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O ELEMENTO ESPECÍFICO NA ÉPOCA

Grande parte da população passou a chegar até a meia idade e a velhice. Demonstração indiscutível de
que criaturas microscópicas especificas causavam doenças infecciosas (séc. XIX), ideia que nasceu
sem o auxílio da bacteriologia, mas houve progresso até antes de descobrir os germes.

UM RELATO MAIS RACIONAL SOBRE A SARNA


Estudaram a doença → August Hauptmann, Michael Ettmuller, G. C. Bonomo (relatou pele escabiosa
em crianças, pequenas vesículas de água que eram mortas como pulgas, no entanto, não tiveram
influência). Escravos com escabiose prestavam o mesmo serviço uns aos outros.
Leeuwenhoek → teoria do contágio animado, mas sem resultados consideráveis. Nyander (discípulo
de Lineu) afirmou que eram idênticos a sarna: peste, varíola, sífilis, disenteria. A primeira
demonstração de um organismo como responsável por uma doença não aconteceu antes do séc. XIX.
Com a descoberta das bactérias, fez surgir a questão: essas criaturas eram geradas espontaneamente
ou nasciam de sementes preexistentes? Investigadores descobriam a associação entre esses
organismos e os processos de fermentação e putrefação → para surgirem organismos onde não havia
nenhum, bastava colocá-los em um lugar quente, o que agilizava a deterioração, o que fez com que
surgisse a ideia de que criaturas microscópicas originassem de matéria inanimada.

UMA DOENÇA DE BICHOS-DA-SEDA


Na época de Bassi, a doença do bicho-da-seda causou danos a indústria da seda da Lombardia. Ele
reconheceu um fungo parasitário criptogâmico como agente causal da muscardina (doença do bicho-
da-seda), deduzindo que o era transmissível pelo contato e pelo alimento infectado, e desenvolveu
métodos para prevenir essa doença em viveiros. Ele apresentou sua teoria em 1834, 20 anos depois,
seu trabalho foi confirmado por Balsamo-Crivelli (confirmou o fungo) e Audoin. Bassi, com suas
descobertas, contribuiu para o conhecimento da natureza de doenças contagiosas, como: varíola, tifo
exantemático, peste, sífilis, cólera (preconizou o isolamento do paciente e a desinfecção das excreções
e das roupas) e a pelagra a parasitas vivos.
França → Alfred Donne – investigações microscópicas acerca das emissões patologia, principalmente
as dos órgãos genitais humanos. Foi o primeiro a chamar a atenção e descrever o protozoário
flagelado Trichomonas vaginalis.
Alemanha → Johann Lukas Schönlein - descobriu um fungo na afecção conhecida como favo. Robert
Remark – demonstrou a contagiosidade do fungo Achorion schoenlinii.

