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HISTÓRIA

8º ANO
SEMANA Nº20

Olá, estudante!
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de História sobre o período de transição entre o período
regencial e o início do Segundo Reinado. Para isso vamos fazer incialmente uma revisão das revoltas
ocorridas no período regencial. Após isso, vamos concentrar as nossas atenções para analisar o início do
Segundo Reinado. Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos.
Relembrando que teremos 03 aulas e vamos tratar sobre:

AULA: 55 PERÍODO REGENCIAL: REVISÃO REVOLTAS REGENCIAIS


AULA: 56 SEGUNDO REINADO: GOLPE DA MAIORIDADE
AULA: 57 SEGUNDO REINADO: ECONOMIA

Para revisarmos as revoltas durante o período regencial é preciso ter em mente o contexto da época. Foi
um período marcado por muita instabilidade política e tensões sobre a centralidade do poder dos regentes em
relação às províncias. A partir de questões próprias de cada contexto, as revoltas eclodiram em algumas
províncias brasileiras. A unidade territorial brasileira, ou seja, o território do Brasil em sua extensão, sofreu
fortes pressões nesse período por conta das revoltas provinciais.

RETOMANDO O CONTEXTO DO PERÍODO REGENCIAL

MAPA DAS REVOLTAS REGENCIAIS


Em 1831, D. Pedro I,
renunciou ao trono imperial em
favor do seu filho, o menino Pedro
Alcântara, de apenas cinco anos.
Assim, iniciou-se o período
regencial, o país foi governado por
políticos, na ausência do
Imperador, conforme previsto
pela Constituição 1824. Entre os
regentes brasileiros, destacam-se:
Diogo Antônio Feijó e Pedro de
Araújo Lima. O Período Regencial
(1831-1840) caracterizou-se por
disputas políticas, e algumas
revoltas eclodiram em tal período.

Fonte: ISTO É Brasil 500 anos: atlas histórico. São Paulo: Três, 1998. p. 57. BOULOS JÚNIOR,
Alfredo. História sociedade & cidadania: 8º ano. Ensino fundamental: anos finais. São
Paulo: FTD, 2018. p. 157.
REVOLTA REGENCIAIS – REGÊNCIA FEIJÓ

Durante a regência de Feijó (1834-1837) eclodiram as


seguintes revoltas regenciais: Malês, Farroupilha e Cabanagem. Esta é uma aula de revisão, mas
Desde 1831 Diogo Antônio Feijó estava no governo com a caso queira aprofundar os seus
Regência Trina, todavia, em outubro de 1835 tomou posse na estudos sobre alguma revolta,
Regência Una. Observe a tabela abaixo e reveja os principais lembre-se de verificar as Trilhas
motivos e consequências de cada revolta. 18 e 19. Bons estudos!
Vamos relembrar alguns aspectos gerais:

Revolta Local Época Motivos Resultados

Contra Vitória da polícia baiana


Malês Bahia 1835escravidão/exploração e pela sobre os
liberdade religiosa. rebeldes e a punição do
degredo.
Miséria, falta de terras para
Repressão violenta com
Cabanagem Grão-Pará 1835-1840
cultivo e desejo de substituição do
milhares de mortos e vitória do
presidente da província.
governo regencial.

Rio Grande do Sul e Altos impostos e insatisfação


Guerra por dez anos e
Farroupilha 1835-1845
Santa Catarina com o presidente da província.
desfecho com vantagens aos
revoltosos

REGÊNCIA ARAÚJO LIMA

Em 1837 por não ter o apoio político esperado, inclusive para conter as rebeliões regenciais, Diogo
Feijó renunciou ao cargo de regente. No mesmo ano, assumiu Pedro de Araújo Lima que iniciou um movimento
chamado Regresso, ou seja, retirou a relativa autonomia que as províncias adquiram com o Ato Adicional de
1834. Durante a regência de Araújo Lima duas revoltas eclodiram: Sabinada e Balaiada. Vamos relembrar alguns
aspectos gerais:

