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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO KAÁLI
TRABALHO DE HISTÓRIA
Classe: 10ª
Sala: 7
Período: Tarde
DOCENTE
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LUANDA-2023
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TRABALHO DE HISTÓRIA
INTEGRANTES DO GRUPO
Celita Cassule
Delfina da Cruz
Janeth Mendounça
Januário Pascoal
João Amaral
Jonas Fabrício
Marauiana Tchicusse
Wagner José
LUANDA-2023
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................3
1.3. Rotas.....................................................................................................................5
1.4. Consequências.......................................................................................................7
1.4.1. África.................................................................................................................7
1.4.2. Colônias.............................................................................................................7
CONCLUSÃO.................................................................................................................13
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................14
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INTRODUÇÃO
África é um continente um tanto quanto pobre devido a varias razões históricas como as que
serão mencionadas no decorrer deste trabalho, referimo-nos exactamente a ocupação colonial. África
foi por muitos anos dominada pelas colónias não conseguindo desta forma criar as suas próprias bases
de desenvolvimento, mais vários esforços foram envidados até que em 1960, o tão conseguido ano foi
conhecido como ano Africano, esta foi a década em que a maiorias dos povos africanos ficaram
independentes, mas depois de várias batalhas travadas. O tráfico de escravos era uma das formas de
comércio, altamente lucrativa, já exercida pelos mercadores europeus.
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1. A ÁFRICA NA ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS
O tráfico de escravos ou negreiro foi uma atividade realizada entre os séculos XV ao XIX. Os
prisioneiros africanos eram comprados nas regiões litorâneas da África para serem escravizados no
continente europeu e no continente americano. "
A escravatura praticava-se em África muito antes de 1500. O tráfico de escravos era praticado
paralelamente com uma contínua escravatura interna. Entre os africanos havia escravos de “família “
ou de “guerra”, variando de região para região o modo como eram explorados. Após esse ano, o tráfico
de escravos é agravado por uma nova dimensão intercontinental: o transporte para as Américas com a
sua impressionante história e consequências ainda não completamente avaliadas.
O tráfico era quase sempre organizado através de “contratos” entre parceiros comerciais
europeus e africanos. O recrutamento era confiado a “contratadores”, que adquiriam este direito
mediante o pagamento de licenças. Os europeus não se envolviam directamente na caça aos escravos e
preferiam comprá-los aos africanos que se encarregavam de os capturar. Os mercadores europeus
permaneciam junto à costa onde os seus parceiros comerciais acorriam para entregar de escravos
capturados em guerras ou em ataques organizados, em troca dos mais variados objectos, em geral de
pouco valor. O grande desenvolvimento do tráfico de escravos negros, na segunda metade do século
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XVI, foi impelido pela necessidade mão-de-obra para as plantações tropicais americanas
principalmente de cana-de-açúcar e de algodão.
O tráfico de escravos instalou a guerra entre as tribos e a violência no interior das próprias
tribos. Os chefes do litoral passaram a ver os seus súbditos como uma mercadoria e a guerrearem-se
uns aos outros para venderem os seus compatriotas. Os povos africanos eram impotentes perante as
armas de fogo dos negreiros europeus. As revoltas eram frequentes, mas selvaticamente reprimidas. É
difícil de estimar a amplidão deste tráfico que se manteve durante séculos a uma cadência acelerada.
1.3. Rotas
Os escravos cativos foram transportados por diversas rotas saindo da África. Antes mesmo do
início da exploração comercial em larga escala, havia rotas para a Europa pelas ilhas do Atlântico e
Mar Mediterrâneo.
Estes teriam sido os primeiros a partirem forçosamente para a América para trabalhar nas
plantações de açúcar.
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Fig.1. Rotas do tráfico negreiro da África para a América
O setor açucareiro absorveu 80% dos negros retirados da África. Havia dois pontos, o norte, de
expedições que partiam da Europa e da América do Norte; e o sul, partindo do Brasil.
Os portos que mais recebiam negros estavam localizados no Rio de Janeiro, em Salvador (BA)
e Recife; na Inglaterra destacam-se Liverpool, Londres e Bristol. Na França, a cidade de Nantes era
um importante local de venda de escravizados. Juntos, esses portos foram responsáveis por receber
71% dos escravos.
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Fig.2. "Representação dos porões que abrigavam os africanos escravizados nos navios negreiros."
