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NAVAL
• A relação das civilizações do Mediterrâneo e do Atlântico com os espaços marítimos é uma
temática presente em diversas obras da área de história e estudos marítimos. A partir da análise de
diferentes períodos históricos e das relações entre as nações, é possível perceber a importância do
mar como meio de expansão, comércio e guerra. No período Antigo, a navegação mediterrânea foi
fundamental para a expansão das civilizações que habitavam suas margens. Os fenícios, por
exemplo, foram responsáveis pela criação de uma rede comercial entre as principais cidades do mar
Mediterrâneo, como Tiro, Sidon e Cartago. Por sua vez, os gregos foram grandes navegadores e
comerciantes, estabelecendo colônias no Mediterrâneo e no Mar Negro. Os romanos também
utilizaram o mar Mediterrâneo como meio de expansão territorial, conquistando diversas regiões do
norte da África e do Oriente Médio. Já no período Moderno, as nações europeias expandiram sua
influência e presença nos oceanos Atlântico e Índico. Portugal foi pioneiro nesse processo, ao
estabelecer rotas comerciais e criar uma rede de feitorias ao longo da costa africana. A partir daí,
outras nações europeias, como a Espanha, Holanda, Inglaterra e França, também buscaram
estabelecer rotas comerciais e conquistar novos territórios nas Américas e na Ásia. No entanto, essa
expansão também foi acompanhada por conflitos e guerras navais, principalmente entre as nações
europeias. Durante os séculos XVII e XVIII, ocorreram diversas batalhas navais importantes, como
a Batalha de Lepanto, em 1571, e a Batalha de Trafalgar, em 1805. Esses conflitos navais tiveram
grande influência na geopolítica mundial e no equilíbrio de poder entre as nações. Assim, a relação
das civilizações do Mediterrâneo e do Atlântico com os espaços marítimos demonstra a importância
do mar como meio de expansão territorial, comércio e conflito. A partir da análise desses períodos
históricos, é possível perceber como as nações utilizaram o mar como um meio de estabelecer sua
influência e presença em diferentes regiões do mundo.
• A expansão marítima europeia dos séculos XV a XVII foi um processo histórico de grande
importância para o mundo ocidental. Foi a partir da descoberta de novas rotas marítimas que se deu
o início da globalização econômica e cultural, com a expansão do comércio e das trocas culturais
entre diferentes continentes.
Portugal e Espanha foram os principais países que lideraram essa expansão. Portugal, em
busca de novas rotas para as Índias e para contornar o continente africano, se destacou na
exploração do Oceano Atlântico. Já a Espanha, buscando o ouro e a prata das Américas, explore o
Oceano Pacífico.
A expansão marítima também possibilitou a colonização de novas terras, como a América e a
África, gerando impactos profundos nas sociedades locais. A conquista da América pelos espanhóis,
por exemplo, foi concomitante de um intenso processo de dominação e exploração dos povos
nativos, que foi responsável pela dizimação de muitas culturas indígenas.
O comércio de especiarias foi um dos principais motivos que impulsionou a expansão
marítima europeia. A chegada de novas mercadorias, como a pimenta e o cravo, abasteceu as
cozinhas europeias e gerou uma grande demanda por esses produtos. O açúcar também se tornou
um importante produto para o comércio, sendo produzido em larga escala nas plantações das
Américas e exportado para a Europa.
Durante o processo de expansão marítima, a tecnologia naval também evoluiu muito, com a
criação de novas embarcações que possibilitaram a navegação em águas mais profundas e
tempestuosas. O criado do astrolábio e da bússola também foram importantes para a orientação dos
navegadores.
Em resumo, a expansão marítima europeia dos séculos XV a XVII foi um processo histórico
marcado pela exploração, conquista, colonização e comércio de novas terras e culturas. Foi um
período de grandes transformações na história do mundo ocidental, que gerou impactos profundos
em muitos aspectos da vida humana.
