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Quilombos e rebeliões negras no Brasil

Grupo: Ana Paula, Diogo Mageste, Pedro H. Barbosa, Larissa, Wesley

As revoltas escravas são parte importante da história social e política brasileiras.

Legado vivo das lutas negras no país, elas desafiaram a ordem escravista ao
reivindicar a liberdade dos escravizados e colocar em prática as visões de mundo
de comunidades despossuídas ao longo do século 19.

Lideradas por homens e mulheres africanos e/ou nascidos no Brasil, os levantes


não foram casos excepcionais, mas sim parte do cotidiano de uma sociedade
formada pelo tráfico de africanos e dominação sobre negros e indígenas.

Se Palmares foi o maior símbolo da resistência contra a escravidão na sociedade


colonial, variadas foram as formas de luta direta contra o sistema escravista.

Mesmo que não tenham tido êxito completo, esses movimentos transformaram a
dominação e deixaram notícias das ações e caminhos dos africanos rumo à
liberdade, ao longo do período colonial e do século XIX.

No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que


conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem
escondidos e fortificados no meio das matas.

Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de
acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade.

Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas,


principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso,
Minas Gerais e Alagoas.

Quando em Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630)


este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos,
após fugirem buscaram abrigo no Quilombo de Palmares
localizado em Alagoas conhecidos como quilombolas,
costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e
dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que
incomodava os habitantes.

Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos


tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo
governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os
ser­viços do bandeirante Domingos Jorge Velho.
As 5 rebeliões negras no Brasil foram :
1- Revolta dos Malês (1835)
2- Greve dos Queixadas (1962-1969)
3- Revolta da Chibata (1910)
4- Balaiada (1838-1841)
5- Conjuração Baiana (1798)

Revolta dos Malês

Em meados do século XIX, muitas revoltas ocorreram no país (Cabanagem,


Sabinada, Balaiada, Farroupilha, Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates),
decorrente do descontentamento de grande parte da população, donde os escravos
envolvidos buscavam o fim do trabalho forçado, das humilhações, das torturas, das
violências físicas e psicológicas, das péssimas condições de vida, dos abusos
sexuais, e, consequentemente, almejavam o fim da escravidão no país (concedida
pela Lei Áurea, em 1889).

De tal modo, a insatisfação dos escravos se espalhou pela Bahia, tanto pelo sistema
político e econômico (baseada na mão de obra escrava) que reinava no país,
quanto pela liberdade religiosa, posto que que eram obrigados a participarem dos
cultos católicos.

Sem espanto, a revolta dos malês, representou a mobilização de cerca de 1.500


escravos africanos, os quais lutavam pela libertação dos negros de origem islâmica,
ou seja, os escravos muçulmanos. Deste modo, contrariados com a imposição da
religião católica, os “malês” (língua ioruba “imale”, que significa "muçulmano") se
uniram com o intuito de defender e manter o patrimônio religioso, tal qual suas
crenças, cultos, costumes, etc.

Destarte, liderados por Pacífico Licutan, Manuel Calafate e Luis Sanim, a Revolta
dos Malês ocorreu no centro de Salvador, iniciada pelo ataque dos malês ao
Exército, que pretendiam libertar os escravos dos engenhos e tomar o poder.

No entanto, durante a noite de 24 para 25 de janeiro, os malês, que foram


delatados, participaram de uma emboscada, preparada pela polícia, o qual deixou
muitos mortos, feridos e presos. Cerca de 200 escravos foram presos e julgados, e
o resultado foi: pena de morte para os principais líderes do movimento;
fuzilamentos, açoites e trabalhos forçados para o resto.

Durante a revolta, os escravos devotos à religião islâmica ocuparam as ruas com


roupas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, os quais acreditavam
que estavam protegidos contra os ataques dos adversários. Um dos fatores
determinantes para o fracasso da revolta foram as armas usadas pelos escravos, tal
qual espadas, lanças, facas, porretes, dentre outros objetos cortantes, enquanto a
polícia estava munida de armas de fogo.

Vale destacar que os Malês, homens guerreiros, ousados e instruídos, tinham como
principais objetivos libertar os escravos de origem islâmica, exterminar a religião
católica e implantar uma república islâmica, de forma que tentaram tomar o poder,
porém foram esmagados pelas forças do império.

Não obstante, eles se organizavam para a realização de cultos à Alá, leituras do


Alcorão, ensino da língua árabe, tudo sempre muito escondido, uma vez que eram
reprimidos e obrigados a aceitar o Deus Católico. Ademais, muitos deles sabiam ler
e escrever, qualidade rara naquele momento, em que somente os brancos tinham
acesso ao conhecimento.