A alimentação era escassa e era resumida a uma refeição por dia. O historiador Jaime
Rodrigues aponta que no começo das viagens (quando a possibilidade de revolta dos africanos era
maior), os traficantes de escravos davam uma quantidade de alimentos menor ainda, para evitar que
eles se rebelassem|.
A água também quase nunca era potável e os alimentos disponibilizados eram feijão, farinha,
arroz e carne-seca. A má alimentação, principalmente pela falta de uma dieta rica em vitaminas, fazia
com que doenças, como o escorbuto (causada pela falta de vitamina C), fossem proliferadas. Outras
doenças também se espalhavam pela sujeira dos locais que abrigavam os africanos. Os porões eram
escuros, sujos e abarrotados de gente, de tal maneira que até respirar era difícil.
Outras doenças que grassavam nos navios negreiros eram varíola, sarampo e doenças
gastrointestinais. A mortalidade média era de ¼ de todos os africanos embarcados|4|. Claro que
poderia haver variações nas taxas de mortalidade, com algumas viagens tendo menor número de
mortes e outras tendo um grande número de mortos.
1.4. Consequências
1.4.1. África
A escravidão na África provocou uma profunda marca no continente. Calcula-se que tenham
passado pelo Atlântico até a América cerca de 12 milhões de pessoas. Estas poderiam ter servido para
o seu desenvolvimento econômico e intelectual. Com a ocupação do território africano e a
posterior Partilha da África verificamos um aumento de guerras étnicas e desagregação social.
1.4.2. Colônias
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Em todos os países que usaram mão de obra escrava podemos ver os mesmos resultados. Os
afrodescendentes sofrem racismo, estão na base da sociedade, tem menor renda e mais chances de
serem pobres.
Apesar de todos esse efeito perverso, os negros disperso pelo mundo traziam dentro de si sua
cultura ancestral, seus costumes, sua religião e seus conhecimentos sobre a agricultura e criação de
animais.
A culinária foi enriquecida com sabores de legumes como o quiabo e o inhame, o uso constante
do feijão e de novas formas de preparar aves e carnes.
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Angola recebeu do Brasil o maior contingente de imigrantes brancos, vindos principalmente de
Pernambuco. Estes imigrantes desenvolveram principalmente plantações de cana-de-açúcar.
A colónia de Angola (cuja especialidade era a exportação de mão-de-obra escrava pelo porto de
Luanda) foi alvo de competição entre portugueses e holandeses no séc. XVII e as armas usadas nesse
período mais tarde foram aproveitadas para a submissão de populações vizinhas. O que importa agora,
no entanto, é a disputa entre os colonizadores, vencida pelos portugueses, que a partir de então se
lançaram à captura directa de escravos nas chamadas guerras angolanas. Foi dessa forma que Angola
se tornou um centro importante de fornecimento de mão-de-obra escrava para o Brasil, onde crescia
não apenas a produção de cana-de-açúcar no Nordeste, mas também a exploração de ouro na região
central. Mais que isso. Navios com mercadorias de Goa faziam escala em Luanda lá deixando panos,
as chamadas “fazendas de negros”. Dali seguiam para Salvador, na Bahia, carregados de escravos e de
outras mercadorias provenientes da Índia (como louças e tecidos). Salvador se tornou um centro
difusor de mercadorias da Índia pela América do Sul.
De todo modo, o processo de colonização foi sempre marcado pela violência, pelo
despropósito, não raro, pela irracionalidade da dominação.O confisco das terras, as formas com
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pulsarias de trabalho, a cobrança abusiva de impostos e a violência simbólica constitutiva do racismo,
feriram o demonismo histórico dos africanos
Ao mesmo tempo que os Espanhóis ocupavam territórios, os franceses tomaram tuati na parte
sul de Marrocos, em 1899,aqui a ocupação Francesa enfrentou uma forte resistência dos líderes locais.
Porém, a força militar dos Franceses era enorme para derrotar a resistência em 1901.Na tentativa de
manter a sua independência o jovem sultão de Marrocos Abel al-Aziz pediu apoio britânico e Alemães.
Estes aconselharam-no a aceitar submeter-se aos Franceses. Mais a sul a resistência contra a
dominação dos franceses foi liderada por MULAY IDRISSE, um governador do sultão al-Aziz.
