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Guerras e Revoltas Nativistas no Brasil Colônia

•:
• As revoltas nativistas foram aquelas que
tiveram como causa principal o
descontentamento dos colonos brasileiros
com as medidas tomadas pela coroa
portuguesa.

• Ocorreram entre o final do século XVII e início


do XVIII.

Contexto • Nos séculos XVII e XVIII, podemos observar


Histórico que algumas revoltas foram fruto da
incompatibilidade de interesses existente
entre os colonos e os portugueses.

• As revoltas nativistas foram movimentos


sociais contrários a dominação portuguesa no
Brasil.

• Nativismo era um sentimento antilusitano.

Prof. Alexandre Morais


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Revolta de
Beckman

• A Revolta de Beckman foi uma revolta


nativista que aconteceu na cidade de
São Luís, entre os anos de 1684 e 1685.
• Motivada pela insatisfação,
sobretudo dos homens-bons, com as
medidas tomadas pela administração
colonial na questão do comércio e da
obtenção de trabalhadores escravos.
• A Revolta de Beckman se estendeu
durante mais de um ano.
• No entanto, em virtude dos
desentendimentos entre suas
lideranças e da incapacidade em se
expandir para o resto da província, o
movimento fracassou.
• Em maio de 1685, uma esquadra foi
enviada para recuperar a cidade e o
fez sem grandes problemas.

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• A Guerra dos Emboabas foi um confronto travado de
1707 a 1709 pelo direito de exploração das recém-
descobertas jazidas de ouro na Capitania de São Vicente,
Guerra dos região do atual estado de Minas Gerais e São Paulo, no
Brasil.
Emboabas • O conflito contrapôs os desbravadores vicentinos
(bandeirantes paulistas) e os forasteiros que vieram
depois da descoberta das minas.

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Guerra dos Mascates

• A Guerra dos Mascates foi um conflito


entre senhores de engenho de Olinda e
comerciantes portugueses de Recife, na
capitania de Pernambuco, entre os anos de
1710 e 1711, por causa da crise do açúcar
brasileiro, que passou a encontrar
concorrentes em outros lugares do
mundo.
• Essa guerra foi assim chamada porque os
comerciantes portugueses de Recife eram
designados pelos senhores de engenho de
Olinda como mascates, de maneira
pejorativa.
• Ao fim da guerra, muitos olindenses
foram presos, Recife passou a ser a sede
administrativa da capitania e um
interventor, nomeado pela Coroa
portuguesa, passou a governá-la.

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Revolta de
Felipe dos Santos
•Também conhecida como Revolta de Vila Rica,
este movimento nativista ocorreu no ano de 1720,
na região das Minas Gerais, durante o período do
Ciclo do Ouro contra as Casas de Fundição.

•Era proibida a circulação de ouro em pó ou em


pepitas. Quem fosse pego desrespeitando as leis
portuguesas era preso e recebia uma grave punição
(degredo para a África era a principal).

•A Coroa Portuguesa decidiu instalar quatro casas


de fundição, onde todo ouro deveria ser fundido e
transformado em barras, com o selo do Reino.

•A revolta durou quase um mês. Os revoltosos


pegaram em armas e chegaram a ocupar Vila Rica.

•A revolta foi reprimida e Felipe dos Santos foi


enforcado. Julgamento de Filipe dos Santos,
Prof. Alexandre Morais Óleo de Antônio Parreiras, 1823
A Crise do Antigo
Sistema Colonial
séc. XVIII

• As contradições políticas e
econômicas do próprio sistema
colonial.
• Decadência do Antigo Regime
(Absolutismo);
• Avanço das ideias Iluministas
em todo o mundo;
• Independência dos EUA, da
Revolução Haitiana e de
outras colônias pioneiras;
• Formação de um sentimento
nacionalista e identitário nos
povos das colônias;

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As Revoltas Emancipacionistas
ou Separatistas

• As revoltas emancipacionistas
foram movimentos sociais
ocorridos no Brasil Colonial;
• Caracterizados pelo forte
anseio de conquistar a
independência do Brasil com
relação a Portugal;
• Estes movimentos possuíam
certa organização política e
militar;
• Forte sentimento contrário à
dominação colonial.

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Inconfidência ou Conjuração
Mineira - 1789

Contexto Histórico:
• Crise do Antigo Sistema Colonial;
• A oposição da Inglaterra ao Pacto
Colonial
• Influência do Iluminismo e da
Independência dos EUA;
• Movimento separatista e de ideais
Liberais;
• Defesa do Republicanismo;
• Grupos atuantes: fazendeiros,
mineradores e elementos da classe
média;
• Não pretendia abolir a escravidão.

