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HISTÓRIA

8º ANO
SEMANA 25

Olá estudante!
Esta semana vamos continuar estudando na Aula Paraná de História sobre o Segundo Reinado. Para isso
vamos analisar as dinâmicas sociais e políticas sobre o contexto de imigração de vários povos para o Paraná.
Analisaremos também o contexto de vida dos escravizados recém libertos, bem como a questão indígena e como
a literatura do período os compreendia. Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos
conteúdos. Relembrando que teremos 03 aulas e vamos tratar sobre:

AULA: 70 ABOLIÇÃO, IMIGRAÇÃO E INDIGENISMO NO IMPÉRIO - IMIGRAÇÃO NO PARANÁ II


ABOLIÇÃO, IMIGRAÇÃO E INDIGENISMO NO IMPÉRIO - A VIDA DOS RECÉM LIBERTOS, CULTURA E
AULA: 71 RESISTÊNCIA
AULA: 72 ABOLIÇÃO, IMIGRAÇÃO E INDIGENISMO NO IMPÉRIO - POVOS ORIGINÁRIOS NO SÉCULO XIX

IMIGRAÇÃO NO PARANÁ - PARTE II


O Paraná possui uma rica diversidade étnica e cultural! Iniciando-se com os indígenas, passando pelos
povos ibéricos e africanos, a chegada dos imigrantes durante o século XIX aumentou a riqueza cultural
paranaense. Nessa trilha vamos continuar analisando sobre a imigração no Paraná. Nosso estado recebeu
diversos povos imigrantes durante o final do século XIX e início do século XX. Vieram, naquele período, etnias
da Europa e da Ásia. As situações favoráveis que o Brasil. Vamos analisar o contexto da chegada dos imigrantes
italianos, ucranianos, japoneses em solo paranaense durante o século XIX:

 Italianos: Um dos primeiros registros da presença imigrante italiana no Paraná, data de 1860 na cidade
de Cerro Azul, especificamente na Colônia Assungui. Importante ressaltar que não foi uma colônia
somente de italianos, mas de outros povos, como suecos, ingleses, alemães, espanhóis, entre outras
etnias. Nas décadas seguintes, novos grupos imigrantes desembarcaram no Paraná estabelecendo em
Curitiba e Região metropolitana, Palmeira, Lapa, Morretes, e depois em outras regiões paranaenses. A
falta de empregos decorrência da industrialização, e guerras de cunho político motivaram as imigrações
italianas rumo ao Brasil.

 Ucranianos: Os imigrantes ucranianos chegaram no Paraná por volta de 1891, e semelhantes a outras
etnias, entre os motivados para a vinda estavam a escassez de terras e o desemprego na terra natal.
Cidades como Prudentópolis, Roncador e União da Vitória foram locais que receberam imigrantes
ucranianos e/ou seus descendentes.

 Japoneses: Em meados do século XX, sendo o Brasil já uma República, imigrantes japoneses
desembarcavam nos portos brasileiros e muitos se estabeleceram em São Paulo e no Paraná. Em 1917, a
Colônia Cacatu foi estabelecida no litoral paranaense, especificamente na cidade de Antonina. Entre os
motivos que levaram os imigrantes japoneses virem para o Brasil, destacaram-se: O incentivo do governo
japonês e a propaganda dos agentes brasileiros, desemprego e baixos salários e o crescimento
populacional acelerado. O processo de instalação dos japoneses em solo paranaense teve dificuldades,
como as péssimas condições oferecidas aos imigrantes e o preconceito. No Paraná, os japoneses
inicialmente trabalharam no plantio de verduras, tornando-se fornecedores para diversas cidades.
A VIDA DOS RECÉM LIBERTOS, CULTURA E RESISTÊNCIA
Depois de muita pressão do Movimento
Abolicionista a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo Ernesto Santos, o popular “Donga” e Mauro
oficialmente a escravidão no país. Cerca de 720 mil de Almeida, compuseram “Pelo telefone” ,
escravizados foram libertos, e ocorreram comemorações em tido como o marco fundador do samba.
diversas regiões do país. Embora a Lei Áurea concedesse a
liberdade aos antigos cativos, não houve por parte do
governo uma política para que os recém-libertos tivessem
acesso à terra, a educação ou a condições de exercerem
plenamente sua cidadania no país.
Após os festejos, a expectativa de melhores dias para os
recém-libertos não se realizou. Sem acesso à terra, educação
e condições de exercerem plenamente a cidadania, muitos
viviam marginalizados. Alguns libertos migraram para as
cidades em busca de emprego, mas por vezes os
empregadores preferiam o braço imigrante ao afro-
brasileiro. As dificuldades socioeconômicas e mesmo o
racismo não impediram a luta e a permanência da cultura
afro-brasileira, fosse por meio de centros religiosos, clubes
esportivos ou atividades de lazer. Uma dessas expressões
culturais, deu-se por meio do estilo musical que se tornou um Disponível em:
patrimônio do Brasil: o samba. <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ernesto_Santos_
(Donga)_2_(1972).tif> Acesso em: 14 Set. 2020.
TRECHO DO SAMBA “PELO TELEFONE”