Outro líder de resistência importante foi o xeique americano que, entre 1909 e 1926 decretou a
Jihad (guerra santa) contra penetração espanhola em Rif-no norte Marrocos. Exemplo de resistência
que se deu na África oriental (a resistência em Tanganhica).
Entre 1880 e1914,o sultanato de zanzibar exerceu uma grande influência política e económica
sobre o continente, chegando a rivalizar com os comerciantes arabes-swahilis fixados na costa. O
comércio de marfim e escravos fez surgir, na costa de Tanganica A CIDADE DE KILWA, dominada
pela cultura Swahil. A chegada dos Alemães nos finais do sec-19 ameaçava os negócios dos árabes por
isso, trataram de organizar a resistência.No interior de Tanganica a resistência contra a ocupação alemã
realizou-se em torno de chefes como Hassan bin omar e Mkwawa.
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Os HeHe, sob direcção de Mkawa ,mataram em 1891. 209 Alemães responderam em 1894
com um ataque aos HeHe, e capturaram da sua capital, mas Macua conseguiu fugir. Foi perseguido
durante 4anos pelo inimigo e para não ser capturado preferiu suicidar-se.
Em Tanganhica na África Oriental a colonização Alemã marcada por crueldade, pela injustiça e
pela exploração, quando os autóctones foram desapossados das suas terras, dos seus lares e da sua
liberdade, ao mesmo tempo que lhe foram impostos trabalhos forçados sob más condições, cobranças
de imposto excessivos e maus tratos.
A guerra instalou na última semana de Julho de 1905 e as primeiras vítimas foram o fundador
do movimento e seu auxiliar mais próximo enforcados no dia 4 de Agosto do mesmo ano. O pai de
Kinjikitil reergueu a bandeira do movimento assumindo o título de Nyanguni, uma das três grandes
divindades da região e continuou a ministrar o Manjikitil, mas o movimento acabou sendo brutalmente
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reprimido pelas autoridades alemãs. Debelado o movimento, as sociedades tradicionais foram quase
totalmente istintas.
O pensamento africano sobre a partilha e a conquista apresenta uma composição de ideias fiéis
a prática política de negar a dominação da civilização branca, ocidental, sobre o mundo negro, “inferno
tenebroso”, isto é África. Cioso do seu protagonismo da história, se por um lado as elites culturais
africanas aceitam o conjunto de elementos económicos como eixo impulsionador do expansionismo do
território europeu, acrescentam a esse discurso dois elementos fundamentais, a critica ao
etnocentrismo europeu e ao racismo, por outro lado, o tema de resistência africana.
“No caso de cristianismo evangélico” a partilha de África era explicada como consequência de
um impulso missionário e “humanitário” orientado para regenerar os povos africanos movimentos
missionários, sobretudo dos Luteranos Alemãs e da diversidade dos calvinistas evangélicos a serviço
da sociedade missionaria de Londres, actuantes na Serra Leoa, na Costa de Ouro, na Nigéria e na
Libéria, e das missões católicas na bordadura do Senegal clamava a conquista de África pela Europa
como um meio de por fim a escravatura e ao massacre dos negros, ao mesmo tempo que pretendia
instaurar as condições necessárias para “regenera-los”, isto é, torna-los cristãos civilizados.
É importante ressaltar que, uma outra forma, as teorias “diplomáticas” atribuem a África um
papel de mero apêndice da história da civilização ocidental. É bem verdade que algumas pesquisas
constituíram importantes acessões a essas tendências por considerarem que partilha parte de um lento
processo de conquista de cerca de 400 anos, acentuado pela crescente concorrência entre países
europeus.
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CONCLUSÃO
Depois da pesquisa feita sobre a era do tráfico de escravos em África, chegamos a conclusão
que, África, apesar uma das consequências mais evidentes do tráfico de escravos é sem dúvida sua
incidência na demografia do continente. Embora seja difícil darmos cifras, pode se avaliar,
razoavelmente, em 20 milhões o número de escravos levados ao Novo Mundo durante os quatro
séculos que durou .
O que foi, e infelizmente ainda é, o tráfico de escravos no continente africano um crime geral
que, pela perversidade, horror e infinidade dos crimes particulares que o compõem, pela sua duração,
pelos seus motivos sórdidos, pela desumanidade do seu sistema complexo de medidas, pelos proventos
dele tirados, pelo número das suas vítimas, e por todas as suas consequências, possa de longe ser
comparado à colonização africana na América.
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BIBLIOGRAFIA
Disponívelem:
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