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16.

A Escravidão no
Brasil
Um Continente Desconhecido

Até 1434 os
europeus
acreditavam que
não existia vida ou
territórios além do
Cabo Bojador
Origens do Tráfico Negreiro

► Busca de uma atividade que custeasse as


expedições do Périplo Africano;
► Tradição cultural entre as tribos da África;
► Bula do Papa Nicolau V (1454) concedendo aos
portugueses o direito de escravizar os negros;
► Necessidade de mão-de-obra no campo, em
Portugal.
Origens do Tráfico Negreiro para o
Brasil
► As práticas econômicas dos indígenas eram
voltadas para a subsistência
► Acreditava-se que os africanos se adaptavam
facilmente ao trabalho nas lavouras e minas
► Ação da Companhia de Jesus que buscava
proteger os índios da escravização
► Desinteresse da Coroa na escravidão indígena
O Caráter Mercantilista do Tráfico

Lucratividade do Tráfico

BURGUESIA: COROA: PROPRIETÁRIOS:


Circulação Concessão Exploração
da dos direitos da mão-de-obra e
"Mercadoria Humana" de tráfico liberação de capitais
As Formas do Tráfico
CAPTURA
TROCAS
(fumo, cachaça, armas, etc)

TRÁFICO COMPANHIAS CONCESSÃO


PARTICULAR DE RÉGIA
COMÉRCIO ASIENTO
MISTO
Estimativas sobre o Tráfico
►1532(?) a 1850

►S.B. de Holanda:
►3 a 3,6 milhões
►C. Prado Jr.:
►4,8 a 8 milhões
►P. Calógeras:
►12 a 15 milhões
Map of Africa, 1644 - This map includes European names for parts of the West
African coast where people were captured and held for the slave trade.
Map by Willem Janszoon Blaeu
Courtesy of the Historic Maps Division, Department of Rare Books and Special Collections, Princeton University Library
Slave factories on the Gulf of Guinea (modern Nigeria)
Captive Africans were marched great distances overland to Africa’s western coast. There
they waited weeks or months in “slave factories” for the ships that would carry them to
plantations in the New World.
A slave ship, from 'Notices of Brazil in 1828 and 1829' by Robert Walsh, published 1830
The slave decks of the
ship Brooks, 1788
This famous plan has
appeared in almost every
study of the Middle Passage
published since 1788. Working
from measurements of a
Liverpool slave ship, a British
parliamentary committee filled
the drawing’s decks with
figures representing men,
women, and children. The
drawing shows about 450
people; the Brooks carried
609 on a voyage in 1786.
Courtesy of the Library of
Congress
Slave ship model
Slave Ship
This model shows a typical ship in
the early 1700s on the Middle
Passage. To preserve their profits,
captains and sailors tried to limit
the deaths of slaves from disease,
suicide, and revolts. In the grisly
arithmetic of the slave trade,
captains usually chose between
two options: pack in as many
slaves as possible and hope that
most survive, or put fewer
aboard, improve the conditions
between decks, and hope to lose
fewer to disease.
Lester, From Slave Ship to Freedom Road
Slave ship, Bristol
Condições Gerais dos Escravos

►Tumbeiros: navios de transporte –


Túmulos Flutuantes
►Pumbos: mercados de escravos
►Senzalas: habitações coletivas
►Alimentação: farinha, aipim, feijão e
banana
►Castigos: chicote, amarrações,
amputações, queimaduras, reclusão
Lagos (Mercado de Escravos) - Santa Maria, Portugal
LAGOS - MERCADO DE ESCRAVOS
“To be sold,” 1769
For almost four centuries, the demand for
labor on the plantations of the New World
fueled a vast transatlantic market for the
enslavement of people from Africa. This
broadside advertised the sale of people from
Gambia at Charleston, South Carolina.