UM ANATOMISTA REVOLUCIONARIO DEFENDE UMA IDEIA ULTRAPASSADA


Livro: Pathologische Untersuchungen (Investigações Patológicas), Jacob Henle. Foi um marco na
história da bacteriologia e das doenças comunicáveis. Sua teoria: os organismos vivos são a causa das
doenças contagiosas e infecciosas; acreditava que seu pensamento e métodos de observação eram
essenciais para o avanço do conhecimento biológico e médico.
Livro: Handbuch der rationellen Patholoia (Manual de Patologia Racional), Henle. Sua escolha de
dados ia de veterinária até a patologia fecal; no caso de doenças infecciosas, a matéria mórbida
aumenta desde o momento em que entra no corpo, logo, deve ser de natureza orgânica, pois só os
organismos vivos possuem essa faculdade; a quantidade de material mórbido é desproporcional a seus
efeitos; o período de incubação precede a manifestação, o que apoia a ideia de uma natureza viva.
Henle passou a investigar parasitas desconhecidos e se baseava nas opiniões e observações de Bassi e
Audonin e chegou à conclusão de que provavelmente os parasitas pertencem ao reino vegetal: o
trabalho de Cagniard-Latour e Schwann suportava essa conclusão, já que falava sobre a fermentação
como a ação de pequenos organismos (levedos). Henle também viu que através da observação e da
experimentação é capaz de chegar na solução do problema da doença contagiosa; presença constante
do parasita, isolamento em meios externos e reprodução da doença a partir do parasita isolado criaram
problemas de solução difícil. 30 anos depois, Robert Koch pôde oferecer uma prova definitiva da
correção dessa teoria.
Bassi, Cagniard-Latour, Schwann e Schönlein → estimularam a investigação de agentes de doenças.
Nas décadas seguinte, registraram muitos organismos microscópicos nas doenças de homens e
animais. Em 1843, David Gruby descreveu o fungo Microsporum audouini como causa da tinha, que
descreveu um aglomerado de fungos ao redor da haste do pelo, não tinha da barba e a presença de
fungo na haste do cabelo.
Em 1850, bactérias entraram na lista de possíveis microrganismos causadores de doença. Casimir
Davaine e Pierre Rayer comunicaram à Societé de Biologe, em Paris, que a transmissão do antraz era
através da relação entre sangue dos carneiros saudáveis com sangues de animais moribundos e os
corpúsculos microscópicos em forma de bastão, que eram encontrados no sangue dos carneiros
mortos.
Em 1849, F. A. A. Pollender observou corpúsculos descritos por Davaine e Rayer e em 1855 publicou
um relato sobre o exame microscópico do sangue do animal com antraz, dando uma imagem mais
precisa e detalhada dos bastonetes. Ele quase os considerou de natureza vegetal, mas não foi capaz de
dizer como se relacionavam com as doenças.
Em 1857, F. A. Brauell realizou uma série de experimentos sobre a transmissão do antraz em animais.
Durante a década de 1860, principalmente devido ao trabalho de Davaine, a atenção se permaneceu
centrada no antraz e em seus corpúsculos em forma de bastão.
A teoria de que doenças infecciosas ocorriam devido ao crescimento de germes no corpo continuou
sendo inaceitável para alguns profissionais da ciência. Entre 1834 e 1850, estabeleceram que os
fungos eram causadores de certas doenças, não podiam dar essa origem para muitas doenças
comunicáveis. Foi rejeitada a teoria microbiana das doenças.
Hypplolyte Bernheim → participação no desenvolvimento da psicoterapia. Contemporâneos de henle
acreditavam que ele defendia uma ideia ultrapassada, mas foi nessa época que a teoria microbiana das
doenças começou a se recuperar de um estado de extinção.

FERMENTOS E MICRÓBIOS
Fermentação e geração espontânea → se entrelaçavam, o conhecimento adquirido para solucioná-los
levou a uma compreensão da natureza da doença contagiosa. A fermentação era conhecida pelo
homem há milhares de anos, mas apenas nas primeiras décadas do século XIX que se tornou
necessário o alcançar um entendimento racional desse processo, para desenvolver uma produção em
larga escala.
Aristóteles → as criaturas vivas não surgem apenas de outras coisas vivas, mas também da matéria
inanimada: esse pensamento dominou as mentes dos homens até o século XVII, quando três médicos
naturalistas, Francesco Rede, Antonio Vallisnieri e Marcello Malpighi, demonstraram,
respectivamente, que: larvas não surgem espontaneamente, mas sim de ovos depositados por moscas;
juntos, comprovaram que vermes são originários de ovos depositados por outros vermes, o que
acabou com a questão da geração espontânea.
Lazzaro Spallanzani → experiencias para refutar o ponto de vista após a descoberta da bactéria, por
Leeuwenhoek. Ele concluiu que o ar levava esses organismos até as infusões e que se os frascos com
matérias orgânicas fossem fechados a vácuo, os organismos não apareciam. Apesar dessa obra, a
teoria da geração espontânea continuou sendo defendida e debatida durante o século XIX, juntamente
da questão da fermentação e putrefação. Esses fenômenos eram considerados resultados de mudanças
químicas na matéria orgânica, que sofriam alguma influência do ar.
Franz Schultze, Theodor Schwann, H. Schröder e T. von Dusch → os estudos de mais importância
foram os de Schwann, que concluíram que a putrefação de um pedaço de carne ocorria não devido ao
ar, mas a algum elemento que o calor destruía. Germes, sementes ou fungos alcançados pelo ar se
nutriam e se desenvolviam a partir dessa matéria orgânica. A fermentação e a putrefação seriam
processos similares, devido a ação de organismos vivos. Em seu estudo, Schwann descreveu o fungo
da levedura e sua reprodução por germinação. Porém, ele e outros pesquisadores chegavam a
resultados inconsistentes que não convenciam outros pesquisadores.

