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Amélia Jaime Mazive

Ana José Chaluco

Hortência Gertudes Munguambe

Marta

Pos-laboral

O aparelho genital masculino

Medicina geral

Instituto Politécnico de pesquisa de Moçambique

Maputo

2024
Amélia Jaime Mazive

Ana Jose Chaluco

Hortência Gertudes Munguambe

Marta

O aparelho genital masculino

Medicina geral

Módulo: Anatomia e fisiologia humana

Instituto Politécnico de pesquisa de Moçambique

Maputo

2024
Índice
Introdução:.................................................................................................................2

Objectivos..................................................................................................................2

O aparelho genital masculino.....................................................................................3

Órgãos externos do sistema reprodutor masculino....................................................3

Órgãos internos do sistema reprodutor masculino.....................................................4

Função reprodutora masculina...................................................................................5

Efeitos do envelhecimento no sistema reprodutor masculino....................................6

Conclusão...................................................................................................................9

Referências bibliográficas........................................................................................10
Introdução:

O aparelho genital masculino é fundamental para a reprodução humana, sendo


responsável pela produção, transporte e deposição dos espermatozóides no trato
reprodutivo feminino durante a relação sexual. Compreender a anatomia e fisiologia
desse sistema é crucial para entender a fertilidade masculina e os possíveis problemas
de saúde que podem afectar a função reprodutiva masculina.

Objectivos:

 Descrever a anatomia do aparelho genital masculino.


 Explicar a fisiologia da produção de espermatozóides e a ejaculação.
 Discutir as funções dos principais órgãos do aparelho genital masculino.
 Abordar os problemas de saúde comuns que afectam o aparelho genital
masculino, como a infertilidade masculina e as doenças sexualmente
transmissíveis.
O aparelho genital masculino

O aparelho reprodutor masculino ou sistema genital masculino é o sistema responsável


pela produção dos gametas masculinos, tal como a maturação e introdução destes
no aparelho reprodutor feminino. Como processos fisiológicos relacionadas a essas
funções, há a produção de harmónios e do sémen. Sua forma e função está intimamente
relacionada à evolução dos sistemas de acasalamento em primatas e ao conflito
sexual entre macho e fêmea.

Órgãos externos do sistema reprodutor masculino

Externamente, o sistema reprodutor masculino é formado pelo pénis e pelo saco


escrotal.

Pénis: O pénis é um órgão responsável pela cópula, formado por tecido eréctil
envolvido por pele. Esse tecido eréctil forma três corpos cilíndricos, sendo dois corpos
cavernosos do pénis e um corpo cavernoso da uretra, também chamado de corpo
esponjoso. O tecido eréctil possibilita a erecção, uma vez que se enche de sangue nesse
momento. Na extremidade do pénis, observa-se uma dilatação, a qual constitui a glande.
O interior do pénis é atravessado pela uretra, estrutura que permite a eliminação do
sémen e também da urina.

Saco escrotal: No saco escrotal ou bolsa escrotal, estão os testículos, os quais ficam
suspensos na extremidade do cordão espermático. A localização dos testículos no saco
escrotal é importante, pois garante que essas estruturas fiquem em um local com
temperatura inferior àquela encontrada no restante do corpo. Normalmente, a
temperatura no saco escrotal é cerca de 2 ºC abaixo da temperatura corporal.
Órgãos internos do sistema reprodutor masculino

Reconhecemos como órgãos internos pertencentes ao


sistema reprodutor masculino: o testículo, o epidídimo, o ducto deferente, ducto
ejaculatório e a uretra, além das glândulas acessórias. Essas glândulas são
responsáveis por produzir secreções que, junto com os espermatozóides, formam
o sémen.

Testículo: O testículo é a estrutura responsável por produzir o espermatozóide e a


testosterona. Esse harmónio tem grande influência no desenvolvimento do corpo do
homem, estando relacionado com a diferenciação sexual e o desenvolvimento de
características sexuais secundárias, além, é claro, de seu papel na espermatogénese. A
produção de espermatozóides ocorre nos túbulos seminíferos, e o harmónio é
produzido nas células de Leydig.

Epidídimo: Estrutura altamente enovelada onde o espermatozóide adquire mobilidade e


se torna móvel.