Embora tenha sido reprimida rapidamente, após a Revolta dos Malês o receio do
Império e dos fazendeiros donos dos escravos aumentou consideravelmente, sendo
que algumas medidas foram tomadas, desde a proibição de praticar seus cultos
religiosos que não sejam católicos, bem como andar nas ruas durante a noite.

Os malês carregavam no peito um pequeno pedaço de couro com inscrições de


trechos do Alcorão.
Greve dos Queixadas

O movimento, marcado para começar às 6h de 14 de maio de 1962 caso as


reivindicações não fossem atendidas, foi diferente também porque se prolongaria
por sete anos e quatro meses, provavelmente um caso único no mundo.

Foi assim que cruzaram os braços todos os 1.400 trabalhadores na fábrica de


cimento localizada em Perus, no noroeste da capital paulista, e nas pedreiras de
calcário situadas a 20 quilômetros dali, no município de Cajamar.

Eles reivindicavam o pagamento de salários atrasados, o cumprimento de acordos


coletivos, reajuste e pagamento da verba para casa própria no período entre
outubro de 1960 e maio de 1962.

Durante 99 dias, tudo parou naquela que foi a maior fábrica de cimento da América
Latina e fornecedora do produto para a construção dos primeiros edifícios de São
Paulo, viadutos, pontes, estradas, estádios e até da capital federal.

A Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus (CBCPP) foi inaugurada por um


consórcio formado por empresários canadenses e brasileiros em 1926, quando
ainda não havia leis para garantir direitos trabalhistas, apenas decretos específicos
sobre limite de idade e jornada noturna.

Filho de trabalhador da fábrica, o historiador Elcio Siqueira, que estudou o episódio


para seu mestrado e doutorado pela Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), conta que em 21 de agosto, data da operação, houve intervenção
policial e os agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) iam atrás
dos grevistas em casa.

A postura combinava ideias do indiano Mahatma Gandhi (1869-1948) e do


dominicano padre Lebret (1897-1966), teólogo francês que aproximou pensamento
cristão e ação econômica para uma sociedade mais justa.
“A medida permitiria a oferta de cimento a preços inferiores aos dos outros
fabricantes.” Após 50 anos do começo da greve, o ideal daqueles operários ainda
move toda a comunidade.

Só que, em vez da defesa de direitos trabalhistas, envolve a construção de uma


universidade pública e de um centro de cultura operária no terreno tombado, onde
as ruínas da antiga fábrica resistem às tentativas de depredação.

Em 1967, o advogado do sindicato na época, Mario Carvalho de Jesus, elaborou um


memorial de 164 páginas sobre o processo e os trabalhadores, finalmente,
passaram a ter o direito de voltar ao trabalho. O Grupo Abdalla foi obrigado a pagar
os salários com reajustes de juros e correção monetária, que contava desde o início
da greve em 1962, até a reintegração. Mas foi só em 1969 que 309 empregados
grevistas voltaram ao trabalho, já que outros já haviam até mesmo morrido nesse
meio tempo. Somente em 1975 os trabalhadores receberam a indenização, em um
valor de 18 milhões de cruzeiros (moeda brasileira da época), que equivale em
média a 65 mil reais (moeda atual). O pagamento foi feito a luz de velas na sede do
sindicato que, no período, estava sob intervenção militar.

Revolta da Chibata

A Revolta da Chibata ficou conhecida por ter sido um motim realizado pela
insatisfação dos marujos brasileiros com os castigos físicos que sofriam na Marinha
brasileira no dia 22 de novembro de 1910. O castigo físico em questão era a
chibatada, praticada pela Marinha contra todos os marujos que violassem as regras
da corporação.

O uso da chibatada como forma de punição era uma característica que a Marinha
brasileira havia herdado da Marinha portuguesa do período colonial a partir de um
código conhecido como Artigos de Guerra. Essa forma de punição era dedicada
somente aos postos mais baixos da Marinha, ocupados, em geral, por negros e
mestiços.