Revolta Local Época Motivos Resultados


Repressão do governo
Contra a convocação de
imperial com
militares para lutar no sul do país, e
Sabinada Bahia 1837-1838 mortes, prisões e
a insatisfação com o presidente da
expulsão de líderes da
província.
província.
Vitórias dos rebeldes no
Econômicos (inflação e queda
começo do conflito, mas o
na exportação do algodão), disputas
Balaiada Maranhão e Piauí 1838-1841 movimento foi derrotado pelas
políticas e problemas sociais
forças imperiais muito bem
(escravidão);
equipadas militarmente.
O GOLPE DA MAIORIDADE E O INÍCIO DO SEGUNDO
Um novo imperador ou
REINADO
um imperador novo?
A ideia de antecipar a maioridade do príncipe herdeiro, D.
Pedro II, era discutida desde o período regencial. Os políticos
progressistas defendiam a tese da necessidade de um poder
monárquico legítimo para preservar a unidade territorial e por
fim as Revoltas Regenciais.
Em 1840 a Assembleia aprovou a tese da maioridade e D.
Pedro II prestou juramento como Imperador. A imagem do novo
imperador, D. Pedro II, foi difundida como símbolo de um Estado
centralizado, preservando a unidade política do país, ameaçada
pelas Revoltas Regenciais e a garantia de uma estabilidade
social.
O movimento de antecipação da maioridade de D. Pedro
Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%
II surgiu em 1840 por deputados liberais, ficou conhecido como
A3o_da_Maioridade>, acesso dia 03/08/2020. Clube da Maioridade.

O movimento tinha por objetivo construir a imagem de um imperador que já estaria pronto e maduro
para assumir o trono. Várias imagens foram divulgadas como a intencionalidade de demonstrar o novo
imperador como um líder sério, sensato e preparado para o trono.
Na organização interna do Brasil pouco, ou nada mudou, as elites permaneceram no poder, a divisão da
sociedade continuou e o trabalho escravo não alterou. Vejamos as características dos partidos políticos do
período:

PARTIDO CONSERVADOR

• (Apelido “Saquarema”) Proprietários rurais de lavouras de exportação.


Burocratas do serviço público. Grandes comerciantes. Defendiam o
governo imperial forte e centralizado.

PARTIDO LIBERAL

• (Apelido “Luzia”)Profissionais liberais urbanos. Proprietários rurais


voltados para o mercado interno. Defendiam um governo imperial não
tão centralizado, com certa autonomia para as províncias.
Nada se assemelha mais a um
A frase ao lado, do político pernambucano Antônio “saquarema” do que um “luzia”
Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque, no poder.
demonstra como a política partidária da elite do Brasil ocorreu
no Segundo Reinado.
Ao assumir o trono, D. Pedro II escolheu, para seu ministério políticos do Partido Liberal, pois tal grupo
havia lutado pela sua antecipação da maioridade, esse Ministério ficou conhecido como “Ministério dos Irmãos”.
Essa escolha causou revolta dos políticos conservadores e iniciou uma disputa entre os dois partidos, que
passaram a se alternar no poder. Durante o Segundo Reinado o “Partido Conservador” e o “Partido Liberal”
alternaram-se no poder.
Dos 36 gabinetes ministeriais ao longo do governo de D. Pedro II, 21 foram liberais e 15 conservadores,
porém os políticos conservadores passaram cerca de 10 anos a mais no poder, devido ao alinhamento à
autoridade centralizadora do imperador. A partir de 1850, com o fim das revoltas regenciais nas provinciais, D.
Pedro II na fase adulta e procurando atuar dentro dos limites estabelecidos pela Constituição deram legitimidade
ao governo e reconhecimento internacional. Houve a coesão (pelo menos até 1862) entre os partidos políticos
conservador e liberal.
SEGUNDO REINADO: ECONOMIA
O café foi introduzido no Brasil, provavelmente, no início do século XVIII, a princípio era um produto sem
muito valor comercial e seu consumo era local. No início do século XIX, o hábito de beber café se tornou popular
na Europa e nos Estados Unidos, crescendo o consumo internacional do produto. Mas não era somente da
exportação de café que o país se desenvolvia, veja o quadro a seguir:

Fonte: BOULOS JR, Alfredo. História sociedade & cidadania: 8º ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: FTD, 2018. p. 198.