A DOENÇA DO BICHO-DA-SEDA E A TEORIA MICROBIANA


Louis Pasteur → disse que no campo de observação “a sorte só favorece a mente preparada”. Ele
desvendou mistérios da fermentação e da geração espontânea e da doença contagiosa; verdadeira
natureza do ácido tartárico sob duas formas cristalinas e quimicamente similares (os cristais se
diferiam como imagens no espelho); revelou essa semelhança a partir da atividade ótica dessas
cristalinas em solução; estabeleceu a existência da assimetria molecular; descobriu que era possível
diminuir a resistência do antraz diminuindo a temperatura do corpo de galinhas; é possível modificar a
virulência dos micróbios patogênico; concebeu a ideia de prevenir doenças infecciosas por meio de
vacinas; suas pesquisa levaram ao desenvolvimento da imunologia e tiveram grande impacto sobre a
criação de um programa cientifico de saúde pública.
1854 → passou a estudar fermentação, primeiro a lática (por produzir álcool milico) e notou a
presença de glóbulos esféricos nesse processo. Na fermentação do ácido tartárico, ele descobriu um
fungo (Penicillium glaucum) que atacava a forma dextrogira do ácido. Com essa descoberta, ele
concluiu que os processos vitais agiam simetricamente.
Até a década de 1860, investigou várias formas de fermentação e esse processo desandava em virtude
da contaminação por organismos estranhos que produziam substâncias diferentes do álcool desejado,
mostrando como prevenir essa situação (atualmente o processo se chama pasteurização). Descobriu a
vida anaeróbica, o que o levou a investigar a putrefação e a hipótese de ser esse processo uma espécie
de fermentação devido a atividade microbiana.
Pasteur demonstrou o caráter fictício da teoria da geração espontânea; também estudou a doença do
bicho-da-seda, onde concluiu que os bichos estavam sendo contaminados por duas doenças
comunicáveis (pébrine e flâcherie) causadas por diferentes microrganismos; lidava com problemas de
importância econômica imediata e pensava na relação germes X doenças; defendia a existência de
organismos específicos de forma constante e reconhecível.

UM BOTANICO RECEBE UM MÉDICO DESCONHECIDO


Antoine Villemim → em 1865, relatou à Academia de Medicina experimentos que demonstram que a
tuberculose pode ser transmitida de um animal para o outro e sua causa seria um princípio virulento
organizado, possivelmente um germe microscópico capaz de se multiplicar no organismo e de se
transmitir por contato direto ou através do ar. Porém, ele não conseguiu isolar o germe e seu trabalho
não teve a repercussão merecida. Casimir Davaine desenvolveu estudos sobre o antraz no mesmo ano.
Na década de 1870, os estudos de Pasteur e outros tinham levado à solução da questão da relação
entre micróbios e doença, apesar de não ter uma prova final e concludente.
As ideias sobre microrganismos e doenças estavam confusas porque não havia tanto conhecimento
referente aos micróbios.
Theodore Bilroth → sustentava a existência de um único organismo ser capaz de passar por ingênitas
variações (pleomorfismo).
Ferdinand Cohn → ele foi decisivo para o estabelecimento da bacteriologia como ciência, começando
com o seu reconhecimento de sua natureza vegetal; recolheu a necessidade de uma classificação das
bactérias (gênero e espécie); a morfologia é uma base impropria, já que organismos com a mesma
morfologia podem ser diferentes fisiologicamente (que também podem ser critérios taxonômicos).
Joseph Schroeter → aluno e colaborador de Cohn; pesquisa sobre a produção de pigmentos por
bactérias cromogênicas através de meios sólidos onde ele encontrou colônias especificas pigmentadas
(as bactérias diferiam de colônia pra colônia, mas eram constantes na mesma colônia); obteve cultura
puras dos organismos que estava trabalhando; desenvolveu técnicas para obter colônias puras.
Robert Koch → médico do interior; usou ratos de laboratórios e injetou sangue de um animal doente e
encontrou os bastonetes descritos por Davaine; demonstrou que a doença é transmissível e
reproduzível; inventou um mecanismo onde os bastonetes cresciam e eram observados; descobriu
estagio de esporo do bacilo do antraz, confirmando a teoria de Cohn (fase resistente em seu ciclo
vital); mostrou que esporos voltavam à forma de bastonetes típicos; provou que apenas o Bacillus do
antraz era capaz de produzir a doença em um animal suscetível; seu artigo foi publicado e recebeu
reconhecimento imediato como contribuição fundamenta: primeira vez que a origem microbiana de
uma doença foi reconhecida; seu trabalho levou ao desenvolvimento de técnicas para cultivo e estudo
de bactérias; se dedicou a criação de técnicas para manipular bactérias a fim de obter culturas puras,
usando nutrientes sólidos (primeiro gelatina, depois ágar-ágar); a partir de 1877 ele aperfeiçoou os
métodos de corar; papel causal do bacilo no antraz; tuberculose e cólera; transmissão do parasita da
malária por mosquitos (junto de Laveran e Flügge).
Em meados de 1870, já tinham uma base firme de conhecimento e técnica para estudo das bactérias e
das doenças bacterianas.
Hermann Hoffmann → tentativa de corar bactérias usando carmim e fucsina. O tingimento de
bactérias se origina da obra de Carl Weigert, mas teve muita contribuição de Koch e Paul Ehrlich
(tingimento de células brancas do sague por corantes de anilina).
Entre 1877 e 1897 revelaram as causas microbianas de diversas doenças, até a década de 1880 só
haviam demonstrado os micróbios como prováveis agentes de doenças.
Obermeier → mostrou a presença consistente de um organismo espiralado em casos de febre
recorrente e sua natureza transmissível.
Neisser → descobriu o gonococus.
A partir de 1877, Pasteur e seus colaboradores reconheceram a resistência à infecção como um
problema importante e dirigiram sua atenção às questões práticas e teóricas envolvidas nesse sistema.