A insatisfação dos marujos com os castigos físicos e com o rigor da Marinha era
crescente. Relatos contam que, pouco antes da revolta, durante uma viagem nas
proximidades da costa chilena, os marujos haviam demonstrado insatisfação com a
punição dedicada a um marujo. O estopim para o início da revolta ocorreu quando
Marcelino Rodrigues Menezes foi punido com 250 chibatadas sem direito a
tratamento médico.
Após a punição de Marcelino, os marujos rebelaram-se e
tomaram o controle de quatro embarcações da Marinha
brasileira: Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro. Os
marujos revoltosos exigiam do governo o fim dos castigos
físicos; caso contrário, a capital seria bombardeada. A liderança
desse motim foi realizada por João Cândido, o Almirante Negro.

Os marujos revoltosos escreveram um manifesto que resumia


as suas exigências e enviou-o para o gabinete do presidente da
época, Hermes da Fonseca. Coincidentemente, no dia em que se iniciou a revolta, o
presidente oferecia uma festa no Rio de Janeiro em comemoração a sua posse
como presidente.

Não se sabe ao certo quem foi o responsável por redigir o manifesto com as
exigências dos marujos, mas esse documento foi considerado muito bem escrito. Os
historiadores apontam que provavelmente ele foi elaborado por Adalberto Ferreira
Ribas. A respeito desse documento e das demandas solicitadas nele, a historiadora
Sílvia Capanema afirma:

Era bem redigido e caligrafado, apresentava


várias demandas objetivas – fim dos castigos
corporais, aumento do soldo, substituição dos
oficiais tidos como incompetentes, melhoria no
nível de educação de alguns marujos – e resumia,
de forma pensada, o espírito central dos
marinheiros, que se apresentavam como
“cidadãos brasileiros e republicanos” que não
“suportavam mais a escravidão na Marinha”.
Quanto aos aspectos materiais do texto, tudo
indica que foi escrito ou redigido por alguém que
dominava a caligrafia e tinha bela escritura.

Pressionado tanto pelas ameaças dos marujos quanto de políticos, o governo de


Hermes da Fonseca aceitou os termos propostos e pôs fim aos castigos físicos na
Marinha em 26 de novembro de 1910 e prometeu anistia a todos os envolvidos. A
promessa do governo não foi cumprida e, no dia 28 de novembro, um decreto
dispensou cerca de mil marinheiros por indisciplina.

Após isso, uma segunda revolta na Marinha iniciou-se, dessa vez, no Batalhão
Naval estacionado na Ilha das Cobras. Essa segunda revolta, no entanto, foi
massacrada violentamente, e os envolvidos foram aprisionados e torturados nessa
ilha. Outras centenas de marinheiros foram enviados para trabalhar em seringais na
Amazônia e muitos foram fuzilados durante o trajeto.
Balaiada

A Balaiada foi uma revolta popular ocorrida na província do Maranhão, entre 1838 e
1841. Seu nome se referia aos balaios, cestos fabricados na região. As classes
menos favorecidas estavam insatisfeitas com a situação precária vivida e não
toleravam mais os desmandos dos líderes locais que governavam a província de
forma autoritária.

Em 1834, foi publicado o Ato Adicional, que alterava a Constituição de 1824 e


concedia às províncias relativa autonomia. As Assembleias provinciais puderam
fazer suas leis. Isso provocou disputa de poder local, o que também motivou as
revoltas no Período Regencial. No Nordeste, concentraram-se as principais revoltas,
e, em muitas delas, a questão social foi uma das pautas das reivindicações dos
revoltosos.

Por conta do Ato Adicional de 1834, as províncias tiveram mais autonomia para
governar, o que motivou a disputa de poder entre grupos regionais. Quem estava no
poder usou de todos os meios autoritários disponíveis para manter-se no governo,
enquanto os grupos rivais pegaram em armas para assumir o comando provincial.
Além disso, os graves problemas sociais enfrentados pela população mais pobre
fizeram com que o movimento ganhasse apoio popular.

A crise econômica veio atrelada à crise social, pois não havia investimentos no
Maranhão, o que agravou a desigualdade social bem como a pobreza entre a
população mais carente. A publicação do Ato Adicional de 1834 concedeu mais
autonomia para as províncias, acirrando as disputas dos grupos sociais pelo poder
nos governos provinciais.

Com o agravamento da crise social, os mais pobres aderiram à revolta e se uniram


às tropas rebeldes para derrubar o governo provincial. As disputas internas e a
participação da população carente acirraram o embate entre os grupos opostos.
Além disso, a forma autoritária com que a província do Maranhão era governada
motivou o embate armado.