• O poder marítimo e naval sempre foi uma questão crucial para as nações europeias,
especialmente a partir dos séculos XV a XVIII. As grandes potências da época, como Inglaterra,
França, Espanha e Portugal, buscavam garantir a segurança e proteção de suas rotas comerciais e
possessões coloniais por meio de suas frotas navais.
A Inglaterra, em particular, tornou-se a principal potência naval do mundo, graças à sua
estratégia de expansão marítima, construção de navios cada vez mais modernos e eficientes, além
de uma política de estímulo à iniciativa privada para o comércio marítimo. Esse poder naval foi
fundamental para a vitória inglesa em vários conflitos, como as Guerras Anglo-Holandesas e as
Guerras Napoleônicas.
A rivalidade entre as potências europeias também levou a vários conflitos navais, como a
Batalha de Trafalgar, em 1805, onde a Marinha Real Britânica derrotou a frota franco-espanhola
combinada, consolidando o domínio britânico sobre os mares. Além disso, as disputas coloniais
entre as potências europeias também levaram a conflitos navais, como a Guerra do Paraguai, onde o
Brasil utilizou sua Marinha de Guerra para bloquear os portos paraguaios e garantir a vitória na
guerra.
No Brasil, a Marinha de Guerra foi um fator importante na consolidação do Estado Nacional,
durante o período Imperial. A Marinha ajudou a proteger as rotas comerciais brasileiras, além de
participar de conflitos internos, como a Revolta dos Muckers e a Guerra do Paraguai. A partir do
final do século XIX, o Brasil iniciou um programa de modernização naval, com a aquisição de
navios de guerra modernos e construção de estaleiros navais, visando aumentar seu poder naval e
proteger suas águas territoriais.
Em resumo, o poder marítimo e naval foi fundamental para o desenvolvimento e proteção das
rotas comerciais e das possessões coloniais das potências europeias, além de ser um importante
fator em conflitos e guerras navais. No Brasil, a Marinha de Guerra foi um instrumento importante
na consolidação do Estado Nacional e no desenvolvimento do país.
• Durante o período colonial, a disputa pela posse das colônias era uma constante entre as
potências europeias. No caso da colônia portuguesa no Brasil, as marinhas tiveram um papel
importante nas disputas territoriais.
Os holandeses foram um dos principais rivais dos portugueses na América. Com uma frota
poderosa, eles atacaram as rotas de comércio portuguesas e tentaram estabelecer suas próprias
colônias. A guerra entre as duas nações se intensificou no final do século XVI, e os holandeses
conseguiram conquistar parte do nordeste brasileiro, com destaque para a invasão de Pernambuco
em 1630.
Para enfrentar os holandeses, os portugueses contaram com a ajuda de outras nações, como a
Inglaterra, que inveja sua frota para ajudar na defesa da colônia. Além disso, a Marinha portuguesa
teve um papel fundamental na expulsão dos holandeses do Brasil, liderando operações de retomada
de territórios e garantindo o controle do mar.
Outro episódio importante foi a Guerra da Cisplatina, ocorrida entre 1825 e 1828, entre Brasil
e Argentina, que reivindicava a posse da região que hoje é o Uruguai. As nações duas contavam
com fortes marinhas e a disputa se estendeu por vários anos, com batalhas navais competidas para o
resultado final do conflito.
Ainda no século XIX, a questão do tráfico de escravos foi outro motivo de conflitos navais,
com a Marinha brasileira empenhando-se em patrulhar as rotas marítimas e combater os navios
negreiros.
Em resumo, a presença das marinhas foi essencial nas disputas territoriais que marcaram o
processo de colonização da América. A posse das colônias estava diretamente ligada ao controle das
rotas marítimas e ao poder naval das nações europeias. As batalhas navais foram frequentes e
resistiram para o desfecho dos conflitos.
• ¹A Revolução Industrial, que ocorreu na Inglaterra no final do século XVIII e se seguiu pelo
mundo no século XIX, foi um período de grandes avanços tecnológicos que impactaram
profundamente a sociedade, a economia e a política. No que diz respeito às Marinhas, essa
revolução trouxe uma série de inovações tecnológicas que transformaram as operações marítimas e
navais.
