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Índice
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
OS PROTAGONISTAS DO TRAFICO NEGREIRO......................................................3
AS CONDIÇÕES DO TRAFICO DE ESCRAVO NEGREIRO......................................5
CONCLUSÃO...................................................................................................................8
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................9
INTRODUÇÃO

Entre os séculos XV e XIX, o continente africano revelou-se fonte de uma riqueza


diferente a ser explorada pelos navegadores europeus. A mão-de-obra escrava africana
atraiu para o continente negro comerciante de várias partes da Europa que
estabeleceram ali feitorias e deram início a uma das principais atividades econômicas do
período colonial: o tráfico de escravos. Neste trabalho abordaremos sobre os principais
protagonistas e as condições do trafico negreiro.

Na medida em que vamos desenvolvendo este tema, esperamos que todos estejam
atento e possam tirar o maximo proveito sobre este tema.

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OS PROTAGONISTAS DO TRAFICO NEGREIRO

A prática era gerenciada por seis nações: Inglaterra, Portugal, França, Espanha,
Países Baixos e Dinamarca.

A justificativa comercial para sustentar a exploração de escravos africanos era que


somente com os escravos seria possível manter os baixos preços de produtos como
açúcar, arroz, café, anil, fumo, metais e pedras preciosas.

A exploração da costa africana, a chegada dos europeus à América do Norte e do


Sul durante o século XVI e a posterior colonização deste continente representam os
grandes condicionalismos do tráfico intercontinental de escravos na Idade Moderna.

Portugal foi a primeira potência europeia a satisfazer as suas carências de mão de


obra através da importação de escravos, para colmatar a crónica carência de
trabalhadores agrícolas. Este comércio de escravos começou por volta de 1444, e na
década de 60 do século XV o país importava, anualmente, à volta de 700 a 800 escravos
do continente africano, capturados, na sua maioria, por outros africanos.

O exemplo de Portugal foi seguido pela Espanha. Contudo, Portugal continuou a


manter o monopólio deste tráfico por cerca de um século.

No século XV, também os comerciantes árabes no Norte da África exportavam


africanos oriundos da África Central para serem levados para os mercados da Arábia,
do Irão e da Índia.

No século XVI, os colonializadores espanhóis fixados na América Latina tentaram


forçar a população autóctone a trabalhar no campo, mas esta não sobreviveu ao trabalho
duro e às doenças transmitidas pelos europeus, para além de contar com a proteção dos
Jesuítas. Assim, para suprir a sua necessidade de trabalhadores braçais, os espanhóis
viram-se obrigados a recorrer aos escravos africanos. O trabalho no continente
americano, fosse nas minas de prata do Perú e do México, fosse nos engenhos de açúcar
brasileiros, ou mais tarde no labor das minas de ouro e diamantes neste território, foi o
principal responsável pelo incremento do tráfico entre os séculos XVI e XVIII.

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A Inglaterra aderiu a este tráfico na segunda metade do século XVI, pretendendo
interferir no abastecimento das colônias espanholas antes servidas pelos portugueses.

A França, a Holanda, a Dinamarca e as próprias colônias americanas entraram


neste comércio como competidores, e em 1713 o direito exclusivo de abastecer de
escravos as colônias espanholas foi concedido à British South Sea Company.

Na América do Norte, o primeiro carregamento de escravos africanos chegou a


Jamestown, na Virgínia, em 1619, pelas mãos de senhores ingleses com destino,
principalmente, às plantações de tabaco. Aqui, os escravos africanos tinham um estatuto
de limited servitude, um estatuto semelhante ao dos nativos americanos. De início, o
número de escravos que chegavam a estas colónias não era tão significativo ao ponto de
exigir a definição de um estatuto especial, mas o estatuto que reconhecia a escravatura
veio a ser apontado no Massachusetts em 1641, e depois, no estado de Connecticut em
1650, e na Virgínia em 1661. Estes estatutos diziam respeito, sobretudo, a escravos
fugitivos.