No Brasil, principalmente no Sudeste, o clima e o solo favoreciam o cultivo do café. O eixo econômico do
Brasil, deslocava-se do Nordeste (açucareiro) para as regiões sul e sudeste do Brasil. O café dinamizou a
economia brasileira e provocou transformações na sociedade brasileira. No Estado do Paraná o café foi muito
cultivado, principalmente na região norte do nosso Estado, com um clima e solo favorável. A produção cafeeira
foi tão importante que o café passou a ser chamado de “Ouro Verde”.
Em 1850 foi proibido o tráfico de escravos para o Brasil por uma lei conhecida por “Eusébio de Queiroz.
Com a proibição do tráfico de escravos a entrada de imigrantes, principalmente de italianos e alemães, para
trabalhar nas lavouras de café. Os lucros obtidos com o café foram aplicados, pelos fazendeiros “os barões do
café”, em outras atividades econômicas.
TARIFAS E IMPOSTOS:

 TARIFA ALVES BRANCO (1844): Aumentou os impostos para produtos importados (de 15% para 30%,
se houvesse produto similar no Brasil, o imposto era de 60%). Era mais vantajoso investir na indústria brasileira
do que importar o produto.
 LEI DE TERRAS (1850): Estabelecia que, o meio correto de adquirir a propriedade da terra era a
compra e não mais a posse (ocupação) da terra. Essa lei contribuiu para preservar o domínio do latifúndio dos
fazendeiros, os únicos que, de modo geral, tinham recursos financeiros para satisfazer a nova legislação. Essa
lei, dificultou o acesso às terras de ex-escravos, pobres e imigrantes.
Nas trilhas de hoje vimos:
 Fizemos uma retomada sobre o que foi o Período Regencial, caracterizado pelas tensões políticas que
foram manifestadas por meio das revoltas regenciais;
 A repressão violenta do governo diante do quadro de revoltas provinciais, fato que levou a milhares
de mortes, em contrapartida garantiu a centralização do poder nas mãos dos regentes e a unidade territorial
brasileira.
 A década de 1830 foi uma década de grandes agitações políticas no Brasil, havia, portanto, a
necessidade de entregar o poder a uma figura legítima da monarquia.
 A solução encontrada foi a antecipação da maioridade de D. Pedro II, que assumiu o trono em 1840,
aos 14 anos de idade, episódio conhecido como “Golpe da Maioridade”.
 Dois partidos políticos atuaram durante o Segundo Reinado: O partido liberal, que defendia uma
maior autonomia para as províncias e o partido conservador, que defendia uma maior centralização política nas
mãos do Imperador.
 D. Pedro II, para consolidar-se no poder, alternou a liderança no poder legislativo entre esses dois
partidos.
 O café, introduzido no Brasil no século XVIII, torna-se nosso principal produto de exportação durante
o Segundo Reinado e no início da República.
 Devido ao crescimento da produção de café, o Brasil vive um período de estabilidade econômica e
política, esse período é compreendido entre 1850 e 1870.
 O café adaptou-se muito bem às regiões sudeste e sul do Brasil, deslocando o eixo econômico
brasileiro para essas regiões.
 Os lucros obtidos com o café foram empregados em outras atividades econômicas no Brasil.
Escola/Colégio:
Disciplina: Ano/Série:
Estudante:
Aulas 55, 56 e 57 - LISTA DE EXERCÍCIOS
 Aula 55
1. Recordando as revoltas regenciais da Guerra dos Farrapos, Balaiada, Sabinada e Cabanagem,
assinale a alternativa correta:
a) aconteceram somente na região Nordeste e no Grão-Pará devido fatores religiosos;
b) ameaçaram a unidade territorial do Brasil, e tiveram motivos políticos, econômicos e sociais;
c) O governo regencial estabeleceu diálogo e acordos de paz para evitar os conflitos;
d) foi um período que, embora existissem conflitos militares, a sociedade e a economia cresciam.