A Balaiada começou em dezembro de 1838, quando o


vaqueiro Raimundo Gomes invadiu a cadeia da cidade
maranhense de Vila da Manga para libertar seu irmão,
acusado de assassinato, e outros presos que cumpriam
penas. Os guardas não reagiram ao ataque e aderiram ao
movimento. Raimundo procurou mais aliados para formar
uma tropa de rebeldes contra o governo provincial.
Além de Raimundo a Balaiada contou com mais dois
principais líderes sendo eles Manoel dos Anjos Ferreira que
era um fabricante de balaios, por isso o nome da revolta, e se
revoltou contra um soldado que havia desonrado uma de suas
filhas. Determinado a se vingar, Ferreira saiu em busca de
apoio por onde passava e organizou um grupo armado que
atacava vilas e fazendas da região.

E Cosme Bento que liderou negros fugidos que moravam nos


quilombos seguiram os revoltosos sob a liderança de Cosme
Bento, que chefiava um dos quilombos no Maranhão.

Em 1839, os revoltosos dominaram Vila de Caxias e Vargem


Grande, formando uma junta provisória para governar o
território conquistado. Apesar das vitórias obtidas no começo
da revolta, os balaios começaram a perder força logo após a morte de Manoel dos
Anjos Ferreira, alvejado em um dos conflitos contra as tropas imperiais.

O fim da Balaiada foi decretado após a chegada do coronel Luís Alves de Lima e
Silva, o futuro duque de Caxias. Ele chegou ao Maranhão, em 7 de fevereiro de
1840, com oito mil homens fortemente armados. O Caxias derrotou Raimundo
Gomes sem muito esforço. Dom Pedro II, recém-coroado imperador do Brasil,
decretou a anistia aos rebeldes que se entregassem às tropas imperiais.

Esse ato fez com que mais de 2500 revoltosos se entregassem, enfraquecendo o
movimento e ajudando as tropas a derrotarem os últimos focos de combate da
Balaiada. Os participantes da revolta foram mortos pelas tropas. Dessa forma, a
unidade territorial do império se manteve e a estabilidade política se concretizou.

Conjuração Baiana

A Conjuração Baiana foi uma revolta de caráter separatista e popular, que ocorreu
na Bahia em 1798. Seus principais objetivos eram: o fim do pacto colonial com
Portugal, a implantação da República, a liberdade comercial no mercado interno e
externo e a liberdade e igualdade entre as pessoas (eram favoráveis à abolição da
escravidão).

A Conjuração Baiana, também chamada Inconfidência Baiana, foi um movimento de


caráter separatista ocorrido no ano de 1798, na então Capitania da Bahia. Este
movimento ficou conhecido também como a Revolta dos Alfaiates pois a grande
maioria dos membros que participaram da revolta exerciam essa profissão.
Diferente da Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, o movimento baiano possuía
caráter popular, sendo composto, em sua maioria, por escravos, negros livres,
mulatos, brancos pobres e mestiços que exerciam as mais diferentes profissões,
como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras ocupações.

Com isso, a população de Salvador começou a sofrer com a falta de certos


mantimentos, que consequentemente elevaram os preços dos produtos e alimentos
fundamentais para a sobrevivência que estavam disponíveis. A população estava
cada vez mais inconformada.

Além disso, o povo também não estava satisfeito com o governo de Portugal e a
ideia do Brasil se tornar independente ganhava cada dia mais força na população.

Eventos como a independência dos Estados Unidos, a independência do Haiti e a


Revolução Francesa acabaram ocasionando na capitania baiana a disseminação
dos ideais de liberdade e igualdade, causando euforia em uma pequena parcela de
toda a população que residia em Salvador.

Em 1763, a capital do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro. Com tal mudança,
Salvador, antiga capital, sofreu com a diminuição dos recursos destinados à cidade.
Juntamente, o aumento da taxa de impostos e exigências pioraram radicalmente as
condições de vida da população local.Os principais objetivos da Conjuração Baiana
eram:

O fim do pacto colonial com Portugal, ou seja, tornar o Brasil um país independente;

Implantação de um regime republicano;

Liberdade comercial no mercado interno e externo;

Liberdade e igualdade entre as pessoas. Por isso, eram completamente a favor da


abolição da escravidão e dos privilégios sociais;

Aumento dos salários para militares.

As ruas de Salvador foram tomadas pelos inconfidentes que distribuíram folhetos


informativos a fim de obter mais apoio popular e incitar a revolução.