Ducto deferente e ducto ejaculatório: Os ductos deferentes partem de cada epidídimo


e encontram o ducto da vesícula seminal, formando o ducto ejaculatório. Esses últimos
se abrem na uretra.

Uretra: Canal que percorre o pénis e é comum ao sistema reprodutor e urinário.


Glândulas acessórias:

 Vesículas seminais: Produzem uma secreção rica em substâncias importantes


para o espermatozóide. Entre essas substâncias, destaca-se a frutose, que está
relacionada com o fornecimento de energia aos espermatozóides. Cerca de 70%
do sémen é formado por secreção proveniente dessa glândula.
 Próstata: A próstata produz secreção que é eliminada durante a ejaculação. O
material secretado é espesso e leitoso e contém enzimas e nutrientes.
 Glândulas bulbouretrais: Produzem uma secreção clara que atua como um
lubrificante e também neutralizante, retirando qualquer resto de urina que possa
ter ficado no canal urinário.

Função reprodutora masculina

A função reprodutora masculina envolve a excitação sexual, a erecção, o orgasmo e a


ejaculação de sémen.

 O pénis torna-se erecto através de uma interacção complexa de factores


fisiológicos e psicológicos.
 As contracções durante a ejaculação forçam o sémen para dentro da uretra e
então para fora do pénis.

Durante a excitação sexual, o pénis fica erecto, o que permite a penetração durante a
relação sexual. A erecção é resultante de uma complexa interacção de estímulos
neurológicos, vasculares, hormonais e psicológicos. Os estímulos de prazer induzem o
cérebro a enviar sinais nervosos através da medula espinhal ao pénis. As artérias que
fornecem sangue ao tecido eréctil (os corpos cavernosos e os corpos esponjosos –
consulte a figura Órgãos reprodutores masculinos ) respondem a esse comando e se
alargam (dilatação). As artérias alargadas aumentam radicalmente o fluxo sanguíneo
para essas zonas erécteis. Ao mesmo tempo, os músculos em volta das veias que
normalmente drenam sangue do pénis ficam tensos, retardando a saída do fluxo de
sangue e elevando a pressão sanguínea no pénis. Esta combinação de influxo
aumentado e fluxo para fora diminuído é que faz com que o pénis se torne obstruído
com sangue e aumente em comprimento, diâmetro e rigidez.
O orgasmo é o clímax da excitação sexual. A ejaculação normalmente ocorre com o
orgasmo, causada quando a estimulação da glande peniana e outros estímulos enviam
sinais ao cérebro e à medula espinhal. Os nervos estimulam as contracções musculares
ao longo das vesículas seminais, próstata, ductos do epidídimo e canal deferente.
Essas contracções forçam o sémen para a uretra. A contracção dos músculos que
rodeiam a uretra aumenta o impulso do sémen através e para fora do pénis. O pescoço
(base) da bexiga também se contrai para evitar que o sémen flua para trás e entre na
bexiga.
Depois da ejaculação – ou quando a estimulação cessa – as artérias se contraem e as
veias se abrem, o que reduz a entrada do sangue, aumenta a saída do fluxo sanguíneo e
faz com que o pénis fique mole (detumescência). Depois da detumescência, não se
consegue obter outra erecção durante um determinado período (período refractário),
que costuma durar cerca de 20 minutos nos indivíduos jovens.

Efeitos do envelhecimento no sistema reprodutor masculino

Terapia de reposição de testosterona

Não se sabe ao certo se é o envelhecimento em si ou se são as doenças associadas ao


envelhecimento que causam as alterações graduais que afectam a função sexual
masculina. A frequência, a duração e a rigidez das erecções diminuem aos poucos à
medida que o homem envelhece (consulte Disfunção eréctil). Os níveis do harmónio
sexual masculino (testosterona), tendem a cair, o que diminui o estímulo sexual (libido).
O fluxo de sangue para o pénis diminui. Outras alterações incluem

Redução da sensibilidade do pénis

Redução do volume de líquido liberado durante a ejaculação

Redução do tempo de pré-aviso da ejaculação

Orgasmo sem ejaculação

Depois do orgasmo, o pénis fica flácido (detumescente) mais rapidamente

Depois do orgasmo, ocorrem períodos mais longos antes de uma erecção poder ocorrer
(período refractário)

