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COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR FRANCISCO PEDRO DE OLIVEIRA

DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSORA: ANGELA GREGORIO
1° ANO DO ENSINO MÉDIO DATA: 18/11/21
AS Grandes Navegações
Grandes Navegações é o nome dado ao processo de exploração e navegação do Oceano
Atlântico encabeçado pelos portugueses a partir do século XV.
O processo das Grandes Navegações possibilitou a existência da expedição portuguesa
liderada por Pedro Álvares Cabral, que chegou ao Brasil em 1500.*
As Grandes Navegações, também conhecidas como Expansão Marítima, foram o processo de
exploração e navegação do Oceano Atlântico que se iniciou no século XV e estendeu-se até o
século XVI. Nesse período, os europeus descobriram novos caminhos marítimos para alcançar
a Ásia. Além o, chegaram pela primeira vez a terras até então desconhecidas por eles, como o
continente americano, local ao qual chegaram em 1492.
As Grandes Navegações foram o processo de exploração do Oceano Atlântico realizado
pioneiramente por Portugal no século XV e acompanhado por outros países europeus ao longo
do XVI. Levaram a uma série de “descobrimentos” por parte dos europeus e resultaram, por
fim, na chegada europeia ao continente americano em 1500.
Por meio das Grandes Navegações, iniciou-se a colonização da América e consolidou-se a
passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
Quando o assunto são as Grandes Navegações, o pioneirismo português sempre se destaca.
Foi a partir do exemplo dado por Portugal que outros países da Europa, como Espanha e
França, lançaram-se à navegação e exploração do Oceano Atlântico. O pioneirismo português
foi resultado de uma série de condições que permitiram a esse pequeno país da Península
Ibérica lançar-se nessa empreitada.
Na época, Portugal reunia condições políticas, econômicas, comerciais e geográficas que
tornaram possível seu papel pioneiro. O resultado disso foi a “descoberta” de diversos locais
desconhecidos pelos europeus, além da abertura de novas rotas e o surgimento de novas
possibilidades de comércio. Para os portugueses, todo esse processo culminou na chegada da
expedição de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500.
Alguns fatores explicam esse pioneirismo de Portugal:
Monarquia consolidada;
Território unificado;
Investimento no desenvolvimento de conhecimento náutico;
Interesse da sociedade na expansão do comércio;
Investimentos estrangeiros no comércio;
Posição geográfica.
No século XV, Portugal era uma nação politicamente estável. Essa estabilidade foi garantida
pela Revolução de Avis, realizada entre 1383 e 1385. Com isso, Portugal teve melhores
condições para investir no desenvolvimento do comércio e da tecnologia náutica. Em
comparação, as nações vizinhas (Espanha, França e Inglaterra) ainda procuravam estabilidade
política nesse mesmo período.
Outro fator era a questão territorial, uma vez que o território português já havia sido
consolidado desde o século XIII, quando a região de Algarve foi reconquistada dos mouros
(muçulmanos que invadiram a Península Ibérica no século VIII). Os vizinhos espanhóis, por
exemplo, só garantiram certa unificação territorial no final do século XV.
Em relação à tecnologia e ao conhecimento náutico, existem muitos historiadores que atribuem
uma grande importância à Escola de Sagres, centro de estudos construído por infante D.
Henrique em Algarve. Nesse local, promoviam-se pesquisas de desenvolvimento de melhores
técnicas de navegação. Novos estudos, porém, levaram alguns historiadores a questionar a
existência e a importância dessa escola no pioneirismo de Portugal.
Outro fator importante foi a relevância comercial assumida por Portugal por volta do século XV.
Essa importância e vocação comercial dos portugueses resultaram da influência dos mouros
no período em que dominaram a Península Ibérica. Por fim, há que se destacar que Lisboa
havia recebido grandes investimentos de comerciantes genoveses, que estavam interessados
em transformar a cidade em um grande centro comercial.
Havia ainda a questão geográfica: Portugal estava posicionado mais a oeste que qualquer
outra nação europeia. Além disso, era o país europeu mais próximo da costa oeste do
continente africano. Isso fazia de Portugal ponto de partida para expedições que buscavam
uma nova rota para alcançar a Índia e o tão valorizado comércio das especiarias.
A soma de todos esses fatores fez com que Portugal tivesse as condições necessárias para
ser a nação pioneira das Grandes Navegações, processo que resultou em grandes
“descobertas”:
1415: conquista de Ceuta, no norte da África;
1418: chegada à Ilha da Madeira;
1427: chegada a Açores;
1434: travessia do Cabo Bojador;
1488: travessia do Cabo da Boa Esperança;
1499: descobrimento de um novo caminho para a Índia;
1500: chegada ao Brasil.
Grandes navegações espanholas
Ao longo de todo o século XV, a Espanha, nação vizinha de Portugal, assistiu à expansão
marítima conduzida pelos portugueses. A Espanha manteve-se alheia a esse processo até,
praticamente, o final do século XV. Isso ocorreu porque a nação espanhola, durante toda parte
desse século, teve como grande prioridade garantir a expulsão dos mouros – o que foi
concluído somente em 1492. Além disso, politicamente falando, a Espanha só atingiu certa
estabilidade com o casamento dos monarcas Fernando e Isabel, em 1469.
O investimento em expedições marítimas só foi possível depois da conquista de Granada,
cidade ao sul da Espanha, em 1492. A primeira expedição espanhola foi liderada pelo genovês
Cristóvão Colombo. Nela, três embarcações (Niña, Pinta e Santa María) saíram da Espanha
visando a alcançar a Ásia. No entanto, essa expedição alcançou a região das Bahamas, no
continente americano, em 12 de outubro de 1492.
Consequências
As Grandes Navegações conduziram uma série de mudanças que já estavam em curso na
Europa desde o século XII. Com esse processo, a Europa iniciou sua passagem para a Idade
Moderna e deu prosseguimento ao fortalecimento do comércio e da moeda, garantindo, assim,
o mercantilismo, práticas econômicas que fizeram a transição do feudalismo para o
capitalismo.
As Grandes Navegações foram responsáveis por transformar Portugal na maior potência do
mundo durante os séculos XV e XVI, por meio do grandioso império ultramarino formado pelos
portugueses. Assim, Portugal estabeleceu colônias em diferentes partes do mundo: América do
Sul, África e Ásia.
https://www.historiadomundo.com.br/artigos/as-grandes-navegacoes.htm
MAPA MENTAL

