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História

Ásia explorada: China e Japão

1o bimestre – Aula 02
Ensino Médio
● Imperialismo na Ásia : novos ● Identificar e analisar as
domínios coloniais (China e circunstâncias históricas,
Japão - século XIX e XX ). políticas, econômicas e
sociais a partir dos
desdobramentos do
Imperialismo na China e
Japão.
A charge faz
referência ao
Imperialismo na
China. Tente
imaginar que países
são representados
por cada um dos
animais.

Editora UNESP. Imagem. Kant


Ref. Toda Matéria.
Ásia explorada: China e Japão
Há séculos, era intensa a presença estrangeira
na China. Em 1517, os portugueses chegaram a
Macau. Depois, vieram os holandeses e os
espanhóis, que comercializavam com os
chineses a partir das Filipinas. No século XVIII, o
comércio da China com o Ocidente cresceu
bastante, em especial pela presença da
Companhia das Índias Orientais inglesa, que
dominava as trocas comerciais com a cidade de
Cantão e mais três portos ao sul. Charge: China, o bolo de reis e
imperadores, Le Petit Journal
Ref.: Adaptado de Vainfas, Ronaldo.
1898.jpg
Mas foi no decorrer do século XIX que os chineses tiveram as suas
fronteiras invadidas por diversos países, em especial europeus. Não
tiveram possibilidade de resistir ao maior poderio bélico dos estrangeiros,
que, muitas vezes, uniam forças militares para manter as conquistas. Os
imperadores chineses viam os estrangeiros com desprezo. Embaixadores
ingleses, por exemplo, foram expulsos de Pequim (Beijing) em 1816, por
se recusarem a aceitar o protocolo do governo chinês, que obrigava
qualquer pessoa a inclinar-se diante do imperador até que sua testa
tocasse o chão.

Ref.: Adaptado de Vainfas, Ronaldo.


O avanço do imperialismo na China, no século XIX, é destacado pela
influência da Companhia das Índias Orientais inglesa sobre o comércio do
chá. O desequilíbrio no intercâmbio anglo-chinês é evidenciado, com os
chineses não demonstrando interesse nos produtos ocidentais, mas sendo
consumidores de ópio, ilegalmente comercializado pela Companhia das
Índias Orientais inglesa. A proibição do ópio pelo governo chinês resultou
na Primeira Guerra do Ópio (1839-1842), levando à assinatura do Tratado
de Nanquim, que concedeu territórios e abriu portos ao comércio
estrangeiro. Um segundo conflito, a Segunda Guerra do Ópio (1858),
resultou em novos tratados humilhantes para a China, legalizando o
consumo do ópio e garantindo acesso livre por parte das potências
europeias ao mercado chinês. Ref.: Adaptado de Vainfas, Ronaldo.
O império do Japão
A história do expansionismo japonês começou
no século XVI, quando o reino conseguiu se
livrar da tutela chinesa e avançou sobre
territórios próximos, controlando regiões
importantes para as rotas comerciais do
Oriente. Os japoneses conquistaram a ilha de
Hokkaido (antiga Yeso), ao norte, e o reino das
ilhas Ryukyu, no extremo sul, e dirigiram, assim,
seus esforços para dominar a Coreia. Essa
Convenção de Kanagawa, em 1854,
experiência foi importante para que o Japão, de
acontecimento que representou a abertura
do Japão ao mundo ocidental região cobiçada pelos europeus, passasse a ser
um dos países imperialistas no século XIX.
Ref. Vainfas, Ronaldo.
Como várias regiões do Oriente, o Japão foi alvo do interesse de europeus
e estadunidenses no século XIX. Era governado pelos chefes militares da
família Tokugawa, detentores do poder desde o século XVII, no regime
conhecido como Xogunato Tokugawa. Eram grandes senhores rurais que
sujeitavam os camponeses à servidão, razão pela qual vários historiadores
costumam chamar esse período de feudalismo Tokugawa. Havia, ainda, um
imperador e uma Corte imperial, mas quem governava mesmo eram os
generais, os xoguns. Na década de 1840, o rei holandês Guilherme Il
solicitou ao xogum que abrisse o comércio do país aos ocidentais. A
solicitação foi em vão. Foram os estadunidenses, interessados em barrar a
influência britânica na Ásia, que conseguiram mudar essa posição.
Ref.: Adaptado de Vainfas, Ronaldo.
Em 1854, sob ameaça de bombardear sua capital, Tóquio, estabeleceram
com os japoneses um acordo de cooperação para reabastecimento de
navios, auxílio aos náufragos e aceitação de um cônsul estadunidense em
seu território. Dois anos depois, o acordo foi ampliado, permitindo a
residência e o culto religioso de estadunidenses em seis portos do país.
Outros países europeus conseguiram acordos semelhantes, principalmente
a Inglaterra, que superava os Estados Unidos em volume de mercadorias
vendidas ao Japão.

Ref.: Adaptado de Vainfas, Ronaldo.


