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8º ANO
SEMANA 25
Olá estudante!
Esta semana vamos continuar estudando na Aula Paraná de História sobre o Segundo Reinado. Para isso
vamos analisar as dinâmicas sociais e políticas sobre o contexto de imigração de vários povos para o Paraná.
Analisaremos também o contexto de vida dos escravizados recém libertos, bem como a questão indígena e como
a literatura do período os compreendia. Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos
conteúdos. Relembrando que teremos 03 aulas e vamos tratar sobre:
Italianos: Um dos primeiros registros da presença imigrante italiana no Paraná, data de 1860 na cidade
de Cerro Azul, especificamente na Colônia Assungui. Importante ressaltar que não foi uma colônia
somente de italianos, mas de outros povos, como suecos, ingleses, alemães, espanhóis, entre outras
etnias. Nas décadas seguintes, novos grupos imigrantes desembarcaram no Paraná estabelecendo em
Curitiba e Região metropolitana, Palmeira, Lapa, Morretes, e depois em outras regiões paranaenses. A
falta de empregos decorrência da industrialização, e guerras de cunho político motivaram as imigrações
italianas rumo ao Brasil.
Ucranianos: Os imigrantes ucranianos chegaram no Paraná por volta de 1891, e semelhantes a outras
etnias, entre os motivados para a vinda estavam a escassez de terras e o desemprego na terra natal.
Cidades como Prudentópolis, Roncador e União da Vitória foram locais que receberam imigrantes
ucranianos e/ou seus descendentes.
Japoneses: Em meados do século XX, sendo o Brasil já uma República, imigrantes japoneses
desembarcavam nos portos brasileiros e muitos se estabeleceram em São Paulo e no Paraná. Em 1917, a
Colônia Cacatu foi estabelecida no litoral paranaense, especificamente na cidade de Antonina. Entre os
motivos que levaram os imigrantes japoneses virem para o Brasil, destacaram-se: O incentivo do governo
japonês e a propaganda dos agentes brasileiros, desemprego e baixos salários e o crescimento
populacional acelerado. O processo de instalação dos japoneses em solo paranaense teve dificuldades,
como as péssimas condições oferecidas aos imigrantes e o preconceito. No Paraná, os japoneses
inicialmente trabalharam no plantio de verduras, tornando-se fornecedores para diversas cidades.
A VIDA DOS RECÉM LIBERTOS, CULTURA E RESISTÊNCIA
Depois de muita pressão do Movimento
Abolicionista a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo Ernesto Santos, o popular “Donga” e Mauro
oficialmente a escravidão no país. Cerca de 720 mil de Almeida, compuseram “Pelo telefone” ,
escravizados foram libertos, e ocorreram comemorações em tido como o marco fundador do samba.
diversas regiões do país. Embora a Lei Áurea concedesse a
liberdade aos antigos cativos, não houve por parte do
governo uma política para que os recém-libertos tivessem
acesso à terra, a educação ou a condições de exercerem
plenamente sua cidadania no país.
Após os festejos, a expectativa de melhores dias para os
recém-libertos não se realizou. Sem acesso à terra, educação
e condições de exercerem plenamente a cidadania, muitos
viviam marginalizados. Alguns libertos migraram para as
cidades em busca de emprego, mas por vezes os
empregadores preferiam o braço imigrante ao afro-
brasileiro. As dificuldades socioeconômicas e mesmo o
racismo não impediram a luta e a permanência da cultura
afro-brasileira, fosse por meio de centros religiosos, clubes
esportivos ou atividades de lazer. Uma dessas expressões
culturais, deu-se por meio do estilo musical que se tornou um Disponível em:
patrimônio do Brasil: o samba. <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ernesto_Santos_
(Donga)_2_(1972).tif> Acesso em: 14 Set. 2020.
TRECHO DO SAMBA “PELO TELEFONE”
Pixinguinha
Entre as personalidades difusoras da cultura afro-
brasileira do final do século XIX e início do XX, estiveram o
escritor Lima Barreto, a compositora Chiquinha Gonzaga e o
músico Pixinguinha. Pixinguinha entre muitos sambas,
escreveu em parceria com Cícero de Almeida, “Festa de
Branco”.
Além da música e outras manifestações artísticas, as
dificuldades e o preconceito sofridos pelo povo afro-
brasileiro eram noticiados por meio de periódicos editados
por jornalistas negros, dos quais destacaram-se: O Treze de
Disponível em:
Maio (1888), A Pátria (1889), O Exemplo (1892) e A Redenção
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commo (1899). A Imprensa Negra noticiava as dificuldades
ns/b/bd/Pixinguinha_tocando_harm%C3%B4nio_ enfrentadas pelos afro-brasileiros e o
%28restored%29.jpg> Acesso em: 14 Set.2020. preconceito/discriminação pela qual passavam.
POVOS ORIGINÁRIOS NO SÉCULO XIX
Os indígenas são os povos originários do Brasil, em termos políticos o governo imperial
brasileiro não os reconheceu, uma vez que a Constituição de 1824 não os contemplava dentro dos critérios de
cidadania. Em 1845, no Segundo Reinado, o Regulamento das Missões concedeu autoridade às províncias para
intervir nas comunidades indígenas levando-as a conhecer a fé católica.
Observando uma fonte histórica:
DECRETO N. 426 - DE 24 DE JULHO DE 1845
Art 1° § 7º Inquerir onde ha Indios, que vivão em hordas errantes; seus costumes, e linguas; e mandar
Missionarios, que solicitará do Presidente da Provincia, quando já não estejão á sua disposição, os
quaes lhes vão pregar a Religião de Jesus Christo, e as vantagens da vida social.
O Romantismo foi um movimento filosófico, artístico e político que se iniciou na Europa no século XVIII.
Suas características são marcadas por um questionamento ao mundo racionalista e iluminista. Fundamenta-
se também na busca de uma visão de mundo voltada ao indivíduo. Em 1836, o livro de poema Suspiros
Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães é considerada a obra que inaugurou esse estilo no Brasil.
Se no âmbito sociopolítico os povos originários estavam sendo desrespeitados pelo governo imperial nas
artes, literatura e na história do Brasil, o Romantismo caracterizou-se por ser um período de idealização da
figura indígena pela perspectiva do homem branco. O movimento desejava construir uma valorização da
nacionalidade brasileira e apresentava os indígenas como heróis e heroínas do começo da história do país.
Apresentava os indígenas como heróis e heroínas. Uma das obras literárias que servem de exemplo desse
estilo literário é Iracema (1865), de José de Alencar.