Começando aproximadamente aos 20 anos, a produção de testosterona (o principal


hormônio sexual masculino) nos homens geralmente começa a diminuir uma média de 1
a 2% por ano. O período posterior na vida em que a produção de testosterona diminui o
bastante para causar sintomas significativos é descrito às vezes como a menopausa
masculina ou andropausa. Entretanto, o declínio gradual de hormônios nos homens
difere bastante daquilo que as mulheres vivenciam na menopausa, quando os hormônios
femininos quase sempre diminuem rapidamente em questão de apenas alguns anos. O
índice de diminuição de testosterona varia consideravelmente entre os homens. Muitos
homens de 70 anos de idade apresentam níveis de testosterona que correspondem à
média dos homens de 30.

Impendentemente de serem jovens ou velhos, homens com níveis baixos


de testosterona podem desenvolver determinadas características associadas ao
envelhecimento, incluindo diminuição da libido, menor massa muscular, aumento da
gordura abdominal, ossos finos que facilmente sofrem fractura (osteoporose),
diminuição do nível de energia, lentidão de pensamento e baixa contagem sanguínea
(anemia). Baixos níveis de testosterona aumentam também o riscam de doença arterial
coronariana.
Terapia de reposição de testosterona

Muitos homens com níveis normais de testosterona se interessam em


tomar testosterona para retardar ou inverter o desenvolvimento das características de
níveis baixos de testosterona. Entretanto, actualmente a terapia de reposição
de testosterona (TRT) é recomendada somente para homens com ambos os sintomas de
níveis baixos de testosterona e níveis anormalmente baixos de testosterona no sangue,
um problema denominado hipogonadismo. Estudos recentes demonstraram evidência
conflituante sugerindo um possível aumento do risco de ter ataque cardíaco e AVC em
homens que recebem a TRT.

Efeitos colaterais da terapia de reposição de testosterona

Em casos raros, o tratamento com testosterona pode ter determinado efeitos colaterais,
como ressonar, aumento nos sintomas do bloqueio do trato urinário (causado geralmente
pela hiperplasia prostática benigna), mudanças de humor, acne, coágulos sanguíneos
e aumento da mama. A testosterona às vezes faz com que o corpo produza glóbulos
vermelhos em demasia, o que pode aumentar o risco de vários distúrbios, como
coágulos de sangue e acidente vascular cerebral.

Actualmente, o tratamento com testosterona supostamente não tem efeito no


desenvolvimento ou na progressão do câncer de próstata. Contudo, este assunto não é
ainda completamente compreendido, e os homens devem conversar com seus médicos
sobre o risco de desenvolverem câncer de próstata.

Acompanhamento da terapia de reposição de testosterona


Os homens que tomam testosterona devem fazer exames para verificar alterações no
hemograma e para câncer de próstata, a intervalos de poucos meses. Esses exames
permitem detectar cânceres de forma precoce, quando a probabilidade de cura é maior.
Alguns homens com câncer de próstata podem tomar o tratamento com testosterona,
mas eles devem ser examinados com ainda mais frequência por seus médicos.
Conclusão

O aparelho genital masculino é um sistema complexo responsável pela produção e


transporte de esperma e pela eliminação de urina. Ele é composto por órgãos internos e
externos. Os órgãos internos incluem os testículos, epidídimos, ductos deferentes,
glândulas seminais, próstata e uretra. Os testículos são responsáveis pela produção de
espermatozóides e pela secreção de hormônios masculinos, como a testosterona. O
epidídimo é responsável pelo armazenamento e maturação dos espermatozóides.

Os ductos deferentes transportam os espermatozóides dos testículos até as vesículas


seminais, onde são misturados com fluidos produzidos pelas glândulas seminais e pela
próstata para formar o esperma. A uretra é o canal que transporta o esperma e a urina
para fora do corpo. Os órgãos externos incluem o pénis e o escroto. O pénis é
responsável pela condução do esperma para o interior do corpo feminino durante a
relação sexual. O escroto é uma bolsa de pele que abriga os testículos e ajuda a regular a
temperatura dos testículos para a produção adequada de esperma.
Referências bibliográficas

1. Ciências. O Corpo Humano. p.50 - Carlos Barros e Wilson Paulino

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