Você está na página 1de 6

A Capoeira

A capoeira é uma expressão cultural brasileira que compreende os elementos:


arte-marcial, esporte, cultura popular, dança e música.

A capoeira foi criada durante o século XVI pelos escravos que foram levados
da África para o Brasil pelos colonizadores Portugueses. Como eles eram
proibidos de praticar qualquer arte marcial, acredita-se que a capoeira surgiu
como uma forma de burlar as leis impostas.

Características da Capoeira
 acompanhamento de música: berimbau, canto e palmas;
 formação em roda: roda de capoeira;
 graduação do capoeirista feita por cordas de cores diferentes atadas na
cintura.

Uma característica que distingue a capoeira de outras lutas é o fato de a


mesma ser acompanhada por música.

É a música que decide o ritmo e o estilo do jogo, que é praticado no decorrer


da roda de capoeira, um círculo de pessoas onde a capoeira é jogada.

Assim, os capoeiristas se alinham na roda de capoeira batendo palmas no


ritmo do berimbau enquanto cantam para os dois praticantes jogarem.

O berimbau é um instrumento musical de corda feito de madeira, bambu,


arame e uma cabaça.

Origem e História da Capoeira


A palavra capoeira significa "o que foi mata", por meio da conexão dos
termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi"). Alude às áreas de mata rasa do interior
do Brasil, onde era feita a agricultura indígena.

Tem origem com os fugitivos da escravidão, os quais utilizavam


frequentemente a vegetação rasteira para fugirem do encalço dos capitães-do-
mato. Esses foram os primeiros capoeiristas.

Escondidos em elementos musicais, os chutes eram disfarçados como


movimentos de dança, e a capoeira ganhou vida como uma ferramenta de
sobrevivência, não só de autodefesa, mas também como traço cultural. Usando
capoeira, muitos escravos escaparam de seus mestres e formaram grupos
rebeldes conhecidos como Quilombos, criando comunidades fora do controle
dos Portugueses

A capoeira foi uma prática proibida no Brasil até 1930, quando passa a ser
reconhecida como um símbolo da identidade brasileira. Em 2014, a Roda de
Capoeira foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela
Unesco.

Escravidão no Brasil
O tópico de hoje é um tanto sombrio, mas não deixa de ser parte da história do
Brasil. Não só isso, mas também é um assunto muito importante, já que
impactou fortemente na sociedade. A escravidão no Brasil foi um negócio sério,
e afetou milhões de pessoas no país durante o período colonial e imperial.
Vamos dar uma olhada na história da escravidão no Brasil e na Lei Áurea que
pôs fim a tudo isso. Qual era o número de escravos no Brasil? O quão
importante foi o tráfico negreiro no nosso país? E quais foram os efeitos da
escravidão no Brasil?

Escravos Indígenas e Africanos no Brasil


A primeira coisa que você deve ter em mente é que a escravidão não só
impactou aqueles de origem africana. Quando os portugueses entraram em
contato com os indígenas brasileiros, eles pensaram que eles serviriam bem de
gado humano e os usaram para construir cidades grandes até, como o Rio de
Janeiro. Os escravos africanos só começaram a ser trazidos para o Brasil por
volta de meados do século XVI – uns quarenta anos após o “descobrimento” do
Brasil.

A História da Escravidão no Brasil


Se há um lugar onde a escravidão era proeminente, era nas grandes fazendas
chamadas de engenho em português. Inicialmente, o maior produto do Brasil
era a cana-de-açúcar e seus derivados, como o açúcar, a cachaça e o melaço.
Mais tarde, ao passo que o Brasil se desenvolveu como um país e nação, o
açúcar cedeu lugar para o ouro e depois para o café. As fazendas de café são
o que geralmente vêm em mente quando pensamos sobre escravidão no
Brasil. Isso se dá porque elas eram muito proeminentes no século XIX e, nessa
época, a escravidão já podia ser fotografada no flagrante. A imagem abaixo
retrata justamente isso.

A Viagem da África

Os escravos africanos eram trazidos pelo mar, sendo marcados com ferro
pelando para serem identificados por seus donos. Eles atravessavam o
Atlântico em navios superlotados sem qualquer tipo de alimentação adequada.
As condições nestes navios eram horríveis, e muitos faleceram durante a
viagem, sendo jogados ao mar sem cuidado algum, para que os comerciantes
de escravos pudessem chegar mais rápido em seu destino final. O
poema Navio Negreiro de Castro Alves, um poeta brasileiro famoso do século
XIX, retrata as cenas aterrorizantes que se passavam nesses navios.
A Vida no Brasil e a Escravidão

Na chegada ao Brasil, famílias eram separadas, e cuidava-se dos escravos,


que depois eram postos à venda. Homens fortes e crescidos podiam ser
vendidos por preços mais altos – eles trabalhariam facilmente cortando cana,
colhendo café e fazendo serviços no campo e no engenho, no geral. Os mais
“sortudos” tinham a oportunidade de trabalhar na casa grande – onde os donos
do engenho moravam. Os serviços do lar eram os preferidos entre escravos, já
que os maus-tratos não eram tão comuns nem tão severos quanto no campo.
O pintor Jean-Baptiste Debret se tornou muito famoso por retratar a escravidão
no Brasil em imagens como as abaixo.
A Abolição no Brasil
O século XIX foi bem turbulento quando se trata da abolição da escravatura no
Brasil. Artistas, poetas, entre outros, começaram a usar seus talentos para
criticar o tráfico negreiro no Brasil e as leis escravistas. O movimento
abolicionista, no entanto, apesar de chamar muita atenção no exterior, levou
décadas para ver resultados . O primeiro passo em direção a abolição foi em
1850, quando o tráfico negreiro internacional foi legalmente extinto no Brasil.
Daquele dia em diante, o tráfico de escravos só poderia ocorrer dentro das
fronteiras brasileiras. Esse foi o início do fim da escravidão no Brasil.

Por volta da década de 1870, vendo todos seus aliados indo em direção da
liberdade, ficou claro que a abolição no Brasil tinha que estar perto de
acontecer. Ao passo que a escravidão no Brasil se tornou o principal tópico de
discussão, Alberto Henschel, um fotógrafo brasileiro-alemão, decidiu tirar
retrato de escravos, dando um rosto às pessoas que os abolicionistas
buscavam tanto defender. Esses retratos foram coloridos recentemente, e você
pode vê-los aqui:
Com isso, ativistas políticos como Joaquim Nabuco começaram a pôr mais
pressão no governo para libertar todos os escravos. Ele é famoso pela frase:

Não existe liberdade ou independência em uma terra com um milhão e


meio de escravos.

Lei Áurea

Várias leis foram passadas, lentamente libertando as crianças de escravos,


escravos mais velhos que 65 anos, em diante. E o país esperava ansiosamente
por uma oportunidade de ver todos os seus cidadãos livres. Em 1888, o
Senado brasileiro finalmente aprovou a Lei Áurea, que marcou o fim da
escravidão no Brasil. O momento foi registrado na história, com uma multidão
de espectadores ao redor dos senadores, testemunhando esse momento
histórico no Rio.

Mas esse não foi o fim! Parte da burocracia da abolição no Brasil era ter a
aprovação da família real. Eles precisavam que o Imperador ou seu herdeiro
assinassem a Lei Áurea para ela ser oficializada. A Lei Áurea foi assinada no
dia 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel, agora conhecida como a
libertadora dos escravos, no Paço Imperial do Rio de Janeiro. Nós não temos
uma foto dela assinando a lei, mas temos uma da multidão do lado de fora do
palácio, aplaudindo a Princesa.

Você também pode gostar