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O tráfico negreiro representa a fase em que os negros africanos foram trazidos da África para
serem escravos.
O comércio de negros africanos como escravos foi uma das principais atividades comerciais
dos países dominantes no período de 1501 a 1867.
Comércio África-América
A prática era gerenciada por seis nações: Inglaterra, Portugal, França, Espanha, Países Baixos e
Dinamarca.
A justificativa comercial para sustentar a exploração de escravos africanos era que somente
com os escravos seria possível manter os baixos preços de produtos como açúcar, arroz, café,
anil, fumo, metais e pedras preciosas.
Tráfico de Escravos
Do total, 12,5% não conseguiram completar a travessia porque morriam ainda nos navios
devido às más condições de higiene que permitiam a proliferação de doenças ou aos castigos
aplicados para coibir revoltas.
Foi o trabalho forçado e não remunerado do africano que garantiu ao consumidor europeu o
acesso aos metais preciosos, açúcar, café e outros produzidos nas colônias.
Escravos Africanos
A explicação para o uso da mão de obra africana forçada nas colônias é alvo de diversas
correntes de pesquisas históricas.
No início justificava-se que os negros eram inferiores, que haviam perdido uma guerra e assim
poderia ser escravizados.
Também houve a crença que o negro africano foi escravizado porque o índio não se deixou
escravizar ou porque morreu de doenças trazidas pelos colonizadores.
A escravidão era uma instituição presente nas sociedades africanas, mas não tinha fins
comerciais, e representava dominação e poder do mais forte sobre o fraco.
Nos meandros das sociedades africanas, o domínio europeu também foi favorecido pelos
africanos que vendiam escravos para os colonizadores.
Os inimigos eram a única "mercadoria" que eles tinham para oferecer e assim, poder comprar
os valiosos objetos trazidos pelos europeus.
Rotas
Os escravos cativos foram transportados por diversas rotas saindo da África. Antes mesmo do
início da exploração comercial em larga escala, havia rotas para a Europa pelas ilhas do
Atlântico e Mar Mediterrâneo.
Estes teriam sido os primeiros a partirem forçosamente para a América para trabalhar nas
plantações de açúcar.
O setor açucareiro absorveu 80% dos negros retirados da África. Havia dois pontos, o norte, de
expedições que partiam da Europa e da América do Norte; e o sul, partindo do Brasil.
Os portos que mais recebiam negros estavam localizados no Rio de Janeiro, em Salvador (BA) e
Recife; na Inglaterra destacam-se Liverpool, Londres e Bristol. Na França, a cidade de Nantes
era um importante local de venda de escravizados. Juntos, esses portos foram responsáveis
por receber 71% dos escravos.
Oceano Índico
O comércio Atlântico não era o único tráfico de escravos africanos. Já no século I d.C. eram
trazidos escravizados pelo deserto do Saara, vindos da costa oriental africana.
Estes cativos tinham como destino a escravatura no norte da África, no Médio Oriente, para o
qual seguiam viagem através do Oceano Índico.
A maioria deste comércio estava nas mãos de mercadores muçulmanos que abasteciam os
reinos muçulmanos com escravos para os serviços domésticos e a concubinagem.
Proibição
A proibição do tráfico de escravos começou na própria Europa após o início de uma batalha
ideológica. Há historiadores, contudo, que apontam os elevados preços da mão de obra
escrava como justificativa para o fim da exploração em um período de crescente
industrialização.
Os debates para o fim do tráfico negreiro começaram na Inglaterra, mesmo com os auspiciosos
lucros da prática. Em 1807, o tráfico de negros foi considerado ilegal por ingleses e, no mesmo
ano, pelo governo dos Estados Unidos.
Por sua vez, o governo brasileiro só agiu posteriormente em 1850, com a Lei Eusébio de
Queirós, mas somente em 1888 aboliu a escravidão.
Brasil
O Brasil foi responsável por 40% do comércio de negros para exploração de mão de obra
escrava. Dos cerca de 12,5 milhões de pessoas exploradas, 5,8 milhões desembarcaram no
país, segundo alguns estudos.
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