Você está na página 1de 5

GRANDES NAVEGAÇÕES

SUGESTÃO DE FILME: A conquista do Paraíso. Cristóvão Colombo, 1492

A crise do Feudalismo foi o grande motivo que levou os povos europeus a


buscarem novas áreas comerciais.
A burguesia acabou com o sistema feudal.
EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

1415 - Tomada de Ceuta, no norte da África > dominando a outra


extremidade do Estreito de Gibraltar, a entrada e saída do mar
Mediterrâneo (principal rota comercial da época).
1418-32 - Ocupação das ilhas de Açores, com a introdução do sistema de
capitanias hereditárias
1434 - Gil Eanes dobra o cabo Bojador
1460 - Descoberta das ilhas de Cabo Verde
1482 - Diogo Cão atinge a foz do rio Zaire
1486 - D. João II organiza duas expedições para o Índico, uma terrestre
comandada por Pero de Covilhã, e outra marítima comandada por
Bartolomeu Dias.
1488 - Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança
1498 - Vasco da Gama atinge Calicute, na costa oeste da Índia
1500 - Cabral oficializa a posse sobre o Brasil.

ESCOLA DE SAGRES > Centro de excelência na arte de navegação lusitana.


Existia dentro das próprias embarcações. Foi responsável em acelerar o
processo de desenvolvimento das cartas cartográficas, astrolábio, bússola, e
das próprias embarcações (técnicas navais)
PÉRIPLO AFRICANO > Região onde houve descoberta de ouro e o comércio
de marfim daquela região, além do tráfico de escravos (o que fortalecia o
interesse português pelo litoral africano).
EXPANSÃO MARÍTIMA ESPANHOLA
1492 - Cristóvão Colombo descobre a América, alcançando a ilha de
Guanaani, atual San Salvador nas Bahamas
1499 - Alonso Ojeda chega a Venezuela
1500 - Vicente Iañes Pinzón chega ao Brasil, no Amazonas
1511- Diogo Velasquez conquista Cuba
1512 - Ponce de León conquista a Flórida
1513 - Vasco Nunez Balboa alcança o Oceano Pacífico
1516 - Días Sólis chega ao rio da Prata
1519 - Fernão de Magalhães e Sebastião del Cano partem para a primeira
viagem de circunavegação
1519 - Fernão Cortez inicia a conquista do México
1531 - Francisco Pizarro inicia a conquista do Peru
1537 - João Ayolas chega ao Paraguai
1541 - Francisco Orellana explora o rio Amazonas

