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indígenas

Rio Grande do Sul


tem povos indígenas no RS? Quantos habitam ?
Considera-se a existência de 32.989indígenas no Rio
Grande do Sul segundo o último censo realizado pelo
IBGE em 2010. Destes, estima-se que
No Rio Grande do Sul, cerca de 33
aproximadamente 23.000 estejam aldeados,
mil pessoas se autodeclaram divididos entre as etnias Guarani, Kaingang e
indígena, sendo uma das maiores Charrua.

concentrações do país, reunindo


mais de cem comunidades das Alguns dos povos
etnias Maya Guarani, Kaingang,
Xokleng e Charrua em 66 •Kaingang
municípios gaúchos, conforme o •Guarani
Censo de 2010. •Charrua
•Xokleng
Charrua
Como a sua sobrevivência era baseada, sobretudo, na
caça e na coleta de frutos, eram semi-sedentários, se
locomovendo pelo território conforme as estações do
ano. Devido ao clima frio, a densidade populacional era
Antes da chegada dos primeiros baixa. Mesmo assim, não existiam vazios geográficos,
colonizadores europeus, no século uma vez que os Charrua aproveitavam os recursos
naturais das regiões planas e alagadiças de maneira
XVI, o extremo sul do continente sustentável.

americano era habitado por


tribos indígenas. Entre elas, a
etnia Charrua, cuja origem mais
remota corresponde à região
patagônica. Esses índios
habitavam a Banda Oriental do
Uruguai e os pampas argentino e
sul-riograndense.
Idiomas
Idiomas e rituais Em relação ao idioma, os estudos são
escassos. “Não existe nenhuma
Rituais informação precisa ou algum vocabulário
Entre os rituais Charrua, a temática da Charrua. Tem algumas palavras soltas,
guerra era bastante recorrente. Como como nomes de caciques, mas essa língua
exemplo, os relativos ao fortalecimento deixou de ser usada, até onde se sabe”,
corporal e à iniciação de guerreiros; para analisa o antropólogo Sérgio Baptista.
serem mais ágeis, os jovens precisavam
correr atrás de avestruzes e trazer uma
pena. A pintura corporal é comprovadamente
importante para qualquer grupo indígena.
Existem inúmeros registros de sua
ocorrência entre os Charrua. Eles traziam
séries imensas de pinturas e padrões
gráficos no corpo, que também estavam
ligados à pintura rupestre (gravadas em
paredes rochosas) e que ainda carecem de
estudos.
Vestimentas
Em relação às roupas usadas por esses
ameríndios, poucas informações
existem sobre o século XVI. Conforme Becker
(2002), sabe-se apenas que as mulheres
Charrua vestiam-se com uma espécie de saia e
os homens, com uma capa, que chamavam de
Cayapi. A partir do século XVII, as informações
já são mais ricas, das quais pode absorver que
tanto os Charrua como os Minuano vestiam-se
com roupas semelhantes, sendo que, entre os
Minuano, tanto homens como mulheres
utilizavam Cayapi. Sosa (1957) relata que, nas
épocas mais quentes do ano, as vestimentas
não eram utilizadas, sendo a nudez bastante
comum nesses periodos.
Dizimação da etnia Os supostos últimos Charrua foram levados por
alguns colonizadores europeus como atração
A história da etnia tinha um final circense para Paris, ainda no século XIX. Tratava-
conhecido: o confronto de Salsipuedes, se de um grupo pequeno, composto por três
em 1831. O embate acabou se tornando homens, uma mulher e um recém-nascido. Era
comum povos “exóticos” serem exibidos em
um massacre oficial (planejado pelo zoológicos, circos e exposições na Europa. O
governo uruguaio) e desleal. Caciques arqueólogo Klaus Hilbert acrescenta que o grupo
foram convidados a discutir uma aliança Charrua “foi recebido como sanguinário, rebelde e
contra o Brasil, mas, desarmados, comedor de carne humana”. Eles morreram
dentro de poucos anos, por fome e doenças
acabaram mortos, presos ou obrigados a
infecciosas.
trabalharem para estancieiros. Até mães a trajetória do grupo não acabou ali se tornou a
foram separadas de seus filhos. A grande luta de Acuab, primeira mulher cacica-
herança cultural charrua, principalmente geral do povo charrua no Rio Grande do Sul e a
principal liderança da aldeia Polidoro, em Porto
a língua, acabou se perdendo ao longo do
Alegre.
tempo.
Fontes
•periodicos.ufrn.br
•https://www.ufrgs.br/ensinodareport
agem/cidades/charrua.html
Grupo 2 A
• Vitória Teodoro

• Danyell Silveira

• Yara Oliveira

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