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Movimentos Nativistas
Movimentos Pré-Independência
A Crise do Sistema Colonial
1 – Os Movimentos Nativistas, ocorridos entre os séculos XVII e XVIII, de caráter local, não
propunham o rompimento do Pacto (criticavam alguns aspectos do mesmo, cada caso um
caso) e não vieram a sofrer influências ideológicas de qualquer tipo.
a) Aclamação de Amador Bueno, São Paulo, 1641, foi a reação paulista à Restauração
Portuguesa (com o fim da União Ibérica, acabavam-se as possibilidades de se fazer
contrabando na região do Rio da Prata; além disso, os colonos eram insatisfeitos com a
proteção dada aos jesuítas). Influenciados por espanhóis que habitavam a região, os
paulistas aclamaram o rico proprietário de terras Amador Bueno como “Rei de São Paulo”,
título que o mesmo não aceitou. O movimento morreu sem maiores conseqüências.
b) Revolta de Beckman, Maranhão, 1684, conflitos envolvendo a elite maranhense (liderada
pelos irmãos Beckman) contra a Companhia de Comércio do Maranhão (que detinha o
monopólio sobre a venda de manufaturados e escravos, a preços elevados) e contra os
Jesuítas (que se opunham à escravidão indígena e disputavam com os colonos a
exploração das drogas-do-sertão). Liderados por Manuel e Tomás Beckman e Jorge
Sampaio, os colonos tomaram o poder na capitania, expulsaram os jesuítas e extinguiram a
Companhia de Comércio. A repressão da coroa levou à execução dos líderes.
c) Guerra dos Emboabas, MG, 1708-1709, teve origem na descoberta de ouro, pelos
paulistas, na região das Minas Gerais. Esse fato atraiu os portugueses e as populações
litorâneas, que estavam decadentes devido ao declínio da lavoura canavieira, gerando a
luta entre paulistas e forasteiros (emboabas) pelo controle das zonas de mineração. Nesse
contexto, destaca-se o episódio do “Capão da Traição”, em que foram dizimados, à traição,
cerca de trezentos paulistas. Conseqüências: criadas as capitanias de Minas Gerais e São
Paulo separadas da jurisdição do Rio de Janeiro, e a partida dos paulistas para Goiás e
Mato Grosso, onde vieram a descobrir ouro e a iniciar o processo de ocupação territorial
dessas regiões.
d) Guerra dos Mascates, Pernambuco, 1710, luta que refletiu a decadência da economia
açucareira face à concorrência antilhana. Envolveu os senhores de engenho de Olinda
contra os comerciantes portugueses do Recife, por motivos econômicos (a aristocracia
rural estava endividada com os comerciantes portugueses – mascates) e motivos políticos
(a busca de autonomia pelo Recife, que era uma comarca de Olinda). A pressão dos
mascates fez com que o rei de Portugal elevasse Recife à categoria de vila, separando-a
de Olinda(1709). Em fins de 1710, liderados por Bernardo Vieira de Melo, os olindenses
invadiram Recife, derrubando o pelourinho. A intervenção da coroa levou à elevação do
Recife à condição de capital da capitania e com o exílio do líder dos olindenses.
e) Revolta de Felipe dos Santos, MG, 1720, foi um movimento contra a criação das Casas
de Fundição. Outro problema era o controle que os “reinóis” (portugueses) exerciam sobre
a comercialização de gêneros de primeira necessidade. Estes dois problemas levaram os
brasileiros a uma rebelião onde se destacou Felipe dos Santos como um dos principais
líderes. O governador da capitania, Conde de Assumar, reprimiu violentamente esta
rebelião. Felipe dos Santos foi enforcado e esquartejado.
2 – Os Movimentos Pré-Independência, ocorreram entre os séculos XVIII e XIX, de caráter
nacional, foram influenciados pela ideologia Liberal e pelas revoluções liberais (Revolução
Americana, 1776, e Revolução Francesa, 1789) e que propunham o rompimento do Pacto
Colonial.
• Os rebeldes, que não dispunham de força militar, marcaram o início da revolta para
coincidir com uma derrama, visando dessa forma conseguir o apoio popular ao movimento.
• A Inconfidência Mineira possuía uma forte
contradição, pois a despeito de seus ideais liberais,
não chegava a propor a abolição da escravatura.