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Marco Aurélio Gondim


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- REVOLUÇÕES INGLESAS

RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES 
 
As revoluções inglesas do século XVII

1. Conceituação da Revolução inglesa:


. O que foi: A Revolução inglesa – ou revoluções – do século XVII se deu entre 1640 a
1688 e marca o fim do regime absolutista na Inglaterra. É o primeiro grande país
europeu a dar fim à monarquia absoluta. Não à toa, será o primeiro país industrializado
do mundo e a maior potência do século XIX. Vejamos através do desenvolvimento do
país desde o fim da Idade Média porque isso ocorreu primeiramente na Grã-Bretanha.

2. A mercantilização da sociedade, do século XIII ao século XVII:


. A Magna Carta e o parlamento: Desde a Baixa Idade Média, a nobreza britânica não
aceita facilmente a centralização do poder na Coroa. Através da Magna Carta de 1215,
os nobres ingleses exigem que se crie um parlamento – que, depois, no século XIV será
dividido entre Câmara dos Lordes e Câmara dos Comuns – para limitar o poder real.

. A criação de ovelhas e os cercamentos: A partir do século XIV, a Inglaterra passa a ser


um grande criadouro de ovelhas para exportação de lã para a Holanda. Para tal,
expulsam-se os camponeses de suas terras e transformam-se propriedades coletivas em
privadas – pertencentes aos nobres –, são os cercamentos. Os camponeses sem terra
passam a trabalhar por salários ou a arrendar (alugar) terras de proprietários. Os
camponeses perdem o controle das terras e estas passam a ser propriedades privadas
comercializáveis. É importante ressaltar a violência desse processo com os camponeses.
Estes fizeram várias revoltas massacradas duramente pelo Estado. Muitos acabaram
virando desocupados sem terra.

. As manufaturas: Aos poucos se desenvolveram também nessas áreas rurais


manufaturas de lã e, em menor escala, de outros produtos. Utilizavam essa mão-de-obra
ociosa do campo – expulsa pelos processos de cercamentos. Existiam, inclusive, leis
que obrigavam essas pessoas desocupadas a trabalhar em regime semiescravo nas
manufaturas dessa burguesia agrária – que tinha seus rendimentos principais do
arrendamento da terra.

. A Guerra das duas rosas e o absolutismo: Esta guerra (1455-85) foi a luta de duas
casas de nobres pelo controle da monarquia, que estava sem herdeiros. Ao final da
guerra, a nobreza estava enfraquecida e o rei detinha grande poder, formando-se o
absolutismo inglês com Henrique VIII, Elizabeth I e outros.

. A reforma anglicana: Henrique VIII só pode dar o golpe da Reforma anglicana porque
passava por uma conjuntura de centralização do poder no rei. Essa Reforma ajudou a
introdução do capitalismo no campo, com a venda e arrendamento das terras da Igreja
confiscadas pelo Estado. Este processo já estava em curso com os cercamentos e
arrendamentos. No entanto, o anglicanismo não foi a única religião que surgiu na Grã-
Bretanha no período, várias seitas protestantes -chamados em conjunto de puritanos -
surgem na ilha nesse instante, opondo-se aos anglicanos.

3. Etapas das Revoluções inglesas:

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. Revolução puritana (1642-49): O reinado de Carlos I (1625-49) foi de forte


perseguição aos puritanos e acúmulo de poder real. O parlamento, os puritanos e a
burguesia rural – os que exploravam a terra buscando lucro – juntaram-se contra o rei e
seus cavaleiros e venceram.

. Protetorado de Cromwell (1649-1658): O líder dos parlamentares, Oliver Cromwell,


instaurou uma ditadura marcada pelas práticas mercantilistas através dos Atos de
Navegação. Colonizou-se a Jamaica e incentivou-se a marinha mercante, dando grande
força ao comércio britânico.