Os principais líderes da Conjuração Baiana foram:

● Os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos


Lira;
● O médico Cipriano Barata, conhecido como médico dos pobres e
revolucionário de todas as revoluções;
● Os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres, Luiz Gonzaga das Virgens;
● O farmacêutico João Ladislau de Figueiredo;
● O professor Francisco Barreto.
Os panfletos traziam pequenos textos e palavras de ordem, com base no que as
autoridades portuguesas chamavam de “abomináveis princípios franceses”.

“Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o
tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais. “

O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, recebeu a


denúncia, feita por Carlos Baltasar da Silveira, de que os conspiradores estavam
reunidos em Campo de Dique, no dia 25 de agosto.

O coronel Teotônio de Souza foi encarregado pela Coroa portuguesa de flagrá-los.


Muitas pessoas conseguiram fugir, mas 49 pessoas foram presas, entre elas três
mulheres, nove escravos, porém a grande maioria era composta de alfaiates,
barbeiros, soldados e pequenos comerciantes.

Os envolvidos na Conjuração Baiana que eram de classes sociais mais baixas


tiveram condenações mais duras. Manuel Faustino, João de Deus Nascimento, Luís
Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas foram executados e esquartejados.

As partes de seus corpos foram espalhadas pela cidade de Salvador, com o intuito
de demonstrar autoridade e reprimir outros possíveis movimentos de conspiração.

Conclusões

Conclusão Ana Paula:

Abordamos sobre as Rebeliões Negras no Brasil. Os Quilombos eram refúgios de


escravos que fugiam e buscavam abrigos no Quilombo dos Palmares. Costumavam
pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes.
As rebeliões foram lutas pela liberdade, insatisfação, reivindicações de pagamentos
de salários, igualdade e caráter separatista. Buscavam justiça pela exploração e
violência sobre eles.

Conclusão Diogo Mageste

As revoltas escravas são parte importante da história social e política brasileiras.


Legado vivo das lutas negras no país, elas desafiaram a ordem escravista ao
reivindicar a liberdade dos escravizados e colocar em prática as visões de mundo
de comunidades despossuídas ao longo do século 19. Lideradas por homens e
mulheres africanos e/ou nascidos no Brasil, os levantes não foram casos
excepcionais, mas sim parte do cotidiano de uma sociedade formada pelo tráfico de
africanos e dominação sobre negros e indígenas. Comuns nos mundos rural e
urbano, as revoltas revelam como negros escravizados, libertos e livres
interpretaram e transformaram a realidade de seu tempo.
Conclusão Pedro H. Barbosa

Apesar de faltar muito para atingirmos uma sociedade, não é de hoje que pessoas
negras lutam por melhores condições de vida e respeito depois de realizar a
pesquisa sobre o trabalho pode se perceber que todas as revoltas praticamente tem
o mesmo intuito que é melhorar a qualidade de vida dos negros na politica, religião
e trabalho.

Conclusão Larissa

Com base no trabalho apresentado abordamos sobre o tema Quilombos e


Rebeliões Negras No Brasil.
Os quilombos são povoados de escravos refugiados. Eles fugiam de seus donos e
formavam os quilombos. Nesses lugares, eles preservam suas danças, cantos e
crenças. O quilombo mais conhecido é o de Palmares.
E as rebeliões eram sobre a resistência dos escravos, contudo tinha como grande
objetivo a conquista da liberdade, mas também poderia buscar apenas impor limites
ao excesso de tirania de feitores e senhores.
Portanto esse tema seria importante para a sociedade pois se trata de uma união , é
é fundamental para as mudanças acontecerem.

Conclusão Wesley:

As revoltas negras no Brasil tinham como objetivo impor limites sobre os malstratos
e tiranias sobre os escravos, essas revoltas foram muito importantes tambem para o
fim da escravidão e para que os negros adquirissem seus direitos em busca da
igualdade racial .
Nessa época os quilombos foram essenciais pois serviam de refúgio para os
escravos que fugiam de seus donos.
Mais do que uma simples comunidade, o quilombo era formado em locais de difícil
acesso. Tal medida visava impedir a recaptura dos escravos fugidos.
O quilombo dos Palmares foi um dos mais importantes, resistiu as expedições
portuguesas e contou com cerca de 20 mil habitantes. Zumbi dos Palmares foi um
dos grandes líderes do quilombo dos Palmares e liderou várias lutas de resistência
contra os portugueses.
A educação pode e deve intervir justamente na visão que se tem da cultura africana,
que limita-se à relação da figura do negro como escravo. Isto, além de ser um
estereótipo, traz uma visão muito limitante sobre uma cultura que é tão parte do
Brasil como o seu próprio início.

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