Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Com a notícia da visita do imperador Dom Pedro II, em 1845, as barraquinhas foram retiradas do local para evitar que
a majestade visse as precárias condições.
• Sobre pressão, a Câmara pediu ao governo da províncial que aprovasse a construção de três barracões na praça da Matriz.
• Entretanto, o presidente da Província, Antero Ferreira de Brito, vetou, pois sua ideia era construção de um
mercado público que, além de atendesse às necessidades econômicas, também embelezasse o local.
A CONSTRUÇÃO DO PRIMEIRO
MERCADO PÚBLICO
O “aformoseamento” de Anterro Ferreira de Brito
• Para o presidente da Província, os três barracões demonstrariam mau gosto e relembrava a existência de uma banca
de peixe na praça
“O peixe fresco de mistura com carne, e tudo calcado aos pés de pretos e pretas quitandeiras”.
Então, apenas em 1848 foi aprovada uma lei para a construção do mercado, que ficaria localizado no Largo do Palácio,
à beira mar.
O PR I MEI RO
MERCADO PÚBLICO
I NAUGUR ADO EM 1 95 1
FINALMENTE PRONTO
• O Mercado Público de Desterro seria ocupado por mulheres e descendentes de africanos como Anna Mina, Thomázia Cabral,
Maria do Sacramento, Josefa Caçange (“preta forra”), Maria Cardozo e Luiza Cabinda, Joanna Prates…
• Em 1951, Desterro tinha 5.611 habitantes, dos quais 1436 eram escravos (25%)
O comércio
• O Mercado Público foi um importante centro de resistência dos escravos e livres com o poder político vigente, enfrentando
com coragem as medidas políticas impostas contra o povo negro.
• Havia um regulamento do mercado que proibia andarem dentro da praça pretos de ganho e mendigos, além disso, o artigo
41 do Código de Posturas proibia escravos com quitanda de andarem e permanecerem nas ruas
• Os escravos com licença dos proprietários não podiam transitar nem pernoitar pelo mercado livremente
• Para ter o direito de adquirir um box no novo Mercado Público a pessoa deveria ter “bons
costumes” e esse contrato seria feito em concorrência pública.
• Dessa forma apenas as pessoas com uma vida “exemplar” poderiam ser donas.
• Esse tipo de cláusula tinha o objetivo de excluir os indivíduos indesejáveis, e os ex-escravos faziam
parte desse grupo.
• No final do Século XIX aqueles que não se encaixavam nessa imagem que os modernizadores
queriam passar começaram a estar cada vez menos presentes.
CONCLUSÃO
• O Mercado Público era um importante fator de aglomeração dos africanos que lutavam
pela sobrevivência cultural e econômica.
• Código de Posturas (1845) expressou a preocupação com as aglomerações, festas e atos de
resistência cultural e política.
• O desejo dos legisladores e governantes era que os africanos e os seus descendentes
desaparecessem dos projetos de construção.
• Os registros mostram que Maria Mina desenvolvia o comércio e ocupava um lugar no
Mercado. Com isso conseguiu comprar sua alforria e a de mais um escravo, além de
garantir o próprio sustento.
• Lourenço tinha uma propriedade de frente pro mar com algumas pequenas canoas para
transporte de produção.
• Existe muita se contar sobre a trajetória dos africanos na ilha e sua participação nas redes
de produção e distribuição de alimentos e serviços, além das estratégias de resistência
econômica e cultural.
REFERÊNCIAS
https://mercadopublicofloripa.com.br/historia/
https://floripacentro.com.br/demolido-em-1899-ha-170-anos-era-inaugurado-o-
primeiro-mercado-publico-de-florianopolis-frente-a-praca-xv/
https://ndmais.com.br/noticias/a-construcao-do-mercado-publico-de-florianopolis-em-
1845-comeca-com-a-discordia-das-barraquinhas/
file:///C:/Users/thecy/Downloads/Afrcanos%20e%20descendentes%20no%20mercad
o%20publico%20(5).pdf