Com o desenvolvimento das plantações de algodão e tabaco nas colónias do Sul,


na segunda metade do século XVII, aumentou consideravelmente o número de escravos
importados para serem canalizados para os trabalhos agrícolas. Esse incremento do
tráfico de escravos motivou a transformação de algumas cidades costeiras do Norte em
grandes mercados de escravos.

Nas colónias do Norte, os escravos eram normalmente usados como criados


domésticos e no comércio. Nas colónias do Atlântico Central eram encaminhados para a
agricultura.
Os escravos africanos vieram a tornar-se uma peça fundamental para o desenvolvimento
das colónias inglesas da América do Norte, em especial as do Sul do território, o que
justificou uma alteração na legislação. Na altura da Guerra da Independência Americana
(1775-1783), não eram vistos como servos, mas como escravos no sentido exato do
termo, e as leis determinavam o seu estatuto em correlação direta com o seu dono.
Em termos formais, os escravos na América do Norte não tinham direitos, mas a tradição
conferia-lhes algumas regalias como o direito à propriedade privada, ao casamento,
tempo livre, entre outros, que a grande maioria dos donos não tinha obrigação, porém,
de cumprir.

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Não havia nesta época o respeito pelos direitos humanos, como hoje lhe
chamaríamos. As escravas podiam ser violadas pelos seus senhores, ou as famílias
divididas por várias plantações. Teoricamente, castigos físicos brutais como mutilações,
o acorrentamento e o assassinato de escravos eram proibidos por lei, mas foram
demasiadas vezes uma realidade até ao século XIX.

A Dinamarca foi o primeiro país da Europa a abolir a escravatura em 1792, seguida


da Inglaterra em 1807 e pelos Estados Unidos da América em 1808 (estes últimos,
teoricamente). No Congresso de Viena de 1814-1815 a Grã Bretanha influenciou outros
estados a seguirem o exemplo da abolição da escravatura.

Do Tratado de Ashburton assinado entre a Inglaterra e os Estados Unidos em 1842,


ficou acordado que cada um destes países manteria uma esquadra na costa africana para
levar a cabo esta proibição. Em 1845, as operações conjuntas das forças navais
da França e da Inglaterra foram substituídas pelo direito mútuo de busca. As limitações
no abastecimento de escravos conduziram a uma melhor observância, por parte dos seus
donos, das suas condições de vida.

Em 1848, os escravos franceses começaram a ser libertados e em 1863 foi a vez


dos holandeses. As Repúblicas sul-americanas, saídas do processo de descolonização
desta região do globo na primeira metade do século XIX, levaram à emancipação dos
escravos na altura em que estes países se tornavam independentes. No Brasil, no entanto,
a escravatura só foi abolida em 1888, no culminar de uma série de debates e lutas.

AS CONDIÇÕES DO TRAFICO DE ESCRAVO NEGREIRO

Funcionamento do tráfico negreiro

A partir de meados do século XV, os portugueses começaram a instalar uma série


de feitorias na costa do continente africano. Por meio dessas, eles
desenvolveram relações diplomáticas com uma série de reinos africanos, assim
como relações comerciais.

Com o desenvolvimento da produção açucareira no Brasil, a demanda dos


portugueses por escravos aumentou consideravelmente, e, com isso, na década de 1450,
o número de escravos levados por portugueses era de 700 a 800, por ano. A partir da

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década de 1580, esse número já estava na casa dos três mil escravos transportados pelos
portugueses, anualmente.

Os portugueses tinham uma rede de relacionamentos, espalhada pelo interior da


África, que se dava por meio da penetração de padres e que garantia alianças com reinos
importantes, como foi o caso do Congo. Uma das feitorias mais importantes de Portugal
era a que foi instalada em Luanda (Angola).

