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Acadêmicos:
Daniele de Avelar Macedo¹
Mairead Cristina de Jesus Pereira¹
Mayara Souza¹
Sara Gomes¹
Tutor externo: Mariléia Fogulari Ubinski²
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo discutir a importância da educação inclusiva e sua práxis na
escola, apresentando um breve histórico da educação inclusiva no mundo e no Brasil, bem como,
demonstrar a relevância do papel do professor, como peça chave neste processo.
1.INTRODUÇÃO
O tema “educação inclusiva” tem sido muito debatido hoje no ambiente escolar e
acadêmico. O estudante de pedagogia tem em seu currículo base esta disciplina para sua
formação. Trazer este tema da teoria para a prática em sala de aula tem sido o grande
desafio para o professor. Nesse sentido, a relevância desta pesquisa e debate.
A escola tem o dever de cumprir a lei que garante a todos o direito de frequentar a
rede regular de ensino, adequando-se às reais necessidades de cada aluno. As
dificuldades não são apenas de infraestrutura, mas elas perpassam pela necessidade de
mudança de mentalidade e políticas públicas efetivas. Por muitos anos as pessoas com
deficiência foram excluídas da escola, pensava-se que este posicionamento era melhor
para eles, quando na verdade os marginalizava à solidão de suas casas e famílias.
Houve um grande avanço quanto à inclusão das crianças especiais na rede regular
de ensino, porém, é preciso compreender a educação inclusiva numa perspectiva mais
ampla, que compreende todos os alunos, sem exceção. Nesta perspectiva este trabalho
de pesquisa traz a temática, apresentando a educação inclusiva no decorrer da história,
sua trajetória no Brasil e levantando a discussão sobre a importância do professor neste
processo.
2. DEFINIÇÃO DE TERMOS
Na Idade Antiga (3.500 a. C. a 476 d. C.), também chamada de era pré-cristã, não
encontramos registros que demonstrem o atendimento oferecido às pessoas com
necessidades especiais.
Apesar das demonstrações artísticas mostrarem casos positivos de integração, a
história traz situações extremas de exclusão. Isto pode ser comprovado pela afirmação de
Gurgel (2007, s. p.) ao citar que Platão e Aristóteles, em seus livros a república e a
política, respectivamente, “trataram do planejamento das cidades gregas indicando as
pessoas nascidas “disformes” para eliminação. A eliminação era por exposição, ou
abandono ou, ainda, atiradas do aprisco de uma cadeia de montanhas chamada
Taygetos, na Grécia”.
Por muitos anos as pessoas com necessidades especiais eram excluídas da
educação escolar pois eram vistos como pessoas doentes, incapazes de aprender. Na
Idade Média as pessoas com deficiências eram perseguidas, e até mesmo executadas,
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porque acreditavam que elas tinham a presença do demônio. De acordo com GUGEL
(2007, s. p., apud FLORIANI, 2017, p. 10):
educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino e deve
haver serviços de apoio especializado.
Atualmente existem normas estabelecidas que visam a acessibilidade dentro das
escolas como a construção de rampas, de elevadores, corrimãos e outros elementos
facilitadores da vida dos deficientes físicos. As diretrizes também colocam o ensino de
libras nos currículos dos cursos superiores, entre outras ações que visam impulsionar a
inclusão escolar.
A inclusão envolve todo o corpo docente da escola. Passa por uma gestão que
acompanha de perto professor e alunos. A coordenação pedagógica que faz essa
mediação com docentes e discentes e chega no professor, este último, está na linha de
frente e conhece melhor que todos, os alunos, sabe os desafios da inclusão em sala de
aula.
Falar sobre o papel que o professor exerce como agente de inclusão é lembrar qual
papel ele desempenha, e qual papel poderia desempenhar. Na sala de aula o professor
tem a oportunidade de aprender sobre a inclusão com seus alunos. Cada turma tem na
diversidade, um desafio para o professor. Ele precisa incluir aquele aluno que tem
dificuldades na aprendizagem, o que não sabe ler em uma turma já alfabetizada, sem
rotular e estigmatizar. A exclusão acontece quando se elogia apenas os mais
caprichosos, aqueles que terminam as atividades primeiro, que são os alunos destaque
na sala de aula. Sempre haverá alunos tímidos, aqueles que se escondem no fundo da
sala... A prática da inclusão se estende além dos alunos com necessidades especiais, sua
amplitude deve alcançar cada educando em suas especificidades e individualidade.
Na postura deste profissional se encontra uma porta aberta ou fechada a inclusão.
Não se pode colocar apenas sobre o professor está responsabilidade, mas como mestre
em sua sala ele pode fazer a diferença neste ambiente. Sendo um professor acolhedor,
atento às necessidades de seus alunos, que busca parceria com as famílias e com o
segundo professor, quando este está presente em sala. Mudar nunca foi fácil, mas as
grandes transformações começaram muitas vezes, por iniciativas individuais, com
pequenos passos que alcançaram grandes proporções, através de uma visão.
Para a jornalista e escritora Claudia Werneck, fundadora da ONG Escola de Gente,
no Rio de Janeiro (RJ), o ambiente educacional inclusivo é o melhor exemplo do que seria
a escola como um bem público levado às suas últimas consequências. “A educação
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inclusiva é a base da sociedade. Ela nada mais é do que a consequência natural de uma
escola de qualidade para todos”, define. Claudia diz que o desafio da escola não está em
lidar com as crianças com deficiência, mas em compreender as múltiplas formas de ser
um estudante. “A educação inclusiva olha para cada criança como um ser em uma fase
específica da vida”, afirma. No entanto, muitas vezes as instituições educacionais não
consideram as diferentes formas de aprender quando organizam seus processos. Todos
os alunos ficam dispostos em carteiras enfileiradas, sentados por horas para fazer as
mesmas atividades. Segundo especialistas como Claudia, a deficiência só evidencia o
impacto de um modelo educacional que já não faz mais sentido para os estudantes e não
atende às expectativas do século XXI.
O projeto inclusivo precisa ser assumido por todos, a fim de que, por meio de um
projeto político pedagógico que assume o compromisso com a diversidade, baseado em
princípios Democráticos possa realizar adaptações curriculares, que permitam concretizar
metas, sustentados em novos paradigmas, desafiando o professor a ser flexível, levando
a caminhar para níveis mais elevados de Formação, compromisso e enfrentamento das
dificuldades em relação ao processo inclusivo.
5. CONCLUSÃO
Uma escola inclusiva permite uma constante revisão de suas práticas e saberes,
possibilitando uma tomada de consciência que possa renovar suas concepções. A
educação para todos depende da união de esforços e recursos para sua implementação.
Se historicamente as pessoas com necessidades educativas especiais foram excluídas e
marginalizadas, são necessários uma mudança de atitude e envolvimento com a
aprendizagem.
É necessário o preparo de toda a comunidade escolar para receber bem os alunos,
uma nova concepção de escola precisa ser desenvolvida, a fim de que experiências
educacionais possam contribuir com a inclusão dos alunos com necessidades especiais,
tornando a escola um espaço acolhedor, de aprendizagem, sustentado por uma prática
educativa que favoreça novas formas de compreensão sobre a deficiência, defina o
planejamento e acompanha a trajetória escolar dos alunos, contribuindo com a crença da
possibilidade de mudança e aprendizagem de todos. É necessário criar uma imagem
positiva em relação aos alunos que estão em processo de inclusão, desenvolvendo
conteúdos atitudinais, trabalhando respeito, valores e cooperação.
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REFERÊNCIAS
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.