A principal mudança tecnológica na Marinha foi a adoção da propulsão a vapor. O primeiro
navio a vapor foi construído em 1807, mas a tecnologia só se tornou comum nas décadas seguintes.
O vapor permitia que os navios navegassem mais rapidamente e por mais tempo, o que era essencial
para a expansão das rotas comerciais em todo o mundo. A propulsão a vapor também foi um fator
determinante na evolução dos navios de guerra, tornando-os mais rápidos e manobráveis.
Outras tecnologias importantes que viveram durante a Revolução Industrial e foram
incorporadas às Marinhas incluem a hélice, que substituiu os antigos remos e tornou a navegação
mais eficiente, e a invenção do telégrafo elétrico, que permitiu a comunicação instantânea entre
navios e entre navios e a costa.
Além das mudanças tecnológicas, a Revolução Industrial também teve um grande impacto na
economia global e, por consequência, na Marinha Mercante. A demanda por transporte marítimo
aumentou à medida que a produção industrial se expandia, e os navios a vapor permitiriam que as
rotas comerciais fossem ampliadas e diversificadas. A Marinha Mercante tornou-se uma indústria
importante em si mesma, com empresas privadas competindo pelo lucro e pela dominação de rotas
específicas.
Na Marinha de Guerra, a Revolução Industrial também teve um grande impacto. A tecnologia
a vapor e a evolução do armamento alcançaram os navios de guerra mais eficientes, e a competição
entre as nações europeias levou a uma corrida armamentista que gerou na construção de navios cada
vez maiores e mais poderosos. A Marinha tornou-se uma parte fundamental das estratégias de
guerra e poder político, e as batalhas navais foram importantes para a defesa dos interesses
nacionais e para a expansão imperial.
Em resumo, a Revolução Industrial trouxe uma série de mudanças tecnológicas que
transformaram as operações marítimas e navais. A propulsão a vapor, a hélice e o telégrafo elétrico
foram algumas das inovações que permitiram a expansão das rotas comerciais e tornaram a Marinha
Mercante uma indústria importante. Na Marinha de Guerra, a evolução do armamento e a
competição entre as nações europeias levaram à construção de navios maiores e mais poderosos,
tornando a Marinha uma parte fundamental das estratégias de guerra e poder político.
• ¹A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi um conflito global que envolveu várias
potências europeias, asiáticas e americanas. As Marinhas tiveram um papel fundamental nesse
conflito, pois as operações navais foram cruciais para o transporte de tropas, suprimentos, alimentos
e matérias-primas entre as colônias e os continentes. Além disso, uma disputa pelo controle dos
éguas e o bloqueio naval foram uma estratégia de guerra travada na luta pela vitória.
As grandes potências navais da época eram a Grã-Bretanha e a Alemanha. A Grã-Bretanha
possuía a maior marinha do mundo, com uma grande quantidade de navios modernos e bem
armados. Já a Alemanha, apesar de possuir uma marinha menor, havia investido significativamente
em tecnologia e construído uma frota de navios de guerra modernos e bem-hospedeiros.
Durante a guerra, a Grã-Bretanha manteve um bloqueio naval eficaz da Alemanha, impedindo
a entrada de suprimentos e matérias-primas necessárias para a guerra. A Alemanha, por sua vez,
lançou uma campanha de submarinos contra os navios britânicos, o que acabou levando os Estados
Unidos a entrar no conflito em 1917.
Além disso, a Marinha dos Estados Unidos também desempenhou um papel importante no
conflito. A entrada dos EUA na guerra possibilitou que os Aliados desfrutassem de uma vantagem
competitiva e enfrentassem a frota alemã.
Outros países também tiveram participações significativas na guerra. A Marinha Francesa e a
Marinha Imperial Russa, apesar de não serem tão poderosas quanto as forças navais britânicas e
alemãs, tiveram uma participação significativa no conflito.
