Saint-Louis, na foz, até Caies, no Mali. O Falemé é um afluente do Senegal.
O rio Falemé delimita o Senegal e o Mali na maioria do caminho que percorre.
Os demais rios que têm foz no Oceano Atlântico ao sul de Dacar são o Siné e
o Salum. O desaparecimento dos rios Siné e Salum ocorre durante a estação
seca. Já, o Gâmbia e o Casamansa têm grande extensão e navegabilidade nas
imediações da foz.[27]

Clima e vegetação
O clima do Senegal muda de árido para tropical. Existem duas estações de
maior importância. São elas: a seca e a úmida. A variação de precipitação
pluviométrica vai de 350 mm ao norte até 1 500 mm ao sul. Durante a estação
chuvosa, há frequência de tornados. Em Dacar, a oscilação de temperatura vai
de 18 °C até 27 °C em janeiro. Já, em agosto a variação de temperatura de
25 °C até 33 °C. De janeiro até maio, o harmatã se move com soprada no
sentido leste-nordeste. O harmatã é um vento.[27]
A fauna do Senegal tem mamíferos dotados de grandeza,
como elefantes, antílopes, leões, panteras e hienas. A distribuição geográfica
desses mamíferos reside no interior do país. Enquanto isso, nos vales dos rios
Gâmbia e Casamansa vivem uma grande quantidade de espécies de macacos.
Com igual abundância vivem os répteis, especialmente pítons, cobras e
demais serpentes dotadas
de veneno. Crocodilos, hipopótamos e tartarugas são habitantes dos rios. As
águas dos rios também têm grande quantidade de peixes e crustáceos.[27]

Grupos étnicos
O Senegal possui uma população de cerca de 15,4 milhões, cerca de 42% dos
quais vivem em áreas rurais.[28] A densidade demográfica nessas áreas varia
de cerca de 77 habitantes por km² na região centro-oeste a 2 habitantes por
km² na parte leste árida.
O Senegal tem uma grande variedade de grupos étnicos e, como na maioria
dos países da África Ocidental, vários idiomas são amplamente falados.
Os uolofes são o maior grupo étnico único no Senegal, com 43%; os fulas e
os toucouleurs (também conhecido como Halpulaar'en, literalmente "falantes
de pulaar") (24%) são o segundo maior grupo, seguido
pelos serers (14,7%), jolas (4%), mandingas (3%), junto a outras pequenas
comunidades.
Cerca de 50 mil europeus (principalmente franceses) e libaneses,[29] bem como
um menor número de mauritanos e marroquinos, residem no Senegal,
principalmente nas cidades e alguns aposentados que residem nas cidades-
resort ao redor de Mbour. A maioria dos libaneses trabalha no comércio. O país
experimentou uma onda de imigração francesa nas décadas entre a Segunda
Guerra Mundial e a independência do Senegal; a maioria desses franceses
comprou casas em Dakar ou em outros grandes centros urbanos. [30] Também
localizadas principalmente em ambientes urbanos estão pequenas
comunidades vietnamitas, bem como um número crescente de comerciantes
de imigrantes chineses, cada uma com algumas centenas de pessoas.[31][32] Há
também dezenas de milhares de refugiados mauritanos no Senegal,
principalmente no norte do país.[33]
De acordo com o World Refugee Survey 2008, publicado pelo Comitê dos
Estados Unidos para Refugiados e Imigrantes, o Senegal tem uma população
de refugiados e requerentes de asilo de aproximadamente 23 800 em 2007. A
maioria desta população (20 200) é oriunda da Mauritânia. Os refugiados vivem
em N'dioum, Dodel e pequenos assentamentos ao longo do vale do rio
Senegal.[34]

Religião
e Igreja Católica no Senegal
O Senegal é um estado laico.[35] O islamismo é a religião predominante no país,
praticada por aproximadamente 92% da população do país; a
comunidade cristã, com 7% da população, é maioritariamente católica romana,
mas ainda existem diversas denominações protestantes. Um por cento tem
crenças animistas, particularmente na região sudeste do país. Algumas
pessoas da etnia Serer ainda seguem as crenças tradicionais serers. [36][37] O
Senegal é reconhecido por sua tolerância religiosa. Não é incomum encontrar
membros da mesma família pertencentes a diferentes religiões. Casamentos
inter-religiosos são numerosos. As festas cristãs também são celebradas e
respeitadas pelas diferentes irmandades muçulmanas e outras comunidades.
[carece  de fontes]