ANTISEPSIA E ASSEPSIA NA CIRURGIA


Até o meio do século XIX a cirurgia era muito limitada de duas maneiras. 1. era inevitável a
ocorrência de infecção de ferida, que levava em septicemia fatal (comum em hospitais). 2. não havia
anestesia até 1846.
Joseph Lister → introduziu a cirurgia antisséptica. Suas investigações suspeitavam que a infecção e a
formação de pus ocorriam pela putrefação dos tecidos, e esse processo ocorria por através de algo
carregado pelo ar; conectou os achados de Pasteur e o problema da infecção da ferida; a
decomposição da parte lesionada pode ser evitada sem excluir o ar, pela aplicação de algum material
que destrua a vida das partículas flutuantes; pensou primeiramente no fenol como antisséptico (era
usado como desinfetante de agua e esgoto); os métodos dele foram substituídos em 1880 por técnicas
baseadas no princípio da assepsia.

A BACTERIOLOGIA E A SAÚDE PUBLICA


Pettenkofer → 1855, portadores humanos sadios transmitiam cólera, hipótese consolidada no fim do
século;
Febre tifoide → examinaram 48 contatos familiares, sadios, de doentes de difteria, e encontraram o
bacilo na garganta de 24, foi importante pra entender o processo de transmissão de uma doença
contagiosa em uma comunidade; foi a 3ª doença que demonstrou a importância do portador; em 1902,
Koch estudou sobre isso e sua influência fez com que o conceito fosse aceito.
Vetor animal → em 1790, Peter Christian Abildgard observou parasitas passarem por várias fases de
sua vida em diferentes hospedeiros animal (metaxenia), mas não relacionou isso com a transmissão de
doenças.
Ross → descobriu o parasita da malária no estomago de um mosquito e confirmou sua teoria através
de aves com malárias, onde pode confirmar sua teoria de transmissão da malária, mas não foi aceito
devido a burocracia. No mesmo ano, 1898, G. B. Grassi, G. Bastianelli e A. Bignami confirmaram
essa teoria
Peste Bubônica → em 1898, P. L. Simond cegou a conclusão de que a peste era uma doença de ratos
espalhada pelas suas pulgas.
Febre amarela → necessidade de quarentena X importância das condições insalubres locais. No final
do século XIX, descobriram o papel do mosquito, fazendo com que pudessem ao menos controlar a
febre amarela; o mosquito age como hospedeiro para o parasita da doença; em 1901 perceberam que a
doença não era contagiosa; tomaram medidas para acabar com o mosquito.
Imunologia → produção artificial da imunidade para a prevenção da varíola; sarampo – coleta do
sangue de crianças entre 7 meses e 13 anos na fase aguda da doença, Francis Home quis igualar o
sucesso da variolizarão; o sarampo tinha grandes chances de ser tratado da mesma forma que a
varíola; apenas em 1880 com os estudos de Pasteur, cólera das galinhas (um único ataque era
suficiente para produzir imunidade duradoura, sendo possível obter proteção através da vacinação),
que se criou um terreno racional para construção do conhecimento de imunização; ao fim do século
XIX, era evidente ser possível induzir um grau de resistência a organismos patológicos através da
injeção desses organismos em estado vivo atenuado ou através da inoculação de seus extratos
(princípio da imunização ativa); os anticorpos não apenas destruíam os organismos invasores, mas,
também, poderiam curar pessoas já doentes; o objetivo da saúde pública era impedir surtos de doenças
contagiosas.
Hermann M. Biggs → grande líder da saúde pública americana; passou a usar métodos da
bacteriologia para controle da difteria, usando descobertas de Pasteur e Koch.
William H. Park → assumiu esse trabalho em 1893; em 1894 iniciou a produção da primeira
antitoxina diftérica fora da Europa.