A Primeira Guerra Mundial foi um marco importante para o desenvolvimento da tecnologia
naval. A guerra impulsionou o desenvolvimento de novos navios, armamentos e tecnologias, como
os navios de guerra dreadnought, os submarinos, as minas submarinas, entre outros.
Em resumo, a Primeira Guerra Mundial foi um conflito que teve grande impacto na história
naval e marcou uma mudança significativa na forma como as Marinhas foram utilizadas em
conflitos futuros. A disputa pelo controle dos mares e o desenvolvimento de novas tecnologias
foram fundamentais para o resultado da guerra, bem como para o futuro da tecnologia naval.
• Durante a Primeira Guerra Mundial, a Marinha do Brasil participou do conflito pelo meio da
Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG). O DNOG foi criado em 1917 como uma resposta
à pressão dos Estados Unidos, que solicitou a participação dos países sul-americanos na guerra. A
divisão era composta por cinco navios, incluindo o encouraçado Minas Gerais e o cruzador Bahia,
além de cerca de 2.000 homens.
O DNOG foi enviado para patrulhar o Atlântico Sul e o Golfo da Guiné, a fim de proteger os
navios mercantes brasileiros e aliados dos ataques dos submarinos alemães. A participação também
realizou voos de bloqueio naval contra a Alemanha em águas africanas.
A participação da DNOG na Primeira Guerra Mundial foi limitada e não teve grande impacto
no conflito em si. No entanto, a experiência adquirida pela Marinha do Brasil durante a guerra
ajudou a modernizar suas táticas e estratégias navais, bem como a aprimorar seu treinamento e
tecnologia.
Além disso, a participação do DNOG na Primeira Guerra Mundial foi significativa para a
afirmação da posição internacional do Brasil como país relevante no cenário global e como aliado
dos países vencedores do conflito.
• O período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial foi marcado por uma série de
mudanças políticas, sociais e de luto em todo o mundo. No Brasil, a década de 1920 foi marcada
pelo movimento tenentista e pela Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. O
governo Vargas marcou a história do Brasil com uma série de reformas políticas, econômicas e
sociais que transformaram o país.
No campo internacional, a crise econômica de 1929 teve um grande impacto em todo o
mundo, levando a um período de turbulência econômica e instabilidade política. Além disso, o
fascismo na Itália, o nazismo na Alemanha e o imperialismo japonês levaram a uma crescente
ameaça de conflito mundial.
A Marinha do Brasil também passou por emoções durante esse período. A década de 1920 foi
marcada pela modernização da Marinha, com a aquisição de novos navios e equipamentos. A
Marinha também desempenhou um papel importante na manutenção da ordem durante a Revolução
de 1930.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil manteve uma posição de neutralidade até 1942,
quando o país entrou na guerra ao lado dos Aliados. A Marinha do Brasil desempenhou um papel
importante na proteção do Atlântico Sul, garantindo a segurança do transporte de suprimentos e
mantimentos para as tropas aliadas na Europa e no Norte da África. A Marinha também participou
de operações de patrulha e combate contra submarinos do Eixo no Atlântico Sul.
Após o fim da guerra, o Brasil emergiu como uma das principais potências regionais, com
uma economia em expansão e uma Marinha modernizada e bem equipada. A Marinha do Brasil
continua a desempenhar um papel importante na defesa da soberania nacional e na manutenção da
ordem em todo o país.
• Durante o período entre as duas guerras mundiais, a Marinha do Brasil passou por um
processo de modernização e expansão, impulsionado pelo contexto de conflito global e pela
necessidade de proteger as fronteiras marítimas brasileiras. A partir de 1922, foi criado o Plano de
Defesa Naval, que previa a aquisição de novos navios e a construção de novas bases navais ao
longo do litoral.
Entre as principais aquisições da Marinha do Brasil neste período, destaca-se a compra de
quatro contratantes da classe Clemson, em 1920, que representaram um grande avanço em termos
de tecnologia naval e aumentaram significativamente a capacidade de defesa do país. Além disso,
foram adquiridos também novos submarinos e navios-tanque.
