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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO PRIMAZIA DO KILAMBA

TRABALHO DE HISTÓRIA

Tráfico De Escravos

Sala: 17
Classe: 11ª
Turma: A
Turno: Tarde

DOCENTE
_______________________

Beatriz Amaro
ÍNDICE
1. Introdução
2. Desenvolvimento
3. Comércio de escravos em África
4. Consequências do tráfico
5. Conclusão
Introdução

O tráfico de escravos foi uma atividade realizada entre os séculos XV ao XIX.

Durante muito tempo os estudos sobre o tráfico de escravos a partir de África, eram
feitos de forma voluntaria e involuntária numa dimensão generalizada cobrindo apenas
regiões onde o tráfico era intensivo, como África Ocidental.

Porém, com o tempo alguns cientistas e especialistas começaram a interessar-se pelo


estudo do tráfico de escravos na África Oriental – região relativamente pouco ativa no
tráfico de escravos.

O comércio de escravos existiu na África desde a Antiguidade, porém o número de


escravos acentuou-se na Idade Moderna, com o tráfico negreiro europeu.
Desenvolvimento

O tráfico de escravos caracterizou-se por negociar seres humanos como mercadoria e


ocorreu em todo o Oceano Atlântico entre os séculos XV e XIX.

Tráfico negreiro é o envio de negros africanos na condição de escravos para as


Américas e outras colônias de países europeus durante o período colonialista.

No início do transporte de escravos para o Novo Mundo, eram utilizados vários tipos
de embarcações, desde charruas à caravelas, com arqueações também variáveis de 100 à
1000 toneladas.

Entretanto, com o passar do tempo, o tráfico foi empregado embarcações mais


específicas. Passando de naus de apenas uma cobertura (neste caso os escravos eram
transportados nos porões dos navios), para naus de 3 coberturas permitindo uma
distribuição dos escravos por categoria (homens, adultos, crianças, mulheres e
grávidas).

O tráfico de escravos era o principal elemento do comércio triangular, que envolvia o


aprisionamento de africanos em seus povos, sua transferência forçada – a diáspora
africana – por meio dos navios negreiros e a chegada no novo mundo.

Portugal foi a primeira potência europeia a satisfazer as suas carências de mão de obra
através da importação de escravos, para colmatar a crónica carência de trabalhadores
agrícolas.

Este comércio de escravos começou por volta de 1444, e na década de 60 do século


XV o país importava, anualmente, à volta de 700 a 800 escravos do continente africano,
capturados, na sua maioria, por outros africanos.

O legado da escravidão, que perdurou por mais de 300 anos, distribuiu cerca de 40
milhões de escravos e deixou sequelas profundas.

A Dinamarca foi o primeiro país da Europa a abolir a escravatura em 1792, seguida da


Inglaterra em 1807 e pelos Estados Unidos da América em 1808.
Comércio de escravos em África

O comércio de pessoas que se tornavam escravizadas estava presente no continente


africano desde os egípcios antigos.

As pessoas se tornavam escravas na África principalmente em razão das guerras:


membros de tribos rivais eram reduzidos à condição de cativos, ou seja, escravos.

As guerras se davam entre os diversos reinos africanos e, também, por meio dos
conflitos que ocorriam entre as diferentes etnias africanas. Outra forma pela qual as
pessoas se tornavam escravas era através das dívidas.

Na África, o comércio de escravos teve início por volta do século II a. C., quando o
faraó Snefru retornou da região da Núbia com milhares de prisioneiros de guerra que se
tornaram escravos no Egito Antigo. Posteriormente, gregos e romanos continuaram a
traficar e a escravizar os africanos que se tornaram prisioneiros de guerra.

Com a conquista árabe, no século XII, principalmente no norte da África, o tráfico de


escravos e o número de pessoas escravizadas na África aumentaram. Porém, o comércio
de escravos africanos aumentou significativamente a partir do tráfico negreiro
inaugurado pelos europeus no contexto da expansão marítima europeia, no século XV
(Idade Moderna).

No decorrer do século XV, os europeus, no intuito de expandir suas atividades


comerciais, exploraram a costa africana. Com a colonização da América, necessitavam
de mão de obra para trabalhar nas terras conquistadas no “Novo Mundo”.

Diante dessa nova realidade, os europeus passaram a praticar o lucrativo tráfico


negreiro, que aconteceu durante quatro séculos entre o continente africano e o
continente americano.

O tráfico negreiro ocasionou transformações na sociedade africana, pois o aumento ou a


diminuição da escravidão interna (na África) estava relacionado (a) com a maior ou a
menor demanda externa (para a América).

Portanto, quanto maior a necessidade de escravos na América, maior era o número de


pessoas escravizadas na África. Assim, o tráfico negreiro se tornou um negócio
rentável.

O contingente de africanos que foram trazidos forçadamente para a América como


escravos não é preciso, mas situa-se entre dez e onze milhões de africanos escravizados,
desde o século XV até a abolição do tráfico negreiro em Cuba, no ano de 1868.
Consequências Do Tráfico

O tráfico de escravo, foi uma tragédia terrível na história da humanidade.

O tráfico de escravo é um crime contra a humanidade e assim deve sempre ser


considerado, está entre as maiores manifestações e fontes de racismo, discriminação
racial e a xenofobia.

Os africanos e afrodescendentes, Asiáticos e povos de origem asiática, bem como os


povos indígenas foram e continuam a ser vítimas destes atos e de suas consequências

O tráfico de escravos levou ao racismo, discriminação racial, xenofobia, etc.


Os Africanos e afrodescendentes foram vítimas do tráfico de escravos e continuam a ser
vítimas de suas consequências.

O sofrimento causado pelo tráfico de escravos e afirmamos que, onde e quando quer
que tenham ocorrido, devem ser condenados.

Lamentamos que os efeitos e a persistência dessas estruturas e práticas estejam entre


os fatores que contribuem para a continuidade das desigualdades sociais e económicas
em muitas partes do mundo ainda hoje.
Integrantes do Grupo

1. Daniel Viana
2. Efigênia Dias
3. Kiame Cosme
4. Lassalete Armando
5. Rafael Aldair
6. Sasha Barros
Conclusão

Depois de termos feito uma pesquisa deste trabalho, chegamos à conclusão que o
tráfico de escravos foi uma instituição presente na maior parte do mundo.

Na África, ela surgiu antes mesmo da era dos descobrimentos marítimos dos
europeus.
Desde a antiguidade clássica, escravos negros eram vendidos para os mercados da
Europa e da Ásia através do Deserto do Saara, do Mar Vermelho e do Oceano Índico.
Eles eram vendidos entre os egípcios, os romanos e os muçulmanos, mas há notícias
de escravos negros vendidos em mercados ainda mais distantes, como a Pérsia e a
China, onde eram recebidos como mercadorias exóticas.
Na própria África, os africanos serviam como escravos em diversas funções, desde
simples trabalhadores até comandantes ou altos funcionários de Estado.
Portanto, o tráfico de escravos precedeu à chegada dos europeus e à abertura do
comércio marítimo com o Novo Mundo.

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