BULA INTERCOETERA - Acordo mediado pelo papa Alexandre VI, que dividia
o mundo recém descoberto entre Portugal e Espanha. Delimitava que ficaria a
100 léguas a Oeste da ilha de Cabo Verde a divisão das terras entre Portugal e
Oeste. Portugal não aceitou esse acordo, pois não passava pelo Novo Mundo
esta linha imaginária. Logo, foi criado no ano seguinte (1494) um novo tratado,
o TRATADO DE TORDESILHAS > Tratado entre Portugal e Espanha que
partilhava o novo mundo.
TRATADO DE SARAGOÇA > Concedia a Portugal a região das Molucas, e à
Espanha as regiões a oeste do Meridiano (Filipinas).
OS CASOS INGLÊS, FRANCÊS E HOLANDÊS
Esses países começaram suas expansões após saírem de guerras que
participavam. Inglaterra e França > Guerra dos Cem Anos, que terminou em
1453. A região que atualmente pertence à Holanda, pertencia a Espanha, e
conseguiu sua liberdade política apenas no ano de 1609, com o nome de
República das Províncias Unidas. A Holanda foi responsável pela criação da
Companhia das Índias Ocidentais no ano de 1621, visando dominar o comércio
marítimo e, principalmente, participar do refino e frete do açúcar brasileiro.
Os ingleses e franceses focaram na América do Norte e fundaram colônias de
povoamento e de exploração.
Houveram grandes transformações no período da expansão marítima:
Mudança do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico
Incorporação de novas terras, América, litoral africano, rotas para a Ásia
Declínio das repúblicas italianas de Gênova e Veneza que detinham o
monopólio comercial junto aos árabes do comércio das especiarias vindas
da Índia
Ascensão das potências mercantis > Portugal, Espanha, Inglaterra, França e
Holanda
Desenvolvimento do tráfico de escravos
Imposição dos valores europeus sobre os povos que eram considerados
primitivos das áreas conquistadas
MERCANTILISMO
Foi uma política econômica do período de transição do Feudalismo para o
Capitalismo, voltada para o controle do Estado na economia de cada país.
Facilitou o desenvolvimento comercial e financeiro de algumas regiões,
centralizando e fortalecendo o poder do Estado Moderno e da burguesia.
Também desenvolveu um conjunto de alternativas para cada Estado
Moderno arrecadar riquezas a fim de manter o poder absoluto de seus
reis. Cada estado possuía suas características específicas, pois alguns
focavam na exploração colonial, na obtenção de metais preciosos,
enquanto outros optaram por incentivar a produção manufatureira.
OBSERVAÇÃO > Com o desenvolvimento da produção das oficinas artesanais,
a manufatura foi uma produção intermediária entre estas e a produção
industrial mecanizada. O mercantilismo possui várias características, que
formaram a base desse sistema. Vejamos algumas delas:
Metalismo: o poder de cada Estada estava relacionado com a quantidade
acumulada de metais preciosos
Intervenção do Estado na economia
Incentivo à criação de manufaturas
Incentivo à construção naval e ao comércio marítimo
Balança comercial favorável: buscava-se manter as exportações num nível
superior ao das importações, protegendo o produto nacional.
Protecionismo alfandegário ou política aduaneira: política em que o
estado colocava taxas alfandegárias em relação aos produtos estrangeiros,
ou, em alguns casos, proibia a entrada de artigos que prejudicassem a
produção nacional
Colonialismo: sistema em que o estado absolutista (Metrópole) dominava
e explorava territórios em outros continentes (as colônias), esse
acontecimento era denominado pacto colonial (monopólio comercial)
Alguns países possuíam características mercantilistas específicas
Espanha: medidas para a obtenção de metais preciosos, cujo conjunto foi
chamado também bulionismo
França: estimulou crescimento das oficinas voltadas para a produção de
artigos de luxo > Colbertismo. Também estimulava a indústria, que ficou
conhecido como industrialismo
Inglaterra: a política ficou conhecida como comercialismo e depois
industrialismo, priorizando a frota naval. Incentivava manufaturas e uma
política alfandegária.
O mercantilismo dividiu-se em 3 períodos, cada um com características
específicas
SÉCULO XVI
O domínio do comércio marítimo do Atlântico estava nas mãos de
Portugal e Espanha
A exploração foi caracterizada pela grande extração de recursos
naturais de suas colônias, tendo destaque a exploração da Espanha
em suas colônias americanas ricas em ouro e prata.
Esse período ficou caracterizado pelo sistema de exclusivo colonial, a
realização do chamado pacto colonial: relação comercial entre as
colônias e sua Metrópole.
A chegada de grande quantidade de prata e ouro na Europa, além de
promover o enriquecimento da Espanha, promoveu efeitos opostos
em sua própria economia, prejudicando suas atividades
manufatureiras e agrícolas. Foram tantos metais preciosos que
provocou em suas economias uma alta de preços exagerados, o que
gerou uma crise econômica no século posterior.

Essa situação favoreceu outros países que não estavam ligados


diretamente à exploração desses metais, como França, Inglaterra e
Holanda, que ampliaram seu processo chamado de entesouramento,
já que as nações ibéricas passaram a pagar suas dívidas com outros
países em metais preciosos.
SÉCULO XVII
O domínio econômico não estava mais nas mãos de países ibéricos, e
sim dos países que praticavam entesouramento. França ficou
caracterizada pelo incentivo às manufaturas, principalmente de artigos
de luxo, conquistando o mercado externo.
Já na Inglaterra, houve o desenvolvimento da política de proteção e
domínio do comércio naval, depois da promulgação dos Atos de
navegação > nenhuma mercadoria era importada ou exportada dos
países que não fossem pertencentes à Sua Majestade ou aos seus
súditos. Houve também o incentivo às companhias do comércio.
Durante a Revolução Gloriosa, a burguesia assumiu o poder na
Inglaterra, o que fez com que o capitalismo se desenvolvesse.

SÉCULO XVIII
Foi caracterizado pelo aumento da exploração das colônias, onde
surgiram as primeiras críticas ao sistema em que o Estado dominava a
economia, que foram realizadas pelos filósofos econômicos da época,
adeptos de um regime caracterizado pela livre comercialização entre
os países.
A burguesia controlava a economia nos países europeus, mesmo
ainda existindo divisão das classes por ordens.
O mercantilismo começou a perder forças com as críticas dos
filósofos, e a implantação do liberalismo econômico era uma questão
de tempo, o que anulava definitivamente esse sistema.

O sistema mercantilista não possuiu uma economia liberal em nenhum de seus


períodos.

Você também pode gostar