No âmbito da política externa, a Marinha do Brasil teve um papel importante na manutenção
da soberania nacional, participando de diversas operações de patrulha e proteção das fronteiras
marítimas brasileiras, principalmente em relação à questão do tráfico de armas e drogas. Além
disso, a Marinha participou de missões de paz e cooperação com outros países, como a missão para
a pacificação do Chaco, em 1935.
No entanto, a modernização da Marinha do Brasil também gerou desafios, como a falta de
recursos financeiros e tecnológicos para acompanhar o ritmo das potências navais mundiais. Isso
ficou evidente na incapacidade do Brasil de cumprir o Plano de Defesa Naval na integridade e de
participar ativamente da Segunda Guerra Mundial.
Em resumo, o período entre guerras representou um momento de reorganização e
modernização da Marinha do Brasil, com a aquisição de novos navios e tecnologias, além de uma
atuação mais presente na defesa das fronteiras marítimas e na cooperação internacional. No entanto,
as restrições financeiras e tecnológicas impediram que a Marinha do Brasil se tornasse uma
potência naval de destaque.
• A Segunda Guerra Mundial foi um dos maiores conflitos da história, envolvendo a maioria
das nações do mundo em duas alianças militares opostas, a Aliança das Potências do Eixo e os
Aliados. A guerra foi travada em várias frentes, mas a guerra naval teve um papel crucial no
conflito.
A expansão territorial agressiva do Japão na década de 1930 e sua entrada no Eixo levou ao
ataque a Pearl Harbor em dezembro de 1941, o que forçou a entrada dos Estados Unidos na guerra.
A partir daí, as batalhas navais do Pacífico foram intensas, envolvendo grandes navios de guerra,
porta-aviões e submarinos.
No Atlântico, a batalha pelo controle do comércio marítimo foi igualmente importante. A
Marinha Real Britânica e as forças navais dos Aliados estavam em constante confronto com a
Marinha Alemã, que estava tentando interromper o fluxo de suprimentos para a Grã-Bretanha.
A Marinha do Brasil também desempenhou um papel importante na guerra, enviando navios
de guerra para a luta contra os submarinos do Eixo no Atlântico. A Força Naval do Nordeste (FNN)
foi criada para proteger as rotas de comércio marítimo no litoral do Brasil e na costa africana. A
Marinha do Brasil participou da escolta de comboios aliados e da patrulha dos éguas em busca de
submarinos do Eixo.
A guerra naval terminou com a rendição das forças do Eixo em 1945, mas o legado da guerra
durou muito tempo. A guerra naval teve um impacto duradouro no desenvolvimento tecnológico da
navegação, incluindo a introdução de porta-aviões, aprimoramento dos navios de guerra e
submarinos, e intensificação da pesquisa em sistemas de radar e outros equipamentos de detecção.
• Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo passou por profundas transformações políticas e
respiratórias, que tiveram reflexos importantes no papel das marinhas e em sua atuação na
manutenção da paz. Com o fim do conflito, a ordem internacional foi reorganizada em torno das
grandes potências vencedoras, como os Estados Unidos e a União Soviética, que passaram a exercer
influência em diferentes regiões do planeta.
Nesse contexto, as marinhas foram empregadas em diversas missões, desde a vigilância das
fronteiras marítimas até o patrulhamento de rotas comerciais e a realização de operações de resgate
e ajuda humanitária. Além disso, elas também desempenharam um papel importante nas operações
de manutenção da paz, como a Força Naval da ONU durante a Guerra da Coreia.
Na América Latina, a atuação das marinhas também foi influenciada pelo contexto político
internacional. No Brasil, por exemplo, a Marinha teve um papel importante na manutenção da
ordem durante o governo militar, e também se engajou em missões de cooperação e ajuda
humanitária em diferentes países da região.
Ao longo das décadas seguintes, a atuação das marinhas continua a evoluir, incorporando
novas tecnologias e aprimorando suas estratégias de defesa e cooperação. A preocupação crescente
com questões ambientais e a exploração de novos recursos naturais também tem levado as marinhas
a assumirem novas responsabilidades, como a proteção dos ecossistemas marinhos e a garantia da
segurança na exploração do petróleo em águas profundas.