. Período a restauração monárquica (1660-1688): Com a morte de Cromwell, os reis


voltaram a governar a Inglaterra convidados pelo Parlamento. No entanto, o rei Jaime II
tentou novamente o absolutismo e as Câmaras reagiram. O rei foi expulso do país sem
ser preciso derramamento de sangue. Nesse período, foi instituído o habeas corpus no
país, instrumento jurídico que defende o indivíduo contra o poder arbitrário do Estado.

. Revolução Gloriosa (1688): Jaime II foi expulso do país e Guilherme de Orange foi
convidado a ser rei da Inglaterra, tendo antes que assinar um juramento, a Declaração de
Direitos, onde o poder do rei era quase nulo e o Parlamento governava.

.Conclusão: A partir de 1688 não há absolutismo na Inglaterra, o poder político está


concentrado no Parlamento e a sociedade, fortemente mercantilizada, faz seu rumo em
direção à industrialização.

EXERCÍCIOS

(UEMG) Questão 1: Leia, a seguir, o trecho de uma crítica de Jean Jacques Rousseau,
contrapondo-se à concepção de estado de natureza, na perspectiva de Thomas Hobbes:
“Sobretudo, não vamos concluir, como Hobbes, que o homem, por não ter nenhuma
ideia de bondade, seja naturalmente mau (...). Refletindo sobre os princípios que
estabelece, esse autor deveria dizer que o estado de natureza sendo aquele em que o
cuidado de preservação é o menos prejudicial à de outrem, consequentemente era o mais
favorável à paz e o mais conveniente ao gênero humano.”
Fonte: ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade
entre os homens. Coleção Os Clássicos da Política. Editora UNB. São Paulo: Ática,
1989> p. 73.
Comparando as Revoluções Inglesas do século XVII e a Revolução Francesa, no século
XVIII, indique a alternativa que apresenta a explicação CORRETA para as diferentes
percepções sobre as respectivas revoluções.
A - Os conflitos desenvolvidos na Inglaterra foram desencadeados por forças populares
desesperadas e famintas, que formaram exércitos organizados no interior, enquanto que
a questão, na França, se consolidou por um conflito entre grupos da nobreza.
B - Na Inglaterra, os movimentos puritanos defenderam uma restauração da paz e do
estado de ordem, baseados no resgate religioso e moral do país, enquanto na França, o
estado de natureza foi desencadeado a partir dos abusos cometidos pelos vícios da
sociedade de corte.
C - A expansão das propriedades de terra concentradas na nobreza inglesa permitiram
que grupos de operários se concentrassem nas periferias, proporcionando conflitos
urbanos sangrentos, enquanto, na França, o campesinato desenvolveu táticas de
guerrilha aguardando as tropas do rei, oriundas de Paris.

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D - O Estado, na Inglaterra, garantiu a ordem através do Parlamento, que se associou ao


rei, dando ao país um estado civil constituído, enquanto que, na França, o rei cooptou a
nobreza de espada, oferecendo-lhe terras que pertenciam ao campesinato.

(PUC-MG) Questão 2:

A caricatura holandesa de 1658, intitulada O Horível Homem-Rabo, representa


mercadores holandeses tentando cortar a cauda do Oliver Cromwell recheada de
dinheiro. A partir da leitura dos elementos da gravura abaixo e da sua contextualização
histórica, assinale a opção que melhor expressa o espírito da gravura:
A - Diante da débil marinha mercante inglesa, a Holanda apropriava-se de parte do
lucro obtido pela Inglaterra com o comércio internacional.
B - Os atos ilícitos praticados durante o Protetorado de Cromwell tornaram o governo
inglês refém de aproveitadores e chantagistas.
C - Os Atos de Navegação promulgados por Cromwell prejudicaram o comércio
holandês, fortalecendo a economia britânica.
D - A pesada tributação imposta pelo governo britânico penalizava os comerciantes
holandeses que dominavam o comércio inglês.