ATIVIDADES
Questão 01: Para se compreender historicamente o contexto em que se iniciou as práticas de
navegações europeias que resultaram no que ficou conhecido como as Grandes Navegações,
o autor do texto Grandes Navegações diz que é necessário fazer a associação entre algumas
situações históricas. Indique qual das alternativas abaixo está correta.
a) renascimento cultural, fortalecimento dos senhores feudais e formação dos Estados
Nacionais.
b) reavivamento comercial da Baixa Idade Média, formação dos Estados Nacionais e ascensão
da burguesia.
c)  reavivamento comercial da Baixa Idade Média, formação dos Estados Nacionais e ascensão
da nobreza.
d) controle dos mercados marítimos pelos árabes, formação dos Estados Nacionais e
ascensão da burguesia.
Questão 02: Sobre as características das Grandes Navegações do século XV, indique a
alternativa incorreta:
a) Em 1434, o navegador Gil Eanes ultrapassou o Cabo do Borjador, abrindo portas para a
conquista lusitana sobre o litoral africano.
b) Desde o século XII, a entrada dos produtos orientais se dava pelo monopólio exercido pelos
comerciantes italianos e árabes no Mar Mediterrâneo. Com o objetivo de superar a
dependência para com esses atravessadores, Portugal promoveu esforços para criar uma rota
que ligasse diretamente os comerciantes portugueses aos povos do Oriente.
c) Como consequência das várias expedições realizadas pelos portugueses na costa ocidental
do continente africano, o navegador Vasco da Gama conseguiu chegar à cidade indiana de
Calicute em 1498, e voltou a Portugal com uma embarcação cheia de especiarias.
d)  Ao mesmo tempo em que Portugal despontou em sua expansão marítima, a Espanha,
mesmo envolvida no processo de expulsão dos mouros da Península Ibérica, acompanhou os
portugueses nas expedições marítimas. O fim da chamada Guerra de Reconquista foi apenas
mais um passo para o fortalecimento dos espanhóis na corrida de expansão marítima.
e) A rivalidade entre Portugal e Espanha pela exploração das novas terras descobertas levou
ambos os reinos a assinarem tratados definidores das regiões a serem dominadas por cada um
deles. Em 1493, a Bula Intercoetera estabeleceu as terras a 100 léguas de Cabo Verde como
região de posse portuguesa. No ano seguinte, Portugal solicitou o alargamento das fronteiras
para 370 léguas de Cabo Verde, instituindo o Tratado de Tordesilhas.
Questão 03: (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino
Português, podemos afirmar que:
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas
para a manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Argüim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle
sobre importantíssima rota comercial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de
abastecimento de escravos para o mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o conseqüente monopólio de especiarias do Oriente
Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o
preço dos escravos, tanto nos portos africanos, quanto nas praças brasileiras.
Questão 04: (Ufpe) Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa,
portanto pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações
portuguesas e as espanholas, no que diz respeito a esses descobrimentos.
1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá.
2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488.
3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em
1498.
4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra iniciada em 1519,
por Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522.
5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com
as Índias.
Estão corretos apenas os itens:
a) 2, 3 e 4;
b) 1, 2 e 3;
c) 3, 4 e 5;
d) 1, 3 e 4;
e) 2, 4 e 5.
Questão 05: (UFAL) Ao contrário dos portugueses, que buscavam atingir as Índias contornando
a costa africana, Colombo:
a) concentrou suas navegações na parte Norte da América, em busca de uma passagem ao
Noroeste para o continente asiático; ;
b) dirigiu-se para o Oeste em busca da passagem Sudeste para o continente asiático;
c) planejou atingir o Leste, onde se encontravam as Índias, viajando no sentido Oeste;
d) Navegou pelo Oceano Atlântico em direção ao Canal da Mancha e Mar do Norte, seguindo
as instruções do Rei de Portugal; ;
e) concentrou suas navegações na parte Leste, em busca de uma passagem Noroeste para as
Índias.
Questão 06: UNIP)
“… Diziam os mareantes, que depois desse cabo não há nem gente nem povoado algum; a
terra não é menos arenosa que os desertos da Líbia, onde não há água, nem árvores, nem
erva verde; e o mar é tão baixo, que a uma légua da terra não há fundo mais que uma braça.”
O texto faz referência à época:
a) das Grandes Navegações no início da Idade Média;
b) da Revolução Industrial na Idade Contemporânea;
c) do expansionismo marítimo lusitano;
d) das navegações fenícias;
e) do neocolonialismo.

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