Em resumo, o período pós-guerra marcou uma transformação significativa no papel das
marinhas, que passou a ter uma variedade de funções para além da tradicional defesa dos nacionais
em águas territoriais. A atuação das marinhas foi influenciada pelas políticas e emoções globais,
bem como pelas mudanças na percepção do papel das forças armadas na sociedade.
• ¹O emprego do Poder Naval é uma estratégia militar que envolve o uso de navios, aeronaves
e tropas especializadas em operações marítimas para alcançar objetivos políticos e militares.
Historicamente, a Marinha tem sido empregada em uma variedade de funções, como proteger rotas
comerciais, garantir a soberania de um país sobre o mar territorial, patrulhar fronteiras marítimas,
bem como proteger a vida e a propriedade dos cidadãos em áreas costeiras.
Durante as guerras, a Marinha é frequentemente utilizada para bloquear portos inimigos,
interceptar comboios de suprimentos, desembarcar forças de ataque em praias inimigas e apoiar
operações terrestres. Durante o período de paz, a Marinha pode ser empregada em missões
humanitárias, como ajuda a desastres naturais, controle de tráfico de drogas e resgate de refugiados
em áreas costeiras.
O uso do Poder Naval tem evoluído ao longo dos anos, com o incorporado de novas
tecnologias e estratégias. Com o desenvolvimento de submarinos, mísseis e aeronaves
especializadas, a Marinha se tornou mais capaz de realizar missões de inteligência, vigilância e
reconhecimento em áreas marítimas remotas, bem como operações de ataque precisas e de longo
alcance.
No Brasil, a Marinha tem sido empregada em diversas missões, desde a proteção do litoral e
das águas territoriais até a participação em operações de paz em outras partes do mundo. A atuação
da Marinha brasileira tem se destacado em missões de controle do tráfico de drogas, vigilância do
Atlântico Sul e participação em forças de paz da ONU. Além disso, a Marinha brasileira tem
investido em modernização e reaparelhamento para aumentar sua capacidade operacional e de
defesa do país.
• ²O emprego do Poder Naval é uma das principais funções da Marinha do Brasil. O conceito
se baseia na utilização da força naval em prol dos interesses do Estado, tanto em tempos de paz
quanto em conflitos armados. A atuação da Marinha do Brasil nesse sentido pode ser dividida em
duas vertentes principais: a defesa da soberania nacional e a projeção do poder naval.
A defesa da soberania nacional é a missão primordial da Marinha do Brasil. Nesse sentido,
uma instituição atua na proteção das águas jurisdicionais brasileiras, que se estendem por cerca de
4,5 milhões de km², o que torna o país um dos maiores detentores de águas territoriais do mundo.
Além disso, a Marinha também atua na proteção das plataformas de petróleo, dos portos e das
embarcações que navegam em águas brasileiras.
A projeção do poder naval é a outra vertente do emprego do Poder Naval pela Marinha do
Brasil. Essa missão visa promover a presença e a influência do Brasil no cenário internacional, por
meio da participação em operações de paz, do apoio a operações humanitárias e da cooperação com
outras marinhas do mundo. Nesse sentido, a Marinha do Brasil também atua no patrulhamento das
águas internacionais, em cooperação com outras marinhas.
A Marinha do Brasil possui uma grande variedade de meios navais, aéreos e de fuzileiros
navais, o que lhe permite uma ampla gama de opções para o emprego do Poder Naval. Além disso,
a instituição mantém parcerias com outras marinhas ao redor do mundo, o que contribui para o
fortalecimento das relações bilaterais e multilaterais do Brasil.
Dentre as principais operações em que a Marinha do Brasil empregou o Poder Naval,
destacam-se a Operação São Francisco, em 1965, que visava impedir a entrada de armas no país; a
Operação Amazônia Azul, realizada desde 2009, que tem por objetivo a proteção da plataforma
continental brasileira; e a participação em missões de paz da ONU, como no Haiti e no Líbano.