(PUC-RIO) Questão 3: Considere as afirmativas abaixo, referentes às semelhanças entre


a Revolução Inglesa do século XVII e a Revolução Francesa.
A ativa participação, em diferentes momentos, dos diggers (“escavadores”) e dos
sanscullotes nas experiências revolucionárias inglesa e francesa, respectivamente, revela
que as camadas populares defendiam projetos político-sociais próprios, não se
mantendo à margem desses movimentos.
II. Um dos legados de ambas as revoluções está relacionado às transformações na
estrutura fundiária, já que as grandes propriedades de terra cederam lugar a minifúndios
produtivos, que contribuíram para o crescimento da produção agrícola nesses dois
países.
III. As execuções do rei Carlos I (Londres, 1649) e do rei Luís XVI (Paris, 1793) são
marcos simbólicos do fim de uma antiga ordem, uma vez que, pela primeira vez em
suas histórias, governantes foram responsabilizados e condenados por seus atos e
decisões políticas.
IV. Ambas as revoluções Consolidaram regimes democráticos ao estabelecer o voto
universal masculino na Inglaterra, pela Declaração de Direitos de 1689, e na França,
pela Constituição de 1791.
A - Se somente a afirmativa II está correta.
B - Se somente as afirmativas I e III estão corretas.
C - Se somente as afirmativas I e III estão corretas.
D - Se somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
E - Se todas as afirmativas estão corretas.

(UNESP/SP) Questão 4: Gerald Winstanley, líder dos escavadores da Revolução


Puritana na Inglaterra (1640-1660), definiu a sua época como aquela em que "o velho

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mundo está rodopiando como pergaminho no fogo". Embora os escavadores tenham


sido vencidos, a Revolução Inglesa do século XVII trouxe mudanças significativas,
dentre as quais destacam-se a:
A - instituição do sufrágio universal e a ampliação dos direitos das Assembléias
populares;
B - separação entre Estado e religião e a anexação das propriedades da Igreja Anglicana;
C - liberação das colônias da Inglaterra e a proibição da exploração da mão-de-obra
escrava;
D - abolição dos domínios feudais e a afirmação da soberania do Parlamento;
E - ampliação das relações internacionais e a concessão de liberdade à Irlanda.

(FEPAR/PR) Questão 5: A Revolução Industrial trouxe profundas transformações na


vida política, social e econômica do homem. Ela iniciou-se no século XVIII.
Quando era exclusivamente inglesa, usava como principal fonte de energia o (a) .... e
como principal indústria a de .... Completam as lacunas, respectivamente:
A - carvão mineral – tecidos
B - petróleo – petroquímica
C - eletricidade – eletrodomésticos
D - carvão vegetal – metalurgia
E - termonuclear – eletrônica

(PUC/CAMP) Questão 6: As revoluções inglesas do século XVII abriram as condições


para a instauração do capitalismo à medida que estabeleceram, na Inglaterra, a:
A - total abertura para o comércio internacional permitiram o enriquecimento das
camadas médias urbanas e aumentaram a concentração das riquezas.
B - restauração da monarquia constitucional permitiram a liberdade para os servos e,
incentivando a economia de subsistência, reduziram os índices absolutos de pobreza.
C - democratização do governo absolutista permitiram a eliminação do déficit público e,
tabelando os preços, ampliaram o consumo para as populações de baixa renda.
D - isenção de impostos diretos para a produção industrial permitiram à nobreza o
acesso a altos cargos públicos e, ampliando o parlamento, democratizaram as decisões
políticas.
E - plena propriedade privada sobre a terra incentivaram a marinha a controlar os
mercados mundiais e, intensificando os cercamentos, proletarizaram grande massa de
trabalhadores.

(PUC/CAMP) Questão 7: Os conflitos político-sociais do século XVII foram o meio


pelo qual a Inglaterra:
A - transformou o Absolutismo de direito em Absolutismo de fato.
B - promoveu a substituição do Estado liberal-capitalista pelo Estado Absolutista.
C - organizou o Exército do Parlamento, conferindo postos de comando segundo o
critério de origem familiar e não pelo merecimento militar.
D - consolidou os interesses da nobreza agrária tradicional rompendo com os ideais da
burguesia.
E - diluiu os obstáculos para o avanço capitalista, marcando o início da desagregação do
Absolutismo Monárquico.