A maioria dos muçulmanos no Senegal é sunita com influências sufistas. O


islamismo, religião majoritária no Senegal, caracteriza-se pela presença de
diferentes irmandades às quais os cidadãos costumam aderir formal ou
informalmente. Essas irmandades sufistas são lideradas por
um califa (xaliifa em uolofe), que geralmente é um descendente direto do
fundador do grupo.
Os murides ou mourides constituem a irmandade mais numerosa. Seus
discípulos são facilmente reconhecidos.[carece  de fontes] Seu centro religioso está
localizado em Touba, onde há uma das maiores mesquitas da África. O seu
fundador é o marabuto Ahmadou Bamba (1853-1927). Os Tidjanes são outra
grande irmandade. Eles têm Tivaouane como sua cidade santa. Finalmente, os
Layènes seguem os preceitos de Seydina Limammou Laye, e seu centro
nervoso é a área de Yoff, em Dakar. 27% são muçulmanos não
denominacionais.[38]
Pequenas comunidades católicas romanas são encontradas principalmente nas
populações costeiras Serer, Jola, Mankanya e Balant, e no leste do Senegal
entre os Bassari e Coniagui, além das principais cidades como Dakar e Saint-
Louis. As igrejas protestantes são frequentadas principalmente por imigrantes,
mas durante a segunda metade do século XX, igrejas protestantes lideradas
por líderes senegaleses de diferentes grupos étnicos evoluíram. Em Dakar, os
ritos católicos e protestantes são praticados pelas populações de imigrantes
libaneses, cabo-verdianos, europeus e americanos, e entre certos africanos de
outros países, bem como pelos próprios senegaleses. Embora o islamismo seja
a religião predominante no Senegal, o primeiro presidente do Senegal, Léopold
Sédar Senghor, era um Serer católico.
Um certo número de senegaleses são animistas e mantêm as crenças
ancestrais. Os animistas senegaleses praticam mais ou menos essas antigas
crenças, em pequenos reconhecimentos ou demandas por proteção,
derramando água ou leite ao pé de uma árvore, geralmente um baobá (a casa
dos espíritos).
Há um pequeno número de adeptos do judaísmo e do budismo. O judaísmo é
seguido por membros de vários grupos étnicos, enquanto o budismo é seguido
por um número de vietnamitas.[carece  de fontes] A Fé Bahá'í no Senegal foi
estabelecida depois que Abdu'l-Bahá, filho do fundador da religião, mencionou
a África como um lugar que deveria ser mais amplamente visitado pelos
bahá'ís.[39] Os primeiros bahá'ís a pisar no território da África Ocidental
Francesa que se tornaria o Senegal chegaram em 1953. [40] A primeira
Assembleia Espiritual Local Bahá'í do Senegal foi eleita em 1966 em Dakar.
[41]
 Em 1975, a comunidade bahá'í elegeu a primeira Assembleia Espiritual
Nacional do Senegal. A estimativa mais recente, pela Associação de Arquivos
de Dados Religiosos em um relatório de 2005, detalha a população de bahá'ís
senegaleses em 22 mil.

Línguas

O francês é a língua oficial, mas só é utilizada de forma corrente por uma


minoria de senegaleses educados nas escolas da era colonial de
origem francesa (escolas corânicas são ainda mais populares, mas
o árabe não é muito falado fora deste contexto). Enquanto, a maioria das
pessoas também falam sua própria língua étnica, especialmente em Dacar,
onde o uolofe é a língua franca.[42] O pulaar é falado pelos fulas e tuculores.
A língua serer é amplamente falada tanto por serers como por não sereres
(incluindo o presidente Sall, cuja esposa é serer); assim são também as línguas
cangin, cujos oradores são etnicamente sereres. As línguas jola são faladas
em Casamansa. Várias das línguas senegaleses têm o estatuto jurídico de
"línguas nacionais": Balanta-Ganja, Hassaniya árabe, Jola-
Fonyi, Mandinga, Mandjak, Mankanya, Noon (Serer-
Noon), Pulaar, serer, soninquê e uolofe.
O francês é a única língua oficial do país, mas uma reação na forma de um
crescente movimento nacionalista linguístico senegalês apoia a integração do
Wolofh, a língua vernácula comum do país, na constituição nacional. [44]

Política
O Senegal é uma república semipresidencialista. O presidente é eleito desde
2000, opresidente é eleito para um mandato de cinco anos (anteriormente de
sete anos) por eleitores adultos. O primeiro presidente do país, Léopold Sédar
Senghor, foi um poeta e escritor, tendo sido o primeiro africano a ser eleito para
a Academia Francesa. O segundo presidente do Senegal, Abdou Diouf, foi
depois secretário-geral da Francofonia. O terceiro presidente foi Abdoulaye
Wade, um advogado. O atual presidente é Macky Sall, eleito em março de

Atualmente, o Senegal tem uma cultura política quase democrática e uma das
transições democráticas pós-coloniais mais bem-sucedidas na África.

Em 22 de fevereiro de 2011, o Senegal supostamente cortou relações


diplomáticas com o Irã, alegando que forneceu armas aos rebeldes que
mataram tropas senegalesas no conflito de Casamansa. [48]

A eleição presidencial de 2012 foi controversa devido à candidatura do


presidente Wade, pois a oposição argumentou que ele não deveria ser
considerado elegível para concorrer novamente. Vários movimentos de
oposição de jovens, incluindo M23 e Y'en a Marre, surgiram em junho de 2011.
No final, Macky Sall, da Aliança para a República, venceu as eleições, e Wade,
que havia sido presidente do Senegal durante 12 anos, reconheceu a derrota.
Esta transição pacífica e democrática foi saudada por muitos observadores
internacionais, como a União Europeia como uma demonstração de
"maturidade".[49]