Laboratório de Bacteriologia, EUA → 1892; NY; Divisão de Bacteriologia e Desinfecção, localizado
no Departamento de Saúde de NY; estudou doenças como: difteria, tuberculose, disenteria,
pneumonia, febre tifoide e escarlatina e o papel do leite nas doenças; o laboratório de NY influenciou
outros estados; em 1894 – foi instalado um laboratório de diagnostico e controle da difteria na
Filadelfia; os Departamentos de Saúde tinham a tarefa de diagnosticar doenças transitiveis para
controla-las e fornecer produtos biológicos para médicos e sanitaristas.
Laboratório de Bacteriologia, UK → sua instalação ocorreu de modo lento; até o fim do século XIX, o
trabalho laboral era realizado em universidades e hospitais; iniciativas para a criação de laboratórios
eram primitivas; muitas áreas não tinham e as que tinham era inadequado; surgiram alguns
laboratórios comerciais, que examinavam amostras enviadas pelos correios; depois da nomeação de
Boyce, alguns locais mais ricos instalaram laboratórios; alguns hospitais prestavam serviços de rotina
até pouco antes da II Guerra; Rupert Boyce, em 1897, foi nomeado primeiro bacteriologista municipal
de Liverpool.

DOENÇAS EVANESCENTES
Difteria → prevenção realizada pela imunização ativa em massa; era diagnosticada através de
métodos bacteriológicos precisos; durante a II Guerra, houve aumento de casos de difteria na
Alemanha e em países que os alemães ocupavam; a partir de 1945, a imunização antidiftérica foi
aceita na prática sanitária europeia e a incidência caiu bruscamente.
Bela Schick → desenvolveu um teste para medir a imunidade, tornando possível definir a necessidade
da imunização ativa e os resultados obtidos da imunização.
Não só os índices de difteria que caíram, mas também o de outras doenças através das descobertas da
bacteriologia. Na América, cólera e febre amarela desapareceram antes de descobrirem sua causa
específica e modo de transmissão. Na Europa ocidental e América do Norte, as tendencias eram
semelhantes. Essas tendencias mostram o impacto da reforma sanitária.
Uma cidade limpa é uma cidade sadia → melhoraram moradias, limparam ambientes físicos,
esforçaram-se para fornecer alimento integro e água limpa, agiram com a finalidade de proporcionar
qualidade de vida.
Febre tifoide → seu declínio ocorreu junto com a melhoria dos sistemas de esgotamento, proteção de
fontes de água, através da pasteurização do leite, controle das moscas, identificação dos portadores
sadios, isolamento de pacientes e diagnósticos dos enfermos.
Sífilis → era considerada doença social; índices caíram junto da criação de testes para casais e
gravidas, inquérito de massas, medidas de controle e campanhas de educação sanitária. Em 1946,
John F. Mahoney introduziu uma penicilina para o tratamento da enfermidade.
Crianças → a taxa de mortalidade de crianças caiu, fator importante para o envelhecimento da
população, algo característico (atualmente) em países com economia avançada; esse fato é um
indicador sensível de saúde comunitária que está relacionado com moradia, saneamento, alimento e
água puros; essa taxa varia de acordo com a existência de assistência médica e de conhecimento de
nutrição.

Os avanços na saúde comunitária na Europa ocidental e nos EUA se relacionam intimamente


com a evolução da tecnologia e da indústria, já que essa evolução possibilitava a acumulação da
riqueza. Para analisar problemas sanitários, é essencial estudar o contexto econômico e social, a
estrutura no interior da sociedade em que encontram os desafios atuais de saúde comunitária.

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