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Legado vivo das lutas negras no país, elas desafiaram a ordem escravista ao
reivindicar a liberdade dos escravizados e colocar em prática as visões de mundo
de comunidades despossuídas ao longo do século 19.
Mesmo que não tenham tido êxito completo, esses movimentos transformaram a
dominação e deixaram notícias das ações e caminhos dos africanos rumo à
liberdade, ao longo do período colonial e do século XIX.
Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de
acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade.
De tal modo, a insatisfação dos escravos se espalhou pela Bahia, tanto pelo sistema
político e econômico (baseada na mão de obra escrava) que reinava no país,
quanto pela liberdade religiosa, posto que que eram obrigados a participarem dos
cultos católicos.
Destarte, liderados por Pacífico Licutan, Manuel Calafate e Luis Sanim, a Revolta
dos Malês ocorreu no centro de Salvador, iniciada pelo ataque dos malês ao
Exército, que pretendiam libertar os escravos dos engenhos e tomar o poder.
Vale destacar que os Malês, homens guerreiros, ousados e instruídos, tinham como
principais objetivos libertar os escravos de origem islâmica, exterminar a religião
católica e implantar uma república islâmica, de forma que tentaram tomar o poder,
porém foram esmagados pelas forças do império.
Embora tenha sido reprimida rapidamente, após a Revolta dos Malês o receio do
Império e dos fazendeiros donos dos escravos aumentou consideravelmente, sendo
que algumas medidas foram tomadas, desde a proibição de praticar seus cultos
religiosos que não sejam católicos, bem como andar nas ruas durante a noite.
Durante 99 dias, tudo parou naquela que foi a maior fábrica de cimento da América
Latina e fornecedora do produto para a construção dos primeiros edifícios de São
Paulo, viadutos, pontes, estradas, estádios e até da capital federal.
Revolta da Chibata
A Revolta da Chibata ficou conhecida por ter sido um motim realizado pela
insatisfação dos marujos brasileiros com os castigos físicos que sofriam na Marinha
brasileira no dia 22 de novembro de 1910. O castigo físico em questão era a
chibatada, praticada pela Marinha contra todos os marujos que violassem as regras
da corporação.
O uso da chibatada como forma de punição era uma característica que a Marinha
brasileira havia herdado da Marinha portuguesa do período colonial a partir de um
código conhecido como Artigos de Guerra. Essa forma de punição era dedicada
somente aos postos mais baixos da Marinha, ocupados, em geral, por negros e
mestiços.
A insatisfação dos marujos com os castigos físicos e com o rigor da Marinha era
crescente. Relatos contam que, pouco antes da revolta, durante uma viagem nas
proximidades da costa chilena, os marujos haviam demonstrado insatisfação com a
punição dedicada a um marujo. O estopim para o início da revolta ocorreu quando
Marcelino Rodrigues Menezes foi punido com 250 chibatadas sem direito a
tratamento médico.
Após a punição de Marcelino, os marujos rebelaram-se e
tomaram o controle de quatro embarcações da Marinha
brasileira: Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro. Os
marujos revoltosos exigiam do governo o fim dos castigos
físicos; caso contrário, a capital seria bombardeada. A liderança
desse motim foi realizada por João Cândido, o Almirante Negro.
Não se sabe ao certo quem foi o responsável por redigir o manifesto com as
exigências dos marujos, mas esse documento foi considerado muito bem escrito. Os
historiadores apontam que provavelmente ele foi elaborado por Adalberto Ferreira
Ribas. A respeito desse documento e das demandas solicitadas nele, a historiadora
Sílvia Capanema afirma:
Após isso, uma segunda revolta na Marinha iniciou-se, dessa vez, no Batalhão
Naval estacionado na Ilha das Cobras. Essa segunda revolta, no entanto, foi
massacrada violentamente, e os envolvidos foram aprisionados e torturados nessa
ilha. Outras centenas de marinheiros foram enviados para trabalhar em seringais na
Amazônia e muitos foram fuzilados durante o trajeto.
Balaiada
A Balaiada foi uma revolta popular ocorrida na província do Maranhão, entre 1838 e
1841. Seu nome se referia aos balaios, cestos fabricados na região. As classes
menos favorecidas estavam insatisfeitas com a situação precária vivida e não
toleravam mais os desmandos dos líderes locais que governavam a província de
forma autoritária.