Em 19 de setembro de 2012, os legisladores votaram pelo fim do Senado para


economizar cerca de US$ 15 milhões

Relações exteriores
O Senegal tem um alto perfil em muitas organizações internacionais e foi
membro não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas entre
1988–1989 e 2015–2016. O país também foi eleito para a Comissão das
Nações Unidas para os Direitos Humanos em 1997. O país possui boas
relações com a França e com os Estados Unidos, além de ser um defensor
vigoroso de maior assistência dos países desenvolvidos para o Terceiro
Mundo.
O Senegal goza principalmente de relações cordiais com seus vizinhos. Apesar
dos progressos evidentes em outras frentes com a Mauritânia (segurança das
fronteiras, gestão de recursos, integração econômica, etc.), estima-se que 35
mil refugiados mauritanos (dos cerca de 40 mil que foram expulsos do seu país
natal em 1989) permanecem no Senegal.[50]
O Senegal faz parte da Comunidade Econômica dos Estados da África
Ocidental. Integrado com os principais órgãos da comunidade internacional, o
Senegal é também membro da União Africana e da Comunidade dos Estados
do Sahel-Saara.
Forças armadas
As forças armadas senegalesas consistem em cerca de 19 mil pessoas no
exército, na força aérea, na marinha e na gendarmaria. A força militar
senegalesa recebe a maior parte de seu treinamento, equipamento e apoio da
França e dos Estados Unidos. A Alemanha também fornece apoio, mas em
menor escala.
A não interferência militar nos assuntos políticos contribuiu para a estabilidade
do Senegal desde a independência. O Senegal participou em muitas missões
internacionais e regionais de manutenção da paz. Em 2000, o Senegal enviou
tropas para missões de paz na República Democrática do Congo e em Serra
Leoa. Em 2015, o Senegal participou da intervenção militar liderada pela Arábia
Saudita no Iêmen contra os xiitas houthis.

Direitos Humanos
O Senegal tem estado sob grande pressão internacional para parar os abusos contra
os talibés, crianças que são enviadas pelas suas famílias, muitas vezes a milhares de
quilómetros de casa, para terem uma educação nas escolas islâmicas.[51][52]
Dezenas de milhares de crianças no Senegal ainda são forçadas a pedir nas ruas para
poderem comer por professores abusadores de muitas dessas escolas corânicas. O
governo senegalês decidiu combater esta prática, mas o facto é que se mantém, segundo
um relatório de 2017 da organização Human Rights Watch (HRW).[53] O relatório revelou
que muitas das crianças talibés detetadas nas ruas pelas autoridades foram depois
devolvidas aos professores que os tinham forçado à mendicidade. [51]
Em 2010, HRW estimava que 50 mil crianças talibés esmolavam nas ruas do Senegal, e
um relatório do governo senegalês em 2014 indicava que esse número ainda podia ser
maior.[51]

Subdivisões
O Senegal está dividido em 14 regiões (em francês régions),[54] cada uma
administrada por um Conselho Regional (Conseil Régional) eleito pelo peso da
população ao nível do Arrondissement. O país é ainda subdividido por 45
departamentos, 113 arrondissements (nenhum dos quais tem função
administrativa) e pelas Coletividades Locais (Collectivités Locales), que elegem
oficiais administrativos.[55]
As capitais regionais têm o mesmo nome de suas respectivas regiões:

 Dacar
 Diourbel
 Fatick
 Kaffrine
 Kedougou
 Kaolack
 Kolda
 Louga
 Matam
 Saint-Louis
 Sedhiou
 Tambacounda
 Thiès
 Ziguinchor

Economia
A pesca é o setor líder das exportações do Senegal. Suas receitas atingiram
US$ 239 milhões em 2000. As operações de industrialização pesqueira lutam
contra os altos custos, e o atum senegalês tem perdido o mercado francês para
os competidores asiáticos, mais eficientes. As exportações de fosfato, o
segundo produto da economia, têm permanecido estáveis, em torno de US$ 95
milhões anuais.

Cultura
O Senegal é conhecido em toda a África por sua herança musical, devido à
popularidade do Mbalax, que originou-se a partir da tradição percussiva,
especialmente o Njuup, sendo popularizado por Youssou N'Dour e outros
músicos. O Sabar é uma bateria especialmente popular, sendo usado
principalmente em celebrações especiais como casamentos e outras
cerimônias. Outro instrumento, o Tambor falante, é utilizado na cultura de
vários grupos étnicos presentes no país. Artistas e bandas musicais
senegaleses de renome internacional incluem Ismael Lô, Cheikh Lô, Orchestra
Baobab, Baba Maal, Akon, Thione Seck, Viviane, Titi e Pape Diouf.
Senegal é bem conhecida pela tradição do Oeste Africano de contar histórias,
que é feito por griots, que têm mantido a história do Oeste Africano viva por
milhares de anos através de palavras e música. A profissão griot é transmitida
de geração em geração e requer anos de treinamento e aprendizado na
genealogia, história e música.[56]
O Monumento da Renascença Africana, construído em 2010 em Dacar, é
a estátua mais alta na África.

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