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República Romana 

(em latim: Res Publica Romana) foi um período da antiga civilização


romana onde o governo operou como uma república. Começou com a queda da
monarquia, tradicionalmente datada cerca de 509 a.C., e sua substituição pelo governo
chefiado por dois cônsules, eleitos anualmente pelos cidadãos e aconselhados
pelo senado. Uma complexa constituição gradualmente foi desenvolvida, centrada nos
princípios de uma separação dos poderes e de freios e contrapesos. Exceto em tempos de
terrível emergência nacional, ofícios públicos foram limitados por um ano, de modo que,
em teoria ao menos, nenhum indivíduo exercesse poder absoluto sobre seus concidadãos.
A sociedade era hierárquica. A evolução da constituição da República Romana foi
pesadamente influenciada pela luta entre os patrícios, aristocratas proprietários de terra,
que traçaram sua ancestralidade no início da história do Reino de Roma, e os plebeus, os
cidadãos muito mais numerosos. Com o tempo, as leis que deram aos patrícios direitos
exclusivos de acesso aos mais altos ofícios foram revogadas e enfraquecidas, e as
principais famílias plebeias tornaram-se membros plenos da aristocracia. Os líderes da
república desenvolveram uma forte tradição e moralidade que exigia serviço público
e patrocínio na paz e na guerra, tornando os sucessos políticos e militares indissociáveis.
Durante os primeiros dois séculos de sua existência a república expandiu-se através de
uma combinação de conquista e aliança, da Itália central para a península Itálica inteira.
Pelo século seguinte, incluía o Norte da África, a Península Ibérica, Grécia, e o que é hoje
o sul da França. Dois séculos após isso, em direção ao fim do século I a.C., incluía o resto
da moderna França, e muito do Mediterrâneo Oriental. Por esta altura, apesar das
restrições tradicionais e legais da república contra qualquer aquisição individual de
poderes políticos permanentes, a política foi dominada por um pequeno número de líderes
romanos, com suas alianças pontuadas por uma série de guerras civis. O vencedor de
uma destas guerras civis, Otaviano (mais tarde conhecido como Augusto) reformou a
república como um principado, com ele mesmo como o "primeiro cidadão"
(príncipe; princeps). O senado continuou a sentar e debater. Magistrados anuais foram
eleitos como antes, mas as decisões finais em assuntos de política, guerra, diplomacia e
nomeações foram privilégios de Augusto através de seu manejo de um número de
separados poderes simultaneamente. Um de seus muitos títulos foi imperator do qual o
título "imperador" derivou, e é costumeiramente chamado o primeiro imperador romano.
A República Romana nunca foi restaurada, mas também nunca foi formalmente abolida (o
termo res publica continuou a ser usado para referir-se ao aparato do Estado), assim a
data exata da transição para o Império Romano é um assunto de interpretação.
Historiadores variadamente propuseram a nomeação de Júlio César como ditador
perpétuo em 44 a.C., a derrota de Marco Antônio na Batalha de Ácio em 31 a.C., e a
concessão de poderes extraordinários para Otaviano sob o primeiro assentamento e sua
adoção do título de Augusto em 27 a.C., como o evento que define o fim da república.

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