Por conta do Ato Adicional de 1834, as províncias tiveram mais autonomia para
governar, o que motivou a disputa de poder entre grupos regionais. Quem estava no
poder usou de todos os meios autoritários disponíveis para manter-se no governo,
enquanto os grupos rivais pegaram em armas para assumir o comando provincial.
Além disso, os graves problemas sociais enfrentados pela população mais pobre
fizeram com que o movimento ganhasse apoio popular.
A crise econômica veio atrelada à crise social, pois não havia investimentos no
Maranhão, o que agravou a desigualdade social bem como a pobreza entre a
população mais carente. A publicação do Ato Adicional de 1834 concedeu mais
autonomia para as províncias, acirrando as disputas dos grupos sociais pelo poder
nos governos provinciais.
O fim da Balaiada foi decretado após a chegada do coronel Luís Alves de Lima e
Silva, o futuro duque de Caxias. Ele chegou ao Maranhão, em 7 de fevereiro de
1840, com oito mil homens fortemente armados. O Caxias derrotou Raimundo
Gomes sem muito esforço. Dom Pedro II, recém-coroado imperador do Brasil,
decretou a anistia aos rebeldes que se entregassem às tropas imperiais.
Esse ato fez com que mais de 2500 revoltosos se entregassem, enfraquecendo o
movimento e ajudando as tropas a derrotarem os últimos focos de combate da
Balaiada. Os participantes da revolta foram mortos pelas tropas. Dessa forma, a
unidade territorial do império se manteve e a estabilidade política se concretizou.
Conjuração Baiana
A Conjuração Baiana foi uma revolta de caráter separatista e popular, que ocorreu
na Bahia em 1798. Seus principais objetivos eram: o fim do pacto colonial com
Portugal, a implantação da República, a liberdade comercial no mercado interno e
externo e a liberdade e igualdade entre as pessoas (eram favoráveis à abolição da
escravidão).
Além disso, o povo também não estava satisfeito com o governo de Portugal e a
ideia do Brasil se tornar independente ganhava cada dia mais força na população.
Em 1763, a capital do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro. Com tal mudança,
Salvador, antiga capital, sofreu com a diminuição dos recursos destinados à cidade.
Juntamente, o aumento da taxa de impostos e exigências pioraram radicalmente as
condições de vida da população local.Os principais objetivos da Conjuração Baiana
eram:
O fim do pacto colonial com Portugal, ou seja, tornar o Brasil um país independente;
“Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o
tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais. “
As partes de seus corpos foram espalhadas pela cidade de Salvador, com o intuito
de demonstrar autoridade e reprimir outros possíveis movimentos de conspiração.
Conclusões
Apesar de faltar muito para atingirmos uma sociedade, não é de hoje que pessoas
negras lutam por melhores condições de vida e respeito depois de realizar a
pesquisa sobre o trabalho pode se perceber que todas as revoltas praticamente tem
o mesmo intuito que é melhorar a qualidade de vida dos negros na politica, religião
e trabalho.
Conclusão Larissa
Conclusão Wesley:
As revoltas negras no Brasil tinham como objetivo impor limites sobre os malstratos
e tiranias sobre os escravos, essas revoltas foram muito importantes tambem para o
fim da escravidão e para que os negros adquirissem seus direitos em busca da
igualdade racial .
Nessa época os quilombos foram essenciais pois serviam de refúgio para os
escravos que fugiam de seus donos.
Mais do que uma simples comunidade, o quilombo era formado em locais de difícil
acesso. Tal medida visava impedir a recaptura dos escravos fugidos.
O quilombo dos Palmares foi um dos mais importantes, resistiu as expedições
portuguesas e contou com cerca de 20 mil habitantes. Zumbi dos Palmares foi um
dos grandes líderes do quilombo dos Palmares e liderou várias lutas de resistência
contra os portugueses.
A educação pode e deve intervir justamente na visão que se tem da cultura africana,
que limita-se à relação da figura do negro como escravo. Isto, além de ser um
estereótipo, traz uma visão muito limitante sobre uma cultura que é tão parte do
Brasil como o seu próprio início.