Virem e conversem 2 - A Primeira Guerra do Ópio (1839-
1842) teve como uma de suas
1 - Ao fim da Primeira Guerra do consequências:
Ópio, em 1842, uma série de
a) A maior penetração do imperialismo
sanções foi imposta ao Império
inglês na China.
Chinês pela Coroa Britânica. Essas
sanções foram legitimadas por meio b) Fechamento dos portos da China ao
do: comércio ocidental.

a) Pacto Londres-Hong Kong. c) A eliminação da influência colonialista


francesa na China.
b) Tratado de Nanquim.
d) A queda do sistema de mandarinato na
c) Tratado de Versalhes.
China.
d) Protocolo de Pequim.
e) A instituição de um governo
e) Tratado de Macau. republicano na China.
Correção
1 - Se você respondeu alternativa B, parabéns!
Justificativa: O Tratado de Nanquim, assinado em 1842 pela Dinastia Chinesa de
Manchu e pela Grã-Bretanha, na cidade homônima, fez determinações à China com
relação a atividades comerciais e controle de territórios. Um dos dispositivos mais
importantes foi a posse inglesa sobre o território de Hong Kong, um dos mais
estratégicos e mais ricos da China.
2 - Se você respondeu alternativa A, parabéns!
Justificativa: Antes de a guerra ser travada entre chineses e ingleses, a presença
britânica na China ainda apresentava algumas limitações. Os portos não eram
efetivamente controlados pela Grã-Bretanha, e o comércio de produtos, como o
ópio, ainda podia ser controlado pelo Império Chinês. Com o advento da guerra,
essa situação mudou completamente, e o controle da Coroa Inglesa sobre a China
tornou-se efetivo.
Mapa: Imperialismo na
Ásia e Oceania – Início do
século XX. Imagem:
Cazzaniga/Veredas do
Tempo
Todos escrevem

“Essa repartição do mundo entre um pequeno número de Estados, [chamada de A era


dos impérios], foi a expressão mais espetacular da crescente divisão do planeta em
fortes e fracos, em ‘avançados’ e ‘atrasados’ que já observamos. Foi também
notavelmente nova. Entre 1876 e 1915, cerca de um quarto da superfície continental
do globo foi distribuído ou redistribuído, como colônia, entre meia dúzia de Estados.
A Grã-Bretanha aumentou seus territórios em cerca de dez milhões de quilômetros
quadrados, a França em cerca de nove, a Alemanha conquistou mais de dois milhões e
meio, a Bélgica e a Itália pouco menos que essa extensão cada uma [...].
Eric Hobsbawm. A era dos impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra: 1998. p. 91.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Imperialismo, elabore cinco


afirmações que o caracterizem ou que o justifiquem, conforme indicava a
mentalidade da época.
Correção
● O Imperialismo, durante a Era dos Impérios, representou a divisão acentuada do
mundo entre Estados fortes e fracos, avançados e atrasados.
● Entre 1876 e 1915, aproximadamente um quarto da superfície continental global
foi colonizado ou recolonizado por algumas potências, evidenciando a expansão
imperialista.
● Durante esse período, potências como Grã-Bretanha, França, Alemanha, Bélgica e
Itália adquiriram significativas extensões territoriais, ampliando seu domínio colonial.
● A expressão mais espetacular da crescente divisão planetária foi a concentração
de vastos territórios em mãos de um pequeno número de Estados imperialistas.
● O Imperialismo foi marcado por uma intensa competição entre as potências
europeias, resultando na redistribuição significativa de terras e na busca por
dominação econômica e política.
● Identificamos e analisamos as
circunstâncias históricas, políticas,
econômicas e sociais a partir dos
desdobramentos do Imperialismo em
especial na China e no Japão.
Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – Imagem. Charge. Animais que representam vários países como a Rússia (urso), França (galo),
Império Alemão e EUA (águias) e a Inglaterra (leão) disputando o cadáver do dragão chinês. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/imperialismo-na-asia/. Acesso em: 12 dez. 2023.
Slide 4 – Imagem. Charge. China, o bolo de reis e imperadores, Le Petit Journal, 1898. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:China,_the_cake_of_kings_and_emperors,_Le_Petit_Journal_1898
.jpg. Acesso em: 12 dez. 2023.
Slide 7 – Imagem: Convenção de Kanagawa, em 1854. Acontecimento que representou a abertura do Japão
ao mundo ocidental. Disponível em: https://coisasdojapao.com/2019/09/tratado-de-kanagawa-saiba-
como-foi-a-abertura-do-japao/. Acesso em: 12 dez. 2023.
Slide 12 – Imagem. Politize. Mapa. Imperialismo na Ásia e Oceania – Início do século XX. Imagem:
Cazzaniga/Veredas do Tempo. Disponível em: https://www.politize.com.br/imperialismo-na-asia/. Acesso
em: 18 dez. 2023.
HOBSBAWM, Eric. A era dos impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra: 1998. p. 91

LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre:
Penso, 2023.

VAINFAS, Ronaldo; FARIA, Sheila de Castro; FERREIRA, Jorge e Santos, Georgina dos. História 2.
Conecte Live. 3ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2018.

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