2. Sobre o período da regência de Pedro de Araújo Lima, assinale a alternativa correta:


a) durante o movimento denominado Regresso e suas repercussões nas províncias, eclodiram as
revoltas Balaiada e Sabinada;
b) o período foi responsável por ampliar a autonomia política e econômica das províncias brasileiras;
c) concretizou-se uma nova política com uma nova constituição, na qual era extinta a necessidade de
um Imperador para o Brasil;
d) foi um período no qual as províncias do Norte e Nordeste brasileiro receberam maiores
investimentos em obras públicas do governo regencial.

 Aula 56
3. Sobre o Golpe da maioridade e o início do Segundo Reinado, assinale a alternativa correta:
a) D. Pedro II assumiu o trono em 1840, aos 14 anos de idade, através de um golpe organizado pela
Assembleia, com o objetivo de ter um poder centralizado e combater as revoltas que ameaçavam a
unidade territorial do Brasil.
b) Somente o partido conservador apoiou o golpe da maioridade, uma vez que o partido liberal lutava
pela independência das províncias.
c) O apoio popular foi decisivo para o Golpe da Maioridade, a população exigia que D. Pedro II
assumisse o trono, embora não fosse, civilmente, maior de idade.
d) Com D. Pedro II no poder, a escravidão foi abolida do Brasil, essa era uma das propostas principais
de D. Pedro II para seu governo.

4. Sobre a política brasileira no início do Segundo Reinado é correta afirmar que:


a) Haviam dois partidos políticos, os restauradores, que desejavam o retorno de D. Pedro I e os
Liberais, que defendiam uma maior autonomia das províncias.
b) Os partidos políticos existentes, Liberal e Conservador, atuaram, durante todo o Segundo Reinado
em harmonia e coalização, garantindo a governabilidade de D. Pedro II.
c) Os dois partidos políticos, Liberal defensor de uma maior autonomia das províncias, e o
Conservador defensor de uma centralização política do Imperador, revezaram-se no poder durante
o Segundo Reinado.
d) D. Pedro II, institucionalizou a monarquia absolutista, não permitindo a participação política
durante seu reinado.
 Aula 55
5. Sobre a economia brasileira durante o Segundo Reinado (1840-1889), é correto afirmar que:
a) O açúcar foi o principal produto de exportação brasileiro, muito produzido no sul do Brasil e
contava com a utilização da mão-de-obra imigrante;
b) O processo de industrialização se intensificou durante o Segundo Reinado, a indústria e bens de
serviços representava mais de 50% do Produto Interno Bruto.
c) O café foi o principal produto de exportação, produzido principalmente na região sudeste do Brasil.
d) O açúcar e o café foram os principais produtos de consumo interno, por isso não foram exportados.

6. Assinale a alternativa que contenha as resoluções da tarifa Alves Branco:


a) Aumentou de 15% para 30% os impostos sobre produtos importados e para 60% caso o produto
importado tivesse similar no Brasil.
b) Foi uma tarifa que beneficiou as importações para o Brasil, uma vez que deixou de cobrar impostos
sobre os produtos importados.
c) Decretou que o acesso às terras no Brasil deveria ser feito somente a partir da compra e com
registros em cartório.
d) Oficializou uma prática que ficou conhecida, durante o Segundo Reinado, como escambo, uma vez
que permitiu a troca de produtos no lugar da circulação de moeda.

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