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HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

RESUMO DE PREPARAÇÃO
PARA A PROVA TRIMESTRAL

TEMA 2

NOTA:
TPC
PASSAR ESTE RESUMO PARA O CADERNO (APENAS O TEXTO)
HISTÓRIA 8 As Origens do Tráfico Negreiro A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

Em toda a África a escravatura já era praticada entre os


africanos, mesmo antes da chegada do europeus.

Sociedades esclavagistas: Egipto Antigo, Grécia, Roma,


Gana, Mali, Congo.

Tipo de Escravatura: Patriarcal e Comercial


A escravatura podia ter diferentes origens:

• Se os pais fossem escravos, os filhos também seriam;


• Se alguém não pagasse uma dívida, podia ser
escravizado;
• Se uma família tivesse uma dívida podia paga-la
vendendo um membro da família de linhagem
matrilinear (sobrinho) para ser escravizado; A escravatura no Egipto em 3.000 a. C.
• Os vencidos numa guerra tornavam-se escravos dos
vencedores;
• As pessoas acusadas de práticas de feitiçaria.
HISTÓRIA 8 As Origens do Tráfico Negreiro A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

São os árabes que dão uma nova dimensão à


escravatura comercial acedendo ao escravo africano.

O comércio negreiro iniciou-se em pequena escala,


mas com a difusão do islamismo e a extensão do
império árabe contribui para o crescimento do tráfico.
Extensão Império Árabe

Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar


a África por mar.
No Séc. XV estabelecem contactos com a costa da
Guiné fazendo acordos comerciais, dos quais se
encontrava a compra de escravas.

Inicia-se assim a “Era do Tráfico Negreiro” no Séc. XV.


HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

As Condições do Tráfico Negreiro

O tráfico negreiro transatlântico foi o motor da


economia mundial dos séculos XVI ao século XIX,
foi também o maior movimento de deportação da
história humana.

Os navios negreiros percorriam uma rota triangular:

• Os navios na Europa eram carregados com


mercadorias como tecidos, armas de fogo, bebidas
alcoólicas e rumavam para África.
• Chegados a África, os negreiros trocavam esses
produtos por escravos que tinham sido levados para
as feitorias instaladas na costa. Rota Triangular
• Os escravos eram apinhados nos navios que
partiam para as Américas.
HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS
Os Protagonistas e as Condições do Tráfico Negreiro

Os protagonistas do tráfico negreiro:

• 1- Traficante europeu
• 2 - Mercador africano
• 3 - Escravo negro

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HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

Os Protagonistas e as Condições do Tráfico Negreiro


1- O Traficante Europeu

Cabia a função de garantir o abastecimento regular de escravos


nas diferentes colónias americanas.

Dada a forte concorrência a partir do Séc. XVII, era fundamental


manter boas relações e de confiança com os mercadores
africanos.
Traficante Europeu
2 - O Mercador Africano

Cabia a função de garantir a captura e transporte para a costa


africana.
Estes mercadores pertenciam à classe de dirigentes e participavam
no tráfico para proveito próprio ou para o estado.
Fomentavam guerras (Guerras Kwata-Kwata) com os povos vizinhos
para aumentar o numero de escravos.
Mercador Africano
HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

Os Protagonistas e as Condições do Tráfico Negreiro


3 - Escravo Negro
Quem mais sofria as consequências deste comércio.
Era a sua força de trabalho que tornava este
negócio tão lucrativo.

Em termos físicos era levado à exaustão


encontrando-se:
subnutrido, debilitado, doente, sofrimento de
maus tratos, marcação a ferros quentes e uso de
correntes, danos psicológicos como a separação
da família, incerteza do futuro. Escravo Negro

A taxa de suicídio era muito elevada.


HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

As Condições do Tráfico Negreiro

A Captura e o Transporte para o Litoral

• Após a captura, os cativos eram


transportados até ao litoral para serem
vendidos aos europeus que os transportavam
até ás colónias.

• Acorrentados nos pés, mãos e pescoço e


colocados em fila, presos por peças de
madeira, dificultando a possibilidade de fuga
ou revolta.
HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

As Condições do Tráfico Negreiro


A Estadia e o Embarque

• Eram colocados nos calabouços das feitorias.


• Aguardavam a chegada dos navios ou a chegada
de mais escravos que completasse a carga
humana para encher o navio.
• Eram mantidos acorrentados para evitar as
revoltas.
• Chegado o dia do embarque, eram marcados a
ferro quente no peito ou nas costas com a marca
do traficante a que pertenciam.
• Eram transportados em botes até ao barco
tumbeiro* que se encontrava ao largo da costa.
8ªA

Nota*: Barco negreiro


HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

As Condições do Tráfico Negreiro


A Chegada a América e o Leilão

• As autoridades alfandegárias faziam o registo


e a contabilização e os traficantes pagavam o
imposto devido.

• Permaneciam em armazéns durante vários dias


para se restabelecerem da viagem. Eram
tratados e alimentados para recuperarem o
peso e aparentarem ser saudáveis.

• Quando estavam prontos para a venda, o


traficante colocava anúncios nos jornais
informando da existência de novos escravos e
da data do leilão.
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As Condições do Tráfico Negreiro

A Chegada a América e o Leilão

• Eram expostos e os compradores faziam a


sua inspecção (observavam os olhos, os
dentes, avaliavam a capacidade física, se
eram portadores de doenças etc.).

• Era discutido os preços e as condições da


venda dos escravos escolhidos.

• Alguns compradores faziam a “compra sob O Leilão


condição”, por um período de tempo
determinado, até que se decidisse pela
compra definitiva.
HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

As Consequências Demográficas do Tráfico em África

• A deslocação de milhões de pessoas para


outro continente, provocou um
subpovoamento.

• Dada a preferência por homens em idade


jovem e fértil, provocou uma
desproporcionalidade entre a população
(etária e de género).

• Redução da taxa de natalidade, logo


enfraquecimento demográfico.
HISTÓRIA 8 A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS

As Consequências Económicas do Tráfico em África

• O escravo era o produto africano mais apetecível para


o mercado externo, por isso os africanos concentravam-
se em fornecê-lo, não havendo estímulo para a
actividade produtiva.

• Os produtos europeus chegavam em grande


quantidade, levando ao abandono da actividades
produtivas.

• As actividades produtivas a Sul do Sahara paralisaram.

• Os intermediários africanos vedaram o acesso ao


interior do continente para salvaguardar a sua
posição monopolista, isolando as populações, o que
levou à recolecção e ao subdesenvolvimento.

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