(FATEC-SP) Questão 8: A Revolução Inglesa de 1688 – a Revolução Gloriosa –


assinala um momento significativo na adoção dos princípios do liberalismo. Entre as
medidas adotadas então, e que confirmam essa afirmação, destacam-se:

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A - a exclusão da nobreza do Parlamento, garantindo-se assim a maioria da burguesia, e


a abolição das sociedades por ações na organização das empresas industriais.
B - o reconhecimento da “Declaração de Direitos”, limitando o poder do rei em face do
Parlamento, e a promulgação do Ato de Tolerância, pondo fim à perseguição religiosa
contra os dissidentes protestantes.
C - a revogação dos Atos de Navegação, que protegiam determinados grupos mercantis,
e o reconhecimento do direito de organização para os trabalhadores urbanos.
D - a abolição dos tributos feudais da posse da terra e dos censos eleitorais para o
preenchimento das cadeiras do Parlamento.
E - a eliminação dos “Tories”, partidários de um poder real forte, e a devolução aos
camponeses das terras usurpadas durante os “cercamentos”.

(UFBA) Questão 9: A Revolução Inglesa, de 1688, foi uma revolução:


A - de caráter estritamente religioso;
B - puritana e favorável a um regime republicano;
C - conservadora, que pretendia um retrocesso político;
D - a favor dos monopólios e outros privilégios mercantis;
E - liberal, burguesa e parlamentar.

(PUC-PR) Questão 10: “(...) Os Lords espirituais e temporais e os Comuns, hoje (22 de
janeiro de 1689) reunidos, (...) declaram (...) para assegurar os seus antigos direitos e
liberdades:
1) Que o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou sua execução (...) é
ilegal; (...)
4) Que qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou para seu uso (...) sem o
consentimento do Parlamento (...) é ilegal; (...)
8) Que as eleições dos membros do Parlamento devem ser livres; (...)”
O texto acima apresenta alguns itens da Declaração dos Direitos, que foi assinada na
Inglaterra por:
A - Guilherme III;
B - Carlos I;
C - Jaime II;
D - Jaime I;
E - Lord Cromwell.

(PUC-SP) Questão 11: O "Ato de Navegação", de 1651, estabelecia que as mercadorias


compradas da Inglaterra ou vendidas a ela só poderiam ser transportadas em navios
ingleses Essa medida pode ser considerada:
A - a cristalização da hegemonia inglesa sobre o Mediterrâneo e sobre os mares
europeus, que só cessou com a descoberta de novos caminhos para o Oriente pelos
navegadores ibéricos;
B - a imposição, a países como França e Holanda, da hegemonia mercantil inglesa,
impedindo-os de manterem relação de monopólio com suas possessões coloniais nas
Áméricas e na África;
C - a vitória da burguesia liberal inglesa sobre a aristocracia, que preferia incentivar o
comércio interno a investir no comércio externo e no aparato militar-naval;
D - a consolidação do domínio inglês sobre os mares, que deu à Inglaterra, por vários
séculos, claro predomínio naval e mercantil, especialmente no Oceano Atlântico;
E - a superação definitiva do feudalismo e o reinício de atividades comerciais,
articulando a ilha em que está localizada a Inglaterra e a parte continental da Europa.

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(UECE) Questão 12: A Revolução de 1688, na Inglaterra, representou:


A - a diminuição do poder exercido pelo Parlamento;
B - a extinção do poder aristocrático com a adoção do voto popular;
C - o restabelecimento do poder dos reis católicos, durante várias décadas;
D - a derrota do absolutismo, tornando o Parlamento soberano político da nação;
E - a consolidação do poder do soberano, que podia suspender a execução das leis, em
caso de guerra.