A obtenção dos escravos começava no interior do continente africano, com os


cativos sendo prisioneiros de guerra que eram vendidos ou vítimas de emboscadas
realizadas pelos traficantes de escravos. Uma vez capturados, eram levados em uma
marcha, a pé, até o porto, do qual seriam encaminhados para a América. Também
recebiam uma marca, por meio de ferro quente, como forma de identificação à qual
comerciante pertenciam.

Nos portos, ainda na África, eram trocados por alguma mercadoria de valor,
como tabaco, cachaça, pólvora, objetos metálicos etc. Por fim, eram embarcados no
navio chamado de tumbeiro, que então os transportaria para a América. Alguns escravos
podiam ser encaminhados para a Europa, inclusive cidades como Sevilha e Lisboa
possuíam uma população expressiva de escravos africanos.

Os escravos eram transportados em navios conhecidos como tumbeiros.

Os navios negreiros levavam de 300 a 500 escravos, e o tempo de viagem,


partindo de Angola, era de 35 dias, caso fossem para Pernambuco; de 40 dias, se fossem
para a Bahia; e de 50 dias, se fossem para o Rio de Janeiro. No período de viagem, os
escravos encontravam condições totalmente desumanas e que eram responsáveis pela
morte de uma quantidade expressiva dos embarcados.

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Muitos alimentavam-se apenas uma vez por dia e quase não recebiam água
potável. Eram aglomerados em porões, com uma quantidade elevada de pessoas, o que
tornava, muitas vezes, difícil respirar e facilitava a transmissão de doenças. Uma das
doenças que mais atingiam os escravos nos navios negreiros era o escorbuto, causado
por uma dieta pobre em vitamina C. As historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa
Starling enumeram outras doenças que eram comuns nos navios negreiros:

 Varíola;
 Sarampo;
 Febre amarela;
 Doenças gastrointestinais etc.

Os relatos existentes a respeito do tráfico negreiro confirmam as péssimas


condições a que os escravos eram sujeitos durante o período da viagem (mas não só
durante esse período). Existem historiadores que apontam que até metade dos cativos
morria durante a trajetória, enquanto outros sugerem que essa taxa era de, em média,
20%.

Além disso, os relatos também sugerem a motivação racista dos portugueses,


como o relato, destacado pelo historiador Thomas Skidmore, de Duarte Pacheco,
navegador português, que chamava os africanos de “gente com cara de cão, dentes de
cão, sátiros, selvagens e canibais”.

Os traficantes de escravos eram obrigados a pagar impostos na alfândega por todo


cativo com mais de três anos de idade, e o anúncio de venda continha informações como
sexo, idade e origem. Os escravos poderiam ser obtidos para realizar trabalhos manuais
na lavoura, assim como trabalhos domésticos. A partir do século XVIII, com o ciclo da
mineração, muitos escravos foram vendidos para trabalhar nas minas e nas cidades que
se desenvolveram em Minas Gerais.

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CONCLUSÃO

Depois de tanta pesquisa e leitura feita nos chegamos a uma conclusão de que a
prática era gerenciada por seis nações: Inglaterra, Portugal, França, Espanha, Países
Baixos e Dinamarca e que estes países foram os principais protagonistas do trafico
negreiro que teve o inicio no período de 1501 a 1867 e nesta época os escravos
encontravam condições totalmente desumanas e que eram responsáveis pela morte de
uma quantidade expressiva dos embarcados.

E também podemos ver que nos navios negreiros existia varias doenças Uma das
doenças que mais atingiam os escravos nos navios negreiros era o escorbuto, causado
por uma dieta pobre em vitamina C, e existia outras tal com a Varíola, Sarampo, e a
Febre amarela, doenças que surgindo pela péssimas condições a que os escravos eram
sujeitos durante o período da viagem.

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BIBLIOGRAFIA

https://www.todamateria.com.br/trafico-negreiro/

https://escolakids.uol.com.br/historia/trafico-negreiro.htm

http://historialuso.an.gov.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=5141&Itemid=336

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