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• Pintura a óleo sobre tela com visão panorâmica de Vila Rica no século XVIII.
Autoria: Arnaud Julien Pallière (1784-1862). Acervo MDINC/Ibram.
• A peça pode ser apreciada na Sala Império do circuito expositivo do museu (Foto:
Aldo Araújo)

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Os Líderes

Os principais nomes foram:


• Tomás Antônio Gonzaga;
• Cláudio Manuel da Costa;
• Alvarenga Peixoto;
• Joaquim José da Silva Xavier (o
Tiradentes);
• padre Carlos Correia de Toledo;
• coronel Francisco Antônio de
Oliveira Lopes;
• coronel José Silvério dos Reis,
que viria a ser o delator de seus
companheiros.
Tomás Antônio Gonzaga

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O Movimento
• A Inconfidência Mineira foi uma realização
da elite socioeconômica da capitania de
Minas Gerais.
• Tiradentes, por exemplo, foi uma exceção,
uma vez que ele não pertencia à elite da
capitania. Ele era militar e comandava a
tropa que monitorava o Caminho Novo,
estrada que ligava Rio de Janeiro a Minas
Gerais.
• Apesar de ser um movimento de elite, os
envolvidos com a inconfidência eram dos
mais variados ofícios, e entre os
conspiradores havia membros da Igreja
Católica, magnatas da região, comerciantes,
fazendeiros, médicos etc.
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O Plano
Como mencionado, os inconfidentes pensavam
em iniciar sua rebelião no dia que fosse
estipulada a derrama.
A rebelião seria iniciada em Vila Rica e depois
espalhada por toda a capitania de Minas Gerais.
Para vencer pretendiam impor uma guerra de
desgaste, que sangraria as finanças de Portugal,
forçando-a a negociar com os colonos.
Se tivessem sucesso, pretendiam:
• Proclamar uma república inspirada nos moldes
existentes nos Estados Unidos;
• Realizar eleições anuais;
• Incentivar a diversificação econômica da
capitania e instalar manufaturas;
• Formar uma milícia nacional;
• Perdoar as dívidas dos inconfidentes.
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O Desfecho
• No dia 18 de maio de 1789, alguns dos líderes da
Inconfidência foram avisados de que sua conspiração
tinha sido denunciada e que todos corriam perigo.
• O governador da capitania, Visconde de Barbacena,
recebeu seis denúncias, e a mais consistente foi
realizada por Joaquim Silvério dos Reis.
• Em posse de valiosas informações, o visconde de
Barbacena ordenou a suspensão da derrama e deu
início às prisões dos nomes denunciados.
• Em meio a prisões e interrogatórios, o julgamento
estendeu-se por três anos. A leitura da sentença
aconteceu no dia 18 de abril de 1792 e durou 18 horas
• As sentenças foram variadas e algumas das penas
foram: degredo para a África, prisão perpétua e morte
por enforcamento.

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Herói: a construção
do mito de
Tiradentes
• A figura de Tiradentes como Cristo.
• Transformação de Tiradentes como herói
da República.
Tiradentes Esquartejado, 1893,
Pedro Américo • O estabelecimento do feriado de 21 de
abril, em homenagem ao Tiradentes,
partiu do Ditadura militar por meio do
marechal Castelo Branco em 1965.
• Tiradentes é Patrono da Nação Brasileira.

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A Conjuração Baiana ou
Revolta dos Alfaiates- 1798

• Movimento político, republicano


e separatista;
• Influenciada pelo Iluminismo,
Independência dos EUA e pelas
Revoluções Francesa e Haitiana;
• Pretendia abolir a escravidão;
• A Conjuração Baiana foi
composta, em sua maioria, por
escravizados, negros livres,
brancos pobres e mestiços, que
exerciam as mais diferentes
profissões, como sapateiros,
pedreiros, soldados, etc.

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Principais líderes
• Articularam a Conjuração Baiana cinco principias
líderes.
• O líder ligado a elite foi o médico, político e filósofo
baiano Cipriano Barata.
• A classe militar também reagia negativamente a Cipriano Barata
política dos colonizadores portugueses. Os nomes
que aderiram a conspiração representando a
categoria foram os soldados baianos Luís Gonzaga e
Lucas Dantas, que atuaram ativamente na
divulgação da revolta.
• Já os líderes que exerciam a profissão de alfaiate
eram Manuel Faustino e João de Deus do
Nascimento.

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Revolta, repressão e
enforcamentos
• Tinha como objetivos separar a Bahia de Portugal, abolir a
escravatura e atender às reivindicações das camadas pobres
da população.
Um desses panfletos declarava:
• No dia 12 de agosto de 1798, a cidade de Salvador
"Animai-vos Povo baiense que está para
amanheceu coberta de papéis manuscritos pregados aos chegar o tempo feliz da nossa Liberdade:
muros das igrejas.
o tempo em que todos seremos irmãos:
• Os panfletos chamavam a população à luta e proclamavam
ideias de liberdade, igualdade, fraternidade e República. o tempo em que todos seremos iguais."
• Reprimida a rebelião, as prisões sucederam-se e o
movimento foi desarticulado.
• Foram presas 49 pessoas, das quais três eram mulheres,
nove escravizados e outros homens livres que exerciam
profissões como alfaiates, barbeiros, soldados, bordadores e
pequenos comerciantes.
• Os principais envolvidos foram julgados e condenados à
morte.
• Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do
Nascimento, Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas
foram executados, decapitados e tiveram suas cabeças
penduradas na Praça da Piedade no dia 08 de novembro
1799.

Prof. Alexandre Morais


A fuga da
família real
portuguesa
para o
Brasil...

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