Courtesy of the American Antiquarian


Society
The slave deck of the Albanez, 1845 - Great Britain abolished its slave trade in 1807 and
used its naval power to discourage other nations from the trade. In 1845 a British sailor
painted this image of enslaved Africans below decks of the Brazilian slave
ship Albanez (orAlbaroz). The British sloop Albatross captured the slaver with 300
Africans aboard in March of that year. Reproduced from a watercolor by Lt. Francis Meynell
Courtesy of the National Maritime Museum, Greenwich
Debret, Mercado de escravos
Indumentária do povo na feira livre e o tocador de berimbau que equilibra enorme
cesto sobre a cabeça.
http://tambordesopapo.blogspot.com.br/2010/05/o-mercado-dos-escravos-em-rio-grande-rs.html

Mercado do peixe onde era feito o comércio de negros escravizados na época das charqueadas. A
maioria destes escravos chegava pelo porto de Rio Grande e eram acorrentados nas colunas do
mercado para serem expostos à venda.
Os escravos eram lavados ali
e acorrentados nestas argolas,
onde ficavam em exposição
para o comércio.Legítima
feira de escravos no
tradicional mercado público
de Rio Grande, RS.
Execução da Pena do Fugitivo: Debret
Escravos ao Tronco: Debret
http://monlewood.blogspot.com.br/2010/07/historia-das-minas-de-ouro-e-diamante.html
Feitor Corrigindo Escravo: Debret
Alviçaras = Recompensa, gratificação.
Augustus Earle, Dança Brasil - Capoeira
Escravidão no Brasil, Jean-Baptiste Debret - dono de escravos Português punir um
brasileiro escravizados no século 19 o Brasil.
Quadro do
pintor
francês
Jean
Baptiste
Debret
(1768-
1848):
Boutique
de
cordonnier
(Sapateiro)
Entrudo
(carnaval),
de Jean-
Baptiste
Debret
(1768-1848)
Shackles
These ankle shackles are of the type used to restrain enslaved people aboard ships in
the Middle Passage.
Lent by the National Museum of African American History and Culture
Na imagem podemos ver uma sinhá sentada na liteira - um meio de transporte usado
pelos nobres do período colonial, que sentavam em uma espécie de cadeira fechada,
com varas pelas quais os escravos os carregavam pelas ruas. Lady in litter being carried by her slaves,
province of São Paulo in Brazil, ca.1860.
Iron Collars as Punishment for Fugitive Slaves, Brazil,1830
Jail Prisoners, Rio de Janeiro, Brazil, 1819
Extracting a
jigger, scene in
the Brazils.
Watercolor by
Augustus Earle
(1793-1838).
Original in
National Library
of Australia,
Canberra.
Escravidão Negra
Tradição e Resistência
Formas de Resistência
►Suicídio
►Música e Dança
►Linguagem falada e escrita
►Culinária
►Sincretismo Religioso
►Fugas
►Quilombos
OS QUILOMBOS

►Subdivididos em
mocambos
►Praticava-se a
agricultura e o
artesanato
►Cultivavam milho,
mandioca,
cana,banana,
feijão, amendoim,
abóbora, arroz,
fumo e algodão
O COTIDIANO DO QUILOMBO
►Havia monogamia e poligamia
►O adultério e o roubo eram punidos com a
morte
►Refúgio de judeus, índios e desertores
►Eram comuns as relações comerciais com as
regiões vizinhas
►Os quilombos simbolizavam a autêntica
libertação para os negros
A IMPORTÂNCIA DE PALMARES
►1605 - origem remota do aldeamento
►O desenvolvimento do quilombo foi
estimulado pelo conflito com os holandeses
►Liderança de N’Ganga Zumba e Zumbi
►O sertanista Domingos Jorge Velho foi
responsável pela destruição de Palmares
(1695)
O Quilombo dos Palmares
(1625 – 1695)
Copiado do livro de Maria Graham "Diário
de uma viagem ao Brasil e de uma estada
neste país durante parte dos anos de
1821, 1822 e 1823" (Journal of a Voyage
to Brasil and residence there during part of
the years 1821, 1822, 1823).

Descri Português: Valongo, ou Mercado de Escravos no Rio


ption
Date 5 April 1824
Source Longmam & Cia. e J. Murray, 5 de abril de 1824
Dança, Brasil, ca. 1820-1824
Pintado por Augustus Earle (1793-1838), original na Biblioteca Nacional da Austrália,
Canberra
Aquarela sobre papel intitulada "Cena Fandango Negro, Campo St. Anna, Rio de
Janeiro", mostra homens, mulheres, crianças e dança, instrumentos musicais (por
exemplo, bateria), pessoas com vasos de cerâmica, frutas. Augustus Earle, um pintor
Inglês, morava no Rio de Janeiro 1820-1824.

Fonte: Slave Voyages


Visite o site Slave Voyages e conheça coleção completa em:

http://hitchcock.itc.virginia.edu/Slavery/search.html

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