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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Complexo escolar do Calilongue da Cuca
Docente
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ÍNDICE GERAL:
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Tráfico de escravos
O legado da escravidão
Consequências demograficas
Consequências políticas
Consequências económicas
CONLUSÃO
Introdução
No âmbito da disciplina de Historia, abordarei sobre a consequências económicas e
políticas do Tráfico de Escravos. O tráfico de escravos era uma das formas de comércio,
altamente lucrativa, já exercida pelos mercadores fenícios. Nas sociedades
mediterrâneas gregas e romanas, os escravos constituíam um importante “artigo”
comercial .
Os indivíduos eram capturados em incursões noutros territórios, nas guerras ou
vendidos pela aristocracia tribais. Os seres humanos, incluindo crianças, eram
negociados nos mercados como animais ou qualquer outra mercadoria. Em alguns
centros de comércio havia mercados especiais de escravos.Tráfico.
Desenvolvimento
Por outra parte, nos primeiros tempos da invasão espanhola do Caribe, também os
índios foram transportados à Espanha como escravos, mas sucumbiram rapidamente. No
entanto, este primeiro tráfico negreiro, por deplorável que fosse, não poderia ter ganho a
mesma gravidade que a que seguiu. Mas teve como consequência que se inaugurasse a
segunda onda de tráfico por meio da deportação de escravos africanos ao Haiti e Cuba,
não partindo da África, mas de Espanha, onde eram empregados nos campos.
As exigências dos negreiros, que vão aumentando sem parar, sobretudo quando se
passa da necessidade de mão nas minas às plantações açucareiras e de outro tipo, geram
uma profunda desestruturação de toda a vida política, económica e social da maior parte
do continente, pois a caça da matéria-prima que virou o escravo (para o capitalismo
europeu) vai deixando-se sentir cada vez mais longe, nas terras do interior.
As guerras vão multiplicar-se para assegurar o abastecimento de escravos e os
postos negreiros não deixam de alimentá-las, proporcionando armas e fomentando
intrigas políticas. Uns estados vão desintegrar-se, enquanto outros basearão o seu poder
e a sua (relativa) riqueza no controle do comércio escravista.
As estruturas de intermediários são cada vez mais importantes para a sua vida e
existência. Assinalemos que isto concerne aos povos dotados de uma certa estrutura
estatal mais ou menos desenvolvida.
Os negreiros não ignoram que existem povos africanos sem estado, os balantes da
Guiné Bissau, por exemplo, mas apenas lhes interessam porque precisam de um poder
com o que tratar, quer dizer, no qual influir.
2.2 CONSEQUÊNCIAS DO TRÁFICO DE ESCRAVOS
Para estudar as consequências do tráfico de escravo, comecemos por um dado evidente.
Enquanto os intercâmbios da África ocidental se orientavam até então para o norte e nordeste
através do Saara e os impérios africanos estavam implantados no coração do continente, de
repente, tudo se altera: os intercâmbios se orientam para o Atlântico em vez de para o Índico e
os grandes estados do interior se decompõem.
A Europa (e junto com ela, as colónias da América do Norte, mais tarde, os Estados
Unidos da América) só está interessada no litoral para o seu próprio desenvolvimento.
O fato de voltar-se para o mar, em função das necessidades e exigências europeias, é já uma
boa prova do fenómeno da dependência, que submete a vida da África a interesses externos.
Houve mais interferências externas. O empresário inglês Cecil Rhodes, por exemplo, investiu
largamente em mineração, e fundou o estado da Rhodésia, depois dividido em Rhodésia do sul e
Rhodésia do norte, hoje Zâmbia e Zimbábue. Queria formar um império inglês.
Mais tarde, o problema foi agravado, e generalizado, pelo fato de a África ter sido dividida em
países artificiais, forjados pela régua dos burocratas da Organização das Nações Unidas (ONU)
após a Segunda Guerra Mundial. Sem levar em conta a cultura local, a ONU subjugou ao tacão
de líderes não reconhecidos como tal, povos com hábitos, idiomas e economias diversas.
Outras circunstâncias contribuíram para que a África chegasse ao século XXI como o continente
mais pobre, injusto e desigual do planeta. Uma delas foi a introdução de mercadorias
estrangeiras, ainda no tempo colonial, que provocou a ruína do sistema de produção local.
Conclusão
Depois de termos feito uma pesquisa deste trabalho com o tema acima
mencionado, chegamos à conclusão que a escravidão foi uma instituição presente na
maior parte do mundo. Na África, ela surgiu antes mesmo da era dos descobrimentos
marítimos dos europeus. Desde a antiguidade clássica, escravos negros eram vendidos
para os mercados da Europa e da Ásia através do Deserto do Saara, do Mar Vermelho e
do Oceano Índico. Eles eram vendidos entre os egípcios, os romanos e os muçulmanos,
mas há notícias de escravos negros vendidos em mercados ainda mais distantes, como a
Pérsia e a China, onde eram recebidos como mercadorias exóticas. Na própria África, os
africanos serviam como escravos em diversas funções, desde simples trabalhadores até
comandantes ou altos funcionários de Estado. Portanto, tanto a escravidão como o
comércio africano de escravos precederam à chegada dos europeus e à abertura do
comércio marítimo com o Novo Mundo.