(UNESP/SP) Questão 13: ... o período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de
Estado e a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo podia
desenvolver-se livremente.
(Christopher Hill, A revolução inglesa de 1640)
O autor do texto está se referindo:
A - à força da marinha inglesa, maior potência naval da Época Moderna;
B - ao controle pela Coroa inglesa de extensas áreas coloniais;
C - ao fim da monarquia absolutista, com a crescente supremacia política do
parlamento;
D - ao desenvolvimento da indústria têxtil, especialmente dos produtos de lã;
E - às disputas entre burguesia comercial e agrária, que caracterizaram o período.

(PUC-RIO) Questão 14: Leia o testemunho Baxter, puritano inglês:


Uma grande parte dos cavaleiros e gentis-homens de Inglaterra (...) aderira ao rei
[Carlos I, 1625-1649]. (...) Do lado do Parlamento estavam uma pequena parte da
pequena nobreza de muitos dos condados e a maior parte dos comerciantes e
proprietários, especialmente nas corporações e condados dependentes do fabrico de
tecidos e de manufaturas desse tipo. (...) Os proprietários e comerciantes são a força da
religião e do civismo no país; e os gentis-homens, os pedintes e os arrendatários servis
são a força da iniqüidade.
(Adaptado de: Christopher Will. A Revolução Inglesa de 1640)
O testemunho acima ilustra, em parte, as polarizações sociais e políticas que
caracterizaram a Revolução Puritana, na Inglaterra, entre 1642 e 1649.
Entre as afirmativas abaixo, assinale a única que não apresenta de modo correto uma
característica dessa revolução:
A - Dela resultou o enfraquecimento do poder do soberano, contribuindo para a
afirmação das prerrogativas e interesses dos grupos que apoiavam o fortalecimento das
atribuições do Parlamento.
B - Ela inseriu-se no conjunto de conflitos civis europeus, da primeira metade do século
XVII, marcadamente caracterizados pela superposição entre identidade política e
identidade religiosa.
C - Ela ocasionou uma sangrenta guerra civil, estimuladora, entre outros aspectos, da
proliferação de seitas não-conformistas, profundamente condenadas e reprimidas pelos
puritanos mais moderados.
D - Ela estimulou a crescente aplicação de concepções liberais, defendidas em especial
pelos comerciantes, particularmente no que se referia às relações mercantis com os
colonos da América.
E - Ela representou um dos primeiros grandes abalos nas práticas do absolutismo
monárquico na Europa, simbolizado não só pelo julgamento, mas, principalmente, pela
decapitação do monarca Carlos I.

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(CESGRANRIO/RJ) Questão 15: "... o pretenso direito da autoridade real de suspender


as leis ou a sua execução é ilegal... o pretenso direito da autoridade real de se dispensar
das leis ou da sua execução é ilegal..."
(Declaração de Direitos, 1689)
A Revolução Gloriosa, ocorrida na Inglaterra entre 1688 e 1689, cujos pressupostos
podem ser ilustrados pelo trecho acima, assumiu um importante significado no conjunto
das transformações da sociedade inglesa manifestadas historicamente ao longo do
século XVII porque provocou a:
A - vitória do projeto liberal dos segmentos burgueses e urbanos, liderados por Oliver
Cromwell, que proclamaram a República Puritana na Inglaterra;
B - extinção da organização política do Estado senhorial inglês, baseada na divisão dos
poderes judiciário e legislativo, a qual vigorava na Inglaterra desde a instituição da
Magna Carta;
C - substituição do absolutismo monárquico por um regime de governo monárquico que
submetia o soberano inglês ao Parlamento;
D - supremacia política e administrativa da aristocracia senhorial e feudal inglesa no
controle econômico do país e de suas possessões territoriais fora da Europa;
E - consolidação da nobreza fundiária na liderança da Inglaterra através de sua aliança
política com os segmentos de comerciantes que controlavam o comércio internacional e
colonial inglês.

GABARITO: questão 1: B - questão 2: C - questão 3: B - questão 4: D - questão 5:


A - questão 6: E - questão 7: E - questão 8: B - questão 9: E - questão 10: A -
questão 11: D - questão 12: D - questão 13: C - questão 14: D - questão 15: C

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