“Quem for bom de gosto Nada de desgosto


Mostre-se disposto Ai, ai, ai
Não procure encosto Dança o samba
Tenha o riso posto Com calor, meu amor
Faça alegre o rosto Ai, ai, ai”

Pixinguinha
Entre as personalidades difusoras da cultura afro-
brasileira do final do século XIX e início do XX, estiveram o
escritor Lima Barreto, a compositora Chiquinha Gonzaga e o
músico Pixinguinha. Pixinguinha entre muitos sambas,
escreveu em parceria com Cícero de Almeida, “Festa de
Branco”.
Além da música e outras manifestações artísticas, as
dificuldades e o preconceito sofridos pelo povo afro-
brasileiro eram noticiados por meio de periódicos editados
por jornalistas negros, dos quais destacaram-se: O Treze de
Disponível em:
Maio (1888), A Pátria (1889), O Exemplo (1892) e A Redenção
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commo (1899). A Imprensa Negra noticiava as dificuldades
ns/b/bd/Pixinguinha_tocando_harm%C3%B4nio_ enfrentadas pelos afro-brasileiros e o
%28restored%29.jpg> Acesso em: 14 Set.2020. preconceito/discriminação pela qual passavam.
POVOS ORIGINÁRIOS NO SÉCULO XIX
Os indígenas são os povos originários do Brasil, em termos políticos o governo imperial
brasileiro não os reconheceu, uma vez que a Constituição de 1824 não os contemplava dentro dos critérios de
cidadania. Em 1845, no Segundo Reinado, o Regulamento das Missões concedeu autoridade às províncias para
intervir nas comunidades indígenas levando-as a conhecer a fé católica.
Observando uma fonte histórica:
DECRETO N. 426 - DE 24 DE JULHO DE 1845

Art 1° § 7º Inquerir onde ha Indios, que vivão em hordas errantes; seus costumes, e linguas; e mandar
Missionarios, que solicitará do Presidente da Provincia, quando já não estejão á sua disposição, os
quaes lhes vão pregar a Religião de Jesus Christo, e as vantagens da vida social.

Disponível em: <http://legis.senado.leg.br/norma/387574/publicacao/15771126> Acesso em: 15 Set.2020


A partir de 1845, efetivou-se uma política de domínio do governo sobre os povos originários por meio
dos aldeamentos indígenas. A Lei de Terras (1850) regulamentada em 1854 permitia que as terras dos
indígenas que não estivessem em aldeamentos tornassem de propriedade do governo imperial. Um
exemplo dessa política dessa efetivação de política para a população indígena foi o aldeamento São Pedro
de Alcântara.
Localizava próximo à cidade de Castro (PR) e foi habitado por de milhares de indígenas das tribos
Kaigang, Kaiowá, Nhandeva e Mbyá. A vida dos povos originários nos aldeamentos era de trabalho,
sobretudo na agricultura e de aprendizado da fé cristã, sendo geralmente vigiados por militares do
governo. Embora havia uma imposição do governo imperial, os povos originários resistiam. A fuga ou não
associação à essa política governamental.
ROMANTISMO

O Romantismo foi um movimento filosófico, artístico e político que se iniciou na Europa no século XVIII.
Suas características são marcadas por um questionamento ao mundo racionalista e iluminista. Fundamenta-
se também na busca de uma visão de mundo voltada ao indivíduo. Em 1836, o livro de poema Suspiros
Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães é considerada a obra que inaugurou esse estilo no Brasil.
Se no âmbito sociopolítico os povos originários estavam sendo desrespeitados pelo governo imperial nas
artes, literatura e na história do Brasil, o Romantismo caracterizou-se por ser um período de idealização da
figura indígena pela perspectiva do homem branco. O movimento desejava construir uma valorização da
nacionalidade brasileira e apresentava os indígenas como heróis e heroínas do começo da história do país.
Apresentava os indígenas como heróis e heroínas. Uma das obras literárias que servem de exemplo desse
estilo literário é Iracema (1865), de José de Alencar.

Nas trilhas de hoje vimos:


 O contexto da chegada dos imigrantes italianos, ucranianos e japoneses em solo paranaense durante o
século XIX e XX;
 É importante ressaltar, que além dos povos imigrantes estudados outras etnias se instalaram no Paraná
e contribuíram para a formação do povo paranaense.
 Estudamos sobre algumas das dificuldades enfrentadas pelos afro-brasileiros recém-libertos em fins do
século XIX e meados do XX;
 As dificuldades não impediram as comunidades afro-brasileiras preservarem sua cultura e inclusive
expandi-la por meio da música, escritos e da imprensa.
 Estudamos sobre como o governo imperial brasileiro criou medidas sociopolíticas para tutelar os povos
originários;
 Abordamos também o movimento Romantismo que valorizou a figura indígena visando uma construção
da identidade nacional brasileira.
Escola/Colégio:
Disciplina: Ano/Série:
Estudante:

 Aula 70 rosto/Nada de desgosto/Ai, ai, ai/Dança o


1. Em relação a Colônia Assungui estabelecida na samba/Com calor, meu amor/Ai, ai, ai”
cidade de Cerro Azul (PR) em 1860, assinale a
alternativa correta: Após a abolição da escravidão no final do século XIX e
a) foi a maior colônia japonesa estabelecida no Paraná em meados do século XX, surgiu um estilo musical que
e produzia laranjas; se tornou um símbolo da preservação da cultura afro-
b) caracterizou-se como polo industrial gerenciado por brasileira presente até hoje. Está se falando do:
imigrantes árabes; a) samba;
c) foi o primeiro registro da presença da imigração b) sertanejo;
italiana, embora tivessem outras etnias; c) pop-rock;
d) fundada por ucranianos, tornou-se a cidade símbolo d) clássico.
da cultura ucraniana no Paraná.
 Aula 72
2. Sobre a imigração ucraniana no Paraná assinale a
alternativa correta: 5. Considerando o indigenismo no Brasil Império,
a) começou no final do século XIX e uma das cidades assinale a alternativa que caracteriza os
que preserva a cultura imigrante é Prudentópolis; aldeamentos indígenas estabelecidos a partir de
b) iniciou-se em meados do século XX e em maior 1845:
escala os imigrantes ucranianos ficaram no litoral; a) uma política pública de construção de escolas
c) teve seu começo na primeira metade do século XIX e laicas que ensinavam a cultura indígena e
a cidade de Assaí é aquela que mais elementos possui portuguesa;
da cultura ucraniana no Paraná; b) uma estratégia governamental que ensinavam
d) os primeiros imigrantes ucranianos começaram a técnicas de agricultura para melhor aproveitamento
chegar no Paraná durante a Segunda Guerra Mundial das terras pelos indígenas;
(1939-1945) ficaram localizados na capital (Curitiba). c) locais em que os povos originários trabalhavam
geralmente na agricultura e eram catequizados;
 Aula 71 d) uma iniciativa militar que visava proteger os
3. Em relação a vida dos recém libertos no período territórios indígenas de invasores que desejavam
pós-abolição (Lei Áurea), assinale a alternativa expulsar os povos originários de sua terra natal.
correta:
a) foi favorecida por meio da concessão de terras pelo 6. Sobre o movimento Romantismo no Brasil, é
governo para que pudessem recomeçar suas vidas; correto afirmar:
b) a libertação dos cativos não veio acompanhada de a) buscou enaltecer a figura europeia no país, por
políticas públicas ou oportunidades de exercício pleno meio da figura do imigrante brasileiro;
da cidadania; b) seu principal objetivo era construir uma memória
c) teve o suporte do governo quanto a educação e a regional nas províncias do sul do Brasil;
destinação de empregos no funcionalismo público; c) destacou a contribuição dos bandeirantes que
d) por um período de 10 anos os recém-libertos contribuíram para o aumento territorial do país;
receberam um auxílio governamental para custear d) valorizou a figura indígena em busca de uma
despesas básicas. identidade nacional, por meio de obras artísticas e
literárias.
4. Ernesto Santos, o popular “Donga” e Mauro de
Almeida, compuseram “Pelo telefone”. Observe um
trecho da letra dessa música:
“Quem for bom de gosto/Mostre-se disposto/Não
procure encosto/Tenha